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sábado, 14 de maio de 2011

Aqueologos encontram vestígios de uma casa da época de Cristo

Arqueólogos israelenses tornaram pública a descoberta de uma casa do primeiro século localizado em Nazaré. É, portanto uma casa do tempo em que Jesus nasceu e viveu.

Esta é a primeira casa encontrada em escavações nessa região. Os peritos chegaram a conclusão que essa residência [hipoteticamente de Jesus Cristo] fazia parte de uma pequena vila com 50 casas habitadas por judeus pobres.

O arqueólogo Yardena Alexandre - chefe das escavações - falou com entusiasmo: "Nós não decidimos cavar aqui, simplesmente porque existia um grande projeto de construção neste local (...). Mas levamos em conta o conhecimento da história regional. Nós tínhamos expectativas do que iríamos achar, mas não esperávamos encontrar algo tão antigo e próximo dos dias de Jesus Cristo".

Essa descoberta é de grande importância para nós porque até agora, não havia sido encontrado nas ruínas de uma cidade algo parecido com que encontramos aqui. Os achados arqueológicos mais antigos datam do século IV, e normalmente são restos de igreja e não de casas.

Foram os franciscanos que nos anos 60, encontraram os restos de três igrejas. O local do achado estava sendo preparado para a construção da atual Basílica da Anunciação. Sob uma das igrejas existia uma caverna em que os católicos acreditam ser o lugar onde Maria [a mãe de Jesus], segundo a tradição, recebeu do arcanjo Gabriel a informação que daria à luz ao Messias de Israel e filho de Deus.

"Um lugar Simples"

Para Alexander, a casa que foi encontrada apresenta "uma estrutura simples e pequena, portanto bem característica da cidade de Nazaré, da época de Cristo. "Fiquei encantado ao descobrir os restos de um lar judeu em Nazaré do primeiro século", disse o arqueólogo israelense.

A construção é composta de dois quartos e um pátio e uma cisterna esculpida na pedra onde era armazenada a água da chuva. "O que descobrimos é basicamente foi uma casa típica da época, com quartos comunicantes e certamente com muita vida", disse o arqueólogo Yardena Alexandre.

De acordo com fontes escritas no primeiro século da era cristã Nazaré era uma cidade judaica, situada em um vale. Até agora, apenas foi encontrado uma série de túmulos daquela época. “Jesus certamente conhecia esse lugar e talvez as pessoas que moravam nesta casa [se é que essa casa não foi de sua família].”

Os arqueólogos disseram que esta descoberta pode lançar luz sobre como poderia ser Nazaré na época de Cristo e disse que provavelmente era uma pequena vila com 50 casas habitadas por judeus pobres.

Esconderijo

Outro componente da descoberta que atraiu a atenção dos arqueólogos é a existência na casa de um esconderijo. O especialista explicou que a casa de Nazaré existia na época da guerra judaico-romana. "O esconderijo poderia ter servido como um refúgio para o povo" ao redor.

De acordo com o material encontrado em Nazaré os arqueólogos chegaram à seguinte conclusão: “Essa casa era habitada por uma família modesta, sem jóias ou outros recursos”, disse Alexandre, que também salientou que "não encontrei nada acima da camada do primeiro e segundo séculos e é provável que a casa tenha deixado de ser usada desde então”.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Barnabé: exemplo de fé e liderança cristã

No livro de Atos 4.36-37, temos a primeira citação do nome Barnabé. Nesses versos tomamos conhecimento da sua origem e caráter. Seu nome é José, mas os apóstolos acrescentaram por sobrenome Barnabé [filho da exortação ou consolação] devido seu caráter cristão.

Era um levita, natural do Chipre [Ilha Mediterrânea onde existia uma grande sinagoga judaica – At 11.19] e um bom e fiel servo de Deus. No verso 37, essa sua característica é ressaltada quando dispõe de todo seu patrimônio em favor dos mais carentes o que depõe contra Ananias e Safira [At 5.1-11] símbolos de servos infiéis da mesma orientação de Acã [Josué 7].

A atividade de Barnabé na Igreja de Jerusalém não encerra nesses versos. No capitulo 9. 26-30 vemos introduzindo Paulo ao convívio dos apóstolos. Ele de imediato acreditou na conversão de Paulo, nesse sentido podemos afirmar com convicção que possuía o dom do discernimento, visto que viu o que ninguém queria enxergar [At 9.27], pois todos colocaram o medo no lugar da sensibilidade espiritual.

Discernimento espiritual e mais que desconfiômetro é ter clareza em meio às trevas, é confiar na direção de Deus e se deixar dirigir. Esse dom deveria ser comum a todos os líderes cristãos, caso contrário poderá ver ameaças onde não existem ou relegar para segundo plano o que é essencial. Enquanto os apóstolos se alimentavam de medo, Barnabé abundava em certeza que aquele negócio era de Deus.

Paulo carecia de ajuda, pois sua situação não era nada confortável:

a.       Não era mais fariseu, devido sua experiência cristã.
b.      Era visto com desconfiança pelos cristãos por seu passado comprometedor.

Daí a importância de Barnabé e seu discipulado junto a Paulo.

Devido à perseguição aos cristãos [At 9.28-30], Paulo é mandado para Tarso [cidade natal- região da Cilícia] onde passa 10 anos [Gl 1.10-2.21] até se resgatado por Barnabé que naquele momento estava organizando a Igreja de Antioquia [At 11.22-26]. Barnabé é descrito por Lucas como [...] um homem de bem, e cheio do Espírito Santo e de fé [...]. Além dessas características era um verdadeiro líder espiritual, visto que conseguia unir as pessoas em torno de um propósito comum [At 11.24].

Nesse sentido qualquer tipo de vaidade ou promoção pessoal passava muito longe do seu coração. Paulo de auxiliar de trabalho [Igreja de Antioquia] ultrapassou em muito seu conselheiro no ministério da palavra, contudo Barnabé não perdeu tempo com ciúmes ou qualquer tipo de sentimento menor e diabólico, pelo contrário foi parceiro de Paulo nas viagens missionárias [Atos 13.2-3] e quando chegou a se desentender com este [pois isso é algo natural em qualquer relação] foi em benefício de um jovem discípulo de nome João Marcos [At 15. 36-39] que mais tarde escreveria o evangelho de Marcos [o primeiro evangelho do Novo Testamento].

O próprio Paulo tempos depois reconhece o valor de João Marcos quando em cartas como 2Timóteo 4.11 [Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.] e Filemom 24 [Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.], declara ser imprescindível ao seu trabalho, e desta forma reconhecendo a boa orientação de Barnabé.

Barnabé era alguém que sabia ser solidário [At 4.36-37], compreensivo [At 9.26,27], que influenciava positivamente as pessoas [At 11.25,26], era confiável [At 11.29,30], cheio do Espírito Santo [At 11.24] e que exortava na medida certa sempre visando promover o crescimento dos crentes [At 11.23]. Era um autêntico servo do Deus vivo que dotado de todos os instrumentos espirituais necessários ao crescimento da obra missionária não se deu por rogado e trabalhou com afinco para aquilo que em ultima estância era sua única razão de ser: divulgar o reino de Deus entre os homens.

Como Paulo se auto sustentava [1Co 9.6], sofreu perseguições [At 13.50; 14.4-6;, foi incompreendido [At 15. 1-2], mas nunca desistiu do seu Senhor. Barnabé tinha com muita clareza sua posição dentro da igreja do Senhor e o que lhes cabia fazer fez.

Ao concluir essa meditação, fico pensando o quanto a Igreja do Senhor avançaria em nossos dias se todos os servos de Deus tivessem o mesmo espírito de Barnabé. Quantos problemas se evitariam: estrelismos, ciúmes, status, etc. Só a graça.

O livro de Atos está em aberto, à história da Igreja não foi concluída e cabe a nós outros construímos um ambiente tal de fraternidade, compreensão, amor as almas perdidas que servos do Senhor como Barnabé, Áquila e Priscila possam ser honrados com nossa maneira de viver. Por fim, toda honra e glória seja dada ao Senhor hoje e eternamente. Amém!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Um casal a serviço de Deus

Um Casal a Serviço de Deus: A Inspiração de Áquila e Priscila

Na semana passada, o irmão Elias, da União Masculina Missionária, me procurou para levar uma meditação à casa de um jovem casal recém-chegado à nossa igreja. "O que falar?", foi o questionamento que de imediato veio à minha mente. Orando e lendo a Bíblia, pensei em vários temas: família, alegria, etc., mas nenhum tocava em meu coração. Nessa minha busca, lembrei-me do casal Áquila e Priscila, que foram grandes auxiliares do apóstolo Paulo. Quando iniciei a minha pesquisa, logo senti a direção de Deus para este estudo. Rogo a Deus que Ele fale ao seu coração assim como falou ao meu.

Um casal a serviço de Deus

E DEPOIS disto partiu Paulo de Atenas, e chegou a Corinto. E, achando um certo judeu por nome Áqüila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), ajuntou-se com eles, E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas. Atos 18.1-3

1. O Encontro com Deus

A primeira informação que temos sobre Áquila e Priscila encontra-se no capítulo 18 do livro de Atos. O contexto histórico é muito rico: Paulo vivenciava a segunda viagem missionária e acabara de chegar a Corinto vindo de Atenas. Áquila e Priscila já se encontravam na cidade, embora a Bíblia não precise o fator tempo.

Ambos tinham muito em comum. Paulo era judeu, assim como o casal. De certa forma, eram vítimas da intolerância religiosa (Áquila e Priscila haviam sido expulsos de Roma pelo decreto do imperador Cláudio em 49 d.C.), estavam em deslocamento e exerciam a mesma profissão. Com tantas coisas em comum, não era de estranhar a aproximação de Paulo do casal. O ensino da Palavra logo teve espaço no coração de Áquila e Priscila, que por um ano e seis meses cuidaram do missionário em sua própria casa.

2. Um Casal a Serviço do Reino

"E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas. E todos os sábados disputava na sinagoga, e convencia a judeus e gregos." (Atos 18:3-4)

O sustento de Paulo era conquistado duramente com a ajuda de seus novos discípulos. No versículo quatro, fica claro que, após uma intensa semana de trabalho, os irmãos se dirigiam ao templo, onde Paulo anunciava a Cristo. Áquila e Priscila aprendiam atentamente seus ensinos. Juntos com o apóstolo, foram moldados pelo fogo da oposição judaica, que não se limitava apenas ao debate teológico, mas frequentemente recorria às ameaças e ao uso da influência política para alcançarem seus objetivos (v. 12-13).

Eles podiam simplesmente abandonar Paulo e salvarem suas vidas de prováveis represálias de extremistas religiosos, mas não desertaram. Áquila e Priscila estavam ao lado de Paulo não por sua presença agradável, mas pela sua mensagem libertadora. Nesse sentido, puderam dar ao apóstolo apoio e consolo em seus momentos difíceis.

“Mas, resistindo e blasfemando eles, sacudiu as vestes, e disse-lhes: O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios.” (Atos 18:6)

Fico aqui pensando que, após um dia de luta contra os inimigos da fé cristã, o apóstolo, agora cansado, tomava o rumo da casa de Áquila e Priscila não com receio ou constrangimento, mas com alegria e a certeza de que seria bem acolhido e descansaria para um novo dia de trabalho. Aqui fica a reflexão: será que, ao final de um dia de trabalho, temos o mesmo sentimento de Paulo ao voltarmos para casa?

Na casa de Áquila e Priscila, o apóstolo era revigorado. Apesar de a Bíblia não entrar em detalhes sobre o que acontecia no interior daquela casa, podemos inferir através das entrelinhas dos textos bíblicos:

  • Com certeza, na casa de Áquila o apóstolo se sentia amado.
    • Acompanham Paulo em sua viagem a Éfeso (Atos 18:18-19).
    • Estavam com Paulo quando de sua prisão em Roma (2 Timóteo 4:19).
  • Usufruía de hospitalidade e sustento.
    • Paulo passou um ano e meio com os irmãos em Corinto (v. 11).
    • Havia o reconhecimento de Paulo sobre o ministério de Áquila e Priscila (Romanos 16:3).
  • Gozava de cuidados, atenção e crédito.
    • Áquila e Priscila se transformaram em evangelistas (1 Coríntios 16:19).

A casa de Áquila e Priscila era um lar de testemunho, sendo referência para toda a comunidade ao seu redor. Nesse sentido, temos o testemunho do próprio apóstolo.


3. Um Casal Semeador

"E Paulo, ficando ainda ali muitos dias, despediu-se dos irmãos, e dali navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áquila, tendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto. E chegou a Éfeso, e deixou-os ali; mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus. E, rogando-lhe eles que ficasse por mais algum tempo, não conveio nisso. Antes se despediu deles, dizendo: É-me de todo preciso celebrar a solenidade que vem em Jerusalém; mas querendo Deus, outra vez voltarei a vós. E partiu de Éfeso." (Atos 18:18-21)

A saída de Paulo poderia ser uma ocasião para a paralisação espiritual de Áquila e Priscila. Afinal, “o líder estava distante” e as ameaças eram bem reais. Mas não foi assim.

Em Atos 18:26, lemos na Palavra de Deus que o casal estava em plena atividade evangelizadora na sinagoga:

  • Quando Apolo falou ousadamente na sinagoga, eles estavam lá para ouvi-lo.
  • Perceberam problemas em sua doutrina (Atos 18:25).
  • Ensinaram a Apolo o que haviam aprendido de Paulo (Atos 18:26).
  • Era um casal maravilhoso. Em todas as passagens bíblicas que lemos até aqui, eles sempre aparecem juntos, e isso é uma lição de vida para nós.
  • Não só pregaram, mas também orientaram espiritualmente Apolo, ajudando-o a alcançar muitos outros para Cristo. Dessa forma, tinham uma excelente visão de reino, não eram míopes espirituais.

"Querendo ele passar à Acaia, animaram-no os irmãos, e escreveram aos discípulos que o recebessem; o qual, tendo chegado, aproveitou muito aos que pela graça criam. Porque com grande veemência, convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo." (Atos 18:27-28)

Conclusão

Em suma, Áquila e Priscila são exemplos a ser seguidos pela igreja de Deus. Eram servos do Senhor que sabiam usar seu trabalho como instrumento de evangelização (1 Coríntios 16:3). Sabemos que viajavam com frequência, pois os encontramos em Roma na carta de Paulo àquela igreja (Romanos 16:3) e, mais tarde, não mais em Roma, quando da carta de Paulo a Timóteo (2 Timóteo 4:19). Estavam sempre juntos na evangelização, nas lutas que a igreja travava com seus opositores e na direção de Deus. No pouco que a Bíblia fala desse casal, conclui-se que realizaram o que Deus havia proposto para eles. Minha oração é que cada lar cristão possa cumprir aquilo a que Deus nos chama. Amém!