segunda-feira, 1 de março de 2010

O(S) ANTICRISTO(S)

O termo anticristo significa “o que é contra Cristo”, esse termo tanto pode significar uma pessoa como uma atitude. Nos livros de João (1jo 2.18,22; 4.3; 2jo 7) ambos os conceitos são trabalhados.
Esse personagem quer usurpar o lugar de Cristo assim como satanás desejou ocupar o lugar de Deus.

“Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Deus: Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares; e não passas de homem, e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus;”. Eze 28.2

Contudo, ambos são frustrados em seus desígnios, embora que sua ação causou e continua a causar grandes transtornos aos homens e em especial aos filhos de Deus.

Quanto a sua origem o texto bíblico nos revela:

“Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.” Jo 2.19.

A primeira verdade surpreendente acerca desse personagem está no fato de ter saído do nosso meio (1Jo 2.19). O fato de ter convivido por algum tempo conosco capacita essa figura a ser infinitamente cruel. Ele:

• conhece profundamente nossos hábitos, maneira de pensar e agir.
• sabe como funciona nossa relação com Deus e entre nossos irmãos.
• conhece as nossas esperanças, motivações e visões próprias da família de Deus.

daí fica fácil sua representação, daí vem a eficiência da sua mensagem.

Tendo por base os escritos de João 2.19, concluímos:

1. Os anticristos sempre estiveram conosco. Propositadamente procuram conduzir o povo de Deus ao erro através de estratégias espirituais.
2. Precisam ser identificados e combatidos espiritualmente para que a igreja do Senhor permaneça saudável.

O(s) anticristo(s) e a igreja do Senhor.

A presença do(s) anticristo(s) entre a família de Deus é notória já no princípio da Igreja. Na época do apostolo João eram os agnósticos cheios de sabedoria humana e licenciosidade que procuravam impor aos servos de Deus suas mentiras (Ap 2.20-24). Esse grupo:

• não acreditava que Jesus tinha vindo a terra em forma de homem. Para os agnósticos o homem Jesus foi possuído por um anjo que o deixou pouco antes da sua morte.
• achava que a salvação era para o espírito, portanto o corpo estava livre para as permissividade da carne.

AS PRATICA DOS FALSOS MESTRES (ANTICRISTO[S]) OS DENUNCIAM.

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis.

Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” Mateus 7. 15-20

Portanto, devemos nos manter vigilantes (2Pe 1:19 - E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.) quantos as astutas ciladas do inimigo.

A MANIFESTAÇÃO DOS FILHOS DO DIABO É PATENTE:

• Homicida e mentiroso – Jo 8.44.
• Enganador, malicioso, injusto, perturbador dos caminhos de Deus – At 13.10.
• Dominado pelo ódio e incapaz de amar – 1 jo 3.10.

Esses estiveram no meio de nós, porém desistiram do caminho por não ter passado pela experiência da conversão. Enquanto estão juntos aos servos de Deus promovem toda ordem de conflitos e divisões. Não é por acaso que a igreja do Senhor tem passado por grandes perturbações ao longo da sua história. Contudo, a promessa de Cristo ainda é válida:

“(...) e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Mat 28:20b

E mais:

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Joa 16:33
“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” Rom 8:18

Cristo está com sua igreja. Seu amor é permanente. Eis ai nossa segurança e vitória.

A RESISTÊNCIA CRISTÃ

A semelhança de satanás o(s) anticristo(s) ou falso(s) mestre(s) se introduzem na igreja de maneira sutil. Uma de suas práticas é trazer mensagens que sejam agradáveis aos seus ouvintes muito mais do que as verdades bíblicas, assim não admoestam os crentes a se manterem firmes nos caminhos de Deus, pois sua preocupação principal é a glorificação da criatura e não do criador. O lucro é sua grande motivação. Paulo nos adverte:

“Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. 2CO 11:13

Cristo sentencia:

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.” Jo10. 11-15

Voltando para o texto de 1Jo 2.20 vemos que uma das formas de resistência da igreja é através da atuação do Espírito Santo de Deus (“E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo.” 1Jo 2.20). O apostolo Paulo nos adverte na carta aos Efésios que nossa luta é espiritual, portanto nossas armas são espirituais.

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo; pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes. Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçando os pés com a preparação do evangelho da paz, tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos,” Efésios 6. 11-18

O conhecimento da palavra é imprescindível nessa resistência (“E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo.” 1Jo 2.20). Sabemos quem é Cristo, sua vida e mensagem, portanto não podemos dar ouvido a pregoeiros fantasiosos que se julgam verdadeiros em suas convicções, porém nada são.

A confrontação da palavra com as afirmações mentirosas logo expõe a farsa. Daí ser necessário o cristão conhecer profundamente a palavra de Deus. Nesse sentido a bíblia dar destaque aos crentes da Beréia:

“E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim. De sorte que muitos deles creram, bem como bom número de mulheres gregas de alta posição e não poucos homens.” Atos 17. 10-12

Um soldado não vai à guerra sem sua arma, mas muitos dos nossos irmãos estão se comportando desta forma. São simples no entendimento da palavra, se conformam com o que os outros dizem se guiam pelas experiências aléias e não buscam suas próprias experiências com o Senhor. Desta forma caem na rede dos mercenários e em cantos de sereias.


• Irmãos é necessário permanecermos firmes na verdade divina (1Jo 2.24-25).
• E necessário deixarmos o Espírito Santo agir em nossa vida por meio do ensino da palavra de Deus (1Jo 2.26-27). A ação do Espírito de Deus nos revela a verdade.


“Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.” Jo 14.26

Desta forma resistiremos com sucesso sobre os anticristo(s) e filhos do diabo que nesses últimos tempos tem perturbado, mas nunca derrotado a vitoriosa igreja do nosso Senhor Jesus Cristo.

Fonte de pesquisa.

• Bíblia de Referência Thompson. Sp. Ed. Vida.
• Revista Vivendo no amor de Deus: Estudo nas cartas de João. SP. Ed. Cristã Evangélica. P.41.
• Internet: http://www.chamada.com.br/biblia/index.php?pesq=jo+14.26&modo=0&ver=ARA

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Gratidão - Salmo 136

Agradecimento e louvor são ações intimamente ligadas à vida do crente. Não é bom servo aquele que não mantém um coração agradecido a Deus pelo muito que tem feito em sua vida. Parece lógico essa posição, mas de difícil exercício. Diariamente somos levados a negar a Deus o louvor merecido quer por nossa negligencia espiritual ou pelo ativismo da vida moderna.
O rei Davi não agia assim. Nos três primeiros versos do salmo destacamos sua ênfase no senhorio de Deus sobre sua vida.

• Senhor (v1).
• Deus dos deuses (v2).
• Senhor dos senhores (v3).

Todos os versos iniciais são acompanhados da afirmativa: porque a sua benignidade dura para sempre.

Está claro para Davi que Deus é único e como tal reina absoluto no universo. Nada pode contrariar sua vontade. Deus está muito além da percepção, sentimento, conhecimento humano. Contudo, é amável com os homens. Ele não deu a mínima para nossa baixeza (Sal 136:23 - Que se lembrou da nossa baixeza; porque a sua benignidade dura para sempre;) e nos presenteou com sua graça salvadora (Tit 2:11 - Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,).
Para Davi havia infinitos motivos para louvar esse Deus gracioso. E eles os enumera:

• Aquele que só faz maravilhas (v4)
• ... por entendimento fez os céus (v5)
• Aquele que estendeu a terra sobre as águas (v6)
• ... fez os grandes luminares (v7) ... sol ...lua e as estrelas(v8 e 9)
• O que feriu o Egito nos seus primogênitos (v10)
• Tirou Israel do meio deles (v11) ... Com mão forte e braço estendido (v12)
• ... dividiu o mar vermelho (v13)
• ... derrubou faraó com seu exército no Mar Vermelho (v15)
• Aquele que guiou o seu povo pelo deserto (v16)
• Aquele que feriu os grandes reis (v17) ... e matou reis famosos (v18) ...Siom (V19) ...Ogue (v20) ... e deu a terra deles em herança (v21) e mesmo em herança a Israel (v22)
• Que lembrou da nossa baixeza (v23) e nos remiu dos nossos inimigos (v24)
• ...dá mantimento a toda carne (v25)

A primeira vista reconhece o Deus criador, depois exalta ao Deus que apesar de ser infinito é também pessoal, visto que trata com Israel histórico e os livra. Por ultimo exalta ao Deus que atenta para a “nossa baixeza”.
Esse era o Deus de Davi. Esse é o nosso Deus, o meu Deus. Não existe nenhum motivo para não sermos ingratos ao Senhor. Nesse momento estou me lembrando da queixa de Cristo:

12 E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; 13 E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós.
14 E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. 15 E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz;
16 E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. 17 E, respondendo Jesus, disse: NÃO FORAM DEZ OS LIMPOS? E ONDE ESTÃO OS NOVE? 18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? 19 E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.
Lucas 17. 12-19

Como dói no coração do Pai a ingratidão do seu filho.

Davi teve muitos motivos para louvar a Deus e nós? Lembro com alegria do dia em que Deus me:

• salvou da condenação eterna;
• remiu o meu pai de igual mal;
• curou de uma enfermidade através dos médicos;
• deu sustento quando carecia dele;
• presenteou com uma família linda;
• abençoou com uma profissão maravilhosa;
• deu um teto para morar.


Além dessas bênçãos existem mais. O que dizer dos LIVRAMENTOS INVISÍVEIS tais como doenças que não permitiu que se manifestasse, ou consumisse minha vida e por ai vai à lista da misericórdia do Senhor sobre minha vida. Imagino amados que listas e listas são somadas a essas todos os dias quando Deus age em sua vida. Não, definitivamente temos uma divida eterna, impagável de gratidão a esse Deus criador, Senhor e sustentador do universo. Sejamos, pois gratos.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Descoberta muralha da época do rei Salomão



Arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém apresentaram partes de uma muralha que teria sido construída por ordem do Rei Salomão. Segundo a arqueóloga Eilat Mazar, diretora de escavações perto da cidade antiga de Jerusalém, os restos da muralha do século X a.C poderiam confirmar a descrição bíblica da época do rei.

De acordo com informações da agência Efe, uma parte da parede, de 70 m de comprimento e seis de altura, foi encontrada em um local chamado de Ofel, entre a chamada Cidade de David e da parte sul do Monte do Templo judaico.

Desenvolvidas nos últimos meses, as escavações fazem parte de um projeto da Universidade Hebraica de Jerusalém, da Autoridade de Antiguidades de Israel e outras instituições, com financiamento americano.


Fonte: EFE/Terra
http://inconscientecoletivo.net/muralha-pode-confirmar-descricao-biblica-da-epoca-de-salomao/

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Filho Pródigo

Estudo Bíblico
Filho Pródigo - Lucas 15.11-32

Parábola:

• Método empregado no discurso, por meio do qual as verdades morais ou religiosas se ilustram pela comparação com fatos comuns da vida.
• Ela se fixa na memória mais fortemente.
• Servia para repreender a alta personagem, que não havia de consentir acusações diretas à sua pessoa.
• Tinha por objetivo revestir a verdade sobre o reino de Deus. Muitos que a ouvia não tinha condições ou maturidade para entender as verdades bíblicas do reino de Deus. Assim Jesus implantava essas verdades dentro do coração das pessoas para que no tempo certo ela se manifestasse.

A parábola do filho pródigo, assim como da ovelha perdida (v 3-7) e da dracma perdida (v 8-10) são respostas de Jesus ao questionamento dos fariseus e escribas no verso (1-2) de Lucas 15.

“E CHEGAVAM-SE a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.”

• Publicano – Referiam aos cobradores de impostos a serviço do império romano. Eram estrangeiros ou judeus que compravam esse cargo para poder ter lucro. Os publicanos eram também chamados de pecadores e eram marginalizados política, social e religiosamente pelos judeus.
• Pecadores – Pessoas não instruídas na Lei e de má fama. Para os Fariseus comer com os pecadores consistia num ato de amizade ou aceitação de suas práticas. (EX: Mt 9. 10)

A parábola do filho pródigo é portanto a última das três ilustrações que Jesus se utilizou para responder de forma contundente aos fariseus. Ela fala da misericórdia, amor e compromisso do Pai para com seu filho e de arrependimento e reconciliação do filho para com seu Pai.

Nos versos 11 a 32 temos a seguinte informação:

• Havia um pai que tinha dois filhos.
• O moço pede ao Pai que lhes der sua parte na herança.

Na lei de Moisés o filho mais velho herdava o dobro da herança do Pai (Dt 21.17).

“Mas ao filho da desprezada reconhecerá por primogênito, dando-lhe dobrada porção de tudo quanto tiver; porquanto aquele é o princípio da sua força, o direito da primogenitura é dele.”

A Herança em geral era repartida com a morte do pai, mas em casos especiais se podia fazer com a orientação de um rabino (Lc 12.13).

O fato é que excepcionalmente o Pai resolve dar a herança requerida pelo filho mais novo. Sempre me pergunto, por quê?

• Pela insistência do garoto encantado pelo mundo (v 12)?
• Por querer dar-lhes uma experiência da qual serviria para toda sua vida?

As razões não aparecem no texto, mas o certo é que “passados alguns dia” o garoto transforma tudo em dinheiro e parte para bem longe do pai.

Aqui destaco algumas palavras:

• Passados muitos dias (v13) – Certamente houve tempo para se repensar no que deveria fazer da vida. Mas, o texto bíblico deixa claro que nada mudou. A obstinação, o orgulho do garoto era forte demais para fazê-lo pensar em outra possibilidade.
• Partiu para uma terra distante (v13) – Visto que junto ao pai não dava para dar vazão aos seus desejos, provavelmente sentia-se controlado, e precisava se sentir livre. Aqui nesse verso o sentido de liberdade se aproxima muito do que o apostolo Paulo Adverte em sua carta aos Galatas:

“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.” Gal 5:13 -


A decisão impensada do jovem trouxe para si e para o pai sofrimentos desnecessários.

• No verso 20 nos dar entender que seu pai todos os dias esperava a sua volta.

E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. Lc 15.20

Seu olhar estava fito na estrada.

• Nos versos 13; 14; 15 e 16, fica demonstrado claramente cair do jovem em situações cada vez mais complicadas até chegar bem fundo do poço. Entenda, não era ainda o fundo do poço, visto que esse poço não tem fim.

a. Dissipou todos os seus bens. 13
b. Começou a passar fome. 14
c. Arranjou emprego de guardador de porcos 15.

Nesse ínterim gostaria de fazer um comentário.

• Porcos eram animais impuros para os judeus (Lv 11.7-8; Dt 14.8)

Lv 11. 7-8 - Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, mas não rumina; este vos será imundo. Das suas carnes não comereis, nem tocareis nos seus cadáveres; estes vos serão imundos.
Dt 14. 8 Nem o porco, porque tem unha fendida, mas não rumina; imundo vos será; não comereis da carne destes, e não tocareis nos seus cadáveres.


d. Passava tanta necessidade que desejava comer da ração dos porcos 16.

Cuidar de porcos era algo inimaginável para um judeu e comer o que eles comiam ultrapassava tudo e qualquer limite do bom senso. Alfarrobas era um fruto em forma de vargem da alfarrobeira, arvore comum na palestina. Essas vargens serviam de alimento para animais e gente num extremo grau de miséria.

e. Ninguém lhes dava nada. Aqui está o ponto extremo da vida daquele jovem. Aqui é a linha de separação entre a loucura e a realidade. Ou reflete pára e volta ou morre.

A trajetória do jovem afastando-se do Pai foi de queda e provações continuas que tinha por objetivo alertá-lo para a realidade perdida na casa do seu Pai. Alguns nesse ponto movido por orgulho vão adiante e morre. Contudo, graças a Deus que esse não foi o caminho preferido pelo jovem.

No verso 17, diz a palavra: “...caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu Pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome”.

• Essa foi a primeira constatação da loucura que havia feito. A tomada de consciência é o primeiro batente para voltarmos novamente a usufruir das benesses do pai. A constatação de ter um Pai rico e viver deliberadamente na miséria espiritual foi algo muito difícil para o jovem constatar.
• Cair em si, sem si decidir pelo retorno não teria mudado nada na vida do jovem. Certamente continuaria na mesma condição até morrer.

No verso 18 e 19, temos uma atitude que fez muita diferença em sua vida e na do seu pai.

“Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados.”

Nesses versos temos vemos um homem se levantar das profundezas do seu EU e buscar refugio em Deus. Aqui não encontramos expressões de orgulho, mas de humildade. O jovem que descera da casa do Pai, não era o mesmo desses versos.

• “irei ter com meu pai” – NELE tenho segurança e fartura espiritual.
• “Pai, pequei contra o céu e diante de ti” – Arrependimento genuíno.
• “já não sou digno de ser chamado teu filho” – Humildade - Não espera nada do pai só a não ser sua misericórdia.
• “trata-me como um dos teus empregados” – Reconhecimento das suas faltas.

Nesses versos vemos uma alma se derramando de forma profunda diante de Deus. Aqui todos os seus pecados e erros são expostos de forma clara e sincera diante de Deus. Essa atitude é tudo que nosso Deus deseja ouvir de cada um de nós.

No verso 20, temos o encontro e que encontro:

20 Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. 21 Disse-lhe o filho: Pai, pequei conta o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. 22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés; 23 trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e regozijemo-nos, 24 porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se.

Glória a Deus santíssimo!

Todos os símbolos de sua condição de filho é restituído.

a. O anel – sinal de autoridade.
b. Sandalhas – sinal de homem livre.

Os versos 25-32, a parábola é concluída com a atitude do filho mais velho, que nesse caso representa os fariseus e escribas que compartilhava do mesmo sentimento.

“Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu; era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado.”

Amém!

Jerônimo Viana
Natal /RN
2/2/2010 - 17:41:39

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A escolha

A tarde caía sobre o vale, podia-se ouvir de longe o ruído da batalha. Carros passavam freneticamente pela estreita estrada que ligava o litoral ao interior do país. Chegavam a toda hora notícias de reveses e abandono de posições do exército real, parecia que tudo ai acabar em pouco tempo.

De pé diante do trono o rei precisava tomar uma decisão urgente: Prosseguir na defesa da região e salva inúmeras vidas da destruição certa ou recuar com sacrifícios de vidas, reorganizar suas forças e expulsar o invasor?

O sono fugiu dos olhos do destemido soberano por toda a noite, mas não do seu filho. Ele aprendera desde cedo a confiar na sabedoria do seu velho pai, na sua vivência de homem de guerra e na genialidade de seus comandantes que durante muitos anos haviam por repetidas vezes debelados a fúria dos invasores e a estupidez dos gananciosos.

De manhã, com o nascer do sol tudo parecia está dentro da normalidade de antes, do interior do vale ouvia-se gritos de vitória e o inimigo agora em retirada deixava para trás todo tipo de despojo que alegremente eram coletados pelos camponeses que em coro saudavam o velho rei por mais um livramento.

Sentado em seu trono consciente do tremendo feito alcançado o velho soberano olhava alegremente para um casal de ratos que aos milhares haviam sido soltos no acampamento do inimigo inutilizando seus arcos e armas de guerra possibilitando a vitória retumbante do exercito real.

Em seu coração o soberano agradecia a Deus por ter ouvido sua oração e livrado seu povo do mal.

Você meu amado. Escolha hoje servir a Jesus e suas lutas também serão as dele. Fique na paz de Deus.

Jerônimo Viana de Medeiros Alves.
Natal 26/01/2010
15:40

sábado, 23 de janeiro de 2010

Uma ótima semana

Essa semana eu mergulhei de vez no meu passado. Voltei assim por dizer as minhas raízes culturais. Tomei café com tapioca, queijo, manteiga do sertão e o colo da minha mãe. Como foi bom, e como faz falta nesses dias de intensa luta pela sobrevivência. Joguei conversa fora, ri as pampas e troquei figurinhas com minhas irmãs além de fazer belos passeios pela praia.
São dias assim que todo brasileiro deveria ter. O convívio da família é saudável e deve ser cultivado a qualquer preço. Como é bom ser informado como anda as coisas da nossa casa e conversar olho no olho com quem nos ama e quer só o nosso bem. Foi uma semana abençoada e como não deveria faltar a palavra de Deus se fez presente através de debates, conselhos, estudos e oração. Foi muito bom e sinto-me feliz.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Fidelidade a Deus: Uma questão de escolha.

Em breve estaremos postando um novo estudo sobre fidelidade ao nosso Deus. Este estudo tem por base o texto de Josué 24:15.

"Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor."

Orem a Deus para que me ilumine na composição desse estudo.

Jerônimo Viana
Igreja Batista do Alecrim

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Haiti

Emudeceu a lógica não há bom senso. Pelas ruas sobra destruição e saudades. Como reconstruir uma vida que nunca foi vivida como deveria ser? Com que parâmetros? Se o vazio de antes e o mesmo do depois.

Visão perdida, passos a ermos num mundo perdido como as pessoas que nele habitam. Há horrores por toda parte como é comum entre os homens sem esperança. A cantiga cedeu lugar ao choro e se pode ouvir clamores por socorro de todos os lados.

Meu Deus até onde vai à insanidade ou reside a razão? Até onde a humanidade suportará suas tragédias?

Natal 15/01/2010

Confiança em Deus

"Uns confiam em carros, outros em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em nome do Senhor, nosso Deus". Salmo 20.7

A história que inspirou Davi para compor o salmo 20 ocorreu mais ou menos a 1006 a.C., quando Israel se viu sob ameaça de uma coligação de nações lideradas pelos amonitas. Essa história é contada nos livros de 2 Samuel 10.1-19 e 1Crônicas 19.1-19.
Conta a palavra de Deus que:

1. Naás, rei dos amonitas (Os amonitas descendem de Bem-Ami, filho de Ló – Gênesis 19.38) amigo de Davi morre subitamente.(1sm 11. 1-10).
2. “Enviou Davi os seus servos para consolá-lo acerca de seu pai; e foram os servos de Davi à terra dos filhos de Amom.” (2 Samuel 10.2).
3. O rei Hamon filho de Naás é mal orientado por seus ministros e agride os embaixadores de Davi trazendo a guerra sobre seu povo. (2 Samuel 10.3-4).
4. Os amonitas preparam-se para a batalha. No livro de 2Samuel e 1Crônicas temos a seguinte situação:

2 Samuel 10.1

• Os amonitas contrataram 20 mil soldados de infantaria dos Arameus (Sirios) de Bete-Reobe e de Zobá.
• 1000 homens do rei de Maaca.
• 12 mil homens de Tobe (Região ao oriente do Jordão).

1 Crônicas 19. 6-7

• Alugaram 32 mil carros de guerras e seus condutores da Mesopotâmia, de Arã Maaca e de Zobá, por 35 toneladas de prata (1 talento = 35 quilos = 1000 talentos).
• Contrataram as tropas do rei de Maaca que ficaram em Medeba e os amonitas foram convocados para a batalha.

Em síntese a força dos inimigos de Israel era constituída por:

20.000 Soldados dos Arameus.
1.000 homens do rei de Maaca.
12.000 homens da região de Tobe.
32.000 carros de guerra com seus cavaleiros.
Total de força inimiga: 65.000 homens de guerra com sua tecnologia da morte.

O Resultado dessa batalha, sua estratégia encontra-se em 2Samuel 10.9-14 e 1Crônicas 19.10-14. Israel vence e o inimigo põe-se em retirada.

O aparente clima de vitória conquistada por Israel é temporário, visto que os Arameus (sírios) inconformados com a derrota sofrida organizam uma nova expedição militar. Essa nova tentativa é registrada em 2Samuel 10.15-19 e 1 Crônicas 19. 16-19.

• O inimigo mais uma vez foge diante de Israel.
• As baixas do inimigo são altas – 700 carros e seus condutores são destruídos; 40.000 mil soldados de infantaria do exercito inimigo são mortos e Soboque, o comandante do exército de Hadadezer é morto.
• Faz-se a paz entre os vassalos de Hadadezer e Davi e submetem-se a Israel.
• “Os Arameus ficaram com medo de voltar a ajudar os amonitas”. (2Samuel 10.19)

Lições que aprendemos com essa história.

1. O inimigo não brinca, não tira férias quando o negócio é destruir o povo de Deus.
2. Todas as alianças são possíveis (Arameus, Maaca e Tobe) para combater os filhos de Deus.
3. Todos os recursos são disponibilizados quando não os dispõem aluga-se. Nesse sentido muitos irmãos se deixam alugar pelo inimigo e milita contra a igreja do Senhor.
4. Há uma verdadeira guerra de informações. Bênçãos são transformadas em maldições (2Samuel 2.3-4 – ação dos conselheiros do rei amonitas).
5. O inimigo não desistiu, é tenaz, seu foco é a destruição do povo de Deus (2º Batalha contra Israel) e não descansará enquanto não destruir os servos menos apercebidos.

“Uns confiam em carros, outros em cavalos”...

Davi sabia no intimo do seu coração de todas essas verdades. A INTUIÇÃO, a EXPERIÊNCIA, o CONHECIMENTO TÉCNICO CIENTÍFICO das inúmeras estratégias militares não encorajou o rei a batalha, mas sua fé em Deus. Davi não desprezava toda sua vivencia de homem de guerra, mas ele preferia confiar em Deus. Assim, tivemos:

• A técnica aliada a fé.
• A intuição e a experiência sob o comando da graça.

As palavras de Joabe a seu irmão Abisai é esclarecedora acerca da política adotada por Davi no governo de Israel:

“Seja forte e lutemos com bravura pelo nosso povo e pelas cidades do nosso Deus. E que o Senhor faça o que for de sua vontade”. 2Samuel 10.12

• Era e é Deus que decide – João 15.5 – “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”
• Ao servo cabe lutar, ser bravo porque há muito a perder (...nosso povo e pelas cidades do nosso Deus.) e eu acrescento: pela nossa família, igreja e evangelho que liberta o homem do pecado e traz a paz que só Cristo oferece.

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como dá o mundo. Não se turbe o vosso coração nem vos atemorize.” João 14.27

Irmãos nós não podemos ignorar o conhecimento humano. A confiança em nossa própria força diante dos desafios desta vida é essencial. Em provérbio 24.10, a palavra nos exorta: “Se te desanimares em tempo de dificuldade, serás fraco”.
Contudo, o que é condenado na palavra de Deus é a soberba. Expressões ou idéias como essas:

• Sou o melhor.
• Só vai dar para mim.
• Tudo vai transcorrer desse jeito porque eu preciso e Deus está obrigado a realizar esse meu desejo.

“Uns confiam em carros, outros, em cavalos” ...

Assim pensavam os conselheiros de Hanum, rei dos amonitas, assim pensava Hadadezer, rei dos Arameus, assim pensava o rei de Maaca e assim podemos pensar se não vigiarmos no Senhor.

“Assim, aquele que pensa estar em pé, cuidado para não cair” 1 Co 10.12.

Nessa mesma linha de pensamento nos deparamos com o capítulo 18 de Jeremias. Nesse texto Deus enfatiza que:

• Somos barros e não o oleiro (Deus).
• Somos frágeis (o vaso quebra-se, mas o Senhor restaura) e precisamos do seu amparo.
• E principalmente: É um erro desprezar as orientações de Deus por soberba, vaidade e qual outro sentimento.

“ Mas eles dizem: não há esperança; pois seguiremos nossos próprios planos, e cada um seguirá conforme a teimosia de seu coração maligno” Jeremias 18.12

E daí vem o lamento de Deus:

“ Contudo o meu povo se esqueceu de mim"... Jeremias 18.15

A resistência proposital as orientações de Deus conduz o homem a morte.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” João 3.16-19

“Nós, porém, nos gloriaremos em nome do Senhor, nosso Deus” Salmo 20.7

• Davi não se deixava levar pelo acaso.
• Ele preferia confiar totalmente em Deus.
• Davi tinha consciência que a sabedoria humana, os recursos humanos são temporários, mas Deus é eterno.

Esse foi sem duvida o segredo da vitória de Davi frente a uma vasta coligações de inimigos, Foi nesse mesmo espírito que:

• levou Abraão a deixar Ur dos Caldeus rumo a terra prometida;
• conduziu Moisés a retirar toda uma nação do cativeiro para a liberdade;
• fez Daniel enfrentar sem temor a cova dos leões;
• encorajou homens e mulheres a darem suas vidas nos Circo Máximo e Coliseu romano
pela mensagem desse evangelho;
• motivou profetas e apóstolos a escreverem para a posteridade esse livro santo;
• faz com que a igreja hoje anuncie essa mensagem de libertação num mundo materialista, carnal, egoísta e incrédulo, portanto digno de sofrer as conseqüências da justiça divina.

A glória da vitória de Davi não estava em si, nem nos seus comandantes, nem nos seus homens de guerra, mas em Deus. A fé, a esperança em Deus estava bem viva no coração do rei de Israel.

“Uns tropeçam e caem, mas nós erguemos e ficamos de pé.” Salmo 20.8-9.
Amados como anda sua confiança em Deus?

E você meu amigo da distância já possui essa mesma confiança em Deus que o rei Davi demonstrou quando diante das dificuldades? Quer tê-la? É simples, basta fazer essa oração:

Senhor eu sei que sou um pecador e preciso da tua graça em minha vida. Te aceito como meu Senhor e Salvador em nome de Jesus, Amém. Simples não? Contudo é o maior passo que alguém pode dar na vida. Ele tem conseqüências eternas.

Procure hoje mesmo uma igreja evangélica mais próxima da tua casa fale com o pastor e se congregue. Na igreja você aprenderá muito mais de Jesus. Fique na paz de Deus.

Jerônimo Viana
Igreja Batista do Alecrim
Estudo realizado na IBA em 10/01/2010