domingo, 27 de junho de 2021
terça-feira, 8 de junho de 2021
terça-feira, 1 de junho de 2021
Os antigos judeus não comiam frutos do mar kosher, como mostram os ossos de peixes
Os pesquisadores analisaram ossos de peixes antigos de 30 sítios arqueológicos em áreas que agora fazem parte de Israel e Egito, desde o final da Idade do Bronze (1550-1130 aC) até o final do período bizantino em 640 dC
Os princípios básicos da lei alimentar judaica são estabelecidos no Chumash ou Torá escrita – visto por muitos estudiosos como compilado durante a era persa (539-332 aC) e baseado em tradições de longa data.
Judeus atentos ainda atendem aos requisitos kosher estabelecidos no livro – incluindo o requisito de que todos os peixes comidos devem ter barbatanas e escamas facilmente removíveis.
De acordo com a análise de ossos de peixes em muitos locais judaicos da Idade do Ferro (1130-586 aC) – também na capital da Judéia Jerusalém – Os pesquisadores encontraram uma proporção significativa de restos de peixes não kosher, como bagres e tubarões.
A equipe também encontrou evidências do consumo de peixes não kosher em Jerusalém durante a era persa – ponto em que se acredita que as leis foram elaboradas.
Yonatan Adler, professor de arqueologia na Universidade Ariel, na Cisjordânia, disse à CNN que ele e seu colega Omri Lernau da Universidade de Haifa em Israel queriam usar a arqueologia para apontar o momento exato em que os antigos judeus da Torá tomaram conhecimento e comecei a observá-lo na vida cotidiana.
“Em dois lugares na Torá, Levítico e Deuteronômio, proibimos comer peixes sem barbatanas e com escamas”, explicou ele.
“O que descobrimos foi que durante a Idade do Ferro … não havia evidências de que judeus ou israelitas abandonaram os peixes escamosos”, disse ele.
Como resultado, dizem os autores do estudo, seus resultados requerem um repensar da suposição de que tradições de longa data foram a base para as leis alimentares descritas na Torá.
Adler disse que mais pesquisas precisam ser feitas para determinar exatamente quando os judeus começaram a renunciar aos peixes sem escama, acrescentando que as datas de sua equipe são para o período helenístico (332 aC a 63 aC).) – o tempo entre persas e romanos – mostrando uma lacuna entre os períodos.
“Mais tarde, durante a época romana, quando encontramos cachos de restos de pescadores da Judéia, eles estão quase totalmente desprovidos de peixes proibidos”, disse ele.
O estudar foi publicado no jornal arqueológico Tel Aviv.
Fonte: Arena 4G
Achado arqueológico romano em Vegide (Tourém)
domingo, 9 de maio de 2021
quarta-feira, 5 de maio de 2021
79 anos da Batalha do Mar de Coral: relembre a impressionante descoberta arqueológica do conflito
sábado, 24 de abril de 2021
A dor de um rei
Salmos 22
Informes sobre o Salmos 22.
1.
Este salmo é um apelo por socorro. O clamor
de Davi é dirigido a Deus - É provável que Davi esteja se referindo a diversos
momentos de aflições vivenciados em sua vida (veja a expressão dia e noite).
“Meu
Deus, eu clamo de dia, mas tu não me
ouves; também de noite, mas não
encontro sossego” Sl 22.2
2.
A fé aparece como elementos em destaque – Ele invoca o Deus dos seus pais numa
clara alusão aos patriarcas (Abraão,
Isaque e Jacó) que confiaram em
Deus – A palavra usada para confiança
(BATACH = FÉ).
3. Existe
uma estreita relação com os escritos de
Jeremias. Vejam alguns exemplos.
cf.
6b com |
Porque
eis que te fiz pequeno entre os gentios, desprezado entre os homens. Jeremias
49:15 |
7a |
Persuadiste-me,
ó Senhor, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu, e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um
deles zomba de mim. Jeremias 20:7 |
7b |
Todos
os que passam pelo caminho batem
palmas, assobiam e meneiam as suas cabeças sobre a filha de Jerusalém,
dizendo: É esta a cidade que denominavam: perfeita em formosura, gozo de toda
a terra? Lamentações 2:15 Para
fazerem da sua terra objeto de espanto
e de perpétuos assobios; todo aquele que passar por ela se espantará, e
meneará a sua cabeça; Jeremias
18:16 |
9 e 10 |
“Antes
que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te
santifiquei; às nações te dei por profeta.” Jeremias
1:5 “Maldito
o dia em que nasci; não seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz”.Jeremias
20:14 “Por
que não me matou na madre? Assim minha mãe teria sido a minha sepultura, e
teria ficado grávida perpetuamente! Por que saí da madre, para ver trabalho e
tristeza, e para que os meus dias se consumam na vergonha?” Jeremias 20:17,18 |
Sl 22.18 |
“E, havendo-o crucificado,
repartiram as suas vestes, lançando sortes, para que se cumprisse o que foi
dito pelo profeta: Repartiram entre si as minhas vestes, e sobre a minha
túnica lançaram sortes.” Mateus
27:35 |
Sl 22.8 |
Confiou em Deus; livre-o agora, se o
ama; porque disse: Sou Filho de Deus. Mateus 27:43 |
Sl 22.1 |
E perto da hora nona exclamou Jesus em
alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por
que me desamparaste? Mateus 27:46 |
Sl 22.22 |
“Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no
meio da congregação.” Hebreus
2:12 |
5. Existe um contraste enorme entre o tom de louvor e alegria do salmo 21 e o estado de tristeza e solidão do salmo 22.
6. É um salmo messiânico,
haja visto, às referências a ele que fazem os escritores do Novo Testamento, vejam este exemplo:
7. Este salmo quando da sua composição falava muito da situação
vivida por Davi, mas tem seu pleno
significado quando aplicado a Jesus Cristo.
●
Vemos claramente aspectos da paixão
de Cristo.
●
Vemos claramente a natureza interior do nosso salvador.
●
Nele brota afrontas daqueles que
deveriam ter compaixão do servo sofredor, sentimento de abandono, mas no final
louvor pela libertação alcançada.
●
“PORQUE TU ME
RESPONDE” (Sl 22.21) - A descrição de Jesus neste salmo
permite algum tipo de vindicação (verbo transitivo Reclamar,
exigir a restituição de; recuperar.)
como nos versos 22-31. Da mesma forma, podemos nutrir a mesma confiança na esperança da ressurreição de Cristo e
nossa.
Parte 01 - O clamor (vs. 1,2)
“Deus meu, Deus meu, por que
me desamparaste? Por que se acham longe
de minha salvação as palavras de meu gemido? Deus meu, clamo de dia, e não me
respondes; também de noite, porém não tenho sossego.” Salmos 22:1,2
No Antigo Testamento
existem diversas ocasiões onde este sentimento de abandono é destacado (Jz 10.13; 1Sm 8.8; 1Rs 11.33; 2Rs 22.17),
contudo, nem aqui (Sl 22), nem no salmo 44
este sentimento de abandono está associado a pecado praticado pelos oradores.
As palavras
iniciais deste salmo são as mesmas usadas por cristo quando da sua crucificação
Mt 27.46; Mc 15.34). Vimos a pouco esta expressão:
“E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz,
dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?” Mt 27.46.
A
intensidade, dramaticidade e emoção destas palavras escapam ao nosso
entendimento. Esse Deus meu, Deus meu
é uma invocação e ao mesmo tempo
expressa uma dor inimaginável, um momento
de incompreensão, um pedido de socorro. Essa expressão soa como um clamor
aos céus de um filho para um Pai que naquele
momento não podia acompanhá-lo.
É
pura tensão, e esta não era marcada
pelas circunstâncias que o cercavam, pois o sofrimento vicário do nosso Senhor
era esperado e foi até profetizado inúmeras vezes aos seus discípulos, mas
não o abandono do Pai.
“E, subindo Jesus a Jerusalém, chamou de parte os seus
doze discípulos, e no caminho disse-lhes: Eis que vamos para Jerusalém, e o
Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e
condená-lo-ão à morte. E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o
açoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará.” Mt 20.17-19
Deus Pai não pode se relacionar
com o pecado e Cristo naquele momento
estava recebendo no seu corpo todo o pecado da humanidade.
A palavra longe aparece também nos versos 11 e 19, o que marca todo o
salmo o este sentimento de isolamento.
O
homem Jesus (a parte humana do Cristo) está presente nesse clamor, creio que
ele até podia entender as razões do
abandono, mas era insuportável vivê-lo.
●
Uma companhia eterna
agora não podia ser desfrutada.
●
Cristo é neste momento o
homem mais solitário do mundo.
Uma
observação. Meu amigo e irmão, você já parou para refletir que por sua causa o
criador do universo curtiu um intenso momento de solidão? Que deixou de
usufruir por alguns instantes da presença eterna do Deus Pai. Você percebeu o
quanto Ele ti ama? Reflita nesta verdade.
Parte 02 - A fé – vs. 3-4
“Contudo, tu és santo, entronizado entre
os louvores de Israel. Nossos pais confiaram em ti; confiaram, e tu os
livraste.” Salmos 22:3,4
●
Deus é alvo da adoração de Israel.
●
Os antepassados de Davi haviam
confiado em Deus e não foram frustrados nesta fé. E mais:
Em ti, Senhor, me refúgio; não seja eu
jamais envergonhado. Salmos 71:1
- Esta mesma confiança o Senhor pede a cada um de nós, afinal, “Sem
fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer
que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.”
Parte 03 - O lamento vs. 6-8
“Mas eu sou verme e não um ser humano;
afrontado pelos homens e desprezado pelo povo. Todos os que me veem zombam de
mim; fazem caretas e balançam a cabeça, dizendo: “Confiou no Senhor! Ele que o
livre! Salve-o, pois nele tem prazer.” Salmos 22:6-8
●
Há uma lamentação por sua condição. O que havia sobrado de humano nesta
circunstância?
●
Aqui podemos fazer uma relação com Isaías 41.14 e 52.14; 53.2-3 que também
é um texto messiânico.
Assim fala Isaías:
“Não tenha medo, ó vermezinho
de Jacó, povozinho de Israel, pois eu o ajudarei”, diz o Senhor; “o seu
Redentor é o Santo de Israel.” Isaías
41:14
“Como muitos pasmaram à vista
dele — pois o seu aspecto estava tão desfigurado, mais do que o de outro
qualquer, e a sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens”, Isaías
“Porque foi subindo como um
renovo diante dele e como raiz de uma terra seca. Não tinha boa aparência nem
formosura; olhamos para ele, mas não havia nenhuma beleza que nos agradasse.
Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores e que sabe o
que é padecer. E, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e
dele não fizemos caso.” Isaías
53:2,3
●
O sofrimento do salmista era diversão
para as pessoas que estavam próximas. Na verdade desejavam ver o seu fim.
Parte 04 - Apelo confiante vs. 9-11
“Contudo, tu és quem me fez
nascer; e me preservaste, estando eu ainda ao seio de minha mãe. A ti me
entreguei desde o meu nascimento; desde o ventre de minha mãe, tu és o meu Deus. Não te distancies de mim, porque a tribulação está próxima, e não
há quem me ajude.” Salmos
22:9-11
●
Uma das característica dos cânticos
de apelo é a confiança.
●
O salmista reverte as palavras dos
zombadores contra eles mesmos. Quando ele fala que confia em Deus desde a sua
infância (confiar – vs. 4 e 5).
●
Aqui
ele ecoa o apelo feito no verso 1 (Deus meu, Deus meu, porque me
desamparaste? Porque estas longe de dar-me livramento, longe das palavras do
meu clamor?) quando clama para o Senhor
reverter a situação presente e aparente separação entre eles.
Nos versos 12-18, temos um novo lamento com
um forte grau de dramaticidade.
●
São usadas imagens de animais
poderosos - touros, leões e cães.
●
Pessoalmente seu coração é de cera.
●
Sua força é tão seca como o caco de
barro.
●
Sua língua apegou-se ao paladar e
sentisse como se já estivesse morto.
●
Como ato final de indignidade é que o
sofredor, que pode contar todos os seus ossos, dos quais se acham
desconjuntados (vs 14a), se torna alvo de risos de seus perseguidores os quais
tiram suas roupas (vs 17-18)
Parte 05 - Apelo adicional – vs. 19-21
“Tu, porém, Senhor, não te
afastes de mim; força minha, apressa-te
em me socorrer. Livra a minha alma da espada,
e, das presas do cão, a minha vida.
Salva-me da boca do leão e dos
chifres dos búfalos; sim, tu me
respondes.” Salmos 22:19-21
●
Mais uma vez clama a Deus com a mesma
linguagem do verso 11
●
Há um caráter de urgência.
●
Os inimigos estão mais uma vez se
fazendo presentes (cão, touros e leão), contudo, há a certeza que Deus responderá a sua oração.
Parte 06 - Gratidão – vs. 22-26, 27-31
“A meus irmãos declararei o
teu nome; no meio da congregação eu te louvarei. Louvem o Senhor, vocês que o
temem; glorifiquem-no, todos vocês, descendência de Jacó; temam-no, todos
vocês, posteridade de Israel.” Salmos 22:22,23
E
“Os confins da terra se
lembrarão do Senhor e a ele se converterão; diante dele se prostrarão todas as
famílias das nações. Pois do Senhor é o reino, é ele quem governa as nações.
Todos os ricos da terra hão de comer e adorar, e todos os que descem ao pó se
prostrarão diante dele, até aquele que não pode preservar a própria vida. A
posteridade o servirá, e se falará do Senhor à geração vindoura. Virão e
anunciarão a justiça dele; ao povo que há de nascer, contarão que foi ele quem
o fez.” Salmos 22:27-31
●
Deus lembrou do seu aflito.
●
O livramento vindo do senhor era
motivação para o serviço missionário.
●
Deus é Pai de misericórdia. Diferente
dos homens não desvia o seu rosto do aflito.
●
Ha um apelo profético de Davi (vs. 27-29)
●
Às nações gentílicas se curvarão
diante do Senhor (Sl72.8-11; 96.10-13).
●
Às gerações futuras de Israel serviriam
ao Senhor (vs. 30,31).
O salmo que começa com uma nota de dor,
termina com o tema de alegria universal na salvação divina.
Que
preço! Que dor! Que sacrifício nosso salvador fez por cada um de nós. Mas
quantos entendem a ação de Deus.
O
homem neste momento foi a causa da dor de Cristo, foi o motivo da separação
momentânea entre Deus Pai e Filho, fomos a razão de “solidão de um Deus”. Você
já parou para pensar nisto? Nem os anjos decaídos causaram tanta dor ao coração
de Deus como a restauração da humanidade.
Será
que o homem merecia esse sacrifício? Só a graça de Deus é que pode explicar tal
fato. Pela restauração da imagem e semelhança de Deus (homem), o altíssimo não
mediu esforços e diz a bíblia:
“Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação
ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo,
sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Filipenses 2.6-8
Finalizado
essa breve meditação fica a pergunta: O que tenho para oferecer a Deus por
tamanho sacrifício? A resposta sem dúvida é, A MINHA VIDA. Essa mesma resposta
você amigo da distância pode também dar ao Deus do infinito entregando sua vida
ao salvador. Basta orar assim: Senhor me arrependo pelos meus pecados e te
aceito como meu senhor e salvador da minha vida.
Lembre-se
se Deus fez tão grande sacrifício para ti salvar, o que Ele não fará por tua
vida enquanto viveres nesta terra. Quando aceitamos Jesus ganhamos a vida
eterna e bênçãos sem medidas neste mundo.
Que
o senhor abençoe tua vida. Amém!
sexta-feira, 23 de abril de 2021
Genebra (CICV) – À medida que a crise na Síria entra na sua segunda década, uma pesquisa encomendada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) revela o alto preço pago pelos jovens sírios. Foram entrevistados 1,4 mil sírios de 18 a 25 anos na Síria, no Líbano e na Alemanha. Nesses três países, eles falaram sobre amizades e famílias dilaceradas, imensas preocupações e dificuldades econômicas, ambições frustradas, marcos perdidos e profundo impacto psicológico dos anos de violência e perturbação. "Foi uma década de perdas devastadoras para todos os sírios. Para os jovens, em particular, os últimos 10 anos foram marcados por perda de entes queridos, perda de oportunidades e perda de controle sobre o futuro. A pesquisa é um retrato sombrio de uma geração que perdeu sua adolescência e sua juventude para o conflito", afirmou o diretor-geral do CICV, Robert Mardini, em Genebra. Em um país onde mais da metade da população tem menos de 25 anos, a pesquisa mostra o que milhões de pessoas enfrentaram nos últimos 10 anos. Na Síria, quase um em cada dois jovens (47%) disse que um familiar próximo ou amigo foi morto no conflito. Um em cada seis jovens sírios contou que pelo menos um de seus pais foi morto ou ficou gravemente ferido (16%). 12% deles mesmos ficaram feridos nos confrontos. 54% perderam contato com um familiar próximo. No Líbano, essa cifra sobe para quase sete em 10. 62% disseram que precisaram fugir de casa, seja na Síria ou no exterior. Quase metade ficou sem renda por causa do conflito (49%) e cerca de oito em cada 10 (77%) disseram ter dificuldades para encontrar ou comprar alimentos e artigos de primeira necessidade. Na Síria, esse número sobe para 85%. 57% afirmaram ter perdido anos de escolaridade, ou mesmo deixaram de frequentar as aulas. Um em cada cinco disse ter adiado os planos de casamento em virtude do conflito. Oportunidades econômicas e empregos estão no topo da lista das maiores necessidades dos jovens sírios, seguidos por assistência à saúde, educação e apoio psicológico. As mulheres foram especialmente afetadas no campo econômico: quase 30% delas disseram não ter nenhuma renda para sustentar a família na Síria. Para os jovens sírios no Líbano, a assistência humanitária está entre suas maiores necessidades. O impacto do conflito sobre a saúde mental também é claro. Nos últimos 12 meses, os jovens na Síria tiveram distúrbios do sono (54%), ansiedade (73%), depressão (58%), solidão (46%), frustração (62%) e angústia (69%) por causa do conflito. Em todos os três países, os jovens sírios disseram que o acesso ao apoio psicológico é uma das coisas de que eles mais necessitam. "Esses jovens enfrentam agora sua segunda década desta crise agonizante. O mais comovente em sua situação é que, tendo perdido boa parte da infância e adolescência para a violência, essa geração provavelmente assumirá grande parte da responsabilidade e do trabalho de reconstrução. A vida de seus filhos também será marcada pelo conflito", disse o diretor regional do CICV para o Oriente Médio e Próximo, Fabrizio Carboni. O conflito na Síria tem sido particularmente brutal para os civis, caracterizado pela destruição em grande escala de cidades e povoados, deslocamentos internos em massa e uma crise de refugiados sentida no mundo inteiro. Ano passado, milhões de pessoas foram empurradas ainda mais para a pobreza devido à pior crise econômica desde o início das hostilidades, agravada pelo impacto das sanções e pela pandemia global de Covid-19. Cerca de 13,4 milhões de pessoas (das quase 18 milhões) precisam de ajuda humanitária. Apesar de tudo, a maioria dos jovens sírios entrevistados se mostrou otimista em relação ao futuro. Suas esperanças e ambições para a próxima década são universalmente reconhecíveis: segurança e estabilidade, a chance de ter uma família e um emprego bem remunerado, assistência à saúde e serviços acessíveis e o fim da agitação e do conflito.
Genebra (CICV) – À medida que a crise na Síria entra na sua segunda década, uma pesquisa encomendada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) revela o alto preço pago pelos jovens sírios.
Foram entrevistados 1,4 mil sírios de 18 a 25 anos na Síria, no Líbano e na Alemanha. Nesses três países, eles falaram sobre amizades e famílias dilaceradas, imensas preocupações e dificuldades econômicas, ambições frustradas, marcos perdidos e profundo impacto psicológico dos anos de violência e perturbação.
"Foi uma década de perdas devastadoras para todos os sírios. Para os jovens, em particular, os últimos 10 anos foram marcados por perda de entes queridos, perda de oportunidades e perda de controle sobre o futuro. A pesquisa é um retrato sombrio de uma geração que perdeu sua adolescência e sua juventude para o conflito", afirmou o diretor-geral do CICV, Robert Mardini, em Genebra.
Em um país onde mais da metade da população tem menos de 25 anos, a pesquisa mostra o que milhões de pessoas enfrentaram nos últimos 10 anos.
Na Síria, quase um em cada dois jovens (47%) disse que um familiar próximo ou amigo foi morto no conflito. Um em cada seis jovens sírios contou que pelo menos um de seus pais foi morto ou ficou gravemente ferido (16%). 12% deles mesmos ficaram feridos nos confrontos.
54% perderam contato com um familiar próximo. No Líbano, essa cifra sobe para quase sete em 10.
62% disseram que precisaram fugir de casa, seja na Síria ou no exterior.
Quase metade ficou sem renda por causa do conflito (49%) e cerca de oito em cada 10 (77%) disseram ter dificuldades para encontrar ou comprar alimentos e artigos de primeira necessidade. Na Síria, esse número sobe para 85%.
57% afirmaram ter perdido anos de escolaridade, ou mesmo deixaram de frequentar as aulas.
Um em cada cinco disse ter adiado os planos de casamento em virtude do conflito.
Oportunidades econômicas e empregos estão no topo da lista das maiores necessidades dos jovens sírios, seguidos por assistência à saúde, educação e apoio psicológico. As mulheres foram especialmente afetadas no campo econômico: quase 30% delas disseram não ter nenhuma renda para sustentar a família na Síria. Para os jovens sírios no Líbano, a assistência humanitária está entre suas maiores necessidades.
O impacto do conflito sobre a saúde mental também é claro. Nos últimos 12 meses, os jovens na Síria tiveram distúrbios do sono (54%), ansiedade (73%), depressão (58%), solidão (46%), frustração (62%) e angústia (69%) por causa do conflito. Em todos os três países, os jovens sírios disseram que o acesso ao apoio psicológico é uma das coisas de que eles mais necessitam.
"Esses jovens enfrentam agora sua segunda década desta crise agonizante. O mais comovente em sua situação é que, tendo perdido boa parte da infância e adolescência para a violência, essa geração provavelmente assumirá grande parte da responsabilidade e do trabalho de reconstrução. A vida de seus filhos também será marcada pelo conflito", disse o diretor regional do CICV para o Oriente Médio e Próximo, Fabrizio Carboni.
O conflito na Síria tem sido particularmente brutal para os civis, caracterizado pela destruição em grande escala de cidades e povoados, deslocamentos internos em massa e uma crise de refugiados sentida no mundo inteiro. Ano passado, milhões de pessoas foram empurradas ainda mais para a pobreza devido à pior crise econômica desde o início das hostilidades, agravada pelo impacto das sanções e pela pandemia global de Covid-19. Cerca de 13,4 milhões de pessoas (das quase 18 milhões) precisam de ajuda humanitária.
Apesar de tudo, a maioria dos jovens sírios entrevistados se mostrou otimista em relação ao futuro. Suas esperanças e ambições para a próxima década são universalmente reconhecíveis: segurança e estabilidade, a chance de ter uma família e um emprego bem remunerado, assistência à saúde e serviços acessíveis e o fim da agitação e do conflito.
Fonte: CICV