sábado, 7 de janeiro de 2023

A grande ceia

 Lucas 14.15-24

Introdução

Quando li o texto de Lucas fiquei curioso em saber como era feito os banquetes na época de Jesus. Depois de fazer uma rápida pesquisa cheguei a esse cenário.

  • Os banquetes da época de Cristo eram na verdade jantares no horário do por do sol. Antes, o intenso calor do deserto impedia este tipo de cerimonia.
  • Nesse horário os convivas desfrutavam de um céu com um colorido amarelado e uma brisa constante.
  • A luz entra pela porta principal que fica repleta de curiosos olhando o movimento interno.
  • Os assuntos ali conversados e a intensidade do vozeiro dependiam dos convivas e de suas narrativas, contudo, o tema principal era a Lei.
Nesse caso especifico Jesus estava participando de um banquete oferecido por uma autoridade: um fariseu. Em todo momento Jesus estava atento ao que se passava ao seu redor.

  • Primeiro - Se deparou com um homem hidrópico [doença que se manifesta pela acumulação de liquido nas cavidades do corpo ou no tecido celular - Identificação da doença como insuficiência cardíaca congestiva] e perguntando aos interpretes da Lei e fariseus se era licito curar no sábado devolveu a saúde aquele homem e o despediu do banquete [verso 4]. A tradição da guarda do sábado não podia ser maior que libertação de um homem.
  • Segundo - Observou também a movimentação das pessoas no banquete e como algumas delas procuravam ocupar nos primeiros lugares [verso 7-11]. Nessa ocasião aproveitou o momento para falar de humildade.
É melhor ser humilde do que ser humilhado [v.9]. Essa mesma lição encontra-se em Lucas 18.14; Tiago 4.6,10; 1 Pedro 5.5-6.

Jesus fala diretamente para os anfitrião [verso 12-14].

  • Não convide os seus amigos, mas convide os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos, pois, certamente Deus recompensará quando assim agires. 
  • Nesse momento ele enfatiza a generosidade e os cuidados que seus discípulos devem demonstrar aqueles que são fisicamente debilitados e economicamente desfavorecidos.
Irmãos preste atenção no verso 15.
E, ouvindo isto, um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado o que comer pão no reino de Deus. Lucas 14.15 

Um dos convivas simplesmente procura desviar do assunto incomodo evitando assim de tratar de pobres  e enfermos. Ao apontar para o BANQUETE NO REINO DE DEUS desejava além de propor um tema mais leve enfatizar o exclusivismo judaico [salvação só para os filhos de Abraão].

  • Terceiro - A grande ceia.

É nesse momento que Jesus Cristo faz uso da parábola da Grande Ceia para derrubar a convicção da época de que os judeus eram os únicos a serem salvos. 

"Porém, ele lhe disse: Um certo homem fez uma grande ceia, e convidou a muitos. E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado." Lucas 14. 16-17

A parábola trata diretamente da sua missão salvadora. O messias de Deus estava pronto. O reino de Deus já estava entre nós. Portanto, havia motivo de festa, de banquete.

  • Estava assegura um certo  nível de comunhão com Deus.
  • Essa comunhão que hoje é em parte será plena na era vindoura. Em ICo 13.12, temos: 
"Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido."

Toda essa realidade é motivo de muita alegria e celebração.

O banquete de Deus é generoso. Veja algumas das suas características:

  • Convites: Existe um tipo de convite especial que é mandado com bastante antecedência aos convidados. Existe um convite próprio para o dia do banquete anunciando a hora da ceia e que tudo estava pronto.
  • O convite é uma clara chamada divina [Apocalipse 22.17].
  • Há uma certa expectativa por parte do Senhor da festa que é frustrada pelos convivas.
"E, voltando aquele servo, anunciou estas coisas ao seu senhor. Então o pai de família, indignado, disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade, e traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos. E disse o servo: Senhor, feito está como mandaste; e ainda há lugar. E disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a minha casa se encha. Porque eu vos digo que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia." Lucas 14. 21-24
  • Sabemos que nada surpreende o Senhor, mas nesta parábola Cristo dar essa característica humana a divindade para expressar o quanto o pecado faz mal ao Criador.
  • Nenhuma desculpas apresentadas era justificável [versos 18-20].
            a. Comprei um campo e preciso ir vê-lo.
            b. Comprei 5 juntas de bois [10 parelhas de animais] e vou experimentá-los.
            c. Casei-me.
  • É importante os irmãos saberem que este convite foi feito com muita antecedência, bem como, aquele que convidava era o Deus Altíssimo.
  • Será que não houve tempo para se  prepararem para a festa?
  • O que aqueles homens demonstraram na prática com essas desculpas?
Eles simplesmente colocaram as ocupações da vida diária à frente das exigências de Deus e de seu Reino. Esses convivas não eram dignos da comunhão com Deus.
  • Traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos.
  • Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a minha casa se encha.
  • Porque eu vos digo que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.
O final desta parábola é maravilhosa. A festa estava preparada e não podia ser frustrada a sua finalidade. Se os convidados especiais não consideraram o anfitrião, nos os gentios simbolizados pelos aleijados, mancos, pobres e outros, fomos aceitos no banquete celestial pelo chamamento do nosso Pai celestial, tendo por base a nossa fé, arrependimento e mudança de vida.

Glória a Deus! Por tão grande amor que nos amou.

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