sábado, 18 de dezembro de 2010

Eu preciso confiar em Deus


“Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angustia, me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.” [Salmos 4.1]

O salmista deixa claro que enfrenta problemas, como também que Deus tem aliviado. Contudo, a constatação dos alívios anteriores não aquieta seu coração, pois continua insistentemente a clamar a Deus por livramento.

 Existem momentos em nossa luta que o desespero cresce parecendo que vai nos sufocar. É quando o pânico se instala e nossos piores temores flora de forma absoluta e daí perdemos a nossa capacidade de se concentrar e clamamos a Deus, pois esse tipo de oração é o único que conscientemente podemos fazer.

Esses picos emocionais nos assaltam com ou sem causa aparente de modo que são profundos vales da morte dos quais só pela misericórdia e graça do Senhor é que voltamos à normalidade. Contudo, alguns por se demorarem nesses vales terminam se fechando e criando mundos paralelos para escapar da realidade.

O salmista passa por variações emocionais seguidas de alívio divino.  Apesar de conhecer que Deus vem em seu socorro ele tem pressa [e quem não tem] de ver finalizado aquele ciclo de aprendizado [pela dor]. O problema continua, assim como o clamor pela providencia divina.

Ao que tudo indica o causador de tamanha perturbação eram pessoas que ocupavam funções importantes dentro da comunidade e que podiam em decorrência disto ajudar a muitos e desta forma ser um instrumento de glorificação do Pai celestial, mas se negavam a fazer tal coisa cuidando antes de alimentar sua vaidade e viver da aparência [mentira].

Quantas desculpas uma pessoa pode dar para não cumprir o que é justo, ou fazer o que é preciso. Quanta angustia deixaria de existir se apenas cumpríssemos o que o nosso Deus determina que cumpramos. Irmão você tem chorado com os que choram? Tem se alegrado com os que se alegram, ou tem se escondido em sua zona de conforto? Você tem negado a seu irmão a ajuda necessária?

A fonte da angustia do salmista era bem específica. Existe uma forte probabilidade que esse não seja o teu caso, mas uma enfermidade, ou quem sabe problemas de relacionamentos, financeiro [...] que tem de certa forma deixado o irmão ou o amigo da distância perturbado. A recomendação para todos esses casos é confiar no Senhor. Sei que como teoria essa palavra parece fácil, mas no ardor da luta as coisas são bem diferente, contudo não existe outro caminho. Há situações que fogem totalmente do nosso controle e é para esses casos que precisamos exercitar nosso espírito e confiar no Senhor.

Nos versos 3-5, o salmista chama atenção dos impiedosos. Ele afirma que Deus os conhece, Ele sabe muito bem do mal que andavam praticando, assim como conhece seus servos.

“Sabei, porém, que o Senhor distingue para si o piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo por ele. [por isso o servo de Deus é aconselhado a] Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai. Oferecei sacrifícios de justiça e confia no senhor.”

É tremendo esse Deus não? A palavra aqui é para seus servos. Não se desespere, pois te conheço, sei das tuas necessidades e estou pronto a te ajudar [aliviar, libertar, curar, consolar...]. Contudo, jamais percam a capacidade de se indignar diante das injustiças, dos desmandos, da falta de sabedoria, da tirania, corrupção ou qualquer outra coisa que venha envergonhar o nome do Senhor e não exaltá-lo como convém.  Essa precisamente era a indignação do salmista.  Por isso ele sofria, pois não via nas elites do seu povo, ou na classe dirigente do seu país a disposição de espírito de buscarem verdadeiramente o que era justo e glorificar a Deus com suas ações.

As condições financeiras que esses homens desfrutavam por se apropriarem do que pertencia a toda comunidade não causava inveja no servo de Deus.

 “Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho.”

A alegria do salmista tinha motivação no Senhor e gerava vida eterna, enquanto a alegria dos homens corruptos e mal intencionados era circunstancial, ou seja, dependia do seu lucro, e, portanto, eram efêmeras e gerava morte espiritual.

Irmãos a dependência de Deus deve ser um exercício espiritual constante em nossa vida. Não podemos nos apegar as circunstancias, ou seja: Se tenho dinheiro sou feliz. É verdade que o dinheiro facilita muitas coisas nessa vida, mas ele não pode substituir a Deus, assim como uma boa saúde, fama, poder, etc.

O salmista termina dizendo: “Em paz me deito e logo pego no sono [apesar de tudo em sua volta] porque, SENHOR, só tu me fazes bem.”

 Amém! 

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