sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Anel de Pôncio de Pilatos é encontrado próximo a Jerusalém

Deus age na história da humanidade de forma surpreendente. Quando a fé cristã necessita de instrumentos materiais para comprovar suas narrativas históricas ,sempre vem à tona um achado arqueológico que se contrapõe aos argumentos daqueles que tratam a palavra de Deus como mito. 

A notícia do achado do anel de Pôncio de Pilatos na fortaleza Herodium é motivo de muita alegria no meio cristão. Como é sabido, Pilatos foi governador da Judeia entre os anos 26-36 a.C, sendo então responsável pela condenação de Jesus Cristo a morte de Cruz.

Anel de Pôncio Pilatos
A fortaleza onde foi encontrado pertencia a Herodes o Grande, o mesmo que no evangelho de Mateus mandou assassinar todas as crianças de Belém e arredores a fim de impedir a encarnação dos Messias. 
Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos. Mateus 2:16
Esse palácio fica a 12 quilômetros de Jerusalém e a sudeste de Belém e serviu de ponto de resistência dos judeus em sua revolta contra a dominação romana. A história nos conta que o plano do rei não deu certo, assim como, todos que intentam obstaculizar a pregação das boas novas entre os homens. 

Segundo a reportagem da revista Veja (03/12/2018) o anel trás em grego a inscrição Pilatus. Para os pesquisadores do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém esse objeto é raríssimo. A sua datação é de 2000 anos atrás. Essa peça servia de selo para tornar válido todos os documentos oficiais do império a época do governador.

Deus é maravilhoso em todos os seus caminhos. A realidade material que comprova o contexto em que viveu Jesus Cristo a cada dia é comprovada por achados arqueológicos e estudos outros. 

A nós outros resta-nos aguardar firmes e com pacientemente o retorno do nosso mestre, Senhor e Salvador Jesus Cristo. Maranata!

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Terra está engolindo enorme volume de água e não sabemos para quê

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Cálculos indicam que são perdidos a cada milhão de anos cerca de 3 bilhões de teragramas de água nas entranhas do nosso planeta, informa a revista Nature.

A medida que as placas tectônicas se movem e se introduzem umas debaixo das outras, é arrastada para o interior da Terra água em um volume superior ao imaginado, indica uma pesquisa elaborada por especialistas da Universidade Washington em Saint Louis.

Macaque in the trees
Planeta Terra (Foto: reprodução)
A edição indica que cientistas, liderados por Chen Cai, usaram dados coletados por vários sensores sísmicos instalados a 11 mil metros de profundidade, mais especificamente na fossa das Marianas, o local mais profundo dos oceanos.

Nessa parte do Pacífico ocidental, os dispositivos detectaram terremotos e ecos, que percorrem pela crosta terrestre. Chen Cai e os outros cientistas mediram a velocidade desses tremores, cuja desaceleração indica a presença de água em fraturas de rocha e de minerais que contêm água dentro de seus cristais.

Depois de registrar a desaceleração dos ecos na crosta e analisar os níveis de temperatura e pressão, os cientistas calcularam que a cada milhão de anos são perdidos 3 bilhões de teragramas de água na crosta e no manto. Um teragrama corresponde a um bilhão de quilogramas.

Os cientistas ainda não entendem como a água se move dentro da Terra. A água filtrada deveria reaparecer na superfície em erupções vulcânicas. Além do mais, o cálculo dos estudiosos é três vezes maior do que as previsões anteriores e é menor do que a quantidade de magma que seria expulsa das crateras do planeta.

Fonte: Jornal do Brasil/ Ciência e Tecnologia

Arqueólogo revela recentes descobertas em caverna de Qumran, Israel

Em suas últimas escavações no sítio arqueológico de Qumran, o Dr. Oren Gutfeld da Universidade Hebraica de Jerusalém, encontrou pontas de flechas e lanças, panelas de cozimento inteiras, ferramentas feitas de ossos, pedaços de papiro e tiras de couro, que eram usadas para amarrar cobertas de linho.

Segundo o arqueólogo. esses são grandes sinais de que a caverna 53 ainda esconde muitos manuscritos importantes. “Todos esses achados nos mostram que pessoas que viviam seis mil anos antes de Cristo  já usavam essas cavernas”, disse.

“Só na caverna número 4 de Qumran, foram encontrados cerca de 15 mil fragmentos”, lembrou. As imagens dos fragmentos recém-descobertos foram apresentadas na segunda edição do Congresso Internacional de Arqueologia Bíblica, que está acontecendo na UNASP, em São Paulo, desde o dia 15.

Gutfeld compartilhou sobre as dificuldades em realizar o trabalho no local, famoso por causa dos pergaminhos conhecidos como Manuscritos do Mar Morto. “Por lá tem muitas atividades sísmicas. Pequenos terremotos às vezes provocam a queda de muitas pedras dos tetos das cavernas”, revela.


Entre os últimos achados estão lamparinas, pratos e tigelas rituais. “Ficamos surpresos quando encontramos também restos de colchões feitos com folhas de palmeiras e restos de cerâmicas do período do segundo templo”, acrescentou.

No fundo da caverna havia uma entrada para um túnel com quatro metros de comprimento, em média. “Depois das escavações esse túnel ficou com 14 metros”, comentou.

“A princípio, não parecia haver nada de interessante por lá. Mas depois de todos esses achados, inclusive restos de pergaminho em branco, acho que em breve teremos novidades”, concluiu.

Os Manuscritos do Mar Morto são considerados os manuscritos bíblicos mais antigos do mundo. Enquanto os especialistas têm recuperado uma grande quantidade de escritos, muitos pesquisadores acreditam que há pergaminhos mais antigos à espera para serem descobertos.

Fonte: Gospel Prime

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

O Discípulo


Juan Carlos Ortiz - Resumo.q

A obra do pastor Ortiz é dividida em duas grandes partes: A primeira tem por titulo O vinho novo onde trata da existência de um pseudo quinto evangelho (O evangelho segundo os Santos Evangelhos) onde demonstra nossa acomodação às tradições religiosas e propõe uma nova visão de mundo a partir da resinificação dos ensinos de Cristo. Os odres novos correspondem à segunda parte da sua obra. Nela o pastor apresenta novos caminhos para o desenvolvimento de uma igreja forte e universal. Aqui trabalha conceitos e propõe o modelo de células como resposta de Deus a igreja moderna.

O VINHO NOVO

A preocupação inicial do pastor Ortiz é redefinir o conceito de Senhor (Kurios) e servo que se perdeu ao longo do tempo no ambiente evangélico atual. Segundo o pastor a má compreensão dos termos acima citado promovem um evangelho humano que coloca Deus na condição de servo, visto que, a interpretação bíblica, a forma de culto, a maneira como evangelizamos, a oração etc, estão voltadas para as necessidades humanas e não para a glorificação de Deus. É imperial compreendermos que Cristo é o Senhor e não apenas o salvador.

Se Cristo é o Senhor nós somos seus escravos (servos). Essa palavra parece soar mal devido a nossa evolução civilizatória, contudo, o pastor deixa claro que não existe meio termo no mundo espiritual, ou somos escravos do pecado, ou escravos de Cristo. O fato é que fomos comprados pelo seu sangue na cruz do calvário (2Coríntios 5.15), portanto, somos propriedades de Deus. O nosso equivoco acerca desta condição gera o quinto evangelho criado a partir da nossa visão particular da mensagem bíblica e não coopera para a compreensão de toda a revelação.

Se Cristo é nosso Senhor devemos andar em obediência a sua palavra. A nossa salvação depende da graça e misericórdia de Deus, mas também da nossa obediência ao seu mandado. Exemplos desta verdade encontram-se na história de Zaqueu, do jovem rico e outros personagens bíblicos que ao responderem positivamente a Cristo foram agraciados com seu acolhimento eterno. Esse é o genuíno evangelho do reino.

O testemunho cristão é algo inegociável. Viver para Cristo implica aceitar as suas condições, significa que a nossa vida lhes pertence e não só a vida, mas, tudo que nos rodeia (tempo, família e bens). Essa visão segundo o Pr. Ortiz leva a igreja a ser mais sensível as dificuldades do próximo sendo vista e impactando toda a comunidade onde se localiza.

Qual a grande motivação da igreja do Senhor? O amor. Esse é o único elemento divino que quebra a barreira da morte e se eterniza. Todos os demais dons cessarão, mas o amor reinará com Cristo pela eternidade. Afinal, Deus é amor (1Jo 4.8). O amor é a prova da nossa salvação, é o cumprimento de toda lei, é a certeza que estamos em harmonia com sua vontade.

Resta-nos perguntar: quem é o alvo de todo o nosso amor? O próximo (Lucas 10). Quando assim pensamos e agimos a sociedade se transforma o mundo passa a ter esperança.

“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Efésios 2:10

As boas obras são testemunhas vivas da profunda relação que nutrimos com o nosso Deus. Foi para isto que fomos chamados. O verdadeiro evangelho exige que nos sacrifiquemos pelo outro (1Jo 3.16).
Na medida em que vivenciamos esta verdade nossas relações pessoais até então superficiais ganham conteúdos, confiança e respeito da comunidade a qual servimos. Não é sem razão que a igreja primitiva ao exercitar esse mandamento encantou os judeus e serviu de atração para multidões de pecadores arrependidos se abrigarem no Senhor. Procurando explicar o poder do amor em sua inteireza o Pr. Ortiz cita a trindade divina. Esse é o padrão. O Senhor deseja vê a sua igreja una e diversa exercendo-o plenamente.

Além do amor o louvor é outro aspecto da vida cristã abordado pelo pastor Ortiz. Louvar é a linguagem do reino. Quando alguém louva ela está reconhecendo as virtudes de outrem, mas, quando se queixa faz o contrário. Baseado neste conceito o pastor faz uma profunda explanação dos equívocos de inúmeras composições evangélicas que estão na contramão do verdadeira adoração a Deus. Letras repetitivas de conteúdos vazios assaltam as igrejas e levam muitos a pensarem erroneamente que estão adorando a Deus quando na verdade estão fazendo moda.

Motivos para louvar a Deus é que não faltam, pois tudo, que se encontra ao nosso redor são obras das suas mãos. No entanto, muitos preferem repetir infinitamente em suas canções palavras como louvor, aleluia, glória a Deus que não expressão na totalidade a alegria de um coração agradecido pelo muito que Deus tem nos feito.

Encerrando a primeira parte da sua obra o Pr. Ortiz trabalha a oração. Nesse quesito ele quebra alguns tabus. O primeiro deles é a oração de olhos fechados. Segundo o pastor quando assim agimos estamos fazendo o contrário do que a bíblia nos ensina. Textos bíblicos como o Salmo 121.1 (Elevo meus olhos para os montes...), João 17.1 (Jesus levantou os olhos para o céu...) nos provam que a verdadeira adoração parte da realidade que nos rodeia. Tudo que Deus criou estão diante dos nossos olhos (natureza, vida, etc). Essa constatação inspira o servo de Deus em sua adoração abrindo seu coração ao Todo poderoso.

Assim como o louvor a oração do crente deve ser continua e renovada, pois Deus faz nova todas às coisas. Basta ao crente sensibilidade espiritual para entender e expor através da musica ou oração tudo aquilo que o Senhor tem lhes feito.

OS ODRES NOVOS

Em sua experiência eclesiástica o pastor Ortiz descreve a eterna situação de infância em que vivem mergulhadas diversas igrejas do Senhor. Orações, hinos, mensagens repetitivas (Arrependimento, fé, batismo do Espirito, a ressurreição dos mortos e juízo eterno) rivalidades, disposição de receber mais do que ofertar, de buscar dons e não os frutos do Espírito, a falta de obreiros são algumas das constatações que segundo o pastor só prova a infantilidade da igreja.

Quando aborda o crescimento da igreja o pastor cita o livro de Efésios 4:13, numa clara intenção de chamar os irmãos a maturidade cristã. Usando o exemplo do apostolo Paulo, Ortiz declara que a igreja atual não cumpre o seu papel de treinar a liderança para os desafios dos tempos modernos terceirizando com os seminários uma responsabilidade que era somente dela. Para isso, cita Paulo. O apostolo sempre treinava e deixava em seu lugar pessoas capazes de levar adiante a igreja recém-formada.

Quando não existe crescimento, nem treinamento ou confiança as ovelhas correm riscos de se dispersarem. No passado os melhores pastores eram enviados para os campos missionários e assim contribuíam para a formação de igrejas fortes doutrinariamente e cheias do Espírito de Deus. Hoje vão os seminaristas que na sua maioria não tem experiência no trata missionário.

Nas igrejas ou casas espirituais bem estruturadas as ovelhas se multiplicam, visto que, seus membros treinados sabem perfeitamente qual o seu papel na instituição e desenvolve sem o sentimento de obrigação. O exemplo de Cristo é fundamental para se compreender essa realidade. Quando partiu de volta para o Pai deixou 12 discípulos em condições de levar adiante o ministério a eles confiado.

Pensar em igreja é pensar em corpo. É dessa forma que funciona melhor. Para Ortiz o crescimento vem naturalmente quando esse corpo se encontra ajustado, onde cada individuo sabe a sua função e exerce com naturalidade e espírito de cooperação. Nesse meio tempo cabe ao pastor manter esse corpo funcionando a contento e para isto deve ser prático.

Em sua experiência eclesiástica o Pr. Ortiz estruturou sua igreja em pequenos grupos dando total liberdade de ação para uma liderança treinada e de sua confiança. Nessa nova estrutura a igreja ficou mais dinâmica a ponto de deixar o uso natural do templo e ser luz e sal em um mundo que jaz no maligno.

Romper com o velho sistema não foi fácil, mas, necessário. O velho distanciamento entre crentes e incrédulos foi aos poucos sendo encurtado, assim como a prática do batismo imediato a conversão e o rompimento com os laços denominacional (igreja no Novo Testamento ou era universal ou local).

O governo da igreja foi outra barreira a ser ultrapassada. Do estilo democrático passou a ser teocrático.  Segundo o pastor a vontade de Deus para nossos dias só é manifestada no grupo de seus ministros. Dai a necessidade dos ministros estarem unidos para compreender a vontade de Deus e transmitir ao seu rebanho. A força da autoridade decorre da espiritualidade do seu líder, e não do fato dele possuir um titulo. Na célula essa autoridade é avaliada pelos membros do grupo que reforça ou não. É nas células que todas as necessidades humanas são resolvidas (sociais, crescimento espiritual, materiais) não se esquecendo da sua ação evangelística.

Toda célula tem na sua funcionalidade a adoração, discussão, programação, mobilização e multiplicação. Não necessariamente todos os itens serão utilizados nas reuniões, mas, de acordo com o andar e necessidade do grupo. Nelas problemas de todos os tipos e ordem são tratados de forma que o Senhor vai confirmando a sua igreja.

Esse novo estilo de organização eclesiástica segundo o pastor Ortiz se enquadra na nova aliança estabelecida por Deus com o seu povo (Ez 36.26-27). A lei do Senhor seria posta no coração do seu povo. Desta forma a voluntariedade é a marca do serviço e a praticidade o instrumento da implantação do reino de Deus entre os homens. Toda escritura é prática. No passado os irmãos que faziam parte da igreja primitiva distribuíam o que tinham com os necessitados (Atos 5. 6-7; 8.31-33), mas hoje esquecemos esse detalhe, afirma o Pr. Ortiz.

Finalmente, a igreja necessita voltar a suas raízes, romper com velhas tradições e práticas que nos distanciam tornando-nos  pelos viés das denominações nos fazendo esquecer que somos um em cristo muito embora sejamos diversos.

BIBLIOGRAFIA



ORTIZ, Juan Carlos. O discípulo. Ed. Betânia, ano 1980.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Ser cristão em meio as turbulências dos nossos dias


"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.


Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos.

Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?

Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.
1 João 3:16-18

Qual dos mandamentos é mais lembrado no seio da igreja? Qual dos mandamentos é mais fácil de ser executado? 

O certo é que:
  • Ambos são mandamentos do Senhor.
  • Ambos tem em comum o amor que vai além da aparência, do aperto de mão casual.
  • Ambos são necessário a igreja, caso contrário, não teria sido escrito.
  • Ambos necessitam da ação do Espírito Santo para sua execução.
  • Ambos são revestidos de uma praticidade fora do comum, bem longe dos discursos enfadonhos e vazios.
  • Ambos caracterizam a presença de Deus de forma tremenda na vida daqueles que a praticam.
O que explica a lembrança do primeiro e não do segundo? 
  • A falta de amor na sua integralidade. Não consegue por em prática o amor de Deus. Não vai além. 
  • A não compreensão da importância do outro no plano divino. 
  • O não desejar se comprometer com o próximo. 
  • A seletividade.
A igreja tem em seu domínio a mais fascinante força revolucionaria do universo: o amor. Ele é tremendo. Todos os dons, sabedoria e demais ferramentas dadas por Deus a sua igreja um dia cessarão, mas, o amor se expandirá por toda eternidade. Ele será para sempre a base da nossa relação com Deus, de forma que os despossuídos deste elemento divino perecerão.

A trindade é o exemplo máximo da sua prática. Unidade na diversidade. Nada de ciume, nada de sentimento outro que exalte um e rebaixe outro, mas extremo gozo na aprovação e no compartilhar das realizações divinas. Esse é o padrão para a igreja do Senhor. O que pode ir contra tal força? Nada.

O amor supera o ódio, as intrigas, o partidarismo que são coisas menores, própria de uma natureza decaída. Meus irmãos, Deus tem colocado a nossa disposição essa ferramenta de mudança insuperável em todo universo criado. Por quê não usá-la em sua inteireza? 

Vivemos dias difíceis. A ordenança divina parece esquecida diante de rostos graves, dentes amostra, olhos vermelhos, convicções vazias, certezas humanas no lugar da segurança do amor divino. Isso tem que parar.

A igreja precisa repensar o seu papel. O ódio nunca foi a expressão máxima do povo de Deus. As coisas deste mundo jamais poderia substituir a glória futura. Como nos apresentaremos diante de um Deus de amor com tanto rancor contra aqueles (próximo) que deveríamos amá-los. 
Quem está entre os vivos tem esperança; até um cachorro vivo é melhor do que um leão morto!  Eclesiastes 9:4
Ainda é tempo de mudança, pois enquanto há vida há esperança.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

O luto e a pobreza de Rute

Philip Ryken
Philip. G. Ryken é o presidente do Wheaton College e um membro do Conselho do The Gospel Coalition.

21 de Setembro de 2018 - Vida Cristã
O trecho abaixo foi extraído do livro Quando os Problemas Aparecem, de Philip Ryken, Editora Fiel, lançamento de agosto de 2018.

Quando se trata de segurar em Cristo com uma mão e nas pessoas que amamos com a outra, seria difícil encontrar exemplo melhor do que Rute, que fez um compromisso de vida ou morte de permanecer com Noemi. Imagine a cena e sinta sua dramática tensão. Três mulheres em meio ao horizonte se dirigindo ao deserto. Antes de chegar perto de Belém, Noemi parou no meio da estrada e disse a suas noras que voltassem para suas casas em Moabe. Ela as abençoou pela bondade delas, mas disse também claramente que deveriam voltar para casa, onde havia alguma esperança de encontrarem outros homens com quem casar.

A essa altura, as duas jovens mulheres romperam em lágrimas. O cenário é o mais próximo que a Bíblia chega de uma novela. “E beijou-as [Rute e Órfã]. Elas, porém, choraram em alta voz” (Rute 1.9). Elas falaram a Noemi: “Não! Iremos contigo ao teu povo” (v. 10). Mas Noemi não teria nada a oferecer. Não tinha esperança de um novo marido e, assim, não podia lhes oferecer nenhuma garantia de provisão ou proteção — a amarga verdade que cortava o coração da velha viúva. “Não, filhas minhas! Porque, por vossa causa, a mim me amarga o ter o Senhor descarregado contra mim a sua mão” (v. 13).

A angústia de Noemi provocou mais uma rodada de lágrimas; as três mulheres, “de novo, choraram em alta voz” (v. 14). Choravam, lamentando como fazem as mulheres do Oriente Médio. Quando finalmente as lágrimas secaram, Orfa fez a escolha sensata. Amava Noemi o bastante para andar parte do caminho até Belém, mas, ao imaginar que ficaria melhor em casa, beijou Noemi em despedida. Quem poderia culpá-la?

 Mas Rute fez a escolha oposta, com consequências enormes. O que ela decidiu levaria à salvação do mundo. Veja o que fez ela: enquanto Orfa dava seu último adeus, Rute se apegou a Noemi. Aqui, a Bíblia usa um verbo forte que indica um laço inquebrável. Podemos imaginar Rute abraçada a Noemi, e, depois, quando sua sogra começa a se afastar, Rute agarra em suas vestes para evitar que ela vá embora sem ela. Rute simplesmente recusou soltá-la.

De início, Noemi tentou empurrá-la para longe, dizendo: “Eis que tua cunhada voltou ao seu povo e aos seus deuses; também tu, volta após a tua cunhada” (v. 15). Essas palavras esclarecem o que estava em jogo espiritualmente. A escolha que Rute e Orfa confrontaram não foi meramente quanto à localização geográfica, identidade étnica ou às chances relativas de encontrar um parceiro para a vida em uma ou outra comunidade. Não, em meio aos problemas, essas mulheres estavam escolhendo se queriam seguir ao Deus vivo e verdadeiro. Rute já havia feito a sua escolha. Estava de tal forma decidida que ao ouvir Noemi o que sua nora tinha a dizer percebeu que não tinha razão para argumentar. Rute disse: “Não me instes para que te deixe e me obrigue a não te seguir; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti” (vv. 16–17).

Palavra após palavra, esse pode ter sido o melhor discurso que uma pessoa já fez. É uma confissão de fé feita por uma mulher de fé. Nos termos mais claros e fortes possíveis, Rute diz ao mundo o que significa pertencer a Deus e a seu povo.

Quando chegaram os problemas, essa mulher não desistiu, mas se dobrou. Fez um compromisso de vida ou morte com o Deus de Israel.

Essa não é a escolha feita pela maioria das pessoas quando se deparam com provações tão grandes quanto essas. Em vez de ir com Deus, a maioria das pessoas lançam sobre ele a culpa de seus problemas, como fez Noemi. Considere o testemunho de Rose Thurgood, que nasceu em 1602 e escreveu uma narrativa pessoal sobre sua experiência espiritual. Eis o que Thurgood escreveu sobre sua resposta espiritual a uma terrível moléstia que abateu sua família: Assim estávamos prostrados, muito enfermos, por um mês, e meus filhos às vezes ficavam tão quentes em seus ataques que ninguém conseguia saciar sua sede, e eles desmaiavam [...]. Agora me vejo nessa extrema pobreza e carência, com toda a minha casa enferma novamente, e em tudo o Senhor me entregou à dureza de coração novamente, a ponto de eu gritar enraivecida e praguejar contra o próprio Deus, dizendo para mim mesma, que Deus é esse, o que ele pensa em fazer com meus filhos; certamente morrerão. Assim, comecei a brigar com Deus.

Noemi disse mais ou menos a mesma coisa: “Que tipo de Deus é esse, e o que ele pensa em fazer com a minha família?”. Mas Rute fez uma escolha diferente. Quando veio a aflição, ela escolheu ir com Deus, mesmo que sua cunhada estivesse indo na direção oposta. Foi a escolha de embarcar em uma longa e perigosa jornada que nenhuma mulher deveria enfrentar sozinha. Foi a escolha de uma nova identidade cultural em um mundo onde isso era quase inconcebível. Foi também a escolha de ficar com sua sogra, que no máximo era uma bênção mista: Noemi estava tão amargurada que, quando chegou em Belém, as pessoas quase não a reconheceram.

Havia muitos obstáculos para Rute ir com Deus. Sempre há! Quando chegam as grandes escolhas da vida — as escolhas que determinam o destino espiritual de uma pessoa — sempre existe todo tipo de razão para se fazer outra coisa. Se Rute fosse a Belém, estava escolhendo descer uma perigosa estrada, com uma pessoa difícil, para um destino desconhecido. Mas, em vez de desistir de Deus, ela fez a escolha certa, a melhor escolha, o que, para ela, foi a única escolha possível. Rute queria estar “integralmente” com o Deus vivo. Em sua percepção, isso não era uma aposta de jogo, mas uma certeza pela fé. Assim, tendo por testemunha o próprio Deus, ela fez um voto solene de segui-lo até a morte.

Uma das coisas que mais me inspiram em relação à Rute é que ela fez sua escolha quando era jovem, provavelmente ainda na casa dos vinte anos. Mas em qualquer idade, as decisões que tomamos hoje demarcam o curso para a eternidade. Não importa quem somos ou o que tenha acontecido — se tudo vai bem para nós ou desesperadamente errado — temos à nossa frente o resto da vida.

Se formos sábios, iremos com Deus, onde quer que ele nos chame para ir. Alguns crentes servem no mundo empresarial, onde existem oportunidades de criar valor para as pessoas feitas à imagem de Deus. Outros servem no campo da educação, ensinando as pessoas a respeito do que Deus criou. Os artistas exibem verdade e beleza com a paisagem e os sons da criação.

Outros cristãos têm seus chamados na ciência, medicina, no direito ou na política pública. Muitas outras pessoas ainda estão tentando entender o que fazer e para onde ir, e, nesse caso, o mais importante é dizer a Deus — sem reservas — que estamos dispostos a ir e a fazer o que ele quer. Se formos com Deus, ele nos dará oportunidade de fazer algo útil para o reino.

Se formos sábios, ficaremos com Deus, onde quer que ele nos chame a permanecer. Jamais devemos subestimar o quanto isso pode ser difícil. Às vezes, permanecer com Deus é muito mais difícil do que ir com Deus. Tudo dentro de nós clama por fazer uma tarefa diferente, em outro lugar, com pessoas diferentes. Mas se esse não for o caminho de Deus para nós, não será o caminho certo, não importa quanto seria mais fácil. Fique com Deus e com seu povo. Onde formos neste mundo, devemos nos apegar à igreja da forma como Rute se apegou à Noemi. O único modo de permanecer com Deus neste mundo é permanecer perto de seu povo.

Vá com Deus, fique com Deus. Viva com Deus, morra com Deus e, então, viva com ele para sempre. Essa foi a escolha de Rute, e essa decisão se tornou seu destino. Também será nosso destino se escolhermos Deus como fez Rute.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O perigo de esfriar na fé ao estudar teologia


Contrariando os céticos, arqueólogos descobrem evidências do Êxodo narrado na Bíblia


A libertação do povo hebreu da escravidão nas terras do Egito, liderada por Moisés sob o comando de Deus, é um dos relatos mais grandiosos da Bíblia, por sua riqueza de detalhes, seu significado espiritual e relevância histórica não apenas para judeus e cristãos, mas também para o mundo científico em geral.

“Depois o Senhor disse a Moisés: ‘Vá ao faraó e diga-lhe que assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Deixe o meu povo ir para que me preste culto’”, diz um trecho da passagem, cujo episódio da libertação se concentra mais entre os capítulos 5 e 11 do livro de Êxodo.

Agora os teólogos judeus e cristãos possuem mais um motivo para creditar plena confiança na historicidade do texto bíblico, uma vez que David Ben-Shlomo, arqueólogo da Universidade Ariel, descobriu o que pode ser uma das mais importantes evidências em favor do Êxodo.

Se trata de ruínas localizadas em Khirbet el-Mastarah, no Vale do Jordão, que se estende por Israel, Jordânia, Cisjordânia e chega ao sopé das Colinas de Golã.

Por se tratar de uma descoberta muito recente, Shlomo explica que ainda faltam testes para comprovar a ligação dos artefatos ao povo hebreu, mas que existe grande probabilidade de serem evidências, de fato, da peregrinação hebraica.

“Não provamos que esses campos são do período dos primeiros israelitas, mas é possível”, disse ele no último dia 25 ao jornal britânico Daily Express, destacando que o local da descoberta possui características físicas e de artefatos compatíveis com os povos nômades da época, que viveram na região por volta de 1.400 anos antes de Cristo.

A estrutura encontrada não apresenta abrigos internos para humanos, apenas uma espécie de curral de pedra, utilizado provavelmente como cercado para os animais. Em seu entorno os arqueólogos encontraram fragmentos de cerâmica, indicando a presença de acampamentos fora desses cercados, algo comum para os nômades.

“Nos assentamentos beduínos, as pessoas vivem em barracas feitas de [materiais] perecíveis que são realocados a cada estação, portanto, os artefatos não poderiam estar associados à arquitetura de pedra. Então, as estruturas podem ter abrigado animais, e não pessoas, que viviam nas tendas ao redor delas”, disse ele.

Outros dados levados em consideração foram às condições do deserto, com temperaturas de até 45ºC, tornando a permanência na região inviável por longos períodos. Ou seja, apenas povos nômades ou em migração passavam pelo local.

“A paisagem é árida na maior parte do tempo e até mesmo nos tempos modernos a maioria da população é beduína (nômades do deserto)”, reforça o arqueólogo. A intenção agora é procurar evidências nos artefatos encontrados no local que se correlacionam ao povo hebreu.

“É difícil, já que muitos aspectos da cultura de diferentes grupos (do leste ou oeste do rio Jordão) podem ser muito similares ou não indicativas o suficiente”, disse Ben-Shlomo.

Fonte: Gospel Geral