segunda-feira, 30 de junho de 2025

Jerusalém Cercada, Mas Não Vencida: Um Milagre na História e na Fé

Diário de um servo

No ano de 701 antes de Cristo, o rei Senaqueribe, do temido Império Assírio, marchou com seu poderoso exército contra o reino de Judá. Seu objetivo era tomar Jerusalém, a cidade santa onde reinava Ezequias, servo do Senhor. Humanamente falando, não havia esperança. As cidades vizinhas já haviam caído, e os inimigos cercavam Jerusalém como um leão prestes a devorar sua presa.

As crônicas assírias, encontradas em inscrições antigas, registram esse momento dizendo que Senaqueribe “encerrou Ezequias como um pássaro numa gaiola”. Contudo, diferentemente do que fez com outras cidades, o rei assírio não afirma ter conquistado Jerusalém. E de fato, ele não a conquistou.

A Bíblia nos mostra por quê. No livro de Isaías e em 2 Reis 19, vemos que Ezequias buscou ao Senhor em oração. Ele rasgou suas vestes, foi ao templo e clamou com humildade. Deus respondeu com poder: durante a noite, o anjo do Senhor passou pelo acampamento assírio e feriu 185 mil soldados. Ao amanhecer, os que restaram fugiram. O inimigo se retirou humilhado, e Jerusalém foi poupada.

Hoje, a arqueologia moderna confirma esse livramento. Escavações em Jerusalém e arredores encontraram acampamentos assírios, localizados em pontos estratégicos, provando que o cerco realmente aconteceu. Ao mesmo tempo, esses locais mostram que os soldados não permaneceram por muito tempo — como alguém que é obrigado a bater em retirada.

Em outro ponto da cidade, um antigo prédio usado para coleta de tributos foi encontrado destruído e depois reconstruído sob domínio estrangeiro. Isso mostra que, embora Jerusalém não tenha sido tomada, o rei Ezequias foi forçado a pagar um pesado tributo. Ainda assim, a cidade permaneceu livre e viva, porque Deus a preservou.

Esse episódio não é apenas uma história antiga — é um lembrete poderoso de que o Senhor ainda livra os que confiam n’Ele. Quando cercados por adversidades, devemos seguir o exemplo de Ezequias: buscar ao Senhor em oração, nos humilhar diante d’Ele e esperar com fé. A vitória nem sempre virá pela força das mãos, mas pela intervenção do céu.

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” – Salmo 46:1

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