segunda-feira, 4 de junho de 2012

A história de um milagre em família


Pollyana Cortez Grego

"Há um tempo minha mãe descobriu que tinha problemas renais, então começamos a batalha, de fazer exames e dietas e tudo que fosse possível pra reverter essa situação. 

Foi um longo caminho percorrido, até que a médica dela avisou que ela teria que fazer hemodiálise (um tratamento que consiste na remoção do líquido e substâncias tóxicas do sangue como se fosse um rim artificial), pois um rim direito dela já estava parado e o esquerdo começando a parar. 

Ela resistiu muito ao saber dessa noticia, em nenhum momento ela quis pensar nessa possibilidade, pois tinha fé e esperança que ele fosse voltar a funcionar.

Ela já sabia como era as sessões de hemodiálise, pois minha avó (mãe dela) já faz, mãe sabia de tudo que vovó tinha passado e o que ainda passava, ela não queria de forma alguma isso pra vida dela.

Em março de 2012 mãe refaz todos os exames pra saber como anda seus rins, a medica abre o exame e avisa que ela tem que entrar o mais rápido possível em diálise pois o seu rim só está funcionado 7%, mas mãe continua resistindo e lutando contra tudo isso sem querer de forma alguma entrar em diálise. 

Até que ela começa a passar mal com frequência, vomitando, com dores, e ficando inchada. A medica avisa que não tem mais pra onde ela correr, tem que fazer a cirurgia da fistula (pequena cirurgia vascular onde se liga uma artéria a uma veia, criando um vaso periférico, com alto fluxo e mais resistente a punções repetidas, para que assim possa ocorrer a diálise), ela marca a cirurgia por duas vezes e mãe não comparece em nenhuma das duas, até que a sua saúde começa a piorar de forma visível a todos, é marcada a terceira cirurgia até que ela percebe que está realmente mal e precisa fazer essa fistula (depois que a fistula é feita ainda tem que esperar 40 dias até que ela fique pronta pra ser usada nas sessões de diálise). 

Chegando no centro cirúrgico o médico começa a apalpar o braço dela e percebe que suas veias são muito finas e profundas e diz que não pode abrir o braço dela sem ter certeza de onde realmente está localizada sua veia. Ele passa um exame que diz o tamanho da veia e sua localização, e essa foi a nossa primeira vez nessa clinica. 

Fomos fazer o exame que custa R$ 300, além da saúde de mãe piorar, começa também a sufocar o bolso de pai e mãe, pois são muitos remédios, muitos exames e nada barato. Mas com a graça de Deus fizemos o exame e uma nova cirurgia foi remarcada! E pela segunda vez fomos a clinica pra fazer a cirurgia, chegando lá esperamos um bom tempo, e chega a vez de mãe, do lado de fora ficamos aliviados pois ela estava na cirurgia e tudo depois ia começar a melhorar, até que o técnico de enfermagem nos chama na sala da cirurgia e avisa que o médico teve que interromper a cirurgia dela pois a pressão arterial dela foi para 220x180 e assim era impossível fazer a cirurgia, ficamos todos abalados, ela então nem se fala, voltou pra casa sem a fistula e com o braço todo dolorido com três pontos.

A médica muda o remédio e a dosagem. Cirurgia remarcada para dia 9 de maio, nesse dia estávamos lá pela terceira vez, mas dessa vez ninguém estava tranquilo, mãe foi a base de medicamento tranquilizante e na hora da cirurgia foi completamente dopada, para que assim ela não ficasse nervosa e sua pressão não subisse. Nesse dia saímos de da clinica com a cirurgia pronta, e em seu braço mais 6 pontos, estávamos felizes, pois acreditávamos que dessa vez era pra valer. 

Mas ai que começou as dificuldades, a pressão de mãe não baixava de jeito nenhum e com nenhum remédio até que os pontos da cirurgia começa a sangrar com qualquer esforço dela, se ela se levantasse o braço sangrava, se vomitasse sangrava e se tossia sangrava... e cada dia sangrando mais, ate que pai levou ela no Walfredo Gurgel e lá passaram um anti-inflamatório pois o braço dela estava com um edema muito grande e os pontos muito inflamados, e no outro dia descobrimos que esse remédio fazia mal pra ela, fazia com que os rins piorassem de vez e assim mãe piorava cada vez mais, ate que terça dia 22 de maio o braço dela começa a sangrar de uma forma que nunca vimos antes, o sangue saia como se tivesse uma seringa dentro do seu braço jogando o sangue pra fora, corremos no hospital e lá apenas estancaram seu sangue e assim voltamos pra casa.

Na quarta dia 23 foi o dia do milagre, o médico que fez a cirurgia dela só se encontra na clinica disponível para tudo nas quartas, e nessa quarta pela manha ela almoçou e na mesma hora vomitou e foi mais uma vez foi sangue pra todos lados (ela já estava bem fraca, sem conseguir fazer nada), ligamos imediatamente pro medico que fez a cirurgia dela e contamos tudo o que tinha acontecido e ele mandou agente ir pra natal para ele olhar o braço dela. 

Chegando la ele avisou que a fistula que ela tinha feito tinha sido perdida, a pressão alta dela fez com que a cirurgia fosse perdida e na mesma hora ele mandou ela se trocar para entrar em cirurgia, porque aquele edema no braço dela estava pra estourar a qualquer momento e se isso ocorresse ela morria na hora e aquilo no braço dela não ia aguentar ate o outro dia de jeito nenhum, ficamos desesperados com tudo que estava acontecendo, mas gratos a Deus por ter sustentado ate a quarta, pois era o dia dela ser salva, o dia em que Ele parou tudo e voltou seus olhos e atenção pra ela.

 Quando ela saiu da sala de cirurgia o medico disse que mãe era muito teimosa, mas Deus tinha dado hoje uma segunda chance pra ela, pois dentro da sala de cirurgia a veia dela estourou junto com o edema em cima do medico e Deus usou as mãos daquele medico para reverter a situação de mãe e trazer ela de volta pra família, salva, Deus ressuscitou a vida dela e refez os seus sonhos, porque a historia da serva dela esta longe demais de ter um fim. Naquele mesmo dia foi marcado uma nova cirurgia, mas não mais no braço agora no pescoço, iam passar um cateter em mãe pra que assim ela pudesse começar logo a diálise (quando a cirurgia é no pescoço, eles pegam a via de acesso venoso central dela, liberando assim para que no mesmo dia possa acontecer a hemodiálise ao invés de esperar os 40 dias) e reverter a saúde dela fazendo o seu organismo funcionar através das maquinas, dia 25 de maio ela faz essa cirurgia e já seguiu direto para sessão de diálise, ela bem debilitada mas ciente que Deus operou um milagre na sua vida, mesmo sem ela querer isso no começo era necessário para sua saúde. 

Ela fez 4 sessões seguidas de diálise para seu organismo melhorar e no dia 30 de maio ela comeu super bem e com a graça de Deus não vomitou e nem passou mal, o braço ainda está se recuperando, sarando aos poucos, agora ela segue aos cuidados da hemodiálise 3 vezes por semana, para que as maquinas possam fazer o trabalho que o seu rim não está conseguindo fazer, por enquanto, porque com tudo isso que aconteceu temos fé e esperança que tudo vai voltar a funcionar e Deus mais uma vez vai ser glorificado através da sua vida. 

Hoje ela ta linda, com mais garra, mais corada, com mais saúde, com mais esperança, um pouco frágil ainda, mas na certeza que será apenas mais uma luta a ser vencida para Gloria do Nosso Deus!"

Fonte:  Pollyana Cortez Grego - via Pr. Eude - Fecebook
Texto extraído diretamente da fonte.

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