quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Tesouros são encontrados em naufrágios de até 1700 anos em Israel

A Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) anunciou, nesta quarta-feira (22), que descobriu tesouros de dois navios naufragados no mar Mediterrâneo. A a “caça ao tesouro” foi conduzida pela Unidade de Arqueologia Marinha da IAA nos últimos dois meses. Entre os achados estão moedas de prata e bronze, anéis de ouro, estatuetas, sinos e outros objetos preciosos.

Em nota divulgada no Facebook, a entidade explicou que os dois naufrágios ocorreram em épocas diferentes – um deles no período romano, por volta de 1700 anos atrás, e outro na Idade Média, há cerca de 600 anos. Os restos dos navios e os tesouros foram encontrados próximos à costa de Cesareia, cidade de Israel.


A Unidade de Arqueologia Marinha explicou que “os navios provavelmente estavam ancorados nas proximidades e acabaram naufragados por uma tempestade”. A descoberta foi feita em águas rasas, a cerca de quatro metros de profundidade. Segundo os arqueólogos responsáveis pela descoberta, atracar navios em águas rasas e abertas fora de um porto é prato cheio para desastres.

Entre os tesouros encontrados e resgatados pela IAA estão centenas de moedas romanas de prata e bronze do século 3 e mais de 500 moedas do período mameluco, por volta do século 14. Também foi encontrada uma estatueta de bronze representando uma águia, símbolo do Império Romano, diversos sinos de bronze e vasos de cerâmica.


Além dos tesouros que eram carregados pelo navio, os arqueólogos também encontraram os pertences de alguns marinheiros. Entre eles, estava um anel de ouro romano com uma pedra preciosa verde (que você vê no início deste texto). O que chamou a atenção dos pesquisadores foi a imagem esculpida nessa pedra: um pastor vestido com uma túnica e carregando uma ovelha nos ombros. Trata-se do “Bom Pastor”, uma representação de Jesus Cristo.

“Na gema está gravada uma imagem do 'Bom Pastor', que é realmente um dos primeiros símbolos do Cristianismo”, afirmou à Associated Press o chefe do departamento de moedas da IAA, Robert Cole. Segundo ele, o anel e a data aproximada em que o navio naufragou fornecem pistas importantes de que a bordo dele poderia estar um dos primeiros cristãos.


Os arqueólogos estimam, pelo estilo dos artefatos encontrados, que o navio romano tenha partido da Itália em direção a Cesareia, que foi um dos primeiros centros do Cristianismo e abrigou uma das primeiras comunidades cristãs.

Fonte: Revista Galileu

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