sexta-feira, 29 de maio de 2009

A vontade Divina

Porque raramente sabemos o que Deus quer da gente? Perguntou o rapaz de camisa negra e logo seguiu com seus questionamentos. Raramente sei para onde vai a minha vida, tenho planos, penso que tudo está conspirando para o seu cumprimento, mas quando olho nada feito. Percebo que não era essa a vontade de Deus, e isso sei muito bem, simplesmente porque não deu certo.
Mas por que as coisas são assim? Seu pai que ouvia quieto todo esse lamento, sentado em uma cadeira de balanço logo atalhou a conversa. Meu filho quando é que você parou para conversar com Deus acerca dos seus sonhos? Você gasta tempo com o Senhor pelas madrugadas, ou quando anda pelo meio desse capoeirão sem fim?
Aquelas perguntas de certa forma faziam sentido. Qual era o pai que não gostaria de ouvir do seu próprio filho seus desejos e necessidades? A resposta veio rápida assim como a pergunta. Não tenho não senhor.
Pois é, ai está seu erro. Você pode alcançar o céu com sua mão? Ao que o jovem respondeu: Claro que não. O céu é mais alto do que eu. O velho fazendo aquele um jeito no canto da boca, falou baixinho: Ai também está seu outro erro. Assim como os céus estão longe do nosso alcance, assim é o pensamento de Deus.
Nós vivemos aqui com tudo limitado, estamos debaixo da lei do tempo, e de todas as demais leis criadas pelo próprio Deus para o nosso benefício. Ele meu filho está sobre tudo isso e, portanto, pensa diferente, senti diferente e não dar para jamais sabermos os seus caminhos, pois não são caminhos de homens, mas de Deus.
É necessário que você saiba que tudo está diante Dele tanto o passado, como o presente e o futuro e tudo ao mesmo tempo. Isso certamente é loucura pra nós mortais, mas para o grande Deus, jamais. Ele julga pelo que ver.
Muitas vezes somos traídos pelas nossas expectativas e por isso vemos coisas ou sentimos coisas que não são verdadeiras, mas pensamos que são mensagens de Deus ao nosso coração quando na verdade são imagens distorcidas pelo filtro da ansiedade, medo e necessidade comum a nós mortais.
Quando acontecem essas aparentes derrotas ou frustrações sentimos pequenininhos, especialmente quando o que desejávamos era algo importante para nossas vidas, mas saiba de uma coisa, Deus faz tudo como deve ser.
Nada que sai de Deus é apressado, desajeitado ou para ser consertado depois. Deus é sabedoria, perfeição e tudo mais que nossa cabeça jamais poderia imaginar, visto que tudo que se refere a sua pessoa é profundo demais para nosso entendimento, e sabe de uma coisa, ai é que está a belezura de tudo isso. As coisas acontecem assim para aprendemos esperar em sua providencia.
Olha moço, sou velho é nunca mim senti desamparado ou senti falta de comida ou roupa para vestir. Já passei por poucas e boas nesse mundo e sei que o Senhor nunca mim deixou na mão. Por isso levante a cabeça e siga em frente sempre dentro da fidelidade ao Senhor, você verá que mais cedo ou tarde as coisas vão acontecer. Fortalece esse teu coração, não se sinta derrotado, porque foi provado pelo Senhor.
Calado, o moço saiu do seu lugar e abraçou fortemente o seu pai caindo num choro profundo. Sua luta que parecera infrutífera, suas dores e vergonhas já não pesavam mais sobre seus ombros. O reconhecimento que Deus estava no comando de sua vida foi suficiente para se manter otimista quanto ao seu futuro.
Era necessário mudar radicalmente sua vida devocional. Sua relação superficial com o Deus criador já não satisfazia a sua alma. Era preciso ter uma nova atitude espiritual. Nas palavras reconfortantes do seu pai ficara muito claro que Deus tem sua própria maneira de ver as coisas e julgá-las imprescindíveis ou não para nossas vidas.
Reconfortado espiritualmente ganhou a rua levando nas mãos uma pasta cheia de documentos pessoais para deixá-los nas empresas da região a fim de conquistar seu primeiro emprego.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Novo rumo

Estou preso no tempo ao relento, desperto. Espero a anunciação do que já é esperado. Já sonhei tudo que tinha de sonhar, clamei aos céus na esperança de ser ouvido, mas o grande Deus que tudo sabe está em silêncio. Fui golpeado na minha vaidade. Preciso de novos objetivos, preciso reorientar meu foco. Não sei ficar sem desafios.

sábado, 23 de maio de 2009

Poesia


Poesia

Doce é a poesia. A semelhança das ondas
do mar às vezes chega com ímpeto, outras
vezes com a calma das marés de lua cheia.
Em teus versos encontro-me desnudo,
sou como criança a regalar-me nas brincadeiras da infância.
Não importa a sua intensidade, mas
o propósito; a sua escrita, mas a
emoção. A poesia é uma arte divina
que nasce no espírito e se desenvolve
nos corações dos homens.
Para ser poeta tem que amar a vida
e observar nas pequenas coisas um universo
de possibilidades, ser visionário dos
sentimentos, amar e amar.

Jerônimo Viana M. Alves
Natal 02/03/2006


Os céus de Natal choram constantemente, parece que seu lamento é eterno, parece que não que ser consolado. A visão se torna embaçada, distante como os pingos descompassados desse temporal. Como o canto de amor cantado a distância.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Pensamento

Sinto-me pensativo esses dias
Posso ouvir até a voz do silêncio
Não há ruídos interiores

Vivo um período pré-erupção
A calmaria da tempestade
Qual chuva que bate no telhado
Qual promessa não cumprida

Expectativa é o que vivo
Sem sobressalto, sem medo
Só espera e silêncio

Quando esse quadro muda?
Quando o improvável se tornará real?
O invisível visível?

Sinto-me pensativo esses dias
Posso ouvir até a voz do silêncio
Não há ruídos interiores

Só espera e silêncio.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Um homem segundo o coração de Deus

Estudo Bíblico - Atos 4. 1-31
Tema: Um homem segundo o coração de Deus
Jerônimo Viana de Medeiros Alves.

Um homem segundo o coração de Deus não tira de Deus a glória que lhes é devida

A bíblia nos conta que Pedro e João em nome de Jesus haviam realizado um grande milagre em frente à Porta Formosa do templo de Jerusalém (Atos 3.1-10). A perplexidade havia tomado conta de todos, visto que conheciam o indivíduo a quem a graça de Deus o havia alcançado (Atos 3.9-10; 4.22). Como era de se esperar correram para conhecer os autores de tão grande feito, já que os homens são inclinados a reverenciarem mais a criatura do que o criador (Atos 3.12).
A tentação de fazer cena com os méritos alheios foi de imediato descartado pelos apóstolos, que por levarem sua fé a sério não procuraram tirar vantagens do fato ocorrido. Sem dúvidas eram homens que estavam imbuídos das melhores intenções e não caíram nessa armadilha satânica tão manjada em nossos dias.
Cristo foi o centro do discurso de Pedro em pleno Pórtico de Salomão (Atos 3.11-26).
a. O Deus dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó) glorificara a Jesus (13).
b. O povo de Israel e suas autoridades o haviam rejeitado (14 e 17).
c. Sua incredulidade o matara, mas Deus o ressuscitara (15).
d. Pela fé no nome de Jesus a cura chegara aquele enfermo e poderia chagar a toda nação (16).
e. Cristo foi um cumprimento de uma promessa divina (18).
f. Todo Israel é chamado ao arrependimento, visto ser essa a única maneira de se consertar o erro cometido e apressar o retorno de Cristo ao seio do seu povo (19-26).
g. Cristo estava na profecia de Moisés, em Samuel e seus predecessores, bem como no interior dos israelenses que sendo filhos de profetas deveriam ter discernimento para entender que Jesus é o Senhor (24-26).
Em nenhum momento a atenção é chamada sobre os apóstolos, eles estavam conscientes de que eram instrumentos de Deus para abençoar o seu povo. Sem deixarem brechas espirituais para a vaidade humana, o inimigo muda de tática e ataca com tudo que tinha em suas mãos.

Um homem segundo o coração de Deus não se intimida diante das dificuldades, mas transforma-a em oportunidade de testemunho de sua fé.

Em Atos 4.1 temos em curso a nova estratégia de satanás: Sacerdotes, capitão dos guardas do templo, e saduceus, ou seja, a sabedoria religiosa e a violência militar frente aos hereges.
Como senhores da verdade e guardião da fé nacional estavam chateados pelo repulsivo ensino da ralé (pregavam - Jesus e a ressurreição), a final, os mestres de Israel não eram eles? A quem pertencia o monopólio da revelação? No verso três temos a prisão dos apóstolos. “É o fim! Basta desta heresia” – Pensaram as autoridades.
No dia seguinte foi organizada uma tremenda força tarefa para ouvir Pedro e João. Pelo seu tamanho e pessoas envolvidas um objetivo ficava claro: intimidação. Como simples pescadores iriam se sair diante do Sinédrio. Esse concílio de judeus era formado de homens de alto nível intelectual, eram pessoas bem fundamentadas acerca do conhecimento de Deus e das tradições de Israel. Entre seus componentes havia autoridades, líderes religiosos e os escribas. Os sumos sacerdotes: Anás, Caifás (Caifás era o presidente oficial do Sinédrio. Anás seu sogro conservava o título honorário e o prestigio do posto – Lucas 3.2), João, Alexandre e todos os parentes do sumo sacerdote estavam presentes a essa assembléia. Era o momento do confronto. Como se sairiam os apóstolos?
Todo o debate que se desenrola a partir do verso sete (4.7):
a. Com que poder ou em nome de quem fizeste isso? (4.7) Essa mesma pergunta havia sido feita a Jesus (Mateus 21.23). Contudo, foi evitada pelo mestre. Mas, agora era respondida por seus discípulos com clareza e autoridade: Em nome de Jesus (4.10).
b. E lembra: Aquele que a quem crucificas-te, e a quem Deus o ressuscitou dentre os mortos. Este Jesus é a pedra rejeitada por vós, “os construtores” (Israel - sacerdotes universais), mas foi colocada por Deus como pedra angular (total falta de sabedoria, discernimento por parte das autoridades) e concluem:

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (4.12).

O testemunho de fé foi poderosamente exposto em toda sua totalidade. Breve, conciso, impactante. Sua exposição lembra os argumentos de Cristo (4.13) e representa um cumprimento de uma profecia:

“Mas, quando vos entregarem, não cuideis de como, ou o que haveis de falar; porque naquela hora vos será dado o que haveis de dizer.” (Mat 10:19)

A reação dos doutores da lei não foi diferente. Não tinha nada para dizer (4.14). A coragem e a ousadia dos apóstolos estavam no fato de estarem cheios do Espírito Santo (4.8).

Todavia, mandando-os sair do Sinédrio, conferenciaram entre si, dizendo: Que havemos de fazer a estes homens? Porque a todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o podemos negar. (Atos 4.15-16)

Uma nova mudança na estratégia de satanás encontra-se em plena construção.

Um homem segundo o coração de Deus não se submete aos interesses escusos ao evangelho, mas permanece focado na revelação da palavra de Deus.

A nova investida satânica é direcionada a cercear, silenciar a palavra de Deus através das ameaças e chantagens emocionais. É comum ouvirmos em nosso ambiente de trabalho expressões como essas: Você é crente, já sei, é um salvo. Risos.
A ironia desse discurso tem por objetivo calar o crente diante daqueles que o cerca. A estratégia aqui é antecipar a tua resposta como maneira de inibi-lo diante dos que te escutam. Literalmente intimidar diplomaticamente.
No texto em questão as ameaças eram bem reais. Contudo, Pedro e João não se deixaram levar por nenhuma delas, pelo contrario:

19 Mas Pedro e João, respondendo, lhes disseram: Julgai vós se é justo diante de Deus ouvir-nos antes a vós do que a Deus; 20 pois nós não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido.

Novamente os argumentos dos homens rudes, sem formação acadêmica (4.13) calaram todo o Sinédrio não dando nenhuma outra opção aos senhores da lei que não fosse aumentar o grau de ameaças sobre os apóstolos (4.21). Contudo, a mão de Deus estava com eles.
a. Pela evidencia do milagre ocorrido. O homem em que operara a cura divina tinha mais de 40 anos, portanto, não podia ser acusado de ingênuo ou massa de manobra nas mãos dos apóstolos.
b. Através da opinião pública que havia visto o milagre e os tinham como um bem feitor.

O confronto com o sinédrio que conduziria ao fim da nova fé, na verdade a fortaleceu. Os homens iletrados confundiram os letrados. Sem dúvidas, foi uma bela arrancada para a pregação do evangelho. Em Atos 4. 23-31, a palavra de Deus nos fala de como essa vitória foi partilhada pela igreja de Jesus.

a. Todos ouviram o relato de Pedro e João (4.23).
b. Oraram juntos ao Senhor pedindo coragem para continuarem a testemunhar (4.29).Tinham consciência das dificuldades que os esperavam na pregação do evangelho (4.27), mas não lhes faltava vontade de fazer o trabalho.
c. Ao terminarem sua oração, tivemos de imediato uma manifestação do poder de Deus. Essa manifestação divina representava a aceitação de Deus para tudo que havia se processado naquele ambiente. O texto bíblico conclui afirmando que todos cheios do Espírito Santo ousadamente anunciavam a palavra de Deus (4.31).

Aqui fica uma reflexão:

Será que temos essa mesma ousadia em comunicar a palavra?

E você meu amigo compreende a ação de Deus nesse texto? O que lhes falta para aceitar Jesus como Senhor e salvador de sua vida? Jesus é aquele que cura todas as suas enfermidades (emocionais, espirituais, fisicas), que nos dar ousadia para enfrentar situações dificeis e vencê-las.

A resposta é sua.

Igreja Batista do Alecrim
Jerônimo Viana de Medeiros Alves.

fim

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Graça Divina

Na tua graça vivo
Reproduzo, cresço
Não esmoreço, luto

Se inspirado, canto
Quando tocado, feliz
Tenho paz, alegria
Pois tu estas comigo

Na tua graça venço
Se caio, logo levanto
Se choro, tu consolas

És meu guia, sempre
Tua luz, meu caminho
Tua paixão, liberdade
Teu sonho, realidade

Sou teu servo, és Deus
Da divindade, adorador
Por tua graça, alcançado

Jesus, Senhor

domingo, 17 de maio de 2009

Ausência



Esta noite contei todas as estrelas, olhei com atenção cada estrela cadente que riscou a imensidão do sertão. A cada queda pareciam minhas lagrimas refletindo a sua falta. Solitárias cruzam o espaço noturno criando trajetórias ao ermo rumo ao infinito. Atrás de se vão deixando rastros luminosos como explosões de alegria quando do dia em que esteve comigo.
O silencio outro companheiro indissociável das minhas noites, parece reverenciar a tua ausência, na verdade é música para meus ouvidos, pois ampliam de forma surpreendente os teus suspiros de amor gravados no mais intimo do meu coração.
A música faceira, quase sussurrada chega para compor esse quadro nostálgico. As notas retiradas dos instrumentos aproximam a minha alma da tua, não importando a distancia, nem o tempo que a subtrai dos meus olhos.
Um verdadeiro fogo toma conta da minha alma, posso sentir o cheiro do teu perfume impregnado nos meus lençóis fazendo com que todo meu ser clame aos céus para que o tempo logo passe e de novo possa tê-la ao meu lado.
Esta noite contei todas as estrelas que pude contar, olhei com atenção cada estrela cadente que riscava a imensidão do sertão.
Pensei em ti. Você faz bem a minha alma, querida esposa.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Espaço

Espaço que vivemos é o mesmo que morremos, construído a cada dia nas infinitas teias das relações humanas, no compasso do tempo, ao vento ou sobre um propósito preciso.
Espaços é que não faltam por isso devem ser explorados, conhecidos e revelados ao mundo para que outros em outros espaços possam se integrar conosco.
Espaço é história, cultura, informação, visto que é no espaço que a cada passo os homens transformam sua existência.
Espaço – Jerônimo Viana M. Alves

sábado, 9 de maio de 2009

CONFISSÃO DE UM EX-MATADOR DE DEUS

Eu matei Deus – Disse o velho homem batendo fortemente em seu peito – Não se assustem os irmãos, mas essa é a mais pura verdade. Devo dizer-lhe que não foi fácil reconhecer o fato, mas assumo a minha condição de assassino.
A constatação deste fato se deu quando em pleno culto o pregador gritou: “Mataram a esperança de Israel!” De tudo que foi dito, cantado ou representado naquele trabalho, nada permaneceu em meu coração a não ser aquelas palavras: “Mataram a esperança de Israel!”.
No decorrer da semana sempre que sobrava algum tempo no meu serviço, voltava a meditar naquele ato infame, covarde e desumano dos contemporâneos de Jesus Cristo.
Neste meio tempo cheguei a irritar-me profundamente com aquela situação, afinal, não seria mais fácil viver ao lado do Deus do que matá-lo? Há! Se pelo menos eu pudesse ter vivido naquela época, certamente teria convocado uma cruzada Santa contra os infiéis ou morreria tentando.
Quando refletia sobre essas coisas não percebi que haviam pessoas a minha volta com graves problemas existenciais, que lágrimas rolavam com freqüência de rostos inocentes pela violência e carentes de amor e atenção, que na ânsia de chegar em casa esquecia-me com freqüência de dizer bom dia, boa noite aos meus colegas de trabalho ou simplesmente não notava a presença de inúmeros pedintes, prostitutas, drogados, descriminados, oprimidos do diabo que cruzavam por mim em plena avenida ou ficavam em meio as estradas dessa vida, já a muito acostumados com o desprezo dos homens. Que pelo meu excesso de profissionalismo desenvolvi a “cultura do não se envolver”, de forma que ao longo de toda a minha vida profissional mantive uma relação superficial, cheia de relativismo e pouco proveitosa ao meu próximo.
Há irmãos!, Depois que percebi essa realidade em minha vida, passei a encarar os assassinos de Cristo de outra forma. Na verdade apesar de 2009 anos que nos separam também me vi no meio das multidões gritando: crucifica-o!, crucifica-o!.
Não, definitivamente não sou diferente de nenhum deles. A minha atitude covarde, omissa diante dos problemas deste século, o meu egoísmo em não querer partilhar meu Cristo com mais ninguém, a minha falta de compromisso de oração e ensino para com minha família, amigos, vizinhos e Igreja me capacitam a ser mais um dos matadores de Deus.
Mas sabe de uma coisa, apesar de tudo isso, eu vejo que há uma saída, é verdade, há uma saída, podemos fazer tudo diferente, podemos ser mais de que um vil matador de Deus, podemos ser seu filho amado. Sabem como? Fazendo a sua vontade. E a você meu amigo que ainda não aceitou a Jesus Cristo como seu salvador e Senhor, basta apenas se entregar nos braços do pai. Aceite-o, venha do jeito que estiver, pois o nosso Deus não faz acepção de pessoas.

Não matem Deus, deixe-o viver em sua vida
Amém!.

Igreja Batista do Alecrim
Jerônimo Viana M. Alves

segunda-feira, 4 de maio de 2009

UM DIA DEPOIS

De repente alguém bate a porta com tamanha força que faz gemer os gonzos. Alguém que está apavorado com a negritude da noite, alguém que tem pressa em ser atendido, que busca solução para a dor profunda, que atormenta a alma, que aperta o peito.
As batidas se repetem cada vez mais intensa, cada vez mais apressada, é insistente como que desejando ser sentida muito mais que simplesmente ouvida, pois traz em seu ritmo uma mensagem.
Abra a porta, deixe-me entrar! Ouve-se um clamor que vem lá de fora, que retumba casa a dentro penetrando pelo grande salão, ganhando seus compartimentos, porém, não a resposta., só o vazio incomodo e desesperador.
As batidas se eternizam, contudo, não há solução, pois já se foi o tempo, as eras são passadas onde aquela mesma porta que ora encontra-se fechada estava aberta proclamando a salvação. Cansado do seu esforço desaba sobre os joelhos derramando-se em prantos como quem não quer ser consolado.
Oh Deus do universo! Senhor de todos os mortais, ouça o clamor do teu servo e mim dar a tua paz. Retira-me dessa sarjeta, dissipa a minha vergonha. Não se der por ofendido, mas, salva-me da perdição.
Louco! Gritou um transeunte que apressadamente passava por aquele local. Não vês, não percebe, que essa igreja a muito encontra-se vazia, que seus fies já não mais existem, que todo o canto cessou? Porque clama desse jeito perturbando a vizinhança que deseja descansar? Retira-te depressa dessa calçada, aqui não terás guarida, toma o rumo dessa avenida e não olhe para trás. Hoje foi baixado um decreto que toda igreja vazia terá uma nova serventia, adorarão somente ao grande irmão. Lentamente o moço se levanta e ganha a rua escura levando no seu corpo a marca da condenação.
Tomado de grande medo refletia em desespero sua triste condição. Porque não ouvi a voz do meu pastor quando do púlpito proclamava que o fim estava próximo? Porque não dei ouvidos aos louvores que falavam da segunda vinda do messias libertador? Todos esses pensamentos martelavam em sua mente, mais agora encontrava-se marcado com o número 666 (seis, seis, seis). Já não adianta ler a bíblia, o Espírito foi retirado, não a mais discernimento, a palavra foi escondida o consolo não mais existe.
Corre notícias por toda parte de acidentes naturais, mortes e desaparecimento como nunca se ouviu. Em meio aquele beco mergulhado em seu remoço o moço bate em seu peito declarando-se culpado. A Igreja de Jesus Cristo, santa, pura, gloriosa já não encontra-se entre os homens, mas, descansa do seu trabalho, comemora as borda do cordeiro, a aliança com seu Senhor, se prepara para o ultimo momento: o julgamento final.
Pobre moço, triste é o seu fim. Nunca levou Cristo a sério, sempre riu dos sermões, acreditava em sua própria força, no seu senso de justiça, na riqueza em sua verdade, sempre deixou Cristo de lado, sempre, sempre.
Agora, sozinho, marcado pela morte, pelo medo, pela dor, aguarda o grande dia do Senhor, quando as trombetas soarem o livro for aberto e a sentença anunciada: Culpado!

Jerônimo Viana de Medeiros Alves –
Igreja Batista do Alecrim – Natal/RN

sábado, 2 de maio de 2009

Alma americana

Guerreiros irmãos que dormem em sono profundo
Desperta dos braços dos deuses da ingenuidade
Sacode dos ombros a triste mortalha
Canta de novo as canções de outrora

Exalta a liberdade, faz renascer a força
Dança nas tabas as velhas modas de guerra
Pois o inimigo lhe espreita a vida
Rir da sua dor e alegra-se na sua morte

Hoje é o dia e está é a hora
Ao campo, todos devemos marchar
Sem receios da morte, sem medo da vida
Pois em prisões não podemos mais está

O que temos a perder a não ser as nossas próprias cadeias
Que preço vale a nossa dignidade?
A morte é antes de tudo liberdade
O nosso corpo instrumento de vitória

Se por ventura formos tragados em meio a luta
Se for este o desejo do Deus supremo e forte
Que nossos corpos sejam monumentos à liberdade
Deixaremos a vida e entraremos para a História

Jerônimo Viana M. Alves
Natal/RN