quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O cego

Minha cabeça tão cheia que nem percebo tua voz
Meu tempo tão exíguo que não te dou atenção
Estou sempre a correr, mas, pra onde?
Tenho sempre algo para fazer, mas, pra quê?

Não importa, visto que faço

Vazio
Tolo
Dolo
Entediado

Como pode um cego perceber um homem?
Como pode o agitado sentir paz?
São vulcões em premente estado de erupção
São vidas desprovidas de sentido

Tudo faz
Tudo discute
Tudo executa
Sem razão
Sem coração
Sem alma


Fazer por fazer, sem sentido, sem razão
Correr atrás da própria sombra
Viver e morrer sem propósito

Triste homem que correu pra sua morte
Esqueceu de sentir o cheiro das coisas
De ver que tudo tem sua forma
Que a beleza se mostra pra quem tem olhos
Que a bela música é para ouvidos atentos

Só correu não parou para plantar
Não colheu, pois disto não cuidou
Viveu como as bestas
Morreu só, pois só viveu

Autor: Jerônimo Viana

Cientistas brasileiros desafiam Darwin

A maior parte da comunidade científica acredita e defende a teoria da evolução, proposta por Charles Darwin (1809–1882). Biólogo e naturalista inglês, ele questionou a opinião vigente em seu tempo que considerava apenas a possibilidade da criação da vida por Deus.

Surgida como uma espécie de meio termo, que une fé e ciência, a Teoria do Design Inteligente (TDI) surgiu nos EUA na década de 1980 e ganhou adeptos em todo o mundo. No Brasil, um grupo de cientistas renomados passou a defendê-la com mais intensidade nos últimos tempos. Para eles, a vida não surgiu após uma série de eventos aleatórios, mas é resultado do projeto de uma mente inteligente.
Marcos Eberlin, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica: “Conhecimentos científicos em bioquímica e biologia molecular cada vez mais apurados nos permitiram abrir a caixa preta chamada célula e enxergar nela um conjunto imenso de máquinas moleculares dotado de uma complexidade irredutível… Não dá para pensar num motor desse tipo produzido por forças naturais. Foi decisão de uma inteligência que existe no universo.””.
Enquanto nos EUA a TDI é defendida por cerca de três mil adeptos, incluindo químicos, bioquímicos, biólogos e físicos, somente este ano foi realizada no Brasil o 1º Congresso Brasileiro sobre o tema. A Sociedade Brasileira do Design Inteligente iniciou oficialmente suas atividades no mês passado.

Até o momento, seu principal porta-voz é o professor Eberlin, autor de centenas de artigos científicos, membro da Academia Brasileira de Ciências e comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico.

O congresso realizado em Campinas, SP, contou com a presença do filósofo com especialização em biologia evolucionária Paul Nelson. A Sociedade Brasileira do Design Inteligente comemora o fato de ter agora 300 membros, incluindo alguns ex-darwinistas.

O grupo é marcado pela diversidade, reunindo cientistas católicos, evangélicos, espíritas e até agnósticos. “Seremos 500 até o final do ano, mil até o ano que vem e cinco mil em cinco anos”, afirma Eberlin. “Não somos inimigos de Darwin, mas amigos da ciência. Queremos restabelecer a verdade científica”, esclarece.

Evangélico e membro de uma igreja batista, o professor esclarece: “Cientificamente, eu sei quais são os meus limites, sei que nunca será possível demonstrar que inteligência seria essa. Tem gente que vai dizer que é o Deus bíblico… ou que é uma força que permeia o universo. Mas mostrar que houve uma ação inteligente é uma proposta científica valida”. Com informações de Darwin e Deus e Isto É

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Livramento de Deus




domingo, 30 de novembro de 2014

Duro é Lutar Contra os Aguilhões

A revista Aventura na História deste mês [Edição: 137, dezembro, 2014] trouxe dois artigos que chamou a minha atenção. A primeira matéria trata de uma reportagem de 2005, postada pelo Jornal Britânico The Scotsman. Segundo este periódico Josef Stalin [Ditador Soviético] ordenou aos cientistas russos para que criassem seres híbridos de homens e macacos. Essa tarefa ficou na responsabilidade do Dr. Llya Ivanov que deu início as suas experiências no ano de 1926.

A ideia de Stalin era criar “um novo ser humano invencível, insensível à dor, resistente e indiferente à qualidade da comida que come”. Essa afirmação foi feita por Stalin aos jornais da época. A inoculação de esperma humano em um chipanzé foi tentada por algumas vezes, porém sem sucesso. Quando o Dr. Ivanov quis reverter seu experimento inoculando mulheres, o chipanzé do qual seria retirado o material morreu, destino este compartilhado mais tarde pelo doutor Llya Ivanov vítima dos expurgos stalinista.

O objetivo de todo este experimento não era criar supersoldados, mas desmentir a palavra de Deus. Para provar sua infâmia gastou uma grande soma de dinheiro público, contudo fracassou.

O fracasso marcará a vida de todos que se levantarem contra Deus, pois “duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões” [Atos 9.4-5].

A segunda reportagem diz respeito a um experimento feito pela NASA onde se recriavam artificialmente um meio ambiente que poderia ser usado nas explorações espaciais. Esse experimento era grandioso. A área total do projeto correspondia 1,27 hectare de terra completamente isolada do mundo exterior. Existiam 3.800 espécies de animais e vegetais [biosfera 2] e o custo total do experimento chegava a casa de US$ 200 milhões de dólares. O resultado de todo esse esforço foi o fracasso. Os dois casais que deveriam sobreviver sem ajuda externa ao termino do experimento estavam magros e com a saúde debilitada, o oxigênio do ambiente teve que ser substituído devido a proliferação de microrganismos que o consumia todo ar da biosfera 2 produzindo ameaçadoras quantidades de CO2. As plantações foram atacadas por pragas, as arvores eram incapazes de fazerem a fotossíntese e apenas oito das 25 espécies de animais que participaram do projeto sobreviveram.

Parece que trabalhar com criação não é tão fácil assim como se pensa, e mais, é também absurdo acreditar que a natureza criada foi obra do acaso, ou do caos. A bíblia nos fala que todos esses arrogantes, materialistas e demais indivíduos que de alguma forma se opõe a Cristo reconhecerão seu senhorio sobre a história.

“Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus” [Romanos 14:11].

Já tenho essa certeza em meu coração, daí já dizer no tempo presente e com toda força da minha alma: Cristo é meu Senhor e Salvador!

Amados, Deus diariamente se revela como pai amoroso e misericordioso que é, mas acontecerá que em um determinado dia na eternidade a história da humanidade será fechada e todos estaremos diante do justo juiz que nos julgará segundo a nossa caminhada mediante nossa posição em relação a seu filho Jesus Cristo. Cristo é:

“A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina”. Salmos 118:22

“Ainda não lestes esta Escritura: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Esta foi posta por cabeça de esquina”; Marcos 12:10

Não relute em aceita-lo como seu Senhor e Salvador, por também está escrito:

“E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar”. Joel 2:32

“E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Atos 2:21

“E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo”. Mateus 10:22


sábado, 29 de novembro de 2014

A OPÇÃO PIETISTA

O pietismo surge a partir da necessidade de romper com o frio dogmatismo e o racionalismo filosófico que tomara conta da fé cristã. As lutas doutrinárias haviam roubado a alegria da fé cristã, a experiência pessoal com Deus, a busca por uma vida santificada não fazia parte da adoração cotidiana dos fiéis. O pietismo nasce na Alemanha com Spener e Francke, mas também Zinzendorf e Wesley.

Spener

Após toda uma formação acadêmica-teológica Felipe Jacó Spener é chamado ao ministério [1666] em Frankfurt um ano após fundar os Colégios de Piedade onde seus alunos se dedicavam a uma vida de profunda devoção espiritual e estudo bíblico.

Na época [1675] lança seu livro “Pia Desideria” que seria a obra fundamental do pietismo alemão. Como almejasse uma vida santa aos fiéis luteranos usou da doutrina do Sacerdócio Universal para chamar a responsabilidade tanto leigos como clérigos da igreja. Vida pessoal com Deus era requisito até para a escolha de pastores.

Os discursos academicistas eram tidos como desnecessários uma vez que caberia ao sacerdote chamar os fiéis à obediência à palavra de Deus. A oposição logo surgiu uma vez que os lideres ortodoxos acusaram Spener de desprezar toda uma base doutrinária construída ao longo de muitos anos de luta contra o catolicismo, mas Spener estava mais interessado na santificação do crente do que seu nível de conhecimento doutrinário.

Augusto German Francke foi um fervoroso discípulo de Spener. Em suas conferências em Leipzig divulgava as ideias do seu mestre. Semelhante a Spener foi combatido pelos ortodoxos centrados nas universidades alemãs. No final de 1761, é chamado pela universidade de Hale até então centro disseminador do pietismo luterano.

August Hermann Francke


Os pietistas alemães são chamados a missão transculturais pelo rei da Dinamarca que desejava atender as necessidades espirituais de suas colônias na Índia. Esse foi o ponto de partida do pietismo missionário. Logo novos centros de missões são formados e missionários partem para evangelizar outras terras. A lapônia e a Groelândia são exemplos deste esforço evangelístico.

O pietismo luterano impactou o jovem Nicolas Luís Zinzendorf que ao se aproximar dos irmãos Morávios levará a missão as terras americanas. Sua comunidade de Herrnhut levará o evangelho as Ilhas do Caribe, Virgens, Guianas e a Pensilvânia. O excelente trabalho dos morávios junto aos índios americanos e a consolidação deste trabalho na fundação das aldeias de Belém, Nazaret na Pensilvânia e Salém na Carolina do Norte, bem como, na América do Sul, África e Índia amoleceram o coração dos luteranos que no início havia rejeitado a aproximação de Zinzendorf dos Morávios. De volta a Saxônia é aceito pelos luteranos e permanece em sua comunidade até seus últimos dias [1770].

A segunda leva de Morávios à América influenciou positivamente a João Wesley. Após uma experiência de quase naufrágio é posto em cheque as suas convicções cristãs ele renasce do mundo das dúvidas para o de uma fé consistente em seu salvador.

Nicolaus Zinzendorf


De formação rígida assumi o pastorado de uma igreja Anglicana na Geórgia onde procura impor uma dinâmica de vida devocional só encontrada nos tempos de estudante de Oxford [vida santa e sóbria, receber a comunhão uma vez por semana, cumprir fielmente suas devocionais e estudar a palavra por três horas a cada dia.]. Desanimado com a má recepção as suas ideias por parte dos georgianos larga a igreja e volta para a Inglaterra onde encontra seu antigo companheiro de Oxford Jorge Whitefild que desenvolvia um ministério de pregação na cidade de Bristol, Inglaterra. Contudo, havia sido chamado para assumir um pastorado na Geórgia e deixa o trabalho da Inglaterra nas mãos de Wesley, este o desenvolve de forma surpreendente. Mais tarde por razões teológicas [arminianismo x calvinismo] separam-se.

O ministério de Wesley cresce poderosamente a ponto de ser necessário a introdução de pregadores leigos [homens e mulheres] para prepararem os fiéis durante a semana para o culto dominical Anglicano. Uma vez comprovados a eficácia destes pregadores outros mais passariam a ser preparados por Wesley.

A separação da igreja Anglicana se dar aos poucos, Na condição de bispo começa ordenar novos presbíteros [segundo a autoridade bíblica] para o movimento afim de suprir as necessidades da igreja Anglicana, inclusive na América, agora liberta da dominação inglesa.
John Wesley, Metodista

Consciente que grandes grupos causariam dificuldades no controle dos seus membros adota para o movimento as reuniões em pequenos grupos [12 pessoas] onde o líder espiritual teria melhor condições de tratar as dificuldades existenciais. A reunião com os líderes destes grupos passou a se chamar de conexões e deu origem as Conferência Anual dos Metodistas.

O afastamento da igreja Anglicana ocorre a seu contragosto, mas se fortalece com o passar dos anos se consolidando após a sua morte. O metodismo cresce com o fenômeno da Revolução industrial e entre os sem igrejas na América. Na América ele ganha outro rumo e separa-se de Wesley nascendo a Igreja Metodista Episcopal.

Todos esses movimentos aqui citados têm características do pietismo luterano alemão, porém o metodismo vai mais longe ao colocar em seu corpo doutrinário a preocupação pela justiça social.


O MOVIMENTO PENTECOSTAL: REFLEXÕES A PROPÓSITO DO SEU 1º CENTENÁRIO

O pentecostalismo é um fenômeno mundial no século XX. Segundo alguns especialistas existem cerca de meio bilhão de adeptos em todo o mundo. Esse movimento provocou mudanças profundas no mundo cristão, houve uma quebra de padrões evangélicos no diz respeito a teologia, forma de culto e experiência pessoal com Deus.

A origem do movimento se dar no final do século XIX e início do século XX. No início ficou restrito aos Estados Unidos até que aconteceu o avivamento da rua Azusa em Los Angeles em abril de 1906.

No Brasil é o seguimento evangélico que congrega a maior parte dos fiéis. Em 2000, dos 26,2 milhões de evangélicos brasileiros 17,7 milhões são pentecostais [67%]. Para alguns especialistas a explicação para tamanho crescimento se deve ao poder de se reinventar deste movimento. Se no passado tivemos a expansão pentecostal, hoje temos o seguimento do Neopentecostalismo.

Seria tolice pensar que o pentecostalismo moderno nasceu em nossos dias. Quando examinamos as escrituras o visualizamos na igreja de Corinto. Naquela época um grupo de pessoas haviam se voltado para práticas emocionais e a supervalorização das profecias e o falar línguas extáticas. Paulo na época recomendou moderação e apontou possíveis problemas a partir desta pratica dentro da igreja [1Co 12-14].

No decorrer da história vemos o reaparecimento na frigia, Ásia Menor com Montano. Para esse místico Cristo voltaria nos seus dias e com ele a nova Jerusalém. A experiência não deu certo e a igreja desestimulou as manifestações dos dons espirituais de natureza espetaculosa e miraculosa.

No decorrer do tempo diversos grupos cristãos lançaram mãos desta prática dentre eles os cátaros, os begardos e beguinas e o apocalipsismo de Joaquim de Flore no século XII. Os Anabatistas também foram pelo mesmo caminho. No século XVI eles eram conhecidos por entusiastas, libertinos, fanáticos e espiritualistas. Lutero e Calvino escreveram sobre a natureza dos mesmos.

A insatisfação com a falta de espiritualidade da igreja contribuiu e tem contribuído para o surgimento destas manifestações espirituais. Na época contemporânea tivemos os Quacres ingleses e sua luz interior, o ministério do pastor Edward Irving [XIX] e os avivamentos dos séculos XVIII e XIX [Europa e Estados Unidos].
 
Edward Irving
Na Inglaterra essa forma de pensar a divindade ganha forma entre os metodistas. “A inteira santificação” de Wesley deu lugar ao “batismo com o poder pentecostal” de John Fletcher. A pregação deixa de ser cristocêntrica [teologia paulina e joanina] para uma orientação pneumatocêntrica [Livro de Atos]. 

Nos Estados Unidos essa teologia se consolida através dos movimentos avivacionalistas [1730/40; 1810; 1857/58] onde o emocionalismo, a ênfase na teologia arminiana, a participação das mulheres nos cultos mistos, a valorização da profecia, da cura dos milagres passaram a ser comuns nas celebrações do período. Várias igrejas vão abraçar este movimento formando diversas ligas holiness [Associação Nacional Holiness em 1867, Vineland, Nova Jersey ...] por todos os Estados Unidos.

Em 1905, o movimento ganha as terras texanas quando encontra-se com o pregador negro William Joseph Seymour ]1870-1822]. Seymour passou a ser um discípulo do pastor Charles Parham, pai da doutrina que falar língua é uma evidência do batismo do Espírito Santo. Como aluno negro, filho de escravos não tinha o direito de frequentar a classe, mas assistia as aulas no corredor.


Foi esse homem um dos responsáveis pelo avivamento da rua Azusa.  A forma do novo culto a Deus envolvia gritos, saltos, danças, cantos e outros o que veio por abaixo toda uma ritualística tradicional de busca do sagrado.

A comunidade da rua Azusa era internacional, multirracial, de valorização do seguimento feminino na igreja e como tal se transformou na grande divulgadora do pentecostalismo por todo o mundo.

De Los Angeles o pentecostalismo se transportou para o Chile [1910], Brasil [1910] e depois para os demais países da região. No Brasil a primeira manifestação é atribuída a Émile Lêonard ligado ao movimento liderado por Miguel Vieira Ferreira [1837-1895]. Esse crente presbiteriano [Rio de Janeiro] despois de disciplinado abandona a igreja formando a Igreja Evangélica Brasileira que existe até hoje e que tem diversas diferenças com as organizações pentecostais que mais tarde chegaram ao Brasil.

O sociólogo Paul Freston fala de “três ondas” ou fases do pentecostalismo brasileiro. A primeira se fase se dar com a chegada da Igreja Congregacional Cristã do Brasil [1910] e as Assembleias de Deus. O enfoque era o batismo com o Espirito Santo e o falar línguas. Desta primeira fase foi a Assembleia de Deus a que mais se expandiu pelo Brasil e manteve hegemônica por 40 anos.

A segunda onda pentecostal ocorreu na década de 50 e 60, quando houve a fragmentação do movimento pentecostal brasileiro. São deste período as igrejas do Evangelho Quadrangular [1951], A igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo [1955] e a Igreja Pentecostal Deus é Amor [1962]. Todas essas igrejas tinham como ênfase a cura divina e a comunicação de massa um dos seus melhores meios de marketing.

A terceira onda ocorre com a chegada do Neopentecostalismo dos anos 70 e 80. A Igreja Universal do Reino de Deus é um exemplo deste período, mas outras se somaram a ela, tais como: Igreja Internacional da Graça de Deus [1977], Igreja Renascer em Cristo, Comunidade Sara Nossa Terra, Igreja Paz e Vida, Comunidade Evangélica etc. O foco destas igrejas era o exorcismo e a prosperidade. 


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Mudança climática pode agravar pobreza, alerta Banco Mundial

O aquecimento global poderá agravar "significativamente" a pobreza no mundo, ao secar os cultivos agrícolas e ameaçar a segurança alimentar de "milhões" de pessoas - advertiu o Banco Mundial, em informe divulgado neste domingo.


"Sem uma ação forte e rápida, o aquecimento (...) e suas consequências poderão agravar significativamente a pobreza em várias regiões do globo", alerta a instituição, em um relatório.

Secas, ondas de calor, acidificação dos oceanos: o Banco Mundial visualiza um cenário, no qual a comunidade internacional não atingirá seu objetivo de limitar o aumento das temperaturas no mundo a 2ºC, em relação à era pré-industrial, frente a um aumento de 0,8ºC nos dias de hoje.

Na hipótese extrema de um aumento de 4ºC, os acontecimentos climáticos "extremos" que aparecem, no pior dos casos, "uma vez por século", poderão se transformar na "nova norma climática", afirma a instituição.

O tom do relatório é particularmente alarmista em três regiões do planeta: América Latina, Oriente Médio e Europa Oriental.

O rendimento dos cultivos de soja podem cair de 30% a 70% no Brasil, enquanto metade das plantações de trigo na América Central e na Tunísia pode desaparecer, antecipa o documento elaborado com o suporte do Instituto de Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha.

No caso de um aumento de 4ºC, até 80% das regiões do Oriente Médio e da América do Sul podem se ver afetadas por ondas de calor de uma amplitude "sem precedentes", acrescenta o informe.
"As consequências para o desenvolvimento seriam graves, com uma queda dos cultivos, um retrocesso dos recursos aquáticos, um aumento no nível das águas e a vida de milhões de pessoas postas em perigo", enumerou o Banco Mundial.

"Está claro que não podemos continuar com esse nível de emissão (de CO2) crescente e não controlado", escreveu o presidente do Bird, Jim Yong Kim.

Os dois maiores poluidores do mundo, Estados Unidos e China, selaram em 12 de novembro um acordo inédito para frear suas emissões de dióxido de carbono.

O Fundo Verde da ONU acaba de receber suas primeiras dotações de US$ 9,3 bilhões e poderá começar a ajudar os países pobres na luta contra o aquecimento global.

O Banco Mundial garante que é preciso ir além, sobretudo, para conseguir atingir a meta de erradicar a extrema pobreza até 2030. Esse objetivo já se anuncia como "complicado" em um mundo com um aumento de 2ºC, mas pode estar totalmente "fora de lugar", no caso de um avanço de 4ºC do termômetro mundial, alertou o Banco.

"Existem provas crescentes de que, mesmo com medidas de controle muito ambiciosas, a atmosfera já está imersa em um aquecimento próximo a 1,5ºC de hoje até a metade do século", insistiu o relatório, destacando que certos desequilíbrios climáticos já são "inevitáveis".

Na tentativa de reverter essa tendência, o banco, criticado por ter financiado projetos baseados nas energias fósseis, defende há vários meses um sistema que estabeleça um preço para a poluição - como uma taxa sobre o carbono, por exemplo.

"Uma ação urgente é necessária sobre a mudança climática, mas isso não deve ser feito em detrimento do crescimento econômico", disse Ki

Fonte: Yahoo

domingo, 23 de novembro de 2014

Grande é o Senhor - Coral da IBA

Teólogo critica silêncio da Igreja frente ao massacre de cristãos

O dia da memória daqueles que estão sendo perseguido por causa do nome de Jesus já passou, mas, fica aqui registrado esse artigo como ponto de reflexão para todos os cristãos do planeta.

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Acredita-se que mais de cem milhões de cristãos enfrentam perseguições diariamente em todo o mundo por causa da sua fé em Jesus Cristo. Todos os anos, igrejas se reúnem para lembrar disso em novembro. Promovido pela Aliança Evangélica Mundial (AEM), 

O Dia Internacional de Oração pela Igreja Perseguida ocorrerá neste domingo (2), embora alguns países optaram por lembrar da data no dia 9.

“Apelamos aos cristãos de todo o mundo que apoiem os irmãos perseguidos, orando por eles e ajudando-os no que for possível, tal como ensina a Escritura”, pede Godfrey Yogarajah, diretor executivo da Comissão para a Liberdade Religiosa da AEM.

Nos últimos meses, o mundo vem testemunhando milhares de cristãos no Iraque e na Síria serem perseguidos e mortos. Muitos foram crucificados ou decapitados. Os que sobreviveram foram obrigados a fugir. Mas a perseguição não se restringe ao Oriente Médio. Em pelo menos 80 nações há registros de algum tipo de perseguição.

O tema deste ano é “Não Fique em Silêncio”.  O Dr. Geoff Tunnicliffe, secretário-geral da AEM lembra que é importante todos se unirem no clamor “Pois, se um membro sofre, todos os outros sofrem, 1 Coríntios 12:26.”

A organização do evento acredita que mais de meio milhão de igrejas se juntarão para intercessão no dia Internacional de oração pela Igreja Perseguida. No início de 2014 foi divulgado uma triste estatística: o número de cristãos mortos por causa de sua fé dobrou em 2013, se comparado com o ano anterior.

A expectativa é que os números deste ano sejam maiores ainda.  Os grupos muçulmanos radicais são as principais fontes de martírio em pelo menos metade dos países com registros de perseguição.

Teólogo critica silêncio

Mesmo com essa iniciativa, o encontro “Em Defesa dos Cristãos”, realizado recentemente foi marcado por declarações fortes sobre a atitude da maioria das igrejas. Eric Metaxas, teólogo e escritor, criticou o silêncio da Igreja frente ao massacre de cristãos no Oriente Médio. Ele comparou a atitude da maior parte das lideranças cristãs com o silêncio dos cristãos no tempo da Alemanha nazista.

Metaxas escreveu uma biografia de Dietrich Bonhoeffer, influente pastor e teólogo que sempre criticou a perseguição aos judeus e morreu nas mãos dos nazistas. Eric lembrou uma frase de Bonhoeffer: “O silêncio diante do mal é o próprio mal”.

“Se você não falar nada quando há perseguição aos cristãos… se você se cala, está fazendo parte desse mal. Quando os cristãos mantêm suas bocas fechadas, como temos feito normalmente enquanto ocorre essa terrível perseguição no mundo todo, Deus não nos vê como inocentes”, enfatizou. Com informações Christian Post e World EA