domingo, 26 de abril de 2009

Um balão de sentimentos

Ao chegar em casa deparei-me com meus filhos brincando com um balão que haviam recebido pelos correios da Junta de Missões Nacionais. Rapidamente envolvi-me na brincadeira de maneira que rolamos pelo chão, e iniciamos uma gostosa competição sobre quem conseguiria lançar o balão mais alto. Depois de alguns minutos meu filho Jônatas arremessou o balão de tal forma que ao tocar no teto da casa logo estourou.
De imediato houve aquele silêncio e em pouco tempo um princípio de choro por parte da minha filha Cinthia. Foi neste instante que mim lembrei da cartinha que veio com o balão e recomendava enchê-lo de bons sentimentos. Daí, perguntei:
- filhos de que vocês encheram este balão? Ao que ela prontamente respondeu:
- De amor, de Deus, de esperança no futuro, de vitória que só em Cristo alcançamos.
Continuei – Olha filhos, antes quando este balão estava conosco somente a nossa família podia compartilhar de tantas coisas gostosas. Agora que ele estourou e não está mais conosco todo o mundo pode compartilhar destes mesmos sentimentos.
Repentinamente o choro passou e deitados no chão da nossa sala passamos a contemplar os sentimentos amor, de Deus, de esperança no futuro, de vitória em Cristo ganhar as ruas escapando pelas janelas, portas e telhas da nossa morada.
Felizes, descansamos no Senhor.
Jerônimo Viana M. Alves
Igreja Batista do Alecrim
Natal/RN

sábado, 25 de abril de 2009

Despedida

Despedida, nem sempre dolorosa ou feliz
Mas sempre cheia de emoção
Esperada as vezes e outras ignoradas
Algumas com amor outras cheia de rancor
Gargalhadas, choro, apatia
Desespero ou pura esperança
Para alguns é recomeço para outros
o fim

Jerônimo Viana
Igreja Batista do Alecrim
Natal/RN

Deus cuida de mim

Mesmo quando não percebo o seu toque
Independente do vaguear dos meus pensamentos
Ainda que não possa senti-lo concretamente
Eu sei que o Senhor cuida de mim

Assim como as ondas quebram na praia
Como o vento toca a palha do coqueiro
Semelhante ao sol que anuncia o amanhecer

Pois é de sua natureza amar sem reservas
Resgatar o homem de todos os seus males
Regenerar, reconstruir, salvar o pecador
Visto que só ELE é Deus e não há outro

Deus cuida, trabalha e se doa por todos nós
Na verdade nunca desiste dos seus filhos
Pois é de sua natureza amar sem reservas

Assim como as ondas quebram na praia
Como o vento toca a palha do coqueiro
Semelhante ao sol que anuncia o amanhecer
Eu sei que o Senhor cuida de mim

Touros 21/11/2005
Jerônimo

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A SOMBRA DO ONIPOTENTE

AUTOR: JERÔNIMO VIANA DE M. ALVES
IGREJA BATISTA DO ALECRIM
NATAL, 08.04.09


Descansar. Clamava meu corpo com toda sua força. O sol como braseiro vivo torrava minha pele que baqueada pelo tempo chorava em longas gotas de suor. Ainda faltava muito, havia toda uma jornada a ser completada e a sensação que sentia é que o fim estava próximo.
Em meio ao drama da minha existência pude recordar parte da minha vida e dos ensinos que desde cedo aprendi com meus pais. Diziam eles: meu filho aprenda a descansar no Senhor.
Como era difícil ouvir aquela palavra, logo eu! Sempre apressado, sempre senhor da situação, era jovem demais para aguardar qualquer coisa, pois tudo em minhas mãos tinha que ser resolvido logo, quer por bem, quer por mal.
A impulsividade era meu segundo nome e talvez por isso fiz muitas escolhas sem nenhuma reflexão e padeci por todas elas. Não devia está tão surpreso com o que acabara de acontecer, a final, quantas vezes cai na mesma esparrela sem ter aprendido a lição e por quantas mais deveria padecer até interiorizar o ensino da paciência e da moderação?
Agora em meio a esta estrada levo no coração a certeza que pouco fiz por mim, que minhas ações não deram em nada, que falhei com meu Deus e com todos que esperavam algo da minha parte.
Passo a passo remoíam no meu interior todos esses pensamentos, quando de repente algo começou a mudar. Aos poucos percebi que para nada servia continuar a sofrer pelo passado, que mesmo nas situações mais duras de uma existência ensinamentos poderiam ser apreendidos.
Foi assim que comecei a encarar a estrada de outra forma. Ela era longa, mas preparava meus músculos para esforços maiores, além de me conduzir a algum lugar, que o sol escaldante também trazia luz para meu caminho e que o suor derramado na caminhada servia de refrigério para meu corpo.
Diante desta nova visão me permiti encarar Deus de outra forma, reconheci que o sofrer não é um fim em si mesmo, mas uma oportunidade de aprendizado e superação, que Deus tem seu tempo de agir, mas é sábio em todo seu fazer e que a nós mortais cabe esperar no Senhor.
Tudo isso aprendi a caminho da eternidade.

sábado, 4 de abril de 2009

Missionários

Quem são estes que caminham na imensidade do vazio em busca de almas para o mestre? Será que não temem os males noturnos ou as intrigas que assolam ao meio dia? Como podem desconsiderar os perigos ou fazer pouco caso da morte? O que movem esses homens e mulheres que não dão espaço ao medo, nem ouvidos as ameaças?
Um ateu certamente responderia: - É o radicalismo religioso que a todos cegam e conduz homens e mulheres a morte intelectual. Um jovem descrente apontaria o gosto pela aventura, à emoção a qualquer preço como motivação ultima desta loucura. Um religioso legalista diria que é puro cumprimento de um contrato entre o infeliz e seu Deus. Mas, o verdadeiro cristão afirmaria com todas as letras é amor que movem essas vidas a cumprirem o apelo missionário.
No passado como no presente o mesmo Deus nos questiona: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”. Essa é uma pergunta que se realimenta a cada geração e desafia os servos de Deus a tomarem uma atitude diante da urgência que a situação requer.
Não dar simplesmente para ignorá-la, visto que traz consigo toda emoção que extrapola o próprio coração de Deus. Além disso, apela grandemente a sensibilidade de homens e mulheres comprometidos com Deus para passar despercebida. A resposta para tamanho desafio não poderia ser outra: “Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.”
Não existe mais necessidade de procurar outra pessoa, estou aqui, envia-me a mim. Não há necessidade de gastar mais tempo, envia-me a mim. Estou tremendamente motivado, Teu desafio é a essência da minha vida, visto que, parece-me impossível tomar qualquer outra decisão, pensar em qualquer outra possibilidade, pois em tudo o Senhor me encanta, deslumbra, apaixona, em nome de Jesus, envia-me a mim.
Em todo o mundo almas clamam por libertação, salvação e cura e ninguém melhor do que o próprio Deus para compreender essa realidade. Ele mesmo é o exemplo de desprendimento missionário. Assim diz as escrituras:
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Flp 2.5-11)
Um poeta popular já nos disse: Amor com amor se paga, e mais, para se viver um grande amor, basta ter um coração, ser sensível a sua voz e se entregar sem pré-condições. Jesus veio em busca do homem, não poupou esforços, não valorizou nenhuma outra coisa, mas, se concentrou em sua missão de reconstruir a aliança perdida entre Deus e homem. Para isso, entregou a sua vida, para isso foi sua vida e nós servos do Deus altíssimo o que nos resta fazer?
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Jerônimo Viana de M. Alves
Igreja Batista do Alecrim
Natal, 04/04/2009