sábado, 30 de outubro de 2021

Cidades "destruídas por Deus", Sodoma e Gomorra podem ter sido extintas por impacto de meteorito

Uma equipe de pesquisadores da East Carolina University apresentou evidências de que uma cidade da Idade do Bronze média chamada Tall el-Hammam, localizada no Vale do Jordão, a nordeste do Mar Morto, pode ter sido destruída por uma explosão cósmica. 

Segundo as evidências, essa pode ser a cidade de Sodoma, citada no Antigo Testamento. Gomorra, localidade próxima, também teria sumido diante da mesma catástrofe.

A escavação arqueológica do local começou em 2005 e desde então pesquisadores estão intrigados ​​em relação a uma camada de carbono e cinzas de destruição em toda a cidade, datada do ano 1650 a.C. Essa mistura contém  quartzo chocado, cerâmica derretida e tijolos de barro, carbono semelhante a diamante, fuligem, restos de gesso derretido e minerais derretidos, incluindo platina, irídio, níquel, ouro, prata , zircão, cromo e quartzo. 

 — Foram encontradas todas essas evidências de queima de alta temperatura no local. E não existia tecnologia naquela época para que as pessoas pudessem gerar fogos com aquele tipo de temperatura. — Explica o Sid Mitra, professor de ciências geológicas da universidade e comandante da pesquisa.

Diante desses fatos, os pesquisadores desenvolveram a hipótese de que teria ocorrido um impacto de meteorito ou bólido - um tipo de meteoro que explode na atmosfera. Para isso, a hipótese foi comparada com evento semelhante de uma explosão no ar, em 1908, sobre Tunguska, na Rússia. Na época, um bólido de 50 metros de largura detonou, gerando 1.000 vezes mais energia do que a bomba atômica de Hiroshima. 

— Então, ao analisarmos os resíduos do local, vimos que uma grande fração do carbono orgânico é fuligem e você simplesmente não pode ter isso a menos que tenha temperaturas realmente altas. Portanto, foi isso que nos levou a apoiar a história de que se tratava de um incêndio de altíssima temperatura. E isso então apoiou a ideia de que esta era uma fonte externa de energia, como um meteoro — Explica Mitra.

Conforme um trecho da Bíblia, no livro de Genesis, as cidades e seus habitantes foram destruídos por Deus devido a seus pecados e à prática de atos contrários à moral dos antigos israelitas. O relato bíblico ainda descreve enxofre caindo dos céus e a extinção das cidades e de todos os que vivem nelas, bem como da vegetação da terra.  O estudo não tenta provar ou refutar essa possibilidade, mas a explicação da destruição da cidade pode ser consistente com os relatos. 

— Algumas das tradições orais falam sobre as paredes de Jericó (cerca de 21 quilômetros de distância) caindo, bem como os incêndios se eles estão associados a Sodoma. Mas novamente: isso é ciência. Você olha para suas observações e, neste caso, é o registro histórico, e você vê a sua hipótese e se ela se encaixa nos dados, e os dados parecem se encaixar.


Fonte: GZH - Ciência de tecnologia.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Descobrem em Israel raro selo de ametista entalhado com planta mencionada na Bíblia

 Durante escavações, arqueólogos israelenses desenterraram no parque nacional da Cidade de Davi em Jerusalém um raro selo de cerca de 2.000 anos feito de ametista.

Acredita-se que a pedra preciosa descoberta perto do Muro Ocidental é adornada com uma imagem da planta de bálsamo mencionada na Bíblia e utilizada como incenso no Segundo Templo, avança The Times of Israel.

Além disso, pesquisadores estimam que o selo entalhado no referido artefato é a representação mais antiga da planta que, além do mais, era usada para elaboração de perfumes para a lendária Cleópatra.

De acordo com a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) a planta de bálsamo bíblica, cujo nome científico moderno é Commiphora gileadensis, foi usada na época do Segundo Templo como um ingrediente para produzir incenso, perfumes e outras fragrâncias, bem como medicamentos.



​Nova descoberta arqueológica. Pedras de ametista onde é representado o bálsamo de Gileade com um pássaro ao lado. Elas eram usadas como pedras em anéis no período do Segundo Templo.

Historiador hebraico do século I d.C. Flávio Josefo escreveu que Marco Antônio, importante político na República Romana, ofereceu a Cleópatra preciosas plantas de bálsamo que anteriormente pertenciam ao rei Herodes.

Segundo vários pesquisadores, o selo apresenta um pássaro, provavelmente trata-se de um pombo e um ramo grosso com cinco frutos nele.

"Esta é uma descoberta importante porque pode ser a primeira vez no mundo inteiro que um selo é descoberto com um entalhe da planta preciosa sobre a qual até agora só podíamos ler em descrições históricas", disse especialista Eli Shukron, da AAI, que realizou a escavação onde o selo foi encontrado.

Shukron acrescentou que a esta planta eram atribuídas propriedades mágicas e cerimoniais, e era por isso que ela era usada como ingrediente para o incenso do Templo na época em que o selo foi feito.