quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A conquista de Jericó pode ser encontrada?

Por que as tentativas de escavar evidência indiscutível da conquista têm fracassado tanto até aqui? Keith Schoville, professor emérito no departamento de Estudos Hebraicos e Semíticos na Universidade de Wisconsin (Madison), oferece uma explicação:

Estes são assuntos muito difíceis de asseverar ou corroborar em termos de pesquisa arqueológica. Você simplesmente não tem… um tablete dizendo que os israelitas conquistaram tal e tal lugar em tal e tal data. Esse tipo de coisa não existe.

Outra razão para esta dificuldade tem estado implícita em nossa discussão sobre a natureza da conquista em si mesma. Os fatos, como a Bíblia os apresenta, indicam que não há relativamente nenhuma evidência da conquista a encontrar. Maciça destruição física de toda Canaã não foi nem o alvo nem o resultado da conquista. A “proscrição” (sentença de destruição) sob a qual Canaã foi colocada por Deus aplicava-se às populações cananitas dentro de suas cidades, não às cidades em si mesmas (veja]s 6.17,21), exceto por Jericó, Ai e Hazor. Na avaliação de David Merling, a conquista, conforme descrita na Bíblia, não devia deixar evidência suficiente de si mesma.

À luz deste entendimento, se nós realmente encontrássemos evidência de uma maciça destruição ao longo da rota da conquista na época em que a Bíblia a coloca (1400 a.C.), isso causaria na verdade maior problema para a Bíblia! Deveríamos, então, procurar tal evidência de algum modo? Eugene Merrill, professor de Antigo Testamento no Dallas Theological Seminary, é de opinião de que tais esforços são inúteis:

…a verificabilidade arqueológica da conquista revela-se um exercício em irrelevância. Tudo que alguém poderia esperar é alguma indicação de que ocupantes da terra dizimados foram substituídos por colonizadores étnica e culturalmente diferentes, uma busca que é notoriamente infrutífera.

Uma razão para que tal busca fosse uma vez julgada infrutífera é que enquanto tentam achar evidência da substituição ocupacional, os israelitas em seu período de colonização poderiam ter simplesmente adotado a cultura material dos cananitas (Dt 6.10,11). Não tendo ainda desenvolvido sua cultura material distintiva, os israelitas pareciam com os cananitas no registro arqueológico. As cartas de Amarna, constituídas de correspondência entre as cidades-estado cananitas e os oficiais egípcios em Amarna, na verdade revelam que os israelitas eram culturalmente inferiores aos cananitas.

Todavia, baseados em escavações e pesquisas mais amplas, nós agora sabemos que os israelitas na verdade evidenciavam apenas uma cultura cerâmica. Esta coleção de cerâmica possibilita que os especialistas façam distinção entre os israelitas e seus vizinhos cananeus. Apesar desta cultura ser datada da imigração e colonização israelitas no final do século XIII a.C. (pelo menos), outros também a tem usado para defender uma data anterior para o êxodo. Por exemplo, as escavações de Manfred Bietak emTell el-Dab’a (Gósen), no Egito, têm revelado um estilo cananeu de cerâmica como aquele que aparece em Canaã.

Esta pode ser evidência possível de que os israelitas estiveram uma vez em Gósen, ou de outra forma, que os asiáticos simplesmente entraram nesta região do Delta egípcio. A qualquer custo, a maioria dos críticos eruditos vão dispensar esta evidência porque ela presume uma data recente, e esta cerâmica é datada como antiga (cerca de 1650-1550 a.C.). Com que somos deixados, então? Evidência da conquista pode ser encontrada? Apesar de a evidência ser inadequada e certamente controversa, a resposta a isso é afirmativa. Todavia, temos que olhar nos lugares certos.

Não devemos procurar por uma camada de conquista exceto nas três cidades queimadas, e mesmo lá, com destruições subsequentes por outros invasores, nossas expectativas têm que ser moderadas. Mesmo quando toda a evidência arqueológica é posta de lado ainda temos o testemunho do mais significativo documento histórico e arqueológico já descoberto pelo homem — a Bíblia. Mesmo que nos recusemos a aceitar que as Escrituras foram divinamente inspiradas, como muitos eruditos fazem, o relato realista da Bíblia sobre uma conquista parcial claramente possui as marcas de historicidade, não de um exagero etiológico. Informações extra bíblicas dos textos de Amarna têm nos fornecido um esboço compatível no qual os detalhes tradicionais da narrativa bíblica da conquista e do povoamento podem ser colocados. Bruce K. Waltke nos diz:

De todos os modos estudados pelos quais a tradição textual com respeito à conquista e ao povoamento pode ser testada pela arqueologia, as duas linhas de evidência coincidem. Além disso, toda evidência arte factual creditada aos palestinos sustenta o relato literal de que a conquista ocorreu no tempo especificamente datado pelos historiadores bíblicos. Portanto, a partir destas informações ninguém tem razão para questionar a confiabilidade da Bíblia…

Portanto, nossa busca pela conquista não tem sido em vão. Seja a falta de evidência suficiente ou a “irrelevância” de qualquer evidência, a busca forçou um retorno ao texto bíblico. Ali, uma vez que nossas pressuposições sobre a singularidade histórica da Bíblia estão corretas, nós verdadeiramente encontramos a conquista histórica, afinal.


Fonte: Livro: Arqueologia Bíblia
Autor: Randall Price,
Pags: 126-127
Universalidade da Bíblia
 Publicado pelo O nortão em 06 de novembro de 2020

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Coração domável

 Andei pelo mundo sem rumo

Acreditei no acaso, no improviso 

Levei borduada, curtir feridas

Cabeça dura, coração indomável


Meu coração era meu guia

Surdo me fiz aos sábios conselhos 

Fiz da minha força a razão de ser

Não parei até que fui provado


Conheci Jesus no pior momento 

A angústia já me sufocava

Fui resgatado pelas mãos divinas

Salvo por um amor inexplicável


Hoje meu coração é domável

Da ansiedade livrou meu ser

Tenho esperança na vida

Espero feliz pelo amanhecer


Jerônimo Viana M. Alves

12.10.20




domingo, 11 de outubro de 2020

Generosidade

 Por Roberto Vieira

“1982- O Hotel Majestic colocou Mario Quintana no olho da rua.

A miséria havia chegado absoluta ao universo do poeta.

Mario está só. Encontrava o império dos homens  sem sentimentos.

O porteiro joga um agasalho que tinha ficado no quarto.

“Toma, velho!”

Mario recita ao porteiro: A poesia não se entrega a quem a define.

Mario estava só.

Cadê os passarinhos?

A sarjeta aguardava o ancião.

Paulo Roberto Falcão soubera do acontecido.

Chega em frente ao hotel e observa aquela cena absurda, triste.

Estaciona e caminha até o poeta com as malas na calçada.

“Sr. Quintana, o que está acontecendo?”

Mario ergue os olhos e enxuga uma lágrima, destas que insistem em povoar os olhos dos poetas.

Quisera não fossem lágrimas, quisera eu não fosse um poeta, quisera ouvisse os conselhos de minha mãe e fosse engenheiro, médico, professor.

Ninguém vive de comer poesia.

Mario lhe explica que o dinheiro acabou.

Está desempregado, sem família, sem amigos, sem emprego.

Restaram apenas essas malas nas ruas de Porto Alegre.

Mario observa Falcão colocando suas malas dentro do carro em silencio.

E em silencio, Falcão abre a porta para Mario e o convida a sentar.

No silencio de duas almas na tarde fria de Porto Alegre o carro ruma na direção do infinito.

Falcão para o carro no Hotel Royal, desce as malas, chama o gerente e lhe diz:

“O Sr. Mario agora é meu hóspede!”

“Por quanto tempo, Sr. Falcão?”

Falcão observa o olhar tímido e surpreso do poeta e enquanto o abraça comovido, responde:

“POR TODA ETERNIDADE”. ( o hotel pertencia ao Falcão ).


O poeta faleceu em 1994.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

PIB Penha SP canta "Porque Ele me Amou"


 PIB PENHA SP CANTA ‘PORQUE ELE ME AMOU’

O grupo de Adoração da Primeira Igreja Batista da Penha (SP) louva ao Senhor com a música oficial da Campanha 2020.
A música oficial da Campanha Porque Ele me amou conta com diversos recursos em vídeo. Utilize-os para incentivar a sua igreja a louvar e a se envolver ainda mais com a obra missionária no Brasil.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Estudo bíblico Joao 6. 1- 15


 

Túneis levam conflito palestino-israelense às entranhas de Jerusalém

 Entre a Mesquita de Al-Aqsa e o Muro das Lamentações há um emaranhado de túneis que levam ao subsolo da Cidade Antiga de Jerusalém o conflito entre palestinos e israelenses, que tentam provar com a arqueologia sua conexão com a Terra Santa.

O guia Robin Abu Shamseyh conduz um pequeno grupo através destes corredores de mais de 485 metros que revelam camadas de história escrita por otomanos, mamelucos, cruzados, o período islâmico clássico, bizantinos e romanos.

Para Israel, "o objetivo das escavações é explorar e descobrir qualquer evidência que reste do primeiro ou segundo templo", disse Abu Shamseyh no tour por este submundo controlado pela Fundação Israelense para o Patrimônio dos Túneis do Muro das Lamentações, que recriou em maquetes e filmes como acredita-se que era a vida na Cidade Santa há dois mil anos.

A historiografia judaica situa ali, a dezenas de metros de profundidade da Esplanada das Mesquitas (sagrada para judeus e muçulmanos), o espaço onde foram erguidos os dois templos de culto judaico, o último destruído pelos romanos e cujo vestígio é o Muro das Lamentações.

Na travessia é possível ler uma mensagem: "Você está no ponto mais próximo do mais sagrado dos lugares sagrados do Monte do Templo" (nome da Esplanada no judaísmo, denominada Nobre Santuário no islã).

Neste lugar começou o mundo e foi guardada a Arca da Aliança com os Dez Mandamentos, segundo a tradição judaica, e agora reúne, orando em silêncio, os poucos crentes que cabem no estreito corredor.

Enquanto centenas de visitantes e fiéis percorrem os túneis diariamente e sua sinagoga, grupos e autoridades palestinas, inclusive o ministro para Assuntos Religiosos, Youssef Ideis, denunciam que a busca para provar o vínculo entre o povo judeu e Jerusalém põe em perigo a estrutura da mesquita Al-Aqsa, um risco que os arqueólogos israelenses negam.

A vontade de controlar este lugar sagrado, o primeiro para os judeus e o terceiro para os muçulmanos, põe Jerusalém Oriental no coração das tensões entre palestinos e israelenses, que ocupam esta parte da cidade desde 1967.

"Sob a supervisão dos arqueólogos israelenses, sua narrativa é a dominante", declarou Abu Shamseyh, ressaltando que muitos fatos "foram manipulados para que pareça que lhes une com os israelenses. Mas, se nos referirmos aos achados arqueológicos, veremos que não é assim".

Como exemplo, cita o que classifica como restos de uma cisterna mameluca que, de acordo com as explicações israelenses, é descrita como um "mikve", ou "banheiro de purificação" judeu.

É uma situação complexa, segundo reconheceu à Efe Gideon Avni, diretor do Departamento de Arqueologia da Autoridade de Antiguidades de Israel, responsável por tramitar os achados de um solo extremamente prolífico em descobertas arqueológicas e que foi mais perfurado que a histórica Roma.

"A arqueologia foi utilizada com enfoques nacionalistas e políticos desde o século XIX, não é algo exclusivo deste contexto", afirmou, destacando que "é preciso levar em conta que existe uma grande diferença entre os trabalhos arqueológicos profissionais e a interpretação que recebe em termos políticos e religiosos".

Os arqueólogos, segundo assegurou, observam "as jazidas, o que existiu", mas admitiu que, depois, "quem te explica é o guia, que pode modificar o que vê e interpreta".

"Nós damos informação às pessoas para que reconstruam sua identidade (...) Mas às vezes há um mal uso no processo de criação", salientou.

O desejo de impedir que esta ciência se transforme em uma arma política ou de propaganda no conflito palestino-israelense é a base da organização israelense Emek Shaveh.

Seu diretor, Yonathan Mizrahi, explicou à Efe que, quando se faz uma escavação, há uma metodologia a seguir - documentar, publicar, analisar -, "que não se fez aqui durante algum tempo, razão pela qual podem te contar o que queiram: que Jesus ou Maomé caminharam por aqui, o que seja".

Mesmo assim, declarou que "não se pode ignorar que foi encontrada uma parede enorme, continuação do Muro das Lamentações", da mesma forma que outros achados, e descarta que as escavações estejam sendo praticadas sob Al-Aqsa e ponham em risco seus alicerces, como acusam alguns movimentos palestinos.

"Segundo entendo, o que ocorre aqui é que é um projeto político pelo qual Israel controla este espaço", algo que, sem dúvida, provoca oposição.

Fonte: TERRA

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Genesis 1 e 2. Pr.Adauto Lorenço e Pr. Jean.


 Fonte: Pr. Jean - Igreja Batista do Candelária, Natal, RN.

A verdadeira sabedoria

 "Se você é sábio, é sábio para si mesmo; se é zombador, só você sofrerá as consequências." Pv 9.12

Que lição. O bom conhecimento primeiramente trás resultado na vida do seu portador para depois seguir adiante. Ter sabedoria é uma arte. Ela nos livra de muitos problemas, a começar domando as nossas paixões, pondo a nossa vida em ordem e assim nos ajudando a lidar melhor com as pelejas desta vida. Mas, qual a origem desta sabedoria cantada no livro de provérbios? 

"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência." Prov. 9.10

Taí, o segredo. "Temer ao Senhor". Temer não é a mesma coisa de ter medo ou pavor do Senhor. Deus não se impõe pela força ou terror. Ele não nos obriga a nada. Ele orienta, aponta o caminho, ilumina nosso entendimento para compreendermos as consequências dos nossos atos. 

Quem costuma forçar a barra e dominar totalmente os incautos é satanás. Já observou que uma pessoa possessa não lembra do que fez? É isto mesmo. O inimigo rouba a sua consciência. Contudo, Deus jamais age assim, pois, onde impera o Espírito de Deus há liberdade e  não escravidão.

Onde encontramos está sabedoria? Buscando, lendo e meditando na palavra de Deus. O Espírito Santo nos orienta na compreensão da palavra, se com fidelidade e avidez nos dedicarmos a leitura bíblica e a oração. O Espírito de Deus tem prazer em nos instruir.

Vivemos melhor e com qualidade quando nos  submetemos ao Senhor com alegria e singeleza de coração. Portanto, não perca tempo. Já meditou na palavra de Deus hoje? Já orou ao Senhor? Comece sempre o seu dia buscando ao Senhor. 

"Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia."   Tiago 3. 17

Com esta atitude não há como se dá mal nesta vida. É possível que venhamos a passar por provações, a final, estamos sujeitos como qualquer outra pessoa, contudo, com uma diferença. O Senhor sempre estará ao nosso lado. 

Um abençoado dia a todos.

sábado, 29 de agosto de 2020

O local onde Jesus teria multiplicado os pães e os peixes é achado no Mar da Galileia


Fonte: Jornal do Sul

 Arqueólogos israelenses encontraram nos arredores do Mar da Galileia (Lago Tiberiades ou Kinneret) os restos de Betsaida (Julias), o povoado onde, de acordo com a tradição cristã, os apóstolos Pedro, André e Felipe moravam e onde aconteceu o milagre da multiplicação dos pães e peixes.

“Encontramos o que parece ser a cidade dos três apóstolos, onde Jesus multiplicou os pães e os peixes”, afirmou nesta segunda-feira à Agência Efe o arqueólogo Mordejai Aviam, do Kinneret College, em Israel, que há três anos trabalha neste projeto.

Na margem nordeste do Mar da Galileia, a equipe vasculhou o lugar onde, conforme o Novo Testamento, estiveram três dos apóstolos de Jesus, a Reserva Natural do Vale de Betsaida, como é conhecida hoje.

Há pouco tempo, Aviam achou, com mais 25 arqueólogos e voluntários, uma capa do período das Cruzadas, uma feitoria de açúcar do século XIII, um mosteiro e o que parece ser uma igreja. Dois metros debaixo do solo encontraram restos do período bizantino, que se remonta à etapa final do Império Romano e que nos seus primeiros anos de vida se estendeu por todo o Mediterrâneo Oriental.

Tempo atrás tinha sido descartada a possibilidade de encontrar algo deste período da história, mas foi a aparição de uma peça de cerâmica em 2014 que fez que a equipe se concentrasse mais nesta área e o que fez aumentar as expectativas.

“Existem moedas, cerâmica, um mosaico, paredes e um banheiro de estilo romano, o que nos leva a crer que não se tratava simplesmente de um povoado, mas de uma grande cidade romana”, afirmou Aviam, acrescentando que abaixo da camada que objetos das Cruzadas estão ruínas do período anterior, o Romano (de 300 a 100 a.C.).

De acordo com a Bíblia, Jesus foi para esse lugar para descansar sozinho, afundado na tristeza pela notícia da morte de João (ordenada por Herodes Antipas), mas foi seguido por uma multidão.

Quando anoiteceu, os discípulos sugeriram que ele dispensasse os seguidores para que pudessem comer, mas ele respondeu que não era necessário que fossem embora e pediu para servir as pessoas com os alimentos que tivessem ali. Foi quando os discípulos disseram que só tinham cinco pães e dois peixes.

Teorias arqueológicas

Aviam está convicto de que os objetos achados demonstram que esse é o local onde milhões de cristãos viram esse milagre, apesar de outras teorias arqueológicas situarem esse ponto em outros lugares da região, rejeitando essa situação com o argumento de que o nível do lago nessa área cobria a zona, algo que as novas descobertas contradizem.

O historiador Flávio Josefo descreveu nos seus textos a cidade de Betsadia e explicou que o rei judeu Filipe, o Tetrarca, a transformou, fazendo com que o local se transformasse de uma vila de pescadores em uma autêntica cidade romana.

Não muito longe dali, na cidade de Tiberíades, na margem oposta do lago, novas escavações situam Madala, o povoado onde nasceu e viveu Maria Madalena, uma das figuras femininas mais relevantes da Bíblia.

Local de peregrinação

Os responsáveis pelas mais novas descobertas arqueológicas na zona querem fazer das terras próximas ao Mar da Galileia um lugar de peregrinação, culto e turismo e por isso querem acompanhar os passos de Jesus e percorrer as paisagens por onde ele e seus discípulos caminharam.

Para muitos dos que creem, pisar na terra em que Jesus Cristo viveu e ver resquícios que datam de sua época e que põem no mapa atual os lugares apresentados na Bíblia é, além de uma experiência repleta de emoção, uma forma de reafirmar a própria fé. (AG)

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Relembre a fascinante descoberta da cabeça de lobo da Era do Gelo

Relembre a fascinante descoberta da cabeça de lobo da Era do Gelo: A descoberta feita em 2019 foi inédita: nunca antes uma cabeça tão intacta - com presas e até o cérebro ainda úteis para estudo - de um animal que viveu na Era do Gelo chegou às mãos dos cientistas

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Amontoados de pedras em Jerusalém intrigam arqueólogos

Fonte: SoCientífica 

É desconhecido o objetivo dos amontoados de pedras em Jerusalém, erguidos ao longo de 2.500 anos, alguns inclusive com a altura de um prédio de seis andares. Também não é clara a origem das construções, por mais que sejam ambientes familiares dos habitantes locais.

Mas, no fim de julho a Autoridade de Antiguidades de Israel revelou os resultados de uma escavação completa feita neste local. Os arqueólogos descobriram os restos de um edifício de 2.700 anos e diversas alças de jarras estampadas, provavelmente construídos durante o Reino de Judá, no Primeiro Templo.

Entretanto, por mais que as descobertas sejam interessantes, elas levaram ao desenvolvimento de outras perguntas. Por que um templo bíblico foi enterrado sob diversas pedras? Por que foram construídos outros montes de pedras nas proximidades? Além destes, existem muitos outros questionamentos.

Filisteus ocuparam Jerusalém?

Pesquisadores britânicos do Fundo de Exploração da Palestina começaram a estudar a Terra Santa na metade do século 19. Desde então, ao menos 19 montes artificiais ou túmulos foram identificados na Cidade Velha de Jerusalém. Aliás, boa parte está agrupada em uma área pequena, principalmente no cume, que dá vistas para o vale bíblico de Refaim.

Alguns túmulos estão rodeados pela expansão urbana de Jerusalém, enquanto outros tiveram pior sorte e já desapareceram completamente. Mas, a pesquisa foi concluída antes da construção de novas moradias na região. De fato, durante boa parte da história os montes estiveram cercados por fazendas, conforme destacado por alguns historiadores contemporâneos.

“Sua concentração em uma área muito específica e o enorme esforço necessário para criá-los tornam muito improvável que fossem apenas depósitos de lixo ou montes de pedras retiradas de campos agrícolas”, disse Yuval Baruch, arqueólogo-chefe do IAA para Jerusalém.

Em 1923 o pai da arqueologia bíblica, William F. Albright fez uma das primeiras investigações na região. Foram cinco dias de trabalho, sendo que ele não encontrou uma tumba sob a pilha de pedras, mas pode comparar os túmulos de Jerusalém aos túmulos da Idade do Ferro, localizados na Grécia.

Ele identificou que eram do século 11 a.C, da época do profeta Samuel e dos reis Saul e Davi. Ainda assim, especulou que não foram levantados por israelitas, mas sim por invasores filisteus, já que provavelmente este povo tinha uma conexão com os gregos. Mas, atualmente boa parte dos especialistas rejeita essa ideia, já que não há evidências de que os filisteus estiveram em Jerusalém.

Memoriais reais ou sítios pagãos?

Conforme descobertas feitas pela arqueólogo israelense Ruth Amiran, que escavou um dos montes, perto do bairro de Kiryat Menechem, o túmulo escondia uma parede com retenção interrompida por um lance de escadas. Assim, levava a uma plataforma com restos de um incêndio e ossos de animais queimados.

Ela sugeriu que o local está citado na bíblia, como “bamot”, traduzido para “lugares altos”. Dessa forma, eram ambientes de culto no topo da colina, que teriam sido destruídos por obras feitas pelos reis Ezequias e Josias. A partir disso, o objetivo deles seria transformar a fé da população em monoteísta.

Um detalhe importante é que a datação dos montes de Amiran combina com os reinados de Ezequias e Josias, que estiveram no poder entre o fim do século 8 a.C e 7 a.C. Uma pergunta parece estar respondia, ainda assim, a ideia de que os montes foram erguidos para esconder uma crença não mais aceita é vista com ceticismo pelos arqueólogos.

Hipótese diz que os montes eram homenagens aos reis

Existe uma outra hipótese, levantada pelo arqueólogo da Universidade Bar-Ilan Gabriel Barkay, onde diz que a descoberta de Amiran não estava ligada a cultos politeístas. Segundo ele, o incêndio e o levantamento de túmulos está ligado a cerimônias memoriais que conforme a bíblia foram realizadas para os reis mortos de Judá.

Além disso, o número de montes corresponde aos dos reis existentes entre Davi, no século 11 a.C ou 10 a.C e Zedequias, que acabou com a conquista de Jerusalém pelos babilônios. Assim, a destruição do Primeiro Templo aconteceu por volta de 586 a.C.

Com informações de Haaretz.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Satanás

 

Ex-funcionária da Google alerta para a produção de robôs assassinos que podem despoletar uma guerra

 Por ZAP -16 Setembro, 2019

A Google pediu a Laura Nolan para reforçar os drones militares dos EUA. Recusou e demitiu-se. Agora, alerta para o perigo destas armas que podem originar uma guerra.

Cerca de um ano depois de se ter demitido da Google, Laura Nolan avisa agora que há uma nova geração de armas automáticas que podem, acidentalmente, desencadear uma guerra e “causar atrocidades de forma massiva”.

Nolan defende que estes robôs têm a capacidade para criar “calamidades para as quais não estavam programados” e que, por isso, devem ser banidos, à semelhança das armas químicas.

A engenheira em ciência computacional demitiu-se depois de lhe ter sido atribuída a tarefa de trabalhar num projeto para reforçar a tecnologia nos drones militares norte-americanos. Depois, juntou-se à Campanha para Parar os Robôs Assassinos que visa alertar para os perigos do uso destas armas.

“Há a possibilidade de acontecerem grandes acidentes, porque estas coisas vão começar a agir de forma inesperada. Daí a importância de submeter qualquer sistema avançado de armas ao controlo humano. Caso contrário, estas armas têm de ser banidas porque são demasiado imprevisíveis e perigosas”, alertou, citada pelo The Guardian.

Para Laura Nolan, as consequências fatais podem resultar de coisas simples como mudanças meteorológicas não previstas pelo software dos drones ou um comportamento humano complexo.

Uma das principais preocupações reveladas pela engenheira, prende-se com um dos pedidos efetuado pelo departamento de defesa dos Estados Unidos que, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento desta tecnologia, pediu que fosse criado um sistema de inteligência artificial capaz de avaliar imagens e diferenciar automaticamente pessoas de objetos, a um ritmo muito superior ao atual, que por sua vez é feito por militares especializados e que, naturalmente, demora mais tempo.

Outro problema que se parece impor com uso desta tecnologia diz respeito aos testes que têm de ser feitos para confirmar o uso “controlado” destas máquinas. “Outra questão assustadora é que só se pode testar estes sistemas de guerra autónomos no campo de combate. Quem sabe se isso não está já a acontecer atualmente, com os russos na Síria?”, disse Nolan.

A Rússia recusou-se a assinar um tratado que limitava o uso deste tipo de tecnologia, e que “têm feito campanha para nem sequer se discutir este assunto”.

ZAP //

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Portugal fora da lista de países que querem proibir robôs assassinos

 Por Lusa -10 Agosto, 2020

Apesar de apoiar a realização de negociações para o fim do uso de robôs assassinos em conflitos militares, Portugal está fora da lista de países que procuram explicitamente proibir armas totalmente autónomas.

A constatação consta de um relatório de 55 páginas divulgado pela Human Rights Watch (HRW), intitulado “Stop Killer Robots: Country Positions on Banning Fully Autonomous Weapons and Reing Human Control”, que analisa as políticas dos 97 países, incluindo também o Brasil, que têm elaborado publicamente as suas opiniões sobre robôs assassinos desde 2013.

No documento, a HRW lembra que os 97 países participaram todos nas oito reuniões da Convenção sobre Armas Convencionais (CAC) sobre sistemas de armas autónomos letais de 2014 a 2019, com a Áustria, Brasil e Chile a proporem negociações sobre um instrumento juridicamente vinculativo para garantir um controlo humano significativo sobre as funções críticas dos sistemas de armamento.

Na parte referente a Portugal, que, a par do Brasil, são os dois únicos países lusófonos analisados no relatório, é referido que, em 2014, na Assembleia Geral da ONU, Lisboa apoiou a ideia de se continuarem as negociações sobre a regulação dos sistemas de armas autónomas.

“Portugal referiu [então] que partilha preocupações humanitárias, morais e legais em relação a esse tipo de armas e que defende a necessidade de haver um controlo humano sobre funções críticas dos sistemas de armamento”, lê-se na análise da organização de defesa e promoção dos direitos humanos.

A HRW afirma que Portugal, que participou em todas as reuniões da CAC, “não apoiou as propostas para a proibição total do armamento autónomo” e que, em vez disso, sugeriu em março de 2019 que os países devem focar-se na análise à forma como a lei internacional pode aplicar a tais armas.

Em relação ao Brasil, a HRW lembra que as autoridades brasileiras expressaram, na reunião que permitiu fundar a CAC, em 2013, que decorreu durante uma sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, as preocupações sobre os sistemas de armamento autónomo letais.

“[As preocupações] incluíram as consequências de um baixo custo humano em conflitos como forma de banalizar os conflitos e as incertezas quanto a apreciação das mortes provocadas por armas autónomas”, lê-se no documento.

Segundo o HRW, o Brasil, que também participou em todas as reuniões da CAC, argumentou e avisou que “a tecnologia nem sempre é a melhor solução para os desafios” de todos, e levantou sérias objeções éticas, legais e morais” quanto à utilização de robôs assassinos.

Nesse sentido, em novembro de 2017, lembra o HRW, as autoridades brasileiras apelaram a uma proibição total, alegando que alguns sistemas de armamento com capacidades autónomas “irão comprovar que são incompatíveis” com as leis internacionais humanitária e sobre direitos humanos.

A organização de defesa dos Direitos Humanos destacou a proposta apresentada formalmente em agosto de 2018 pelo Brasil, em conjunto com a Áustria e Chile, para a negociação de um instrumento legalmente vinculativo para garantir um controlo humano “significativo” nas “funções críticas” dos sistemas de armas autónomos.

Na globalidade, o relatório da HRW é referido que um número crescente de países reconhece o dever de salvar a humanidade de armas totalmente autónomas, uma vez que os sistemas de armamento que selecionam e atacam alvos sem controlo humano significativo são “inaceitáveis e devem ser evitados”.

Para a HRW, há um apoio “crescente” a uma “proibição de preocupações partilhadas”, em que o desejo de controlo humano “deve impulsionar a regulação” do setor.

A grande maioria dos Estados, lê-se no documento, considera o controlo humano e a tomada de decisões “cruciais para a aceitabilidade e legalidade dos sistemas de armas”.

// Lusa

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Descoberta de ossos de 'gigante' do século III choca arqueólogos na Itália

Arqueólogos ficaram abismados após a descoberta de um esqueleto que pertenceria a uma pessoa com gigantismo.

A descoberta foi feita próximo de Roma, quando pesquisadores se depararam com os restos de um homem que seria classificado como gigante quando viveu no século III d.C., revela o tabloide Express.

A grande raridade do achado se deve ao fato de, atualmente, o gigantismo ser encontrado só em três pessoas a cada milhão de habitantes.

A condição começa na infância, quando uma disfunção da glândula pituitária causa crescimento anormal. Trata-se do primeiro caso, no Império Romano, que se acredita claramente apresentar essa perturbação, afirma Simona Minozzi, paleontologista da Universidade de Pisa (Itália).

Avanços na arqueologia: descoberta impressionante de um esqueleto gigante - "é uma montanha humana".

Arqueólogos ficaram estupefatos com a descoberta de um esqueleto que um estudo afirma ser de uma pessoa com gigantismo.

O esqueleto de 1,8 metro, em uma época em que a média de altura nos homens era 1,5 metro, havia sido encontrado em 1991 em uma escavação na necrópole de Fidenae, um território indiretamente administrado por Roma.

Porém, foi somente após a constatação do tamanho anormal do esqueleto que os ossos foram enviados para análise por uma equipe liderada por Minozzi, que constatou o gigantismo em um estudo publicado pelo Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.

A razão da morte do homem, que tinha entre 16 e 20 anos, permanece desconhecida, mas podia ter estado conectada com problemas relacionados ao gigantismo, como doenças cardiovasculares ou problemas respiratórios, explica Minozzi.

Minozzi acredita que a alta sociedade do Império Romano "desenvolveu um destacável interesse por animadores com evidentes malformações físicas, tais como corcundas e anões [...].
Portanto, a arqueóloga considera que este homem tenha atraído atenção e interesse com sua altura incomum na época.

Fonte: br.sputniknews.

domingo, 5 de julho de 2020

Descobertos selos de 2.500 anos que mostram reconstrução de Jerusalém

A Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou a descoberta de artefatos que são parte de restos da destruição de Jerusalém pela Babilônia durante as lideranças de Esdras e Neemias.

Arqueólogos encontraram um carimbo e uma bula, espécie de selo redondo utilizado para fins comerciais ou assinatura de documentos nos tempos antigos, durante a escavação do estacionamento Givati da Cidade de Davi, em Jerusalém.

Ambos os artefatos foram encontrados ao lado dos escombros de uma estrutura, destruída durante o século VI a.C. pelos babilônios, segundo o jornal The Times of Israel.

De acordo com o professor Yuval Gadot, do Departamento de Arqueologia e Culturas Antigas do Oriente Próximo da Universidade de Tel Aviv, e o dr. Yiftha Shalev, da Autoridade de Antiguidades de Israel, trata-se de uma descoberta rara que revela o quanto Jerusalém foi afetada pela Babilônia em sua destruição.

"A descoberta da impressão de carimbos e selos na Cidade de Davi indica que, apesar da terrível situação da cidade após a destruição, foram feitos esforços para restaurar as autoridades administrativas. Além disso, seus moradores continuaram usando as estruturas que foram destruídas", explicaram Gadot e Shalev.

O objeto não era usado para selar o documento, pois sua impressão foi descoberta em um grande pedaço de argila.

O selo, de aproximadamente oito centímetros de diâmetro, tem a imagem de uma pessoa sentada em uma cadeira com uma ou duas colunas à sua frente, um estilo característico da cultura babilônica, além de conter inscrições lineares, como se fossem letras.

Acredita-se que as duas pessoas sentadas na impressão seja um rei e as colunas representem os deuses babilônicos Nabu e Marduk.

Pesquisadores acreditam que as descobertas da escavação contribuirão na compreensão da renovação da administração local antes da destruição do Primeiro Templo, que aconteceu aproximadamente 100 anos antes.


sábado, 4 de julho de 2020

Cristão é perseguido por ler a Bíblia na Etiópia

Com medo de retaliação, o seguidor de Jesus fugiu com a família e encontrou a Portas Abertas

Por Heleno Farias JM Notícia -4 de julho de 2020

O mundo travou uma batalha contra a COVID-19, mas para algumas pessoas a doença apenas agravou a luta que elas travam todos os dias para manter a fé em Jesus. Reta* é um exemplo de cristão que sabe o que é perder tudo por amor a Cristo e pelo zelo com os ensinamentos bíblicos, na Etiópia. Porém, a perseguição que ele enfrenta não vem de extremistas islâmicos, mas de alguns cristãos ortodoxos.

+ Urgente: cristãos são detidos e igrejas queimadas na Etiópia

Reta já foi líder na Igreja Ortodoxa Etíope, mas desde que passou a crer e ensinar que a salvação acontecia somente pela fé e pela graça de Deus, a vida dele mudou para pior. Alguns religiosos da mesma denominação começaram a ser hostis com o cristão porque ele lia a Bíblia e influenciava outros a fazer o mesmo. Mas o estopim foi quando o líder cristão defendeu a permissão  de trabalho da Sociedade Bíblica na cidade onde residia. Após o apoio, o seguidor de Jesus foi expulso da igreja.

Com medo de retaliação física, Reta fugiu com a esposa e os dois filhos. Sem renda, moradia e alimentação, a família foi acolhida por alguns parentes não cristãos. Mas as medidas de distanciamento social estão dificultando o encontro de um trabalho para que sobrevivam por conta própria. A Portas Abertas visitou a família, respeitando as regras de distanciamento social, e ofereceu tanto incentivo emocional como financeiro.

“É impossível descrever em detalhes o que Deus fez por nós. Sem a ajuda e o apoio de vocês, teríamos perdido tudo e nosso casamento teria desmoronado. Mas agradecemos muito ao Senhor por nos apoiar em muitas tribulações. Agradecemos a ele por nos dar boas pessoas de Deus, como vocês, quando nossos parentes e amigos se afastaram de nós”, agradece Reta.

*Nome alterado por segurança(Com Portas Abertas).

Perseguidos não desamparados


quinta-feira, 2 de julho de 2020

COVID-19: cristãos são excluídos de ajuda do governo do Vietnã

Portas Abertas trabalha para fornecer ajuda emergencial para 18 famílias do país.

Cristãos foram excluídos da ajuda emergencial vinda do governo do Vietnã, mas puderam contar com a assistência de irmãos ao redor do mundo.


A quarentena está suspensa no Vietnã desde o dia 23 de abril, mas algumas famílias mais pobres precisam de doações do governo e de organizações para sanarem as necessidades mais emergenciais como alimentação. Porém, 18 famílias cristãs foram excluídas do serviço de assistência por causa da fé em Jesus.

No total, são 107 pessoas, incluindo idosos e crianças, que vivem no norte do país, na região próxima à fronteira com a China que deveriam receber o auxílio governamental. As autoridades justificaram a negação da assistência: “Vocês são cristãos e o Deus de vocês cuidará da família de vocês! O governo não é responsável por vocês!".

Segundo parceiro local da Portas Abertas, as famílias tiveram os trabalhos interrompidos e precisam racionar comida para que todos consigam se alimentar. “Elas se esforçam para ter comida nas mesas e consomem o arroz pouco a pouco todos os dias. Quando souberam que o apoio do governo estava chegando ao distrito, ficaram muito felizes, mas apenas até descobrir que não estavam na lista porque eram cristãos”, testemunha.

A Portas Abertas está em contato com os irmãos e irmãs integrantes das famílias excluídas e trabalha para que eles recebam pacotes de alimentos e outros produtos para terem as primeiras necessidades supridas. Porém, é possível que existam muitos outros cristãos que estão vivendo essa experiência de exclusão em meio à luta contra a pandemia da COVID-19, no Vietnã. Contamos com os cristãos brasileiros para levar o socorro até a Igreja Perseguida do país, que ocupa a 21ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2020.

Pedidos de oração

Ore para que o Senhor toque os corações das autoridades locais para que forneçam as necessidades básicas dos cristãos vietnamitas. E que vejam a mão de Deus cuidando das 18 famílias.

Interceda pelos cristãos que se apegam às promessas de Deus neste momento difícil. Que milagres aconteçam e mais pessoas se entreguem a Jesus.

Clame para que Deus seja o maior consolador e provedor neste momento de crise para os cristãos necessitados em todo o mundo.

Fonte: Portas Abertas 

SOBRE NÓS

Uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus.

Este homem italiano da Idade Média substituiu sua mão amputada com uma faca

Este homem italiano da Idade Média substituiu sua mão amputada com uma faca: Antropólogos italianos documentaram um caso em que um homem da Idade Média não só conseguiu sobreviver à amputação de sua mão direita, como também utilizou uma arma branca como prótese....

terça-feira, 30 de junho de 2020

Coronavírus: ‘Estamos diante de ameaça de extinção e as pessoas nem mesmo sabem disso’, afirma sociólogo Jeremy Rifkin


Juan M. Zafra
The Conversation*

O sociólogo americano Jeremy Rifkin, que se define como ativista em favor de uma transformação radical do sistema baseado no petróleo e outros combustíveis fósseis, passou décadas exigindo uma mudança da sociedade industrial para mais modelos sustentáveis.

Rifkin é consultor de governos e empresas em todo o mundo.

Ele escreveu mais de 20 livros dedicados a propor fórmulas que garantam nossa sobrevivência no planeta, em equilíbrio com o meio ambiente e também com nossa própria espécie.

The Conversation - Em sua opinião, qual o impacto da pandemia da covid-19 no caminho para a terceira revolução industrial?

Jeremy Rifkin - Não podemos dizer que isso nos pegou de surpresa. Tudo o que está acontecendo conosco decorre das mudanças climáticas, sobre as quais os pesquisadores e eu estamos alertando há muito tempo.

Tivemos outras pandemias nos últimos anos e foram emitidos avisos de que algo muito sério poderia acontecer. A atividade humana gerou essas pandemias porque alteramos o ciclo da água e o ecossistema que fazem o equilíbrio no planeta.

Desastres naturais — pandemias, incêndios, furacões, inundações — continuarão porque a temperatura na Terra continua subindo e porque arruinamos o solo.

Há dois fatores que não podemos deixar de considerar: as mudanças climáticas causam movimentos da população humana e de outras espécies. A segunda é que as vidas animal e a humana estão se aproximando todos os dias como consequência da emergência climática e, portanto, seus vírus viajam juntos.

The Conversation - Esta é uma boa oportunidade para aprender lições e agir, não acha?

Rifkin - Nada voltará ao normal novamente. Este é um sinal de alerta em todo o planeta. O que temos que fazer agora é construir as infraestruturas que nos permitam viver de uma maneira diferente.

Devemos assumir que estamos em uma nova era. Caso contrário, haverá mais pandemias e desastres naturais. Estamos diante de uma ameaça de extinção.

The Conversation - Você trabalha, estará trabalhando nesses dias, com governos e instituições ao redor do mundo. Não parece haver consenso sobre o futuro imediato.

Rifkin - A primeira coisa que devemos fazer é ter um relacionamento diferente com o planeta. Cada comunidade deve assumir a responsabilidade de como estabelecer esse relacionamento em sua esfera mais próxima.

E sim, temos que começar a revolução em direção ao Green New Deal global [proposta que estimula os Estados Unidos a alcançarem o nível zero de emissões líquidas dos gases do efeito estufa, além de outras metas], um modelo digital de zero emissões; temos que desenvolver novas atividades, criar novos empregos, para reduzir o risco de novos desastres.

A globalização acabou, devemos pensar em termos de glocalização. Esta é a crise de nossa civilização, mas não podemos continuar pensando na globalização como hoje, pois são necessárias soluções glocais para desenvolver infraestruturas de energia, comunicação, transporte e logística…

The Conversation - Você acha que durante esta crise, ou mesmo quando a tensão diminuir, governos e empresas tomarão medidas nessa direção?

Rifkin - Não. A Coreia do Sul está combatendo a pandemia com tecnologia. Outros países estão fazendo o mesmo. Mas não estamos mudando nosso modo de vida.

Precisamos de uma nova visão, uma visão diferente do futuro, e os líderes nos principais países não têm essa visão. São as novas gerações que podem realmente agir.

The Conversation - Você propõe uma mudança radical na maneira de ser e ser no mundo. Por onde começamos?

Rifkin - Temos que começar com a maneira como organizamos nossa economia, nossa sociedade, nossos governos; por mudar a maneira de estar neste planeta.

A nossa é a civilização dos combustíveis fósseis. Nos últimos 200 anos, foi baseada na exploração da Terra.

O solo permaneceu intacto até começarmos a cavar as fundações da terra para transformá-la em gás, petróleo e carvão. E nós pensamos que a Terra permaneceria lá sempre, intacta.

Criamos uma civilização inteira baseada no uso de fósseis. Usamos tantos recursos que agora estamos recorrendo ao capital fundiário, em vez de obter benefícios dele.

Estamos usando uma terra e meia quando só temos uma. Perdemos 60% da superfície do solo do planeta. Ele desapareceu e levará milhares de anos para recuperá-lo.

The Conversation - O que você diria para aqueles que acreditam que é melhor viver o momento, o aqui e agora, e esperam que no futuro outros venham para consertá-lo?

Rifkin - Estamos realmente diante das mudanças climáticas, mas também há tempo de mudá-las.

As mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global e pelas emissões de CO₂ alteram o ciclo da água na Terra.

Nós somos o planeta da água, nosso ecossistema emergiu e evoluiu ao longo de milhões de anos graças à água. O ciclo dela nos permite viver e se desenvolver.

E aqui está o problema: para cada grau de temperatura que aumenta como consequência das emissões de gases de efeito estufa, a atmosfera absorve 7% a mais de precipitação do solo e esse aquecimento os força a cair mais rápido, mais concentrado e causando mais desastres naturais relacionados à água.

Por exemplo, grandes nevascas no inverno, inundações na primavera em todo o mundo, secas e incêndios durante o verão e furacões e tufões no outono varrendo nossas costas.

As consequências vão piorando com o tempo.

Estamos diante da sexta extinção e as pessoas nem sabem disso. Os cientistas dizem que metade dos habitats e animais da Terra desaparecerão em oito décadas.

Essa é a posição em que estamos. Estamos de frente com uma potencial extinção da natureza para a qual não estamos preparados.

The Conversation - Qual é a gravidadedessa emergência global? Quanto tempo resta?

Rifkin - Não sei. Faço parte desse movimento de mudança desde a década de 1970 e acho que o tempo de que precisávamos passou.

Nunca voltaremos onde estávamos, à boa temperatura, a um clima adequado…

A mudança climática estará conosco por milhares e milhares de anos; a questão é: podemos, como espécie, ser resilientes e nos adaptar a ambientes totalmente diferentes e que nossos companheiros na Terra também possam ter a oportunidade de se adaptar?

Se você me perguntar quanto tempo levará para mudarmos para uma economia limpa, nossos cientistas na cúpula europeia sobre mudança climática em 2018 disseram que ainda temos 12 anos. Já é menos que nos resta para transformar completamente a civilização e começar essa mudança.

A Segunda Revolução Industrial, que causou mudanças climáticas, está morrendo. E isso se deve ao baixo custo da energia solar, que é mais lucrativa que o carvão, o petróleo, o gás e a energia nuclear.

Estamos caminhando para uma Terceira Revolução Industrial.

The Conversation - É possível uma mudança de tendência global sem os Estados Unidos do nosso lado?

Rifkin - A União Europeia e a China se uniram para trabalhar juntas e os Estados Unidos estão avançando porque os estados estão desenvolvendo a infraestrutura necessária para alcançá-los.

Não se esqueça que somos uma república federal. O governo federal apenas cria as leis, os regulamentos, os padrões, os incentivos; na Europa, acontece o mesmo: seus Estados-membros criaram as infraestruturas.

O que acontece nos Estados Unidos é que prestamos muita atenção no Trump, mas dos 50 Estados, 29 desenvolveram planos para o desenvolvimento de energia renovável e estão integrando a energia solar.

No ano passado, na Conferência Europeia de Emergência Climática, as cidades americanas declararam uma emergência climática e agora estão lançando seu Green New Deal.

Muitas mudanças estão acontecendo nos Estados Unidos. Se tivéssemos uma Casa Branca diferente seria ótimo, mas, ainda assim, esta Terceira Revolução Industrial está surgindo na UE e na China e já começou na Califórnia, no Estado de Nova York e em parte do Texas.

The Conversation - Quais são os componentes básicos dessas mudanças que são tão relevantes em diferentes regiões do mundo?

Rifkin - A nova Revolução Industrial traz consigo novos meios de comunicação, energia, transporte e logística.

A revolução comunicativa é a internet, assim como foram a imprensa e o telégrafo na Primeira Revolução Industrial no século 19 no Reino Unido ou o telefone, rádio e televisão na segunda revolução no século 20 nos Estados Unidos.

Hoje, temos mais de 4 bilhões de pessoas conectadas e em breve teremos todos os seres humanos conectados à internet; todo mundo está conectado agora.

Em um período como o que estamos vivendo, as tecnologias nos permitem integrar um grande número de pessoas em uma nova estrutura de relações econômicas.

A internet do conhecimento é combinada com a internet da energia e a internet da mobilidade.

Essas três internets criam a infraestrutura da Terceira Revolução Industrial. Essas três Internet convergirão e se desenvolverão em uma infraestrutura de internet das coisas que reconfigurará a maneira como todas as atividades são gerenciadas no século 21.

The Conversation - Qual o papel dos novos agentes econômicos na formação desse novo modelo econômico e social?

Rifkin - Estamos criando uma nova era chamada glocalização.

A tecnologia de emissão zero desta terceira revolução será tão barata que nos permitirá criar nossas próprias cooperativas e nossos próprios negócios, tanto física quanto virtualmente.

Grandes empresas desaparecerão. Algumas delas continuarão, mas terão que trabalhar com pequenas e médias empresas com as quais estarão conectadas em todo o mundo. Essas grandes empresas serão provedores de rede e trabalharão juntas em vez de competir entre si.

Na primeira e na segunda revolução, as infraestruturas foram feitas para serem centralizadas, privadas. No entanto, a terceira revolução possui infraestruturas inteligentes para unir o mundo de maneira distribuída e glocal, com redes abertas.

The Conversation - Como a superpopulação afeta a sustentabilidade do planeta no modelo industrial?

Rifkin - Somos 7 bilhões de pessoas e chegaremos a 9 bilhões em breve. Essa progressão, no entanto, vai acabar.

As razões para isso têm a ver com o papel das mulheres e sua relação com a energia.

Na antiguidade, as mulheres eram escravas, eram as fornecedoras de energia, tinham que manter a água e o fogo.

A chegada de eletricidade está intimamente relacionada aos movimentos sufragistas nos Estados Unidos; libertou as jovens, que puderam ir para a escola e puderam continuar seus estudos até a universidade.

Quando as mulheres se tornaram mais autônomas, livres, mais independentes, houve menos nascimentos.

The Conversation - Você não parece otimista, e ainda assim seus livros são um guia para um futuro sustentável. Temos ou não temos um futuro melhor à vista?

Rifkin - Todas as minhas esperanças estão depositadas na geração millenial. A geração dos millenials saiu das salas de aula para expressar sua inquietude.

Milhões e milhões deles exigem a declaração de uma emergência climática e pedem um Green New Deal.

O interessante é que isso não é como nenhum outro protesto na história, e houve muitos, mas este é diferente: move a esperança, é a primeira revolta planetária do ser humano em toda a história em que duas gerações foram vistas como espécies em perigo.

Essa geração se propõe a eliminar todos os limites e fronteiras, preconceitos, tudo o que nos separa. Ela começa a se ver como uma espécie em extinção e tenta preservar as demais criaturas do planeta.

Esta é provavelmente a transformação mais importante da consciência humana na história.

Juan M. Zafra é professor associado do Departamento de Jornalismo e Comunicação Audiovisual da Universidade Carlos 3, em Madri, na Espanha.

* A versão original desta entrevista foi publicada na edição 113 da Revista Telos, pela Fundação Telefônica, e pode ser lida aqui. (https://telos.fundaciontelefonica.com/portada-telos-113-jeremy-rifkin-todas-mis-esperanzas-estan-depositadas-en-la-generacion-milenial/)


Suposto vinhedo bíblico é encontrado em Israel

Arqueólogos que trabalham em Israel estabeleceram recentemente que a descoberta realizada pela primeira vez há anos "é compatível com a narração bíblica" relacionada ao vinhedo mencionado nos Livros dos Reis.

Este vinhedo era propriedade do personagem bíblico Nabote, cuja execução foi orquestrada pela rainha Jezabel para que seu marido, o rei Acabe, pudesse se apoderar da propriedade.

É impossível datar os restos da construção, podendo determinar apenas quando foram utilizados pela última vez, afirmou ao The Jerusalem Post a autora principal do estudo Norma Franklin, do Instituto Zinman de Arqueologia da Universidade de Haifa.

"Com estruturas deste tipo, podemos avaliar quando foi a última vez que foram utilizadas, em torno do século I d.C., porém não podemos determinar quando foram construídas", observou.

Considera-se que os eventos descritos na Bíblia ocorreram em torno do século IX a.C.

"É possível que o vinhedo já existisse naquela época, porém é difícil afirmar isso. No entanto, alguns cientistas acreditam que a história foi escrita posteriormente, em torno do século VI a.C., quando podemos afirmar certamente que o vinhedo estava funcionando. Não há como saber se o que narra a Bíblia aconteceu exatamente como relatado, porém a narração deve ter existido", adicionou.

Franklin também observou amostras do solo em uma comunidade próxima há vários anos para determinar se seriam capazes de cultivar uvas da região.

"Os resultados mostraram que em toda a região havia apenas uma pequena área que seria boa para os vinhedos, exatamente onde se encontrava a antiga adega", declarou.


segunda-feira, 29 de junho de 2020

Estudo revela arma mortal que foi crucial para o exército assírio há 2,7 mil anos

Estudo revela arma mortal que foi crucial para o exército assírio há 2,7 mil anos: O armamento foi utilizado na conquista de Israel bíblica durante o século 7 a.C

Cidade cristã destruída pelos persas há 1.400 anos encontrada em Israel, revela estudo

Os restos daquela que já foi uma próspera cidade cristã, destruída pelas forças persas há cerca de 1.400 anos, foram descobertos no norte de Israel, relatam arqueólogos.

O assentamento rural bizantino de Pi Metzuba, na Galileia Ocidental, parece ter visto seu fim no início do século VII, quando a Pérsia invadiu a região como parte de seu conflito mais amplo com o Império Bizantino.

O ponto alto da escavação

As ruínas foram encontradas durante obras para ampliar a estrada que liga a cidade de Shlomi e o Kibbutz Hanita, ao sul da fronteira de Israel com o Líbano, e originaram de imediato trabalhos arqueológicos de emergência.

O ponto alto da escavação foi a descoberta de um edifício marcado com símbolos cristãos e que abrigava um mosaico de alta qualidade decorado com figuras florais, animais e humanas inspiradas na iconografia pagã.

Segundo informa o jornal israelense Haaretz em sua edição de 17 de junho, para além deste mosaico foram descobertos outros tesouros.

A novidade foi avançada em primeira mão pelos autores das descobertas, os arqueólogos Gilad Cinamon, Yoav Lerer, Gabriela Bijovsky e Rina Talgam. Os pesquisadores publicaram os resultados obtidos na edição de junho de 2020 da revista Atiqot, da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês).

Apesar de escavação ter sido iniciada em 2007, foram necessários vários anos para que os especialistas estudassem e publicassem os achados da cidade bizantina, afirmou ao Haaretz Gilad Cinamon, o arqueólogo da IAA que chefiou a escavação.

O local não é conhecido de fontes bizantinas, mas os pesquisadores acreditam que se trate da cidade de Pi Metzuba, mencionada no Talmude de Jerusalém, o compêndio da lei religiosa judaica compilado nos séculos IV-V na Galileia.

Mosaico cristão e pagão

O mosaico de cinco por cinco metros, apenas parcialmente preservado, retrata motivos florais, figuras animais e humanas e fragmentos de inscrições gregas, que não conseguiram ainda ser decifradas.

Para Cinamon, o mosaico decorou a sala de estar de uma moradia urbana, propriedade de uma família muito rica", acrescentando que se trata de "um achado bastante raro para esta área do período bizantino".

Arqueólogos desenterram cidade cristã da Galileia saqueada pelos persas no século VII

Os motivos no mosaico sugerem que o espaço foi utilizado para entreter os convidados desta família abastada, relata por sua vez a coautora Rina Talgam.

Dentro de uma borda de folhas de acanto, várias imagens da vida campestre são retratadas: um coelho comendo uvas, um javali, pássaros bicando e uma cena de caça, entre outros.

No centro do mosaico está uma mulher de grinaldas segurando uma cornucópia, romãs e frutas amarelas que pode muito bem ser interpretada como uma personificação da abundância agrícola e da fertilidade e ser uma representação de Tyche, a deusa grega da fortuna, diz Cinamon.

O mosaico foi removido para o museu de arqueologia local no Kibbutz Ein Dor, perto da cidade de Nazaré, onde está atualmente em exposição, relata o Haaretz.


Casa grande com símbolos cristãos na cidade bizantina de Pi Metzuba continha também um mosaico com motivos pagãos, incluindo animais e uma deusa

O Império Bizantino e o Império Persa entraram em guerra entre 602 e 628 d.C., o último de uma série de conflitos entre as duas potências. Os persas conquistaram Jerusalém em 614 com ajuda de alguns aliados judeus que haviam sido perseguidos pelos bizantinos.

Segundo os pesquisadores, existiam cerca de 140 assentamentos cristãos na região durante essa época, incluindo 63 igrejas ou mosteiros. Outros 13 assentamentos tinham uma população mista. Muitos desses assentamentos cristãos da Galileia foram destruídos na invasão persa.

Terra proibida

O Talmude de Jerusalém inclui Pi Metzuba em um rol de "territórios proibidos" da Galileia Ocidental que segundo a lei judaica – Halacha - não eram considerados parte do território judaico.

Contudo, judeu que neles habitasse teria de cumprir todos os mandamentos prescritos para os habitantes da Terra de Israel.

No entanto, e apesar de "por enquanto não termos documentos de fontes cristãs sobre esse assentamento, todas as evidências apontam para uma população quase inteiramente cristã", afirmou Cinamon ao Haaretz.
Apenas uma pequena parte do local foi escavada até agora. A maioria dos edifícios descobertos foram casas pequenas e modestas ligadas por vielas apertadas, com exceção de uma grande e bem construída estrutura no meio da cidade.
Foi dentro desse prédio que os arqueólogos recuperaram o grande mosaico, assim como uma cruz de bronze, que pode ter sido parte de um candelabro, e um dintel de porta decorado com uma cruz.

Além do colorido mosaico, os pesquisadores também encontraram cerâmica, uma cruz de bronze, moedas árabes-bizantinas, um raro peso de bronze do século VI e pedras com cruzes esculpidas nelas.

O Império Bizantino e o Império Persa entraram em guerra entre 602 e 628 d.C., o último de uma série de conflitos entre as duas potências. Os persas conquistaram Jerusalém em 614 com ajuda de alguns aliados judeus que haviam sido perseguidos pelos bizantinos.

Segundo os pesquisadores, existiam cerca de 140 assentamentos cristãos na região durante essa época, incluindo 63 igrejas ou mosteiros. Outros 13 assentamentos tinham uma população mista. Muitos desses assentamentos cristãos da Galileia foram destruídos na invasão persa.

Fonte: sputniknews.com

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Theo Siebenberg, o homem que encontrou a Jerusalém de 3 mil anos atrás dentro de casa

Theo Siebenberg, o homem que encontrou a Jerusalém de 3 mil anos atrás dentro de casa: Ele parecia obcecado com seu porão e decidiu realizar uma escavação arqueológica, o que revelou muitos artefatos antigos e raros

Antigo cetro descoberto em Israel seria evidência de 'estátuas divinas' de tamanho natural

Um cetro de cerca 3.200 anos descoberto em uma localidade mencionada na Bíblia no sul de Israel pode ser a primeira evidência da existência de "estátuas divinas" em tamanho natural usadas em rituais, revela estudo.

Em um artigo publicado no jornal Antiquity, Yosef Garfinkel, professor de arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, escreveu sobre o cetro, feito de bronze e revestido em prata, achado no interior de um porão de um templo canaanita, no sítio arqueológico de Laquis.

O arqueólogo associou o artefato descoberto a um outro cetro encontrado na povoação de Hatzor, localizada um pouco mais a norte, bem como a uma estatueta encontrada no local de um templo cananeu em Megiddo.

A pequena figura tem na sua mão um cetro, denominado por Garfinkel como uma "versão em miniatura" dos objetos descobertos em Laquis e Hatzor.

Além disso, o professor de arqueologia também observou que no cetro de Megiddo existe um padrão complexo de círculos forjados, parecido com o padrão no cetro de Laquis, escreve diário Haaretz.

Em um templo cananeu de 3.200 anos, arqueólogos encontram cetro de bronze folheado a prata, que foi provavelmente segurado por uma grande estátua de um deus.

Ao analisar as semelhanças, Garfinkel disse que o cetro de Laquis originalmente estaria colocado em uma das mãos de uma estátua de tamanho natural.

"Os cetros de Laquis, Hazor e Megiddo podem ser considerados atributos característicos do deus cananeu El, [considerado como deus criador]. O cetro era um dos atributos deste deus, um marcador de identidade e um símbolo do seu poder", escreveu professor em artigo.

Fonte: Sputniknews

sexta-feira, 19 de junho de 2020

O que me falta para ser salvo?


Marcos 10. 17-22; 46-52; 12.28-34

A forma como buscamos a Deus denuncia a nossa condição espiritual sendo determinante para o acolhimento ou rejeição da divindade. Nos textos acima temos três situações distintas onde pessoas buscaram a Cristo e receberam respostas diversas para as suas provocações. A essência deste estudo é caracterizar cada personagem em sua relação com o mestre e nos avaliarmos como servos de Deus.

O primeiro ponto a ser levantado é:

1.       Quem eram os personagens narrados no texto de Marcos?


O jovem rico
É descrito em Lucas 18.18,23 como um jovem possuidor de grandes recursos e de importância social relevante para sua comunidade.


Bartimeu, filho de Timeu.
Cego, mendigo, alguém que vivia a margem da sociedade, cujo único bem que possuía era uma capa que usava para se proteger das intempéries. Era visto por todos como um amaldiçoado e sua condição como fruto do pecado. A cegueira era um impedimento para servir ao Senhor, caso pertencesse a uma família sacerdotal (Levítico 21.17-18).

O escriba
Doutores e mestres da Lei (Mateus 22,35; Lucas 5,17). Eram homens com grande conhecimento da Lei Mosaica, eram respeitados pela comunidade e bem sucedidos financeiramente. Pertencia a elite intelectual do seu tempo.
















Marcos descreve como cada personagem abordou o mestre:

·         O jovem rico ao se aproximar de Cristo se ajoelha e interpela com esmerado elogio. Há um forte indício de auto-justificação em seu ato. É também razoável acreditar conhecia Jesus.

·         O escriba após constatar o fracasso dos saduceus em seu debate com o mestre se aproxima de Cristo atraído por sua sabedoria e lhes pergunta acerca da Lei com o propósito claro de lhes por à prova.
·         O cego Bartimeu como os demais conhecia a fama de Cristo, contudo, se aproxima de Jesus, com uma necessidade especifica e uma fé salvadora o que diferenciava dos demais.

Com base nas abordagens acima qual a sua motivação quando busca a Cristo?

·         Aceitação por parte de um grupo.
·         Alto-justificação.
·         Sua grande sabedoria.
·         Por crer ser a resposta para as suas necessidades.

Podemos nos enganar e aos outros, porém, não a Deus. A falsa religiosidade não comove o coração do Senhor, nem dispensa o seu favor.

O segundo ponto é direto:

2.       O que Deus busca em sua relação com o pecador?

“O Senhor diz: Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita só de regras ensinadas por homens.” (Isaías 29:13)
Certamente o Senhor não se deixa levar por belos cultos, rituais vazios ou coisas que o valham. É certo que deseja antes de todo, que aqueles que o adoram o façam em espírito e verdade. Portanto, Ele observa e valoriza aqueles que demonstram arrependimento, fé e a consciência de que são incapazes de obter a salvação com seus próprios recursos. Somente estes que apresentam esta disposição de espírito é que alcança de Deus a justificação dos seus pecados. Vejamos como se portou cada um dos personagens descritos no livro de Marcos.

O jovem rico (Marcos 10.17-22)

Quando analisamos a situação do jovem rico percebemos:

·         que era um jovem fiel a sua crença;
·         que se sentia merecedor da salvação divina por suas práticas benévolas e ritos religiosos. (...) que farei para herdar a vida eterna? (Marcos 10:17). Esta pergunta é sincera, apropriada e dirigida a quem realmente poderia responder com correção. No entanto, quando analisamos o contexto como um todo, percebemos algo a mais nesta indagação: falta-me algo que ainda não fiz?

Então, Jesus Cristo apresenta as condições:

a.       Não mate (Êx 20.13; Dt 5.17);
b.      Não cometa adultério (Êx 20.14; Dt 5.18);
c.       Não dê falso testemunho (Êx 20.15; Dt 5.19);
d.      Não defraude ninguém (Êx 20.16; Dt 5.20);
e.      Honre teu pai e a tua mãe (Êx 20.12; Dt 5.16).

E de pronto o jovem o responde: “Mestre tudo isso tenho observado desde a minha juventude.” Cristo não o desmente, o que é fantástico, mas, o surpreende quando afirma que lhes falta uma coisa. E com certeza a principal. Mas, como falta uma coisa? Certamente pensou. O que me poderia faltar? Absurdo!

“E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.” Marcos 10: 21-22

O jovem saiu triste daquele encontro. Ele não tomou posse da salvação. Cuidado! Deus exige de cada um de nós uma entrega total: corpo, alma e espírito (João 4.24; 1Ts 5:25). Nada pode se interpor na relação Deus e homem. Naquele momento os bens foram o fator de impedimento de o jovem herdar a vida eterna.

Aplicando este ensino a tua vida fica a pergunta: O que pode está sendo um obstáculo para você ter pleno acesso as bênçãos de Deus em sua vida?

·         Riquezas;
·         Familiares e amigos;
·         Poder;
·         Ídolos humanos;
·         Outros.

Nada disto substitui Cristo, nada disto permitirá que entres no Reino de Deus.

O escriba (Marcos 12.28-34)

O mestre da lei foi atraído ao Senhor pela sua brilhante vitória no debate teológico com os saduceus. Ele também queria testá-lo e teve a oportunidade que necessitava.

“Entretanto, os fariseus, sabendo que Jesus havia silenciado os saduceus, reuniram-se em conselho. E um deles, intérprete da Lei, querendo pôr Jesus à prova, perguntou-lhe:” Mateus 22: 34,35

Deste encontro sairá um homem satisfeito não só com a resposta do mestre, mas, pelo fato de ter concordado com suas convicções pessoais.

Ele sabia que os dois maiores mandamentos era amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo (Dt 6.4-5; Lv 19.18).

Como ele ficou feliz. Não foi reprovado em seu conhecimento bíblico como os saduceus. Contudo, não levou Jesus ao erro. O homem da Lei diferia do jovem rico apenas por confiar na sua sabedoria. Era sem dúvida um grande teólogo, mas vazio de Cristo.

O amor a Deus não se limita ao conhecimento e tem como consequência mudança de vida. O Escriba tinha que aceitar a Cristo como Senhor e Salvador da sua vida, mas, não o fez.

Cristo reconhece que ele não estava longe da salvação, contudo, a semelhança do jovem rico faltava o essencial: Jesus Cristo.
O cego Bartimeu (Marcos 10.46-52)

O terceiro personagem a se encontrar com Cristo foi Bartimeu, o cego. Diferente dos demais Bartimeu:
·         não era rico;
·         não possuía grande conhecimento teológico, portanto, estava fora dos seus interesses se autopromover, debater qualquer assunto de natureza teológica com o mestre etc.

·         Ele era um realista, dava passos calculados motivados pela fé. Seu coração estava aberto a Deus.

Bartimeu já vivenciava na pratica a dependência de Deus. As esmolas, nem sempre eram fartas ou suficientes para sanar as suas necessidades. Ele percebeu algo diferente. Soube que o Cristo passava em sua comunidade e não perdeu tempo correndo ao seu encontro. Se tivesse se acomodado teria perdido a benção. Lembrem-se, Cristo estava a caminho de Jerusalém para cumprir a sua paixão.

“E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus.” Marcos 10:49,50

A única propriedade que possuía era uma capa e como vemos no texto ela não foi empecilho para o encontro com Cristo.

Bartimeu largou tudo e correu ao encontro de Cristo. Ele tinha conhecimento e fé que só Jesus Cristo era quem poderia salvá-lo daquela situação. Ao se aproximar de Cristo Bartimeu não tinha outro objetivo em seu coração que não fosse a solução da sua dificuldade. Com esta certeza não só foi curado do mal, como também foi salvo pelo mestre.

E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho. Marcos 10:52

 Que lição maravilhosa.

Aplicações para o nosso dia-a-dia.

1)      Deus não aceita uma adoração dividida. Quem o busca deve está disposto a se entregar sem reservas. Nada pode ser empecilho entre Deus e o seu adorador. Quando o pecador coloca pessoas, situações, costumes e tradições no lugar de Deus têm estabelecido uma falsa adoração, uma falsa religião e um falso crente. Não importa as circunstancias envolvida, este homem está perdido.

2)      Conhecimento teológico sem vida cristã autêntica é desperdício de tempo e forças. O homem não será salvo pela graça e misericórdia de Deus por meio da sua vontade ou conhecimento acerca de Jesus Cristo histórico. Este conhecimento deve implicar em mudança de vida para que a sua adoração seja aceita diante de Deus.

3)      Somente pela fé em Jesus Cristo é que o pecador alcançará o perdão dos seus pecados e salvação eterna. Bartimeu buscou no Cristo-Deus a solução do seu problema (cegueira) e devido a sua disposição de espírito foi contemplado com a salvação eterna (Marcos 10.52)

A pergunta continua: O que me falta para ser salvo?

Bibliografia:

·         Bíblia de Estudo NAA, Barueri SP : Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 2018

Autor: Jerônimo Viana de M. Alves