terça-feira, 22 de julho de 2014

Barrabás: quando o improvável torna-se real

Na Bíblia encontramos poucas referências a Barrabás e todas no Novo Testamento [Mt 27.16-17, 20-21; Mc 15. 7, 11, 15; Lucas 23. 18; Jo 18.40]. Praticamente foi por “acidente que a vida de Barrabás cruzou com a de Jesus Cristo”. 

Segundo a tradição Barrabás era um remador. Portanto, um homem simples do povo, porém participava de um grupo nacionalista radical: os Zelotes. Esse grupo teve origem com Judas, o galileu, sendo a quarta força política na época de Cristo [Fariseus, Saduceus, Essênios e Zelotes.]. A palavra de ordem dos Zelotes era: “Israel não pode admitir nem honrar ninguém como rei ou senhor, além do Deus único”.

Eles questionavam o pagamento de impostos a Roma, visto que consideravam um ato de idolatria, bem como não aceitavam a ingerência de Roma em assuntos internos ao Estado judeu. Comparando-os com o radicalismo político de nossos dias eram os terroristas do primeiro século da era cristã.

Os evangelhos se referem a Barrabás como:

Um salteador – João 18.40.
Um amotinador e assassino – Mc 15.7.
Um rebelde e assassino – Lucas 23. 19.
Um preso muito conhecido – Mateus 27. 16.

No ciclo dos discípulos de Cristo Barrabás jamais poderia ser chamado de “homem de paz”. Ao contrário do mestre ele lutava pela libertação política de Israel, como tal, causava admiração a muitos [Mateus 27.16]. Sua prisão veio juntamente com a sentença de morte, nada poderia reverter esta ordem.

O destino de Barrabás muda completamente em dias próximo a pascoa. Sem pedir ou ter qualquer influência sobre os acontecimentos daqueles dias, ver seu nome posto em sorteio onde o prémio era a liberdade.

Creio que foi surpreendido com o fato e até levou um bom tempo para entender o que se passava. Jesus Cristo era a razão da súbita oportunidade da libertação e a nação de Israel a certeza do improvável.

Em questão estava dois projetos: um secular e um espiritual. Barrabás era o representante do primeiro e Jesus Cristo o segundo. A decisão sobre qual dos envolvidos caminharia para a cruz era especificamente romana e em particular do seu governador Pôncio Pilatos.

Os historiadores do primeiro século descreviam Pilatos como um homem de comportamento cruel, sórdido, avarento e insensível ao sofrimento alheio [Filo e Josefo.]. Uma amostra da sua crueldade está registrada em Lucas 13.1, vejamos:

“Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falaram a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com o sacrifício que os mesmos realizavam”.
A sua reação ao levante galileu não deixa dúvida sobre o caráter inflexível, rude e obstinado de Pilatos, bem como, cai por terra sua aparente inocência quanto ao seu envolvimento na crucificação de Jesus Cristo.

Se a decisão política de crucificar Jesus ou não estava nas mãos de Pilatos, é também verdadeiro que sua determinação foi precipitada pela pressão das autoridades e povo judeu [crucifica-o]. Na encruzilhada política em que foi envolvido não é difícil concluir que a morte de Cristo parecia mais fácil para o sistema do que absorvê-lo das acusações.

“Se deixarmos assim, todos crerão nele; depois virão os romanos e tomarão não só o nosso lugar, mas a própria nação. Caifás, porém, um dentre eles, sumo sacerdote naquele ano, advertiu-os: vós nada sabeis, nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação”. João 11. 48-51

É dentro deste contexto de agitação política que teremos uma conjugação de forças antagônicas [erodíamos, saduceus e fariseus] em prol da morte do nosso salvador. Tudo tramava para a morte de Cristo. Nele se cumpriria as profecias de Isaias 53. 8-10; Daniel 9.26; Zacarias 11.12-13. Barrabás é escolhido pelo povo [Marcos 15.11-15] e solto pelo governador romano.

Que lições poderemos tirar de Marcos 15? Vejamos algumas:

a. O senso deturpado de justiça dos homens.

Na lógica humana um justo pode perfeitamente ser trocado por um injusto. O que é legal e imoral está atrelado ao momento e interesses pessoais ou de grupos. Como citamos a pouco os grupos políticos e religiosos antagônicos se uniram em torno da condenação de Jesus Cristo. Contudo, para Deus a justiça não é relativa:

“O que justifica o perverso e o que condena o justo abomináveis são para o Senhor, tanto um como o outro”. [Provérbios 17.15]

b. Dois modos de gerenciar uma vida.

A acusação que pesa sobre Barrabás deixa claro seu modo de vida. Longe de ser um homem de paz era um salteador e assassino. A capa de nacionalista não encobria totalmente sua debilidade de caráter. É notório que os frutos do Espírito [Gálatas 5. 22-23] estavam bem longe do seu coração. Barrabás era um revolucionário, dirão alguns em sua defesa, mas cristo também era, porém, tinha um método de ação totalmente diferente e mais eficaz. 

Igual a Barrabás certamente existiram outros por todo Israel, mas só ele teve seu nome eternizado nas escrituras por sua vida ter cruzado com a da paixão do nosso Senhor Jesus Cristo.

c. A graça divina tornando real o improvável.

Barrabás estava condenado a padecer por seus crimes, mas diante da graça de Deus é absorvido e tem uma nova oportunidade de vida. 

Assim age Deus em nossas vidas. Só pela ação de Deus é que existe esperança de salvação. O texto em questão não fala do desfecho da vida de Barrabás após ser substituído por Cristo na cruz do calvário. Não sabemos se aproveitou a nova oportunidade e mudou de vida, ou se foi mais um dos mortos na revolta judaica contra Roma em 70 d.C. Mas, podemos ver em nossos dias milhares de pessoas sendo alcançadas por essa mesma graça. Homens e mulheres que arrependidos dos seus pecados clamam por perdão a Deus e pela fé são acolhidos por Deus em seu reino celestial.

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” [Ef 2.8]

Analisando ambos projetos de vida percebemos profundas diferenças:

Barrabás 
Usava armas letais para promover o seu ideal de libertação.
O alcance do seu esforço foi limitado e teve consequências funestas para seu povo [êxodo universal de Judá – 70 d.C.].
Seus atos são determinados pelo ódio e intolerância.
Sua visão e missão era local e circunstancial.
Seu projeto produzia morte.

Jesus Cristo
Cristo usava a palavra e era o verbo [João 1:1-5 - No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
O alcance do seu trabalho é universal e reverbera na eternidade [1 Timóteo 2:5 – “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.”.].
Seus atos são determinados pelo amor a humanidade [João 3.16 – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.].
Sua visão e missão era libertar o homem do pecado e restabelecer a comunhão perdida com o criador [Romanos 3:23 – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.]
Seu projeto conduzia a vida [João 3. 36 - “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”.].

sábado, 19 de julho de 2014

Pregue a Palavra com Honestidade


terça-feira, 15 de julho de 2014

Quão Grande És Tu



Carrie Underwood 

Pra cima Brasil


Letra - Pra cima Brasil - João Alexandre
Como será o futuro
Do nosso país?
Surge a pergunta no olhar
E na alma do povo
Cada vez mais cresce a fome
Nas ruas, nos morros
Cada vez menos dinheiro
Pra sobreviver

Onde andará a justiça
Outrora perdida?
Some a resposta na voz
E na vez de quem manda
Homens com tanto poder
E nenhum coração
Gente que compra e que vende
A moral da nação

Brasil olha pra cima
Existe uma chance
De ser novamente feliz
Brasil há uma esperança!
Volta teus olhos pra Deus,
Justo Juiz!

Como será o futuro
Do nosso país?

domingo, 13 de julho de 2014

sábado, 12 de julho de 2014

Brasil e a Copa

Pela graça de Deus chegou ao fim a participação da seleção canarino na Copa do Mundo. Vejo que chegamos onde poderíamos chegar. Para o povo brasileiro mal acostumado com a participação da nossa seleção nos mundiais foi um golpe duro. Contudo, a vida continua. Espero que os especialistas do futebol tirem lições importantes deste contexto e que possamos voltar melhor nos próximos campeonatos mundiais. Quanto a final, minha torcida é pela América, portanto ficarei com os argentinos. 

Um abraço a todos e fiquem na doce paz de Deus.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Brasil X Alemanha

Foi difícil assistir o jogo da seleção brasileira nessa terça. Senti que chegamos a onde deveríamos chegar ou que podíamos chegar [até que fomos longe]. 

Não me envergonho diante do resultado do jogo, visto que a nação brasileira é maior que um time, seja ele qual for. Sinto que vamos ter que começar tudo do zero. Lições devem ser tirada desta história toda. Uma delas é a exportação irresponsável dos nossos melhores jogadores. Sei que essa decisão é da área privada  e que podemos fazer pouco ou quase nada quanto a isso. Contudo é danoso.

Outro aprendizado é não colocar nosso coração em um time como se fosse o salvador da pátria. Acima de tudo está Deus. Só a Ele devemos nosso fervor de fé e entrega total. 

Não consigo ver culpados nisso tudo, mas sinto que foi um momento ruim e só. Não serei mais ou menos brasileiro devido a derrota da seleção, nem tão pouco deixarei de amar o meu país e minha gente pelo mesmo motivo.

Por fim, parabenizo a Alemanha pelo excelente futebol que apresentou, pena que não tenha pego a seleção brasileira em seus melhores dias e atletas.

Quanto ao jogo de hoje minha torcida vai para a Argentina. Afinal ela é sul americana como nós e tem lá suas dificuldades, assim como a seleção brasileira tem.

Boa sorte para aos Argentinos, que a taça fique na América.

Um abraço a todos os irmãos de perto e da distância. 

As Garras da Morte

Então, saindo, percorriam todas as aldeias, anunciando o evangelho e efetuando curas por toda parte. — Lucas 9:6 

A atleta Lauren Kornacki está feliz por ter feito um curso de verão sobre reanimação cardiopulmonar (RCP), mas provavelmente nunca pensou que teria de usá-lo tão cedo e com alguém que ama. Seu pai estava consertando o seu carro quando o “macaco” escorregou e o carro caiu sobre ele. Relataram que Lauren, 22 anos, levantou heroicamente o carro de 1.500 quilos o suficiente para tirar seu pai de debaixo dele! Em seguida, o manteve vivo com RCP até os paramédicos chegarem.

Muito maior do que o resgate de Lauren ao tirar o seu pai das garras da morte é o resgate de Jesus por nós das garras do pecado por meio de Sua morte e ressurreição. Quando Jesus enviou os Doze discípulos para realizarem a Sua obra, Ele lhes deu a incumbência de anunciar as boas-novas do desejo de Deus de resgatar as pessoas (Lucas 9:1-6). Eles não fariam isso em suas próprias forças: mas Jesus levantaria o pesado fardo do pecado do povo enquanto ensinavam sobre Ele. Sua pregação e cura no poder e autoridade de Jesus provou que Ele havia realmente trazido o governo de Deus para a terra.

Nos dias de hoje, muitas pessoas estão presas sob o peso do pecado, mas o nosso grande Deus pode nos resgatar do peso desses fardos e, em seguida, nos enviar ao mundo para dizer aos outros que Ele pode libertá-los.

Os resgatados do pecado são os mais capacitados a ajudar no resgate de outros.

Congregação Batista de São Paulo do Potengi, RN
Pastor Sebatião