segunda-feira, 17 de outubro de 2011

EBD - A paciência e suas recompensas.


Nesse domingo estudamos na EBD uma lição cujo título era: “A paciência e suas recompensas” [Tiago 5.7-11]. Foi um estudo maravilhoso e prático, até porque em nossos dias precisamos realmente ter paciência diante das circunstâncias adversas.
  
Inicialmente o professor questionou os irmãos acerca das vantagens de ser ou não paciente no mundo moderno.  Logo em seguida tratou de definir o seu conceito e chegamos a algumas conclusões:

1.       Paciência (é):

·         uma virtude que faz parte do fruto do Espírito.
·         e longanimidade vêm da mesma raiz [suportar e persistir na convicção de se opor ao erro, ainda que sob circunstâncias adversas [ Tg 1.12; 5.7; Rm 9.22; Cl 3.12].
·         uma das características do nosso Pai Celestial.

5 E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.6 Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. 7 E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. 8 Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor. [Gn 6.5-8]

Após uma breve introdução o professor passou a desenvolver o assunto. A carta de Tiago foi destinada aos irmãos da dispersão [judeus convertidos ao cristianismo]. Esses nossos irmãos ao que consta no capítulo 5, vinha sendo oprimidos pelos ricos da sua comunidade. O detalhe aqui é que todos eram crentes, o que é um absurdo e que provavelmente alguns deles foram ovelhas de Tiago quando Pastor da Igreja de Jerusalém [At 15. 13-21]. Aqui vemos Tiago tentar pastoreá-los a distância.

Agora vejam meus irmãos, esses homens eram estrangeiros e, portanto não possuíam cidadania [direitos] o que os deixavam em desvantagem diante dos maiorais da terra. No verso quatro do mesmo capítulo temos uma das prováveis razões da opressão: “Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos” [alusão a levítico 19.13. Cf, Dt 24.14-15; Jr 22.13]. Nesse contexto a paciência era o único recurso que restava as vítimas dos opressores.

Essa situação é corrente em nosso meio. Quantos colombianos e bolivianos vivem como escravos em nossas cidades? São pessoas exploradas financeiramente, que não tem onde recorrer dos seus direitos. Se isso dói, imagine essa situação se processando dentro da igreja do Senhor. Absurdo!

Quando Tiago argumenta acerca da paciência ele usa a ilustração do lavrador [Tg 5.7]. Fico aqui a pensar: Por quantas provações passa o lavrador [Preparação da terra; semeadora e colheita]? Tudo isso feito na expectativa que a natureza colabore até que venham os frutos do seu trabalho. Essa paciência era necessária. Nada poderia ser feito para reverter os desmandos dos ricos no contexto acima.

Certa vez perguntaram a Jesus quantas vezes uma pessoa podia perdoar um mal feito, ele então respondeu setenta vezes sete [Mateus 18.22], ou seja, sempre. Assim também deve ser a paciência e longanimidade dos servos de Deus. No verso 7 Tiago deixa essa questão bem clara:

“Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.” [Tg 5.7]

A vinda do Senhor Jesus é a medida certa da paciência dos verdadeiros servos de Deus. Essa é nossa marca. Não devem existir crentes de pavio curto, se assim procedemos somos crentes carnais e não espirituais.

“Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.” [V9]

O desejo de fazer justiça com as próprias mãos é comum aos homens. No caso dos irmãos da dispersão não era diferente. Contudo, em nome do bom testemunho eles deveriam deixar nas mãos do Senhor o fazer justiça [Heb 10:31 - Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo].

No verso 10, Tiago usa o testemunho de profetas, como exemplo de paciência [“Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.”].

·         O testemunho do profeta Amós – Am 5.10 [Odeiam na porta ao que os repreende, e abominam ao que fala sinceramente.]

·         O testemunho do profeta JeremiasJr 2.30 [Em vão castiguei os vossos filhos; eles não aceitaram a correção; a vossa espada devorou os vossos profetas como um leão destruidor.]

·         O testemunho do profeta Elias1Rs 19.10 [E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem.]

·         O testemunho do escritor de HebreusHb 11. 39-40  e sobre as aflições [Jo 16.33]

·         O testemunho de JesusMt 33.37 [Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!]

e mais:

10 “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; 11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. 12 Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” [Mt 5. 10-12]

e por ultimo usa o exemplo de Jó [ele é o único citar Jó novo testamento] Tg 5.11.

As provações de Jó foram muitas, vejam:

·         Perda dos bens – Jô 1.13-17.
·         Morte dos 10 filhos – Jô 1. 18-19.
·         Perda da saúde – Jô 2. 6-8.

Contudo:

“Jó não se rebelou contra Deus. Ele foi humilde, foi perseverante no sofrimento e honrou a Deus” [Jó 1.20-22; 19. 25-27].

E por isso Deus os recompensou:

a.       Na vida espiritual:

5 “Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Talvez pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente.” [Jó 1.5]


8 “Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu não vos trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó. 9 Então foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o Senhor lhes dis sera; e o Senhor aceitou a face de Jó.” [Jó 42.8-9]

b.      Na vida material:

“E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente.” [Jó 1.3]


“E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas.” [Jó 42.12]

c.       Na vida doméstica e social – Jó 42.11-15

11 “Então vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram acerca de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e um pendente de ouro.12 E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas.13 Também teve sete filhos e três filhas.14 E chamou o nome da primeira Jemima, e o nome da segunda Quezia, e o nome da terceira Quéren-Hapuque.15 E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos.”

d.      Na longividade – Jó 42. 16-17

16 “E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. 17 Então morreu Jó, velho e farto de dias.”

Finalizando o professor nos lembrou que:

·         exercer paciência é uma necessidade – Cl 3.12 [Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;]
·         é uma forma de vencer a opressão do mundo ímpio e as diferentes opiniões e reclamações entre os próprios irmãos de fé [Tg 5.8-9].
·         oprimir os irmãos de fé tem conseqüências eternas. Portanto, vejamos o que estamos fazendo, visto que ainda é tempo de mudança.

“Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.”

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