quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Perdão


Muitos relacionamentos bons freqüentemente se vêem enfraquecidos por conta de um detalhe, um deslize aqui e ali, real ou imaginário. Há pessoas que, por pouco, se enchem de rancor e até perdem o próprio controle em situações por vezes simples como, por exemplo, um amigo que demora um pouco para retornar uma ligação, ou o fato de seu nome não figurar na lista de convidados de uma formatura, festa de aniversário etc.
Muitos colocam um amigo em nível tão alto que facilmente se decepcionam nas primeiras dificuldades. Não conseguem relevar pequenas coisas. Até o menor descuido pode se transformar em algo do tipo "traição". Meu leitor, desenvolva a capacidade de relevar, de perdoar mágoas decorrentes dos relacionamentos com amigos.
Quando a gente não perdoa, acumula um punhado de miséria alojado bem no fundo, nas entranhas do coração, aprofundando, para a própria infelicidade, as malditas raízes de amargura.

Nunca esqueça de uma coisa: perdão é estrada de mão dupla. Quem é perfeito que não comete erros? Então, para que ser tão implacável com um amigo que falhou, intencionalmente ou não? Leia o provébio chinês: "Não use um machado para tirar a mosca da testa de seu amigo". Creia em uma coisa: se algum relacionamento tem sobrevivido é porque você tem amigos que sabem perdoar.

E os amigos mais antigos, responsáveis pelas amizades mais não duradouras, são os que mais nos perdoam. Aprenda a ter amigos de verdade. Faça também a sua parte. Aformoseia seu rosto. há como perdoar até as chamadas "ofensas grandes"! Quanto mais relevar e esquecer as pequenas!

Pr. Eli Fernandes.
Fonte: Boletim da IBA.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Filho de líder do Hamas abraça o cristianismo

 
ISRAEL E PALESTINA - Mosab Hassan Yousef é filho de um dos mais influentes líderes do Hamas, uma organização militante palestina, e cresceu em uma rígida família islâmica. Agora, aos 30 anos, ele freqüenta uma igreja cristã evangélica, Barabbas Road, em San Diego, Califórnia. Ele renunciou sua fé muçulmana, deixou sua família para trás em Ramallah e está buscando asilo nos Estados Unidos. Segue a transcrição de parte da entrevista exclusiva dele à “Fox News”: 

Como deixou o islamismo pelo cristianismo? 

Mosab: Quando eu estudei a Bíblia cuidadosamente, versículo por versículo, constatei que aquele era o livro de Deus, a palavra de Deus com certeza, de forma que comecei a ver as coisas de um modo diferente. Foi difícil para mim dizer que o islã está errado. 

O islã é meu pai. Eu cresci 22 anos por esse pai. E um outro pai veio a mim e me disse: ‘Desculpe-me, Eu sou seu pai.’ E eu fiquei praticamente dizendo: ‘Do que você está falando? Isto é, eu tenho meu próprio pai, e é o islã!’ E o pai do cristianismo e me disse: ‘Não. Eu sou seu pai. Eu estava na cadeia, e este Islã não é seu pai.’. 

Basicamente, foi isso o que aconteceu. Não é fácil crer que este islã não é mais seu pai. Por isso, eu tive que estudar o islã de novo, a partir de uma perspectiva diferente para descobrir todos os enganos, os enormes enganos e seus efeitos, não apenas sobre os muçulmanos – dos quais odiava os valores… Eu não gostava de todas aquelas tradições que fazem as vidas das pessoas ficarem mais difíceis – além de seus efeitos também na humanidade. Na humanidade! Pessoas matando umas às outras em nome de Deus. 

Definitivamente, comecei a descobrir que o problema era o islã, não os muçulmanos e aquelas pessoas. Eu não os posso odiar, pois Deus os amou desde o começo. E Deus não cria lixo. Deus criou boas pessoas que Ele amou, mas elas estão doentes, elas têm uma idéia errada. Eu não odeio essas pessoas, não mais, mas eu sinto muita pena deles e a única forma de eles serem mudados é através do conhecimento da Palavra de Deus e o caminho real até Ele. 

Você se preocupa com o fato de que, dizendo essas coisas, haja o perigo de que piore o ódio entre cristãos e muçulmanos no mundo? 

Mosab: Isso poderia acontecer se um cristão fosse falar com eles sobre a realidade do islã. Eles colocam os cristãos na lista de inimigos de qualquer modo. Então, se você vai a eles e lhes fala, como um cristão, eles vão se ofender imediatamente e eles o odiarão e isto definitivamente aumentará o vácuo entre ambas as religiões. Mas o que fez alguém como eu mudar? 

Anos atrás, quando eu estava lá, Deus abriu meus olhos, minha mente também, e eu me tornei uma pessoa completamente diferente. Então, agora, eu posso fazer este trabalho, enquanto vocês, como cristãos, podem me ajudar a fazê-lo, mas talvez vocês não estejam aptos a isso. Muçulmanos agora não têm mais desculpas. 

Quão difícil tem sido o processo de você efetivamente se separar de sua família, deixar seu lar para trás? Quão difícil é isso? 

Mosab: É como arrancar a pele de seus ossos, foi isso que aconteceu. Eu amo minha família, eles me amam. E meus irmãos pequenos, eles são como meus filhos. Eu os criei. Basicamente, foi a maior decisão da minha vida. 

Eu deixei tudo para trás, não apenas família. Quando você decide se converter ao cristianismo ou a outra religião fora do islã, isso não se trata apenas de dizer adeus e sair, você entende? Não é só isso. Você está dizendo adeus à cultura, civilização, tradições, sociedade, família, religião, Deus – isto é, o que você pensava que era Deus por muitos anos! Então, não é fácil. É muito complicado. Pessoas pensam que é fácil, como se não tivesse importância. Agora eu estou aqui nos EUA e tenho minha liberdade e isso é grandioso, mas ao mesmo tempo, nada é como a família, você sabe. Perder sua família...

Você perdeu sua família? 

Mosab: Minha família é educada e foi muito difícil para eles. Eles pediram muitas vezes, especialmente nos primeiros dois dias, para eu manter minha fé para mim mesmo e não ir à mídia anunciá-la. 

Mas para mim isto era uma tarefa vinda de Deus que eu anunciasse Seu nome e o louvasse mundo afora, porque minha recompensa será que Ele fará o mesmo por mim. Então eu o fiz basicamente com uma tarefa. Fico imaginando: Quantas pessoas podem fazer o que faço hoje? Eu não encontrei nenhuma. 

Então, eu tinha que ser forte a respeito disso. Foi muito desafiador. A decisão mais difícil na minha vida e eu não a tomei por diversão. Eu não fiz isso por coisa alguma deste mundo. Eu o fiz apenas por uma razão: Eu cri naquilo. Pessoas estão sofrendo todos os dias por causa de idéias erradas. Eu as posso ajudar a sair desse círculo sem fim… o caminho que o diabo traçou para elas. 

Para ler a entrevista completa, em que ele fala do Hamas, de seu pai, e do conflito Israel e Palestina, basta clicar aqui.


Tradução: Daniel Mata 

Quando cristãos se tornam alvos


ISRAEL E PALESTINA - Os cristãos ocuparam o Oriente Médio durante sete séculos antes do aparecimento do Islã e viveram por outros 14 séculos, sendo parte da civilização islâmica, ou sob a sua legislação. No entanto, jamais a situação dos cristãos atingiu um momento tão instável e difícil como nos últimos dois anos. 

Hoje, o número de cristãos está caindo vertiginosamente, sobretudo em lugares como o Iraque e a Palestina. As estatísticas não são divulgadas, enquanto a Igreja tenta estimular os poucos remanescentes a permanecerem em suas terras e prosseguir em sua fé.  Mas a realidade é que a taxa de emigração é muito alta, e mais e mais famílias tentam se evadir de um lugar que um dia chamaram de lar para uma nova terra, onde aspiram a proteção e segurança.

Há cerca de dois anos, a revista National Geographic dedicou uma grande parte de sua edição mensal para assinalar a queda dramática do número de cristãos no Oriente Médio. O nome da reportagem era: “Os fiéis esquecidos”. Infelizmente não foi dada a atenção devida aos fatos revelados pelas histórias reais, que descreviam a situação desesperadora que os cristãos estavam enfrentando. O que mais me impressiona é que, nesse período, a luta passou do “sentimento de ser uma minoria” para o “sentimento de ser um alvo”. Nos últimos dois anos, os cristãos no Oriente Médio simplesmente se tornaram os alvos de fanáticos, de homens-bomba suicidas, catequizados para purificarem suas nações dos infiéis.   

Em outubro de 2007, Rami Ayyad (um membro da Sociedade Bíblica Palestina) foi sequestrado em Gaza ao sair da única livraria evangélica da Cidade de Gaza. No dia seguinte, seu corpo foi encontrado num matagal e as marcas de tortura indicavam a brutalidade de seus assassinos. Um grupo da Al Qaeda, que atuava em Gaza, assumiu a responsabilidade por lançar bombas na livraria e matar Rami. No entanto, por se tratar de ação contra apenas um indivíduo, não mereceu manchetes.  

Agressões maiores receberam mais divulgação, quando, por exemplo, os cristãos em todo o Oriente Médio compartilharam a agonia da noite de domingo, em 31 de outubro de 2010: o ataque à catedral católica de Nossa Senhora da Salvação, em Bagdá, no Iraque, que matou pelo menos 58 pessoas após 100 participantes da missa serem mantidos como reféns.  Outra violência bem recente aconteceu na madrugada deste último Ano Novo, 20 minutos após a meia-noite, quando um carro-bomba explodiu em frente à Igreja Ortodoxa Copta, em Alexandria, no Egito, matando mais de 20 e ferindo mais de 75 cristãos presentes à vigília de Ano Novo.  

Após incidentes como esses, as primeiras reações que eu percebo nos cristãos são de raiva e ódio. Sentimentos de ódio contra tudo que é muçulmano e um sentimento de traição que se revolve a cada vez que acontece um ataque. Mas também escuto ponderações deste tipo: “Nem todos os muçulmanos querem matar cristãos, são pouquíssimos os que têm esses pensamentos. A maioria nunca vai pensar desta maneira.” E escuto a voz de um muçulmano do Afeganistão que viu um pastor fanático ameaçando queimar o Alcorão: “Nem todos os cristãos são maus. Apenas esses poucos radicais.”   

Nós deveríamos permitir que as ações pavorosas de uns poucos indivíduos comprometam a reputação de toda uma nação? É assim que as coisas têm sido, e o perigo é permitir que essas pessoas levantem mais barreiras de ódio e produzam enganos ainda maiores, como a disseminação da falsa notícia de que as religiões estão em guerra. 

Ao contrário, eu exorto cada cristão árabe a permanecer com mais firmeza em sua terra e a desempenhar um papel mais ativo em sua comunidade. Nós precisamos lembrar uns aos outros, e ao povo em redor, que nossos ancestrais cristãos foram os primeiros a receber o Espírito Santo nesta terra, no Dia de Pentecostes, há pouco mais de 2 mil anos. Nós precisamos lembrá-los de que nossos antepassados exerceram um papel muito importante na construção do mundo árabe e seus fundamentos.

Os cristãos árabes foram, e ainda são, figuras influentes na saúde, na ação social, nas artes e na cultura do Oriente Médio – isto sem falar das muitas personalidades conhecidas historicamente nesta região, por sua criatividade, inventividade e imaginação.  Como cristãos palestinos sob ocupação israelense por mais de 60 anos, nós aprendemos a resistir.

Hoje, o mundo pergunta como será o Oriente Médio sem cristãos. Enquanto muitos lutam para obter a resposta, outros tentam encontrar soluções. Uma observação é: “Um Oriente Médio sem a presença de cristãos não é mais um Oriente Médio árabe, mas apenas um Oriente Médio muçulmano.” Porém, como cristão árabe, eu me lembro das palavras de Jesus: Estas coisas vos tenho dito para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

Nós somos chamados para ser corajosos, para cumprir nosso chamado para ser Sal e Luz nesta parte do mundo, neste momento particular da história: ser Luz, porque a escuridão é muito grande e porque devemos levar esperança ao mundo de desespero e dor à nossa volta; ser Sal, porque o sal conserva e nós devemos conservar o amor de Deus por meio da preservação do Seu Reino na terra, orando: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.

Por Simon Azazian - Diretor e Pastor da Sociedade Bíblica Palestina

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O privilegiado


Esta noite tive um sonho. Sonhei que estava numa rua da minha antiga cidade do interior [Caicó, RN] e vi uma cena ímpar. Correndo próximo a minha calçada vinha um Cisne Real acompanhado de perto por um homem que dirigia seu carro dando-lhe proteção. De forma devotada o motorista ajudava o belo animal a circular com segurança pela cidade de modo que passavam por cruzamentos e ruas sem nenhum prejuízo. Notei também que o carro por circular muito próximo do animal [perto do acostamento] determinava seu caminhar igual a um pastor que tange seu rebanho de ovelhas.

Quando o cisne passou por mim ele foi direto para um desnível no terreno e se precipitou de alto a baixo o tornava inviável ao carro continuar nesse mesmo trajeto. Para continuar com sua proteção era imprescindível ao motorista fazer um desvio para alcançar o animal mais adiante. Contudo, para meu espanto o motorista jogou seu veículo nesse mesmo desnível de modo a chamar a atenção de todos para o fato. - Que loucura! O carro é novinho – pensava eu. Ato continue caminharam uns cem metros à frente até que o belo animal entrou num beco inviabilizando a ação protetora do motorista e fazendo-o descer do seu veículo. Foi nesse instante que acordei.

Depois de algum tempo refletindo sobre o sonho comecei a fazer relações. O condutor do carro era Deus, o Cisne Real era o homem e o percurso que seguiam a vida.

A primeira lição que tirei desse sonho foi que Deus movido pelo seu infinito amor cuida literalmente da sua criatura [Isa 64.4].

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.”

Percebi em meu sonho uma enorme atenção daquele motorista sobre o belo animal que muitas vezes displicentemente não considerava os perigos inerentes a sua caminhada. Percebi que algumas vezes o pneu daquele veículo se aproximava perigosamente do animal e este corrigia seu rumo. Notei com isso que Deus estava no controle daquela situação [Apo 7.17]

“Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima.”

A segunda lição veio quando o animal se precipitou de um alto desnível [terreno] sendo acompanhado de perto pelo condutor do carro. Essa ação pareceu-me ilógica uma vez que havia estrada e um pequeno desvio que poderia ser usada pelo motorista. Percebi nesse ato que o Senhor uma vez instalado no centro da nossa vontade Ele não nos abandona [Jo 6.37].

“Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.”

Se verdadeiramente existir disposição por parte do crente em servir ao Deus vivo Ele estará conosco até quando voamos sobre os precipícios ou andarmos pelos vales [Salmo 23.4]. Literalmente Deus não faz conta de recursos ou valoriza qualquer outro bem quando o que está em jogo é o bem estar dos seus filhos.

O Senhor não perde tempo com desvios. Ele deseja a todo custo está próximo do alvo do seu amor e que ninguém e nada se coloque entre o Senhor e a menina dos seus olhos. Mesmo que para isso Ele tenha que fazer sacrifícios não tenha duvidas Ele o fará. Jesus Cristo é exemplo máximo dessa ação divina. Ele é a maior prova de amor de Deus pela humanidade. Através de Jesus Cristo o fiel foi retirado dum charco de lodo [Sal 40:2 - “Também me tirou duma cova de destruição, dum charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos.”] e foi posto sobre a rocha da salvação. Foi por meio do seu sacrifício temos paz e certeza de vida eterna [1Te 5:9].

“porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo,”

Por último quando o animal deixa a zona de segurança e se mete em becos estreitos e escuros o condutor da vida desce do seu veículo e o acompanha apenas com seu olhar. Ele sabe tudo sobre o novo caminho trilhado pelo belo Cisne Real. Ele sabe o seu fim [Romanos 6.23], mas respeita sua decisão ainda que o machuque. Sua voz poderosa tenta a todo custo trazê-lo de volta a seu lugar de conforto. Contudo, a escolha de voltar será sempre do animal [pecador] e essa conclusão deverá ser fruto de suas experiências com o novo caminho sem as bênçãos de Deus.

O homem é um privilegiado, pois a todo instante conta com o amor, o cuidado e as bênçãos do Senhor sobre sua vida, bastando para isso que se ponha no caminho e se deixe guiar pelo Deus de Israel.

Que este meu sonho possa de alguma forma ajudar a você amigo de perto ou da distância a entender que Deus te ama e deseja ser o Senhor e salvador da sua vida. Fica na paz de Deus. 

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cristão no Egito detalha o caos e o risco do próximo governo ser pior com os Cristãos


Dois cadeados separam Aid Gabala Samuel das ruas do Cairo. Em seu apartamento, com a segurança da porta reforçada, protege-se das manifestações que ocorrem ao seu redor. Do lado de dentro, respira-se a preocupação com o futuro do país. Aos 41 anos, Samuel, que é formado em arqueologia e trabalha como guia turístico, teme que a Irmandade Muçulmana assuma o poder e transforme a sua vida em caos.
O nome bíblico Samuel deixa evidente que ele é um dos 12 milhões de cristãos do Egito que não serão tolerados caso o grupo de radicais islâmicos chegue aos cargos mais altos do país. “Se isso acontecer, terei que sair”, disse, por telefone, ao site de VEJA.
Samuel frisa que apoia os protestos contra Hosni Mubarak, e que também quer um novo governo – desde que não seja comandado pelos “irmãos islâmicos”, como os chama. Ele sabe que, dentre os diferentes movimentos presentes na Praça Tahrir, a Irmandade é a mais bem organizada e com maior número de seguidores. E teme os desdobramentos prováveis disso tudo.
“Eles não pedem o governo para eles agora. São espertos. No momento, atendem aos pedidos dos jovens manifestantes de combater à corrupção do governo atual. O medo dos cristãos é de que, quando mudar o sistema vigente, eles (Irmandade Muçulmana) mostrem a segunda cara”, explica.
Para Samuel, o ideal seria a formação de um conselho com a presença de diversos movimentos da sociedade de onde sairia uma nova constituição, laica. “Longe da religião”, imagina o arqueólogo. Atualmente, apesar de haver liberdade de culto, são muitos os obstáculos à prática cristã. Construir uma igreja no Egito, por exemplo, é uma cruzada. “O Cairo cresceu, e novas cidades surgiram. Elas querem ter igrejas, mas é complicado. Tem que ter assinatura de oficiais do alto da hierarquia. Agora, não é uma liberdade completa, mas podemos rezar, pelo menos. Com os islamitas, ficará impossível”, lamenta desde já.
Para piorar a insegurança de Samuel em relação ao futuro, pesa o fato de ser guia turístico e arqueólogo. “Para a Irmandade Muçulmana, as ruínas são símbolo do paganismo. É um pensamento radical. Não acredito que destruiriam as pirâmides, mas aqui temos muitos museus ao ar livre. Isso me preocupa.” Neste momento, a história do país está guardada por homens do Exército. Samuel continua em casa, sem trabalho. O último grupo de turistas que atendeu se despediu às pressas no dia 29 de janeiro. Eram brasileiros aflitos para deixar o Egito. “E eu tentava acalmá-los. Dizia que isso sempre acontecia. Guia sempre finge que está tudo tranquilo”, diz.
Neste momento, todo o esforço de Samuel é para acalmar a si mesmo. Sua sensação é de que a cada dia a situação piora, mas ele tenta se convencer de que vai melhorar. A polícia voltou às ruas, ele já tem coragem de sair um pouco – sempre de dia. E já decidiu: nesta sexta-feira, vai abrir os dois cadeados para, pela primeira vez, juntar-se aos manifestantes que pedem a saída de Mubarak.
Fonte: Veja.

Sergio Lopes A Fé

Fé como de uma criança

"Em verdade vos digo que,se não vos converterdes e não vos tornades como uma criança, de modo algum entrareis no reino dos céus" Mateus 18.3
Certo domingo, ouvi Marco falar de seu relacionamento com os seus dois pais; aquele que o criou quando criança e de seu Pai celestial. Primeiro ele descreveu sobre a confiança que tinha em seu pai durante sua infância, como "simples e descomplicada".

Ele esperava que seu pai arrumasse o que se estragava e lhe desse conselhos. Entretanto tinha receio em desagradá-lo, porque muitas vezes esquecia que o amor e perdão de seu pai viriam logo a seguir. Marco continuou: "Há alguns anos, fiz uma porção de coisas erradas e machuquei muitas pessoas. Por minha culpa, terminei um relacionamento feliz e descomplicado com meu Pai celestial.Esqueci que podia pedir-lhe para consertar os meus estragos e buscar o Seu conselho."

Anos passaram, Por fim, Marco buscou a Deus desesperadamente, mas não sabia o que fazer. Seu pastor simplesmente disse: "Diga a Deus que está arrependido, e diga que é para valer." Em lugar disso, Marco fez perguntas complicadas como: "como isto funciona?" e "E se...?" Finalmente, seu pastor orou por ele dizendo: "Por favor, Deus, dê-lhe a fé como a de uma criança! Mais tarde, Marco alegremente testemunhou: "O Senhor me deu aquele tipo de fé!"

Marco cultivou a intimidade com seu Pai celestial. O segredo para ele como para nós é praticar a fé simples e descomplicada de uma criança.

Joanie E. Yoder. Nosso Andar Diário.Sociedade Bíblica do Brasil

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Servo



João 15:15 "Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer."

A condição de servo era muito próxima a de escravo durante a Idade Média. Talvez seja por isso que etimologicamente esses termos se igualam. [lat. servus,i 'escravo, servo.'] o que acontecia na prática nos tempos antigos.

Ser servo, portanto era uma condição indesejada que dava invisibilidade social a seus portadores, poucos estariam dispostos a lutar por esses marginalizados sociais ou até doar um pouco do seu tempo para escutá-los.

Essa, no entanto era a nossa condição espiritual. A bíblia afirma que éramos servos do pecado [Rom 6.16] e estávamos mortos espiritualmente [Rom 5.12], contudo, Jesus Cristo nos libertou da morte espiritual e nos colocou numa nova condição a de filhos de Deus [Romanos 8.17].

Na passagem de João 15.15, Jesus Cristo eleva o servo a condição de amigo e como tal abre seu coração e compartilha sua intimidade com ele. Diz o Senhor: “tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer." É assim mesmo, não existe segredo entre amigos, não existe segredo entre Cristo e seus discípulos.

Somos sem dúvida um povo feliz, pois temos um Deus que não faz acepção de pessoas [Deuteronômio 10.17; Atos 10.34], que nos trata como amigo e tem grande prazer em repor a nossa dignidade humana. Só Cristo livra o homem da condenação do pecado e nos conduz para uma vida eterna vitoriosa [João 3.16].

Glória seja dada ao Senhor! Amém e Amém.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Traição


Salmo 16

“No Senhor me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte? Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração.” [Salmo 16.1-2]

A linha entre o recuo estratégico e a covardia é uma linha muito tênue. A decisão de que atitude tomar diante de tamanha dificuldade exige uma forte dose de sabedoria vivencial. Davi seria testado mais uma vez [v.5] pelo Senhor.

Já ouvi alguém dizer que os piores inimigos são os mais próximos de suas vítimas. Esses filhos de satanás travestidos da auréola de bondade e companheirismo são conhecedores profundos das fragilidades do seu alvo, daí terem a competência para dar golpes certeiros e avassaladores que desnorteiam e destroem os menos atentos.

O que fazer? Se muitas vezes nem sabemos de onde vem o ataque [às ocultas]. Davi estava vivenciando uma situação de aperto e precisava confiar em Deus. Quando decide ficar e lutar sua escolha é fruto da confiança no Senhor aliada a sua experiência militar. Correr podia parecer covardia para seu grupo próximo ou Israel e as conseqüências políticas certamente seriam danosas [quem não deve não teme – ditado popular].

Ficar significava enfrentar os seus mais profundos temores e superá-los. Ficar movimentaria os céus em torno da sua causa, pois Deus não tem o culpado por inocente [Num 14.18], nem se aquieta diante da injustiça.

Dos versos 4-7, temos os fundamentos da fé de Davi. O salmista afirma:

a.       Deus é [v.4] – É juiz que permanece no seu posto. Existe aqui uma associação entre o templo de Jerusalém e o trono celestial [Hc 2.20; Sf 1.7; Zc 2.13].
b.      Deus observa [v.4b] – Relação com salmos 14.2; 102.19.
c.       Examina [v.4b].
d.      Ele odeia o ímpio [v.5b].
e.      Deus derramará juízos sobre os ímpios [v.6].
f.        E “os retos verão o seu rosto” [v.7].

Ao decidir ficar e lutar Davi estava entregando sua causa a Deus. Ele acreditava que o justo juiz de Israel [Sal 7:11:“Deus é um juiz justo, um Deus que sente indignação todos os dias.”] não lhes deixaria na mão. Portanto, esse foi o segredo da sua vitória. Afinal, esse salmo é uma celebração a vitória.

Ao amigo de perto e da distância que está sendo injustiçado em qualquer área da sua vida, aqui fica registrada a experiência de Davi através do profeta Samuel:

“Ele guardará os pés dos seus santos, porém os ímpios ficarão mudos nas trevas, porque o homem não prevalecerá pela força.” [1Sa 2:9]

Amém e amém!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Visita ao diácono Severino Neves.



O irmão Severino Neves é o diácono mais antigo da Igreja Batista do Alecrim. Homem temente a Deus e compromissado com seu reino em pleno 99 anos de idade ainda está integrado a sua igreja. Esse vídeo relata nossa visita a sua casa e registra sua oração pelo ministério do Pr. Jorge que hoje atua como missionário da Sepal na Romênia. Todo vídeo é apresentado pelo irmão Raimundo, homem simples, mas de grande valor para o reino de Deus..