terça-feira, 8 de maio de 2012

Crentes Verdes,a Escola Dominical e a Maturidade Cristã


A Metáfora da Maturação dos Frutos: – No que diz respeito aos vegetais, fala-se da Maturação dos frutos, quando estão em condições de serem Consumidos na alimentação dos seres humanos e quando sua semente se encontra totalmente formada e pronta para a disseminação. O fruto pode, então, adquirir características como: intensificação do cheiro, mudança da cor ou mesmo a queda do fruto de seu vegetal originário. O antônimo de maduro é imaturo, “verde”.

A maturidade do fruto é que define o tempo da colheita. E a colheita de frutas e hortaliças deve ser feita quando as plantas atingem o máximo de qualidades como sabor, cor, aroma, textura e nutrição. Estas qualidades variam com a espécie, variedade cultivada, época de plantio, clima, tipo de solo e as práticas culturais assim como outros fatores.

A fim de conhecer o momento certo da colheita é preciso conhecer cada espécie cultivada e seu estágio ideal de maturação, pois as características de boa qualidade de cada hortaliça ou fruta e sua vida de prateleira estão relacionadas com a época de colheita. O ponto de maturação é o momento em que a colheita pode ser feita sem a ocorrência de danos e com maior tempo de conservação dos produtos. Este ponto ideal é alcançado quando os frutos atingem todos os fatores físicos e químicos necessários ao processo de amadurecimento estão presentes no fruto .

Que lições a maturação botânica nos dá?

1. Há Crentes Verdes.

O antônimo de maduro é imaturo (ainda que, na linguagem corrente, se utilize a expressão “verde”, devido à cor típica dos frutos ainda em desenvolvimento). Alguns cristãos são verdes, não amadureceram doutrinariamente.

2. Maturidade cristã acontece em estágios.

É preciso considerar que a vida cristã pode se desenvolver por fases. É assim que Deus faz com que uma planta e seus frutos se evoluam em cinco estágios: Crescimento da planta; Florescimento; Maturação fisiológica; Amadurecimento; Senescência (envelhecimento).

3. Maturidade cristã acontece em função de fatores de toda a ordem.

A maturidade varia de acordo com a espécie, com a época de plantio, com o clima, com as práticas culturais e principalmente com o tipo de solo. Isso também se aplica à maturidade espiritual. O Senhor Jesus usou a Parábola do semeador (Mateus 13.3-9,18-22) para falar sobre os diferentes tipos de ouvintes da Palavra de Deus. O semeador deixou cair sua semente em quatro tipos de terra diferentes. Na terra à beira do caminho as aves vieram e comeram, pois é de terra dura, onde todos passam, tudo passa e nada permanece; a terra cheia de pedras, onde a semente brotou, mas como as raízes não tinham profundidade, secou com o sol, as pessoas representadas por este solo são as cujo relacionamento com Deus não durará até os primeiros momentos de dificuldade em sua vida. A semente que caiu e brotou entre espinhos que, sufocada, não deu frutos. E a semente que caiu em terra boa, dando muito fruto, São aquelas pessoas em que a Palavra de Deus encontra guarida em seus corações, elas se tornam frutíferas servindo ao Senhor, servindo ao próximo e proclamando aquilo que o Senhor Jesus fez em suas vidas.

Esta metáfora é continuada pelo Senhor no evangelho de Jesus segundo escreveu João capítulo 15, onde ele ensina que estamos ligados n’Ele, logo, não há desculpas plausíveis para não frutificarmos. Dois questionamentos: Primeiro, nossa ED, nossos Ensinos e Pregações têm sido meios que contribuem para que o povo de Deus, pela graça do Senhor, atinja o grau de maturidade cristã desejado pelo Senhor? Segundo: O ensino que ministramos tem produzido crentes no padrão do Salmo primeiro? Este texto sagrado declara que “Bem-aventurado o varão que [...] tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.1-3; grifo meu). Em que fase nós próprios, nossos alunos, nosso auditório está no que diz respeito à maturidade cristã?

4. Maturidade Cristã tem como pressuposto a disseminação natural da Boa Nova.

Um fruto é maduro quando a sua semente se encontra totalmente formada e pronta para a disseminação, isto é, pronta para a dispersão natural de sementes ou esporos, na época da maturação. Quando o fruto atinge a maturidade, a semente dentro do fruto está pronta para o espalhamento, dispersão, propagação e para difusão. Semelhantemente, um cristão é maduro quando ele testemunha e evangeliza, ou seja, dissemina a semente das boas novas quando o faz de modo natural, como um estilo de vida.

Nossa Escola Dominical (ED) “evangeliza enquanto ensina” , conforme seu slogan histórico? Nossos alunos da ED estão prontos para evangelizar ou exercer os demais aspectos da natureza da missão da igreja (adorar, edificar, servir) espontaneamente da mesma forma que uma semente está pronta dentro de um fruto maduro para a dispersão natural?

5. Maturidade cristã deve levar a igreja a ser relevante para si própria e para o mundo.

Um fruto é maduro e pronto para ser colhido quando ele faz bem para os olhos, para o paladar e para a nutrição do ser humano. A metáfora bíblica da maturidade nos ensina que, somente é maduro, o cristão que se torna relevante para os outros. Isso significa que não basta conhecimento cognitivo dos conteúdos bíblicos. A relevância da igreja é reconhecida pela importância dela para a sociedade em que está inserida. Dizer que somos relevantes é dizer que somos essenciais, indispensáveis. A sociedade não pode viver sem o sal e sem a luz (Mt 5.13).

Uma ED que presta é uma ED relevante, que possui líderes e professores relevantes, alunos relevantes que contribuem para que uma igreja relevante seja formada no poder do Espírito Santo. Se nossa ED, se nós, nossos alunos, nossa igreja desaparecêssemos (não estou falando de arrebatamento) quem sentiria nossa falta? Temos sido relevantes como a igreja de Jerusalém (At 2.47) que “caía na graça de todo o povo”? Nesse sentido, qual a semelhança da nossa ED com a primeira criada pelo jornalista do “Gloucester Journal”, Robert Raikes, no ano de 1780, na cidade de Gloucester, no Sul da Inglaterra?

**Ministração feita no 5º EDUC – Convenção da AD de Stª Catarina.-via Blog do Pastor Robson Brito – Assembléia de Deus Maringá-Pr.


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