terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Estudo conclui que Moisés teve ajuda do vento na travessia do Mar Vermelho

Pesquisadores dos EUA acreditam ter localizado o ponto geográfico em que ocorreu a travessia do Mar Vermelho [3000 anos atrás] e como atravessaram com uma pequena ajuda do vento.

"Essa história do Êxodo foi sempre fascinante para crentes e estudiosos, que desejam saber se esse fato foi real ou simbólico," disse Carl Drews National Center for Atmospheric Research, principal autor do estudo.

"O que este estudo mostra é que a descrição da divisão das águas é baseada em leis da física", disse ele.


A Bíblia diz que os israelenses andaram "em direção ao centro do mar em terra seca", com uma parede de água em ambos os lados, enquanto um forte vento soprava do leste durante a noite depois de Moisés estendeu a mão sobre o mar.

Os pesquisadores não poderiam simplesmente se referir à Bíblia, para verificar se era o ponto de passagem e que, embora "o autor do Êxodo faz todos os esforços para identificar o sitio arqueológico, infelizmente, os três nomes de locais usados já não são reconhecíveis", disse Drews à AFP.

O especialista e co-autor, Weiqing Han [oceanógrafo da Universidade do Colorado], centrou sua pesquisa em um ponto onde havia um pedaço de terra que entra na água, descartando outros sítios como o Golfo de Suez ou perto de Aqaba, no Jordânia moderna.

Os especialistas passaram a procurar um ponto geográfico onde poderia haver uma divisão de águas caso o vento empurra-se as águas contra o chão, de forma a dividi-las em torno de um acidente geográfico ou ponte natural.

"Um grupo de refugiado poderia ter cruzado o Mar Vermelho a pé enxuto e uma vez que o vento deixou de pressionar as águas contra o chão [sobre uma ponte natural submersa] elas voltaram a ocupar novamente seu leito normal pondo fim a qualquer perseguição faraônica", disse Drews.

Os especialistas concentraram as buscas em um sítio arqueológico a leste do delta do Nilo chamado Tell Kedu, um ponto na costa mediterrânea ao norte do Canal de Suez. Acredita-se que neste momento um antigo ramo do Nilo se juntou a uma lagoa costeira em forma de U

Os pesquisadores usaram fotos e dados de satélite para reconstruir a área de campo de forma a torná-la semelhante a que existia hipoteticamente a 3.000 anos atrás.

De acordo com o modelo, um vento que soprasse a 101 km / h por 12 horas poderia empurrar as águas a uma profundidade estimada 2m. Isto criaria uma passagem seca cerca de 3 km de comprimento por 4,5 de largura que foram expostas por quatro horas - tempo suficiente para Moisés cruzar o Mar Vermelho.

Uma vez que o vento parou de soprar as águas voltaram ao normal rapidamente, afogando qualquer um que estava na passagem. Todo esse estudo foi publicado no site da Bilblioteca Pública da Ciência.

"As simulações parecem com a realidade do Êxodo", disse Drews.

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