domingo, 10 de março de 2013

Deus é o juís


Salmo 75.7

Deus é juiz e julga com perfeição. Dentre os homens não há nada parecido, visto que, somos em tudo limitado. O que julgo é o que ouço dizer, é o que vejo ou penso vê, mas o Senhor conhece o coração do homem [I Samuel 16.7]. Ele pesa os pensamentos [Salmos 139. 1-4], Ele nos conhece profundamente, de sorte que seu julgamento é infinitamente mais sábio, mais justo, mas consistente do que o qualquer mortal.
 
Sei que Deus usa critérios para sua tomada de decisões que estão muito além da nossa compreensão [Romanos 11.33], mas sei também que seu agir é um misto de justiça, amor e misericórdia.
 
Deus julga com justiça.

Em Ezequiel 11. 1-7, o profeta tem a seguinte visão:

“1 ENTÃO me levantou o Espírito, e me levou à porta oriental da casa do Senhor, a qual olha para o oriente; e eis que estavam à entrada da porta vinte e cinco homens; e no meio deles vi a Jaazanias, filho de Azur, e a Pelatias, filho de Benaia, príncipes do povo. 2 E disse-me: Filho do homem, estes são os homens que maquinam perversidade, e dão mau conselho nesta cidade. 3 Os quais dizem: Não está próximo o tempo de edificar casas; esta cidade é o caldeirão, e nós a carne. 4 Portanto, profetiza contra eles; profetiza, ó filho do homem. 5 Caiu, pois, sobre mim o Espírito do Senhor, e disse-me: Fala: Assim diz o Senhor: Assim haveis falado, ó casa de Israel, porque, quanto às coisas que vos sobem ao espírito, eu as conheço. 6 Multiplicastes os vossos mortos nesta cidade, e enchestes as suas ruas de mortos. 7Portanto, assim diz o Senhor Deus: Vossos mortos, que deitastes no meio dela, esses são a carne e ela é o caldeirão; a vós, porém, vos tirarei do meio dela.” [Ez 11.1-7]

O profeta é direto na denuncia do jogo de interesses, da injustiça e opressão promovida pelas autoridades do povo a ponto de se tornar um obstáculo à obra do Senhor [v.3,6]

Contra este estado de coisas vem o juízo de Deus. Quando sua sentença começa a ser pronunciada vemos claramente algumas das bases da sua justiça: a onisciência e a santidade.

“... quanto às coisas que vos sobem ao espírito, eu as conheço”. [v.5] Como Deus conhece os pensamentos, Ele sabe qual a fonte promotora da crise [v. 1], suas reais motivações [v.3] e do que eram capazes para manterem seu status quo [v.6].
 
O quanto àqueles homens estavam enganados. Pensavam que eram a última tampa de Crush, no entanto no verso sete o senhor declara quem era realmente importante naquela cidade, veja:

Portanto, assim diz o Senhor Deus: Os que vós matastes no meio dela [cidade] são a carne, e ela, a parcela; a vós outros, porém, vos tirarei do meio dela”. [Ez 11.7]

O “matastes” pode ser entendido de forma literal e era realmente, mas também podemos fazer uma aplicação aqui. Podemos colocar no sentido figurado e assim teremos: mataste a alma, a comunhão, a alegria nas celebrações ao Senhor, a motivação etc. havia muitos mortos espirituais em Israel [v.6].

Deus é justo em seu julgamento por que é santo e não pactua com o erro. Ele simplesmente não deixará impune o que pratica o mal. Com Deus o mal não prevalece.

‘Tirar-vos-ei do meio dela, e vos entregarei nas mãos de estrangeiros, e executarei juízo entre vós’. Caireis à espada; nos confins de Israel, vos julgareis, e sabereis que eu sou o Senhor”. [Ez 11. 9-10]

Existe um tempo de maturação do erro [Gênesis 15:16], até porque Deus é longânimo e deseja de todo coração que os homens se arrependam e voltem a praticar o que é certo, mas, tudo tem seu limite. Em sua ação sanadora o Senhor pode até usar estrangeiros quando as forças internas são débeis para promover as mudanças necessárias em sua casa. Israel é uma prova viva desta verdade. Os Assírios puniram o Reino do Norte, os Babilônios puniriam o Reino do Sul.

Essa pratica divina é aplicável também em nossos dias. Quantas vezes Deus têm lançado mãos de falsos líderes, obreiros como forma de disciplinar a uma comunidade rebelde e soberba? O inverso também é verdadeiro? É uma pena que deixemos as coisas chegarem a esse ponto. Onde está a sensibilidade espiritual da igreja do Senhor?

Graças a Deus que de uma forma ou de outra o Senhor não permite que seu povo, sua igreja seja manipulada indefinidamente por quem quer que seja, ou que sucumba definitivamente diante do mal.
“Esta cidade não vos servirá de panela, nem vos servireis de carne no seu meio; nos consfins de Israel, vos julgarei’. [Ez 11.11]

Deus é juiz amoroso

A bíblia toda fala de um Deus de amor. Deus é justiça, mas é amor [Deus é amor...]. Essa é a sua essência. Deus ama e isto basta. A história de Israel é exemplo disto. A nossa vida também.

Ele mandou seu filho para nos salvar por amor. Cristo foi sacerdote e holocausto por amor de nós.

E assim tem sido desde a eternidade. No profundo amor de Deus está a nossa esperança, mesmo sendo quem somos. Nos versos 19-20, após responder em tom tranquilizador sobre o destino do povo de Israel [v 13], o Senhor demonstra a sua contundente face de um Pai amoroso.

Está disposto a rever sua relação com seu povo. “Tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne”. [v19].

Por amor Deus disciplina seu povo por meio do sofrimento. Contudo, com hora, dia, minuto e segundos para acabar. Deus não tem prazer no eterno conflito, no fustigar indefinidamente, mas se apressa ainda em meio a sentença para apontar o dia da libertação, ainda que naquele momento o povo não esboçasse nenhuma forma de arrependimento.

Deus em amor deseja que seus filhos entendam a sua vontade e andem em obediência. Nesse sentido Ele não só espera como cria as condições para que possamos ser seu povo e Ele o nosso único Deus [v.20], contudo, a decisão de se submeter ou não ao seu senhorio continua sendo nossa. A sentença para quem deseja insistir no erro é condenatória [v.21]
 
Deus é juiz de misericórdia

No capítulo 36. 24-38, o profeta nos descreve mais um componente do juízo de Deus: a misericórdia.

A vergonha e o mal testemunho dado por Israel antes [vs. 17-18] e durante o cativeiro seria sanado [v.20].
 
  • Serão restituídos a terra [v.24];
  • Serão purificados pelo Senhor sem esta ação seria impossível a relação Deus-homem [v.25];
  • Receberão dentro dos seus corações o Espírito de Deus. O que fariam mudar de vida [v.26];
  • A partir de então serão povo de Deus, na mais perfeita idenidade com seu Senhor [v.28];
  • Serão prósperos [vs. 29-30];
  • Haveria arrependimento e consciência da misericórdia de Deus entre os eus filhos [v.31];
  • Gozarão de segurança [v.35];
  • Serão multiplicados em número [v.37].

Meus irmãos, Deus é o juiz. Ele exalta e abate quem deseja, contudo tendo como parâmetro a sua justiça, seu amor e a sua misericórdia.

Estejamos com um coração puro, desarmado, humilde, arrependido diante de Deus, pronto para obedecê-lo e veremos entre nós maravilhas. Deus não se alegra no seio da confusão e intrigas, visto que, onde está o seu Espirito existe comunhão, paz e prosperidade.

Que o Senhor nos abençoe. Amém.

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