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segunda-feira, 28 de julho de 2025

Meditação- Rm. 9.3

Romanos 9 é um capítulo denso e crucial, onde o apóstolo Paulo aborda a complexa questão da eleição divina e a aparente rejeição de Israel. No início do capítulo, Paulo expressa sua profunda tristeza pela incredulidade de seus compatriotas judeus. O versículo 3, em particular, revela a intensidade do seu amor e preocupação, declarando que ele estaria disposto a ser "anátema de Cristo" se isso pudesse garantir a salvação de seus irmãos segundo a carne. Essa declaração dramática serve como ponto de partida para a exploração de Deus sobre a soberania e a fidelidade às Suas promessas a Israel, mesmo em face da rejeição.

O contexto histórico é fundamental para entender o impacto do versículo 3. Paulo escreve para a igreja em Roma, composta por judeus e gentios crentes. A questão da rejeição de Israel, apesar de serem o povo escolhido de Deus, era um ponto de tensão. A "adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas" mencionadas em Romanos 9:4-5, destacam os privilégios únicos dados a Israel. A incredulidade de muitos judeus, no entanto, levantava a questão da justiça e da fidelidade de Deus. Paulo, ele mesmo um judeu convertido, sentia essa tensão profundamente e estava angustiado com a rejeição de seus compatriotas a Jesus como o Messias. O termo "anátema" (amaldiçoado, separado de Deus) era uma excomunhão formal na sinagoga, demonstrando a severidade da separação de Cristo.

A declaração de Paulo em Romanos 9:3 é uma expressão hiperbólica de seu amor e tristeza. Ele não está realmente propondo renunciar a sua salvação, pois isso seria impossível e contraditório com a doutrina da graça salvadora em Cristo. Em vez disso, ele está usando uma linguagem dramática para enfatizar a profundidade de sua paixão pelo bem-estar espiritual de seus irmãos judeus.

Teologicamente, esse versículo não ensina que a salvação pode ser transferida ou trocada. A salvação é um dom individual de Deus, baseado na fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). A disposição de Paulo de ser "anátema" é análoga a Moisés intercedendo por Israel após o pecado do bezerro de ouro (Êxodo 32:32), oferecendo sua própria vida em troca da deles. No entanto, tanto a oferta de Moisés quanto a de Paulo são recusadas; pois, a salvação é um ato da graça divina e não pode ser alcançada através do sacrifício de outro indivíduo. O amor sacrificial de Paulo, inspirado pelo amor de Cristo, serve como um exemplo para os crentes contemporâneos. Nosso amor pelos outros deve ser tão profundo que estejamos dispostos a fazer grandes sacrifícios por seu bem-estar espiritual, embora nunca possamos pagar o preço de sua redenção. Assim como Paulo, devemos sentir um profundo fardo pelas pessoas não alcançadas em nosso mundo.

Versículo de apoio.

1.  Êxodo 32:32

 "Agora, pois, perdoa o seu pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do teu livro que tens escrito." 

Como mencionado anteriormente, esta passagem do Êxodo mostra Moisés oferecendo-se para ser apagado do livro de Deus em favor do povo de Israel. Esta semelhança destaca a intensidade do amor e preocupação que Paulo e Moisés compartilham por seus irmãos.

2.  Gálatas 1:8-9:

"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também o digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema." 

Em Gálatas, Paulo usa o termo "anátema" para se referir àqueles que distorcem o Evangelho. O contraste entre o seu desejo de ser "anátema" em Romanos 9:3 e a sua condenação de "anátema" em Gálatas 1:8-9 ilustra que a verdade do Evangelho é de suma importância, acima mesmo do amor pelos outros, e demonstra que a preocupação de Paulo não é maior do que o amor por Cristo. 

Além disso, a intenção de Paulo em Romanos 9:3 é inspirada pelo amor a Cristo, demonstrando, portanto, que a verdade do Evangelho é um requisito para o amor sacrificial.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Um Convite Especial

Ir. Jerônimo Viana - Mensagem apresentada no culto de oração da IBA em 25.06.25.


"Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a alma, porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve." Mateus 11:28-30.

 

É um convite que só Cristo pode nos oferecer.

 

I.                       O Convite Universal: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos..." (v. 28a)

 

As condições estão postas:

  • os que estão cansados e sobrecarregados.

O contexto imediato diz respeito aos oprimidos por causa do legalismo religioso imposto pelos escribas e fariseus. Que fardos são estes?

a. O fardo do pecado e da culpa - O peso do pecado e da consciência culpada. b. Da lei e das tradições dos religiosos - Ex: Leis e tradições complexas, muitas vezes desnecessárias e difíceis de cumprir que sobrecarregavam o povo.

Exemplos dos Fardos Farisaicos

  1. Interpretação minuciosa da lei - A Lei de Moisés mandava guardar o sábado. Os fariseus criaram inúmeros preceitos sobre o que deveria ou não fazer no sábado.

  2. Ênfase em rituais e aparências - Havia uma grande preocupação com a pureza ritual,

    • a lavagem de mãos e utensílios;

    • a observância do jejum e orações em público para serem vistos por outros. Neste caso, a religião privilegiava mais a aparência do que o conteúdo.

  3. Sacrifícios e ofertas obrigatórias - Faziam exigências que sacrificavam os pobres.

  4. Foco na justiça própria - A busca incessante pela perfeição na observância de todas essas coisas deixava aqueles que não conseguiam com culpa. A sensação era que eles nunca seriam tão bons quanto os doutores da lei.

  5. Fardo das preocupações e ansiedades da vida - As dificuldades do dia-a-dia, as aflições, as provações, as preocupações com o futuro, a busca por reconhecimento e a pressão para atender a expectativas irreais que geram um grande peso emocional e mental.

  6. Fardo do sofrimento e da dor - Enfermidades, perdas, desilusões e todas as formas de sofrimento humano.

  7. Fardo do perfeccionismo e da autojustificação - Necessidade de provar a si mesmo de ser sempre impecável.

Os religiosos impunham um ambiente de exaustão, ansiedade e desespero para muitos que tentavam seguir suas exigências.

Aplicação:

  • Identifique-se: Onde você se sente cansado ou oprimido hoje? Reconheça essas áreas em sua vida e traga-as diante de Jesus.

  • Abertura e Inclusão: Reflita sobre a amplitude desse convite. Jesus não impõe condições prévias, apenas o reconhecimento da necessidade.

II. A Promessa de Descanso: "...e eu vos aliviarei." (v. 28b)

  • Natureza do Descanso: O que significa esse alívio? Não é necessariamente a ausência de problemas, mas uma paz interior e uma força para lidar com eles. É um descanso para a alma.

  • Ação de Jesus: A promessa é clara: "eu vos aliviarei." Não é algo que você precisa conquistar, mas um presente que Ele oferece.

  • Este é o caminho delineado por Deus antes mesmo da fundação do mundo.

Em Efésios 1:4-5,1 (Pedro 1:18-20; Apocalipse 13:8; Mateus 25:34; 2 Timóteo 1:9.) temos:

 

"Antes da fundação do mundo, Deus nos escolheu, nele, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele, em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade." Efésios 1:4-5

 

Analisando melhor Efésios 1.4-5, podemos observar o propósito de Deus para seu povo. Vejamos:

1.        Sermos Santos e Irrepreensíveis em Amor. Deus nos escolheu antes da fundação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante dEle, em amor. Isso significa:

  • viver uma vida separada para Ele

  • livre de culpa e cheia de amor,

  • refletindo o caráter de Deus.

2.        Sermos filhos adotivos através de Jesus Cristo. Deus nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo.

  • Isso demonstra o desejo de Deus de ter um relacionamento familiar íntimo conosco.

  • Através de Jesus, somos reconciliados com Ele e recebemos o status de filhos amados, com todos os privilégios e responsabilidades que isso implica.

3.        Glorificar a Deus. Em última instância, o propósito de toda a criação, incluindo o ser humano, é glorificar a Deus.

  • Isso se manifesta em como vivemos, amamos, servimos e obedecemos a Ele.

  • Quando VIVEMOS DE ACORDO COM O SEU PROPÓSITO, mostramos a Sua grandeza e bondade ao mundo (Isaías 43:7 – Fomos criados para seu louvor; 1 Coríntios 10:31 – Apresenta uma diretriz para nossa vida - fazei tudo para a glória de Deus).

4.        Ter um Relacionamento com Ele. Deus anseia por um relacionamento pessoal e profundo com cada um de Seus filhos.

  • Ele nos criou para ter comunhão com Ele, para que O conheçamos e desfrutemos da Sua presença.

  • A oração, a leitura da Bíblia e a adoração são formas de cultivar essa relação.

5.        Ser Conformados à Imagem de Jesus Romanos 8:29 diz que Deus nos predestinou "para sermos conformes à imagem de seu Filho". Isso significa que, ao longo de nossa jornada de fé, Deus trabalha em nós para nos transformar, nos tornando cada vez mais semelhantes a Jesus em caráter, atitudes e ações.

6.        Cumprir Seus Planos e Vontade Embora o propósito geral seja o mesmo para todos os filhos de Deus, Ele também tem planos e propósitos específicos para cada indivíduo (Jeremias 29:11).

  • Descobrir e cumprir esses planos envolve buscar a Sua vontade em oração;

  • estudar a Palavra;

  • e estar atento à direção do Espírito Santo em nossas vidas.

A promessa de Cristo é de alívio, ou seja, fazer descansar, refrescar, dar repouso. O DESCANSO DA ALMA (v.29). Essa palavra diz respeito a todos que:

  • Buscam perdão para seus pecados;

  • Buscam a libertação do fardo legalista;

  • Buscam a libertação da culpa de tentar merecer a salvação por meio das boas obras.

Aplicação:

  • Confiança: Reflita sobre a confiança que você deposita nessa promessa. Você realmente acredita que Ele pode te aliviar?

III. O Jugo de Jesus: "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim..." (v. 29a)

·        O que é um jugo? Na época, um jugo era uma moldura de madeira que unia dois animais (geralmente bois) para puxarem cargas pesadas. Essa era uma metáfora para a sujeição de uma pessoa a outra, e uma metáfora comum para o judaísmo.

  • A interpretação farisaica da lei, com sua extensa lista de proibições havia se tornado um fardo esmagador (Mateus 23.4) mas era considerada de origem divina pelo povo.

·        O Jugo de Jesus vs. Outros Jugos: CONTRASTAR:

  • o "jugo" da lei;

  • das expectativas sociais;

  • do perfeccionismo;

  • das próprias cargas autoimpostas com o jugo de Jesus.

O jugo de Jesus é diferente.

  • Precisamos aprender de Jesus, mas, COMO APRENDEMOS DELE?

    • Observando Sua humildade, mansidão, amor;

    • a forma como Ele lidava com a vida e com as pessoas.

    • É um convite a modelar nossa vida na d'Ele.

IV. A Leveza e a Mansidão: "...porque sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." (v. 29b-30a)

  • Características de Jesus: Sua mansidão e humildade são fundamentais. Ele não é um mestre severo ou exigente, mas alguém gentil e acessível.

  • Resultado Final: Descanso para a Alma: A promessa de descanso é reiterada, mas agora especificamente para a "alma". Isso indica um bem-estar profundo e espiritual.

  • A Leveza do Jugo e do Fardo: "Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve." (v. 30).

    • Isso não significa ausência de desafios, mas que, ao lado de Jesus, o peso da vida se torna gerenciável e suportável.

    • Ele compartilha o fardo e nos capacita.

Para concluir sua meditação:

  • Agradeça a Jesus pelo convite e pela promessa de descanso.

  • Reafirme seu desejo de colocar seus fardos n'Ele e de aprender com Seu exemplo.

  • Peça a Ele para guiá-lo e aliviar suas preocupações, capacitando-o a seguir Seus passos com leveza e paz.

Que Deus nos abençoe. Em nome de Jesus Cristo. Amém.



terça-feira, 24 de junho de 2025

A Vigília Constante

É uma alegria podermos meditar hoje na Palavra de Deus, e nosso foco estará em um capítulo de grande importância e, por vezes, de muita discussão: Mateus 24. Este texto nos fala sobre os sinais dos tempos e a segunda vinda de Jesus. Em meio a tantas interpretações e especulações, é fundamental que nos apeguemos à verdade das Escrituras.

Hoje, quero destacar três pontos essenciais de Mateus 24 para a nossa vida e fé:

1. Os Sinais Não São o Fim, Mas o Princípio das Dores

Jesus inicia Mateus 24 respondendo aos discípulos sobre a destruição do Templo e os sinais de Sua vinda e do fim dos tempos. Ele menciona guerras, rumores de guerras, fomes, terremotos e perseguições. É fácil olhar para o mundo de hoje e identificar muitos desses sinais. Vivemos em um tempo de conflitos geopolíticos, crises climáticas que afetam a produção de alimentos, e, infelizmente, a perseguição àqueles que professam a fé em Cristo continua em diversas partes do globo.

No entanto, Jesus faz uma declaração crucial no versículo 8: "Mas todas essas coisas são o princípio das dores." Isso nos ensina que, por mais intensos que sejam os sinais, eles não são o fim em si mesmos. Eles são como as dores de parto, indicando que algo grande e glorioso está para acontecer. Não devemos nos desesperar nem nos alarmar excessivamente com cada manchete. Em vez disso, devemos discernir os tempos e ter a certeza de que Deus está no controle. Os sinais servem para nos despertar, para nos lembrar que a vinda do Senhor está cada vez mais próxima, e não para nos paralisar pelo medo.

2. A Perseverança na Fé Diante da Apostasia e Perseguição

O segundo ponto que quero destacar em Mateus 24 é a ênfase de Jesus na perseverança. Ele adverte sobre o surgimento de falsos profetas, o esfriamento do amor de muitos e a perseguição que os crentes enfrentarão. "Então sereis entregues à aflição, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo." (Mateus 24:9-13).

Essas palavras são um chamado à sobriedade. Não é fácil viver em um mundo que, muitas vezes, é hostil à mensagem do Evangelho. Veremos o amor de muitos se esfriar, inclusive dentro da própria igreja. Haverá desilusões e apostasias. Mas a promessa é clara: "Aquele que perseverar até o fim será salvo." Isso significa manter-se firme na fé, custe o que custar, independentemente das pressões externas ou das decepções internas. Significa continuar amando a Deus e ao próximo, mesmo quando o amor parece escasso. Que possamos ser achados fiéis, firmes e inabaláveis na Rocha que é Cristo Jesus.

3. A Grande Missão: Proclamar o Evangelho a Todas as Nações

Por fim, Mateus 24 nos apresenta uma das mais importantes declarações de Jesus sobre a missão da Igreja antes de Sua vinda. No versículo 14, Ele afirma: "E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim."

Esta é uma verdade poderosa e encorajadora! A vinda de Jesus está diretamente ligada à pregação do Evangelho a todas as nações. Isso nos mostra que Deus tem um plano soberano e que a Igreja desempenha um papel fundamental nesse plano. Não podemos ficar de braços cruzados esperando o fim. Temos uma responsabilidade, um mandamento: levar a mensagem transformadora de Jesus Cristo a cada pessoa, a cada tribo, a cada língua e a cada povo.

Isso nos convoca a um compromisso missionário renovado. Seja orando, contribuindo, indo ou enviando, cada um de nós tem um papel a desempenhar nessa grande comissão. O fim não virá até que essa obra seja completa, e Deus nos convida a sermos Seus colaboradores nesse propósito grandioso.

Amados, Mateus 24 não é um capítulo para nos aterrorizar, mas para nos alertar, nos preparar e nos motivar. Os sinais nos lembram da proximidade da volta de Jesus; a necessidade de perseverança nos fortalece em meio às tribulações; e a grande comissão nos impulsiona a cumprir o propósito de Deus para nossas vidas.

Que o Senhor nos ajude a viver com vigilância constante, com fé inabalável e com zelo missionário, para que, quando Jesus voltar, Ele nos encontre ocupados em Seu Reino. Que assim seja. Amém.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Como evitar falar tolices

A Bíblia oferece alguns princípios que podem ajudar a evitar falar bobagens:

*   Pense antes de falar: Provérbios 15:28 diz: "O coração do justo medita no que há de responder, mas a boca dos ímpios jorra coisas más" . Isso significa que devemos refletir sobre nossas palavras antes de proferi-las.
*   Seja honesto: Efésios 4:25 nos exorta: "Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo" . A honestidade deve guiar nossa comunicação.
*   Edifique os outros: Efésios 4:29 diz: "Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem" . Nossas palavras devem construir e encorajar, não destruir.
*   Evite a ira: Provérbios 29:11 nos adverte: "O insensato desabafa toda a sua ira, mas o sábio domina-se" . A raiva pode nos levar a dizer coisas que lamentaremos depois.
*   Seja breve: Eclesiastes 5:2 diz: "Não se apresse você com a boca, nem o seu coração se precipite em proferir palavra alguma diante de Deus. Deus está nos céus, e você está na terra; portanto, que as suas palavras sejam poucas!" . Às vezes, menos é mais.

Ao aplicar esses princípios bíblicos, podemos cultivar uma comunicação mais sábia e evitar falar bobagens.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

Salmo 119. 9-24

Introdução

A Lei do Senhor como está abordada no salmo 119, não se limita apenas a ser uma espécie de manual que nos ajuda a desenvolver nossa vida espiritual, mas também nos ensina como é possível servir ao próximo e respeitá-lo através de boas obras com base no amor." (Bíblia brasileira de estudo)

“Bem aventurado os que se conduzem com integridade, os que andam na lei do Senhor.”

O primeiro verso deste salmo deixa claro que o homem não pode viver com pureza sem se pautar pelos princípios da Lei de Deus. Ela é um guia seguro para o homem piedoso.

Para alguém ser feliz tem que guiar a sua vida por esses princípios. Observem que a Lei não salva ninguém. Lembre-se que os homens naqueles dias tinham que praticarem sacrifícios de sangue que apontavam para Jesus Cristo, o cordeiro de Deus.

Em nenhum momento neste salmo o escritor sagrado se refere a alguma tentativa de obter crédito diante de Deus por meio do cumprimento da Lei. Ensina sim, que ao se colocar sob a proteção do Altíssimo podemos desfrutar a felicidade que só o Senhor nos proporciona.

Analisando os versos de 9-24.

De início temos uma pergunta:

“Como o jovem guardará puro o seu caminho?” [v.9]. Existem muitos caminhos que estão abertos diante dos homens:

·        poder;

·        status;

·        sabedoria humana;

·        prazer carnal etc.

Porém, só um produz a verdadeira pureza espiritual: “vivendo de acordo com a tua palavra” [v.9].

·        foi Deus que nos criou;

·        Ele sabe o que nos basta;

·        Ele conhece o que nos completa.

Portanto, ao nos dispor a viver conforme a sua Lei elevamos o nosso espírito. Nos versos seguintes percebemos a dedicação do salmista em buscar essa condição espiritual. Expressões tais como:

·        Tenho-te buscado de todo coração – v.10;

·        Guardei a tua palavra no meu coração – v.11;

·        Ensina-me os teus decretos – v.12

·        Alegro-me tanto no caminho dos teus testemunhos – v.14;

·        Desvenda os olhos, para que eu veja, as maravilhas da tua lei V.18.

Todas essas expressões declaram um coração amorosamente aberto aos ensinos do Senhor. O maior receio é se desviar da Lei, é deixar seus caminhos por qualquer decisão ou atitude impensada.

·     Guardei a tua palavra para não pecar contra ti. Pecar tem um preço, a morte espiritual, portanto, desastre na vida do salmista e em nós outros [v.11].

·        Não permitas que me desvie dos teus mandamentos [v.10].

Essa oração esteve oração esteve presente na minha vida por muito tempo até me deparar com uma promessa de Deus neste mesmo salmo.

“Inclino o meu coração para sempre cumprir teus decretos até o fim” Sl 119. 112

Esse verso dado por Deus em meio a muita oração tranquilizou o meu espírito, mas não desarmou minha eterna vigilância em buscar cumprir a Lei do Senhor. Isto porque:

·        O inimigo põe desanimo;

·        O inimigo põe preguiça;

·        O inimigo põe dúvidas;

·        O inimigo põe desinformação;

·        O inimigo quer ti tirar da presença de Deus eliminando a meditação da palavra e a oração.

A expressão de cair da graça está em todo o texto lido [9-24]

·        Não permitas que me desvie ... v.10;

·        Não pecar contra ti ... v. 11;

·        Não me esquecerei da tua palavra ... v.16

·        Desvenda os meus olhos ... v.18.

Não é fácil.

O salmista deixa claro que muitos de nós não deseja enxergar. “sou peregrino na terra [v.19]. O tempo de vida de um homem é limitado e quando usamos todo ele para correr atrás de vento é uma tristeza.

·        Vivemos para servir a Deus e ao nosso próximo. 

·        Nos sentimos felizes nessa condição.

·        Dar as mãos para uma criatura abatida pelas mazelas desta vida é fazer a vontade de Deus, por isso a leveza, a paz interior quando assim agimos. As coisas estão a nosso serviço e não o contrário. Nosso tempo é pouco, somos peregrinos, daí estarmos atentos.

Deus declaradamente não suporta os soberbos os racistas, os preconceituosos, os violentos, os opressores, visto que, todos estes querem ser deuses.

·        Com suas determinações;

·        Com seus julgamentos;

·        Com seu veneno;

·        Com sua violência.

Deus não os suporta: malditos os que se desviam dos teus caminhos” [v.21].

Não só os que conhecem e se desviam, mas, também, os que não o conhecem e amam as coisas deste mundo. A segurança do servo de Deus sempre estará na palavra e no bom testemunho, assim, pouco importa.

“Príncipes sentaram-se e falaram contra mim, mas teu servo meditava nos teus decretos [v.23].

ou seja, toda essa reunião de brossais de nada adiantaria, pois tais falações batiam de frente com meu testemunho e não prevaleceriam.

Aplicações:

·        Buscar a palavra de Deus;

·        Confiar no todo poderoso;

·        Ser feliz em sua peregrinação.

Esse é um princípio bíblico e uma promessa assinada pelo Todo Poderoso. Sejamos, pois, felizes no Senhor.

Jerônimo Viana

Natal, 09.06.23