domingo, 30 de outubro de 2011

Os que abandonam a fé


A conversa hoje é sobre os que se desviam da fé. Esse texto é fruto de um estudo para EBD [Livro de Tiago. Editora Cristã Evangélica. Pr. José Humberto de Oliveira] que encerramos nessa semana. Foram lições abençoadoras para nossa classe de homens.

Em Tiago 5.19-20, temos a seguinte orientação:

“Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.”

De imediato nos chama atenção a expressão “irmão”. Se o tratamento é esse lógico que Tiago está falando a família da fé. Esse mesmo termo foi usado outras vezes ao longo da carta [1.2; 2.1; 3.1; 4.11; 5.7...].

Muitas vezes ficamos estarrecidos com a quantidade de pessoas que se convertem e logo depois desaparecem da igreja. A freqüência que essas coisas se sucedem é doentia. Infelizmente a coisa tem que ser colocada dessa forma: doentia. A igreja que não consegue segurar seus novos convertidos é semelhante ao útero materno que não consegue reter o feto. Em ambos os casos é necessário intervenção e tratamento. Algo está errado.

Tiago estava pastoreando a distancia [1.1] e nestas condições as coisas ficam mais difíceis. Sua voz e coração impressos naquele pedaço de pergaminho eram como um grito ao povo de Deus que de tão alto e verdadeiro ultrapassou as barreiras do tempo e do espaço chegando com toda força e vivacidade aos nossos dias. Glória a Deus!

Fico aqui a pensar o que estava acontecendo com aquela igreja que o risco da fuga da fé não era só um excesso de zelo pastoral, mas algo bem real, assim com são em nossos dias? Lendo a carta podemos imaginar algumas causas.

·         As provações – 1.2-8.
·         Discriminação 2.1-13.
·         Conflitos 4.1-10
·         A maledicência 4.11-12.
·         A soberba 4.13-17.
·         A exploração dos mais fracos 5.1-6.

Por todas essas coisas é que certamente alguns irmãos estavam dispostos a deixar o convívio da igreja ou já haviam deixado-a. Hoje, será que vivemos a mesma realidade dos irmãos ao qual Tiago endereçou sua carta? As motivações podem até ser outras, mas o resultado é sempre o mesmo: Desvio da fé verdadeira.

Qual a nossa posição acerca dos que se desviam da fé? Temos nos preocupados assim como Tiago? Temos orado por eles? Temos ouvidos? Ou simplesmente nos acomodamos aquela velha postura nada cristã: Se deixou a casa de Deus é porque não era um fiel servo de Deus. Se nosso Deus nos tratasse dessa mesma forma estaríamos perdidos. Em Lucas 15.4 assim nos ensina a palavra de Deus:

“Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?”

Absurdo! Alguém certamente gritaria. Deixar 100 para ir atrás de uma. Isso não é uma prática aceitável. Se transplantarmos essa mesma filosofia para a linguagem de mercado o nosso Cristo poderia até ser internado em um manicômio. Afinal “As perdas são previsíveis e aceitáveis”.  Gloria a Deus que Ele não pensa como os homens.

“Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” Mc 8.36

Uma alma vale mais que o mundo.

O que significa desviar-se da verdade? É desviar-se do próprio Deus. Existem coisas que fazemos nessa vida que tem lá suas conseqüências, mas que podemos conviver com elas. Por exemplo, comer gordura demais e desenvolver gordura no fígado, tomar uma decisão errada e perder a amada. São coisas desagradáveis, mas com ajuda de Deus podemos continuar a viver.

Se afastar de Deus tem implicações eternas. Daí não ser possível brincarmos com isso. A igreja tem que está atenta ao afastamento gradual dos crentes do seu rol de membro. Dizia minha irmã esotérica: preste atenção as pequenas coisas, pois elas funcionam como alerta para o todo.

O pastor José Humberto lista diversas razões para o afastamento das ovelhas da casa do Senhor:

·         Perseguição – Mt 24.9-10; Mt 13. 20-21.
·         Mundanismo – 2Tim 4.10.
·         Fé superficial – 1Jo 2.19.
·         Rejeição da boa consciência – 1tm 1.19-20.
·         Prosperidade – Dt 32.15;Sl 62.10.
·         Vergonha de Cristo – 2 tm 1.15-16.
·         Problemas interpessoais – Mt 5.21-26.

Quantos problemas. Tiago nos chama a administrá-los.

“...aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.”

Aquele não é qualquer um. Esse servo de Deus tem que ter qualificações.
·         Aquele que se preocupa.
·         Aquele que tem consciência da seriedade do caso.
·         Aquele que esteja disposto a pagar o preço.
·         Aquele que tenha convicção da preciosidade do trabalho.

Mas é AQUELE não necessariamente um pastor, um diácono, mas todos nós. Que o grande Deus nos ajude. Fiquem todos na paz do nosso Deus.

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