quarta-feira, 23 de maio de 2012

Irã


A Igreja e a Perseguição Religiosa

Os cristãos relatam violência física, ameaças e discriminação por causa de sua fé. Muitos cultos têm sido monitorados pela polícia secreta

A Igreja

Segundo o relato de Atos 2:9, havia cristãos medos/persas entre os primeiros cristãos, na ocasião do pentecostes. A presença de cristãos na Pérsia data, então, desse período e já no século IV d.C. havia ali uma igreja cristã persa bem organizada. Ali se desenvolveu um cristianismo sírio, cuja língua era o aramaico. Ainda no século IV, a Armênia e a Mesopotâmia foram devolvidas aos domínios persas. Com isso, os cristãos dessas cidades, após fugirem da perseguição Sassânida, viram-se novamente sob o jugo dos persas, razão pela qual hoje a Igreja iraniana é composta em sua maioria por armênios.

No século V, por não concordar com alguns dogmas do cristianismo ocidental (católico) e devido às constantes guerras entre os persas e os bizantinos, a igreja persa rompeu com o restante da igreja cristã. Além disso, os cristãos persas eram adeptos do Nestorianismo*, e os nestorianos foram expulsos e perseguidos pela Roma Cristã por sua concepção acerca de Jesus.

Após a chegada do Islamismo no país através dos árabes, no século VII d.C., a situação dos cristãos no Irã piorou bastante. Nos últimos cinco séculos, o Cristianismo no Irã tem sido uma religião tolerada: os primeiros missionários católicos chegaram ao país no século XVII e os primeiros protestantes, no XVIII.

Depois da Revolução Islâmica, em 1979, a situação da Igreja mudou drasticamente, resultando na queda do número de cristãos nas igrejas oficiais, principalmente por causa da emigração para outros países.

As igrejas oficiais (registradas no governo) têm, juntas, cerca de 150 mil membros. A maior parte deles é de origem armênia ortodoxa, mas há também alguns milhares de protestantes e católicos romanos. Quase todos vieram de famílias cristãs.

A Perseguição

A primeira perseguição aos cristãos na Pérsia talvez tenha acontecido no século IV d.C., quando os persas sassânidas, governantes na época, resolveram aumentar seus impostos e persegui-los, por considera-los um grupo subversivo e desleal ao governo estabelecido. Além disso, o fato de Constantino ter declarado o cristianismo a religião do Império Romano também contribuiu para a rejeição dos sassânidas aos cristãos, já que os romanos eram os grandes inimigos dos persas. Devido à perseguição, muitos cristãos persas emigraram para outras regiões controladas pelo Império Romano.

Embora os direitos de cristãos, judeus e zoroastras sejam assegurados pela Constituição, na prática, todos são vítimas de retaliação e perseguição. As restrições e a perseguição ao cristianismo têm se multiplicado rapidamente nos últimos anos. O governo do Irã está consciente do desdobramento da Igreja nas últimas décadas. Ele tem procurado impedir e tornar impossível o crescimento dos cristãos.

É permitido que igrejas ligadas à minorias étnicas ensinem a Bíblia ao seu próprio povo e em sua língua. No entanto, essas igrejas são proibidas de pregar em persa, a língua oficial do país. Muitas igrejas recebem visitantes durante seus cultos, porém alguns deles são da polícia secreta e monitoram as reuniões.

Cristãos ativos sofrem pressão: são interrogados, detidos e, às vezes, presos e agredidos. Casos mais críticos envolvem até a execução. Os muçulmanos que se convertem ao cristianismo são rotineiramente interrogados e espancados. Além disso, acredita-se que muitos homicídios não esclarecidos são praticados por radicais que frequentemente ameaçam os cristãos de morte.

Além da violência exercida pelas autoridades, os ex-muçulmanos são também oprimidos pela sociedade. Eles têm dificuldade em encontrar e manter um emprego, pois são demitidos quando se descobre que são convertidos. Aqueles que começam um negócio próprio têm problemas em fazer clientela. Para esses cristãos, é difícil ganhar dinheiro.

Em 2008, aconteceu um grande número de ataques a igrejas domésticas e muitos cristãos foram presos, fazendo desse um dos anos mais difíceis para a Igreja desde a Revolução Islâmica em 1979. No natal de 2011 dezenas de cristãos foram presos pela policia iraniana. O crescimento das igrejas domésticas tem deixado as autoridades políticas e religiosas com receio, o que leva a uma repressão maior.

História e Política

Irã é o nome atual da antiga Pérsia, que foi cenário de muitas histórias bíblicas. Entre elas encontram-se a história de Daniel na cova dos leões, a luta de Ester e Mordecai para salvar o povo judeu, e o serviço de Neemias ao rei.

O país está estrategicamente localizado no Oriente Médio. Seu território é formado por platôs desérticos cercados de montanhas, banhado pelo Mar Cáspio e pelo Oceano Índico. Seu nome atual (Irã) deriva da palavra “airyana”, em referência às populações arianas que habitavam a Pérsia. Seu antigo nome (Pérsia) fazia referência a Perses, filho de Perseu, personagem da mitologia grega e antepassado dos antigos reis persas.

A história do Irã iniciou-se em tempos bastante remotos, quando povos indo-europeus se estabeleceram na região, por volta de 2000 a.C. No planalto iraniano formaram-se dois grandes povos divididos em dois grandes reinos: os Medos e os Persas. O reino dos persas era comandado pela família Arquemênida, que deu nome à dinastia que reinou na Pérsia até ser conquistada pelos Macedônios. No século VI a.C., Ciro, o Grande, unificou os exércitos dos medos e dos persas para formar o Império Persa, um dos maiores impérios que o mundo conheceu. O rei Dario continuou a expansão do império e alcançou a cordilheira do Hindu Kush, na atual fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.

Mais tarde, Alexandre, o Grande, sobrepujou o Império Persa e o anexou a seu próprio império. O Império Alexandrino foi sucedido pelo Império Sassânida, que restaurou a cultura persa e governou até 640, quando foi derrotado pelos árabes.

Durante as dissidências e divisões ocorridas nos anos posteriores a Maomé, o Irã tornou-se intimamente associado ao islamismo xiita.

Em 1200, uma esmagadora invasão dos exércitos mongóis devastou o país. O Irã mal havia se recuperado deste golpe quando os exércitos de Tamerlão (o último grande conquistador da Ásia Central) avançaram sobre o território persa, conquistando cidades como Shiraz e Esfahan, ainda que mais lentamente do que a primeira invasão mongol.

A dinastia Safávida chegou ao poder em 1501, após a desintegração do Império de Tamerlão, governando até 1722, quando foi derrubada por uma efêmera invasão afegã. Em 1796, a dinastia Kajar chegou ao poder e governou até o início do século XX.

Na história mais recente, o xá Reza Pahlevi assumiu o poder em 1962 e iniciou uma série de reformas, visando à modernização do país. Suas mudanças levaram as alas conservadoras a tomar o poder. O aiatolá Khomeini assumiu o governo em 1979, derrubando, através da "revolução islâmica", a monarquia e obrigando o xá ao exílio. Foi estabelecido um sistema teocrático de governo. Após a morte de Khomeini, em 1989, o novo governo procurou manter-se teocrático, ao mesmo tempo em que procurava uma postura mais moderada. Esse sistema deu o poder religioso à autoridade, que passou a ser conhecida como "líder supremo'". De 1980 a 1988 o país entrou em guerra com o vizinho Iraque, causada por uma disputa territorial que teve início na década de 1970.

O Irã é uma República Teocrática: tem um presidente, mas quem dita as regras é a elite religiosa dos aiatolás. O país desempenha papel fundamental na estabilidade politica e militar da região do Golfo Pérsico.

População

Os persas, principal etnia do Irã, compõem apenas metade da população do país. O restante da população se divide entre os grupos: árabe, azeri, baluche, curdo, gilaki, lur, mazandarani e turcomano. São faladas 77 línguas no país.

A religião oficial do país é o islamismo, sendo os xiitas a maioria. Existem pequenas minorias de zoroastras, bahaístas, judeus e cristãos. Em fevereiro de 2011, milhares de pessoas tomaram as ruas da capital, Teerã, para protestar contra o presidente Mahmoud Ahmadinejad. Essa revolta foi impulsionada pelas manifestações que aconteceram em outros países do mundo muçulmano.

Economia

A economia iraniana é baseada na exportação de petróleo e gás natural. Além desse combustível e seus derivados, o país é conhecido pela tapeçaria, que também é exportada. O Irã se desenvolveu de forma significativa, mas grande parte do progresso foi perdida nas décadas seguintes à revolução de 1979, e o crescimento da economia tem sido moderado.

Em anos recentes, o Irã adotou uma postura mais moderada e menos oposicionista ao Ocidente.

*O Nestorianismo é uma doutrina de estudos cristológicos que analisa, sobretudo, a natureza divina de Cristo, fazendo separação entre o Cristo homem e o Cristo Deus, sem, contudo, negar ambas. O criador dessa doutrina foi o monge Nestório de Alexandria (380-451 d.C.), que se tornara Patriarca de Constantinopla em 428 d.C. Nestório foi considerado herege pelo Concílio de Éfeso (431 d.C) por afirmar que Maria não era a mãe de Deus, mas apenas de Jesus.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Conheça o testemunho de Cristina, uma criança mexicana

Missão Portas Abertas



Tudo mudou para Cristina num domingo de manhã em Junho de 2011. A família Perez não tinha ideia do que aconteceria naquele dia, mas, ele quebraria a rotina da semana e marcaria suas vidas para sempre.

O pai, como de costume, apressava a esposa e o adolescente Emílio: ”Rápido! Não devemos chegar atrasados na igreja.” A casa de Cristina fica localizada na comunidade de Huixtan, no estado de Chiapas, extremo sul do México. Como é comum nas áreas rurais, as casas ficam distantes umas das outras. A pequena cabana de madeira é rodeada de árvores e o orvalho fresco alcançava a menina de quatro anos quando a tranquilidade  deu lugar à agitação naquele lar.

Como presbítero de sua igreja, o pai de Cristina, conhecido como Irmão Sebatião, era um exemplo para todos na comunidade. Sua esposa, Maria, finalmente surgiu no portão com os dois filhos menores, pronta para sair. Eles iniciaram o trajeto pelo caminho íngreme de todos os domingos.

De repente, uma saraivada de tiros estremeceu todo meio ambiente. Quantas balas foram disparadas contra aquela humilde família? Trinta, sessenta, ou mais... Ela tinha caído numa emboscada de matadores tocaiados há apenas 200 metros de sua casa.

A pequena Cristina ficou petrificada com os disparos que surgiram como raios e cujas imagens despedaçaram seu coração, invadindo sem pedir licença todo o seu ser. “Não pode ser real o que está acontecendo”, ela chegou a pensar,  sem entender nada daquela violência súbita.

Ela sentiu seu braço arder e viu o sangue jorrando. A dor foi ficando intensa, mas Cristina manteve a consciência. “Quanto tempo havia se passado?” ela cogitou alguns minutos mais tarde. “Por que me sinto tão pesada? Emílio, levanta! Você é pesado demais!” Seu irmão de 13 anos estava inerte sobre ela, amassando o seu corpinho de menina.

“Papai, onde você está? Mamãe, me diga que isso não é verdade. Por favor, por favor!”

Cristina só foi encontrada duas horas depois do atentado, machucada, no meio de sua família morta. Devido à gravidade de seu ferimento, cada minuto era importante. Qualquer demora a mais, e Cristina correria perigo de ter que amputar o braço.

A sobrevivente solitária

Quando as autoridades chegaram ao local do crime, perguntaram a Cristina: “Você viu alguma coisa? O que aconteceu?” A menina começou a chorar, seu coração batendo forte. “Foram dois homens mascarados, e eles começaram a atirar”, ela soluçou.

Não está claro se a menina realmente viu toda a cena. Sua mãe e seu irmão Emílio foram abatidos com mais de 10 tiros cada um. Seu pai, além de levar mais de 10 tiros, ainda foi decapitado. Os assassinos não identificados carregaram a cabeça de Sebastião, que ainda não foi encontrada.

Entre os membros da igreja há preocupações quanto à segurança de Cristina e de seus irmãos mais velhos, e eles oram para que a família seja reconfortada e emocionalmente curada desses acontecimentos traumáticos.

Embora a reabilitação física do braço de Cristina seja boa, ela ainda não consegue movimentar o braço com desenvoltura.

Por causa da intervenção de Portas Abertas, as autoridades locais começaram a investigar este crime até agora sem solução. O ministério também está dando apoio moral e espiritual à Cristina e aos seus irmãos que ficaram em casa naquela manhã fatídica.

Envolva sua igreja no Domingo da Igreja Perseguida .

segunda-feira, 21 de maio de 2012


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Queridos irmãos das Igrejas Batista do Brasil. Por amor a Jesus e em obediência ao IDE do Mestre. 

Eu lhe convido a juntar-se a nós na MEGATRANS AQUI NO RIO GRANDE DO NORTE. Somos sete (07) BASES. 

  • AGRESTE; 
  • NATAL SUL; 
  • NATAL NORTE;
  • SERIDÓ;
  • ASSÚ;
  • OESTE (2). 


Precisamos de 1000 VOLUNTÁRIOS. 

Passe a Macedônia e ajude-nos.

Pr. Eude Cabral
Sec. Exc. da Conv. Batista Norte-rio-grandense.

Judeus celebram hoje a reunificação de Jerusalém

Por Jônatha Bittencourt em 20 de maio de 2012 


O mundo judeu está a celebrar Iom Ierushalaim, o Dia de Jerusalém, o 45º aniversário da reunificação da Cidade Santa durante a Guerra dos Seis Dias. Jerusalém faz parte do centro da vida nacional e espiritual do povo judeu desde que Davi tornou-a capital do seu reino no ano 1003 a.C.

Quando o Estado de Israel foi estabelecido, em 1948, Jerusalém voltou a ser a capital do Estado judeu, apesar de estar divida e ter a parte oriental – incluindo a Cidade Velha – anexada pela Jordânia. Os árabes, então, proibiram o acesso dos judeus às áreas do Monte do Templo e do Muro das Lamentações.

Durante a Guerra dos Seis Dias, no entanto, o Monte do Templo e o Muro das Lamentações retornaram à soberania judaica pela primeira vez desde o ano 70 a.C., quando os romanos invadiram e destruíram Jerusalém.

Em junho de 1980, a Knesset (Parlamento de Israel) aprovou a “Lei Básica: Jerusalém”, que determinou que os lugares sagrados de todas as religiões fossem protegidos para evitar profanações, garantindo seu livre acesso e o investimento governamental no desenvolvimento da capital, assim como no bem-estar e na prosperidade dos seus moradores.

Assista abaixo a um documentário sobre Jerusalém:


Bairro cristão é atacado na Indonésia

Pessoas não identificadas atearam fogo em casas e carros. Dezenas de famílias fugiram de suas casas com medo de novos ataques. Os confrontos tiveram início no dia 14 de maio, durante as celebrações do herói nacional Thomas Matulessy. A possibilidade dos ataques serem de autoria de muçulmanos foi descartada pela Polícia.

Pelo terceiro dia consecutivo, aconteceram ataques em Ambon (Ilhas Molucas), onde ontem à noite um grupo de pessoas não identificadas ateou fogo em casas e motos num bairro predominantemente cristão. Testemunhas afirmam que dezenas de famílias fugiram de suas casas por medo de novos ataques. Muitos temem o envolvimento de grupos extremistas islâmicos.

A violência começou na segunda-feira (14) durante o Pattimura Day, evento que celebra na Indonésia, o herói nacional Thomas Matulessy (1783-1817) que nasceu em Ambon.

Durante a noite um grupo de homens atacou cristãos que participavam de uma vigília na vila Saparua. Nos confrontos 44 pessoas ficaram feridas. Na terça-feira (15), o general Saud Usman Nasution disse que a violência foi deliberadamente provocada por pessoas próximas aos movimentos radicais, mas descartou o envolvimento de terroristas islâmicos.

Entre 1999 e 2001 uma sangrenta guerra entre cristãos e muçulmanos foi travada nas ilhas Molucas. Milhares de pessoas foram vitimadas, centenas de igrejas e mesquitas destruídas, milhares de casas derrubadas e o conflito gerou quase meio milhão de refugiados.

Em fevereiro de 2002 uma trégua entre as duas frentes das áreas cristãs e muçulmanas - assinado em Malino, Sulawesi sul, interrompeu a violência através de um plano de paz promovido pelo governo.

Envolva sua igreja no Domingo da Igreja Perseguida, veja o vídeo abaixo e saiba como participar.

Missão Portas Abertas

sábado, 19 de maio de 2012

Avanço missionário no Rio Grande do Norte

Notícias missionárias dos batistas do Rio Grande do Norte

Pr. Eude Cabral Figueiredo - Sec. Exec. da Conv. Batista do RN

Queridos irmãos e amigos da MEGATRANS AGRESTE DO RN, não esqueçam que neste dia 18 de maio, sexta, estará sendo organizando mais uma igreja. Será a Igreja Batista em Santo Antônio, no agreste do RN, o orador da noite vai ser o Pr. Fernando Brandão. Será as 19 h, faça sua caravana e vamos nos encontrar lá.
Fonte: Facebook

Cidade de Santo Antônio, RN
Fonte: JMN / Redação CPAD News /cpadnews.


A primeira frente iniciada pelo casal, os missionários, pastor Marcolino e Elizabeth Pontes em Santo Antônio (RN) já tem seu templo construído e 42 vidas batizadas; a segunda frente missionária em Passa e Fica, iniciada há um ano e meio, está sob a liderança de um casal de obreiros locais e agora plantaram a terceira frente missionária.

Desta vez na cidade de Lagoa D'anta com seis mil habitantes, sob a liderança de obreiros locais. Em ambos os casos os obreiros são "nossos filhos na fé, que hoje estão plantando igrejas no agreste do RN", compartilhou pastor Marcolino.

"Lembro-me que, da primeira vez que entrei nessa cidade, senti vontade de chorar, por ver tanta gente boa e sofredora, sem conhecer o plano perfeito que Deus tem reservado para suas vidas", declarou o missionário já planejando alcançar também o distrito de Lagoa do Chico com cerca de mil habitantes.

Além disso, até o final do ano, esperam iniciar a quarta frente missionária, esta em Serrinha. "Já temos um casal de obreiros preparados para liderar o trabalho, mas precisamos de pessoas que tenham paixão pelas almas perdidas que orem por este desafio e que contribuam financeiramente para a expansão do evangelho no Rio Grande do Norte", conclamou pastor Marcolino.



Pr. Eude - Secretário Executivo da Convenção Batista do RN.
Fonte: Facebook

Extremistas muçulmanos matam cristãos em dois estados do país

Extremistas muçulmanos estão empenhados em extinguir o cristianismo do meio da Nigéria. No dia 22 de setembro, os extremistas assassinaram cinco cristãos no Estado de Níger e outros três na semana anterior no estado de Kaduna, incluindo uma menina de 13 anos de idade.

Supostos militantes do grupo islâmico Boko Haram, na cidade de Mandala, no estado de Níger, atacaram as propriedades comerciais de cristãos por volta das 8 horas da manhã. Os extremistas ordenaram que eles recitassem versos do Alcorão, mas os cristãos não sabiam nenhum verso do livro islâmico e então foram assassinados.

O som dos disparos contra os cristãos fez com que os moradores da região chamassem a polícia, que chegou ao local e viu que cinco cristãos haviam sido mortos. Richard Oguche Adamu, um porta-voz da polícia do Estado de Níger confirmou os cinco assassinatos.

Richard disse ao Compass que o ataque estava diretamente ligado aos membros do grupo extremista islâmico Boko Haram que recentemente bombardearam locais de propriedade cristã.

Os mortos no ataque feitos foram: Emmanuel, John Kalu, Uche Nguweze e Oliver Ezermath. A identidade do quinto cristão não foi imediatamente reconhecida, pois seu rosto estava muito desfigurado e não possuía documentos para identificação.

O grupo Boko Haram declarou jihad contra o governo da Nigéria em uma tentativa de impor a lei da sharia no norte do país. Outra preocupação é que, possivelmente, esse grupo tenha formalizado fortes ligações com a Al-Qaeda no ano passado. A lei da Sharia já está em vigor em 12 estados no norte do país.

Estima-se que a população da Nigéria seja de aproximadamente 160 milhões de pessoas, que é divido em 51,3% de cristãos, que vivem principalmente no Sul, e os muçulmanos representam 45% da população.

Ore pela Nigéria:

Para que os cristãos que estão sofrendo ataques e perseguições possam encontrar coragem no Senhor e que não desistam de sua fé em Jesus.
Ore para que possa confortar as famílias que perderam entes queridos assassinados pelo Boko Haram. Que Deus possa confortar o coração deles com o Seu amor.
Ore para que o governo tome providências e para que esses ataques terroristas contra cristãos cesse dentro da Nigéria.

FonteCompass Direct
TraduçãoLucas Gregório

Igreja Perseguida Missão Portas Abertas

A religiosidade sem Deus


Por Eliseu Antonio Gomes
Do blog Belverede


É muito triste encontrar pessoas dedicadas à religião, porém, desconhecedoras de Deus, embora acreditem que o conheçam.

O apóstolo Paulo chamou a atenção de todos nós, ao lembrar que o exercício religioso é um potente alimento da carne. Ou seja, nem sempre praticar religião é sinônimo de caminhar no Espírito (Colossenses 2.20-22; Gálatas 5.16-23).

Considero importante a reunião regular em uma igreja, mas jamais o estatuto de uma instituição humana poderá estar em mais alto conceito do que os mandamentos do Senhor. A partir do momento que uma pessoa troca esses valores, ela passa de espiritual para alguém meramente religiosa.

Sou favorável à erudição, porém é preciso lidar com ela com equilíbrio. Há quem valorize mais os diplomas de academia teológica do que as Boas Novas do Senhor. Usam nomenclaturas extrabíblicas - arminianismo, calvinismo, etc - para reprovar a fé alheia.

Religiosos não se dedicam ao crescimento do reino de Deus, mas ao crescimento de uma denominação ou movimento, à expansão de uma ideia ou filosofia. Assim como torcedores de times de futebol empunham bandeiras e usam uniformes, os religiosos torcem por uma placa denominacional e defendem teorias e regras criadas por homens. Ou seja, mesmo portanto uma Bíblia não têm o conteúdo bíblico como regra de fé e conduta. Para eles está em primeiro lugar o credo da instituição a que pertencem e não o Evangelho de Cristo que nos ordena amar, mesmo que citem o nome de Jesus e trechos do Antigo e Novo Testamento em seus argumentos.

Os religiosos colocam o ponto de vista humano acima do mandamento do amor a Deus e ao próximo. São portadores de orgulho denominacional. São propensos a agredir, de maneira verbal e às vezes até física, em defesa de seu grupo e interesses. Consideram que esse tipo de falta de amor é prestação de serviço ao Senhor.

Faz um bom tempo que eu decidi parar de conversar sobre as Escrituras Sagradas com religiosos fanáticos, porque percebi que eles consideram todos os discordantes como inimigos.

A minha decisão em parar de conversar com religiosos fanáticos foi porque eles, apaixonados pela causa terrena, perdem a compostura objetivando fazer prevalecer à opinião da religião que estão agregados. Como praticar inimizade os expõe como carnais, douram a pílula usando eufemismo, dizem opinar negativamente em nome da apologia cristã. Dizendo fazer uso da apologética sentem-se livres para classificar desafetos e "concorrentes" como lobos em pele de cordeiro, mercenários e hipócricas.

Leitor (a), todo cuidado é pouco. Não é porque alguém recebe adjetivos de outra, que se apresenta com título de apologista cristão, que de fato o alvo da crítica seja o que é dito que ela é. Não se apresse em deduções e nem se deixe guiar por julgamentos de irmão contra irmão. Existe uma indústria se alimentando com essa pseudo-apologética cristã. São produzidos livros, DVDs, palestras. Há quem esteja ganhando muito dinheiro com a realização de maledicência, julgamentos injustos.

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” – João 13.35.

“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor” – Romanos 13.10.

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” – 1 João 4.8.

E.A.G.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Judeu polonês sobreviveu a sete campos de concentração

"É cobra. Pode jogar no bicho que dá cobra", diz, com um sorriso largo, o taxista aposentado Alexander Liberman sobre o número marcado em seu antebraço esquerdo: A18.534. O bom humor certamente o ajudou a chegar aos 80 anos e não dá pistas do que a vida lhe reservou até aqui. Aos 9 anos, levou um tiro e passou por sete campos de concentração na Polônia, Alemanha, Áustria e Bósnia. Perdeu pai, mãe e três irmãos, mortos pelos nazistas. Com o fim da II Guerra Mundial, foi levado para a Rússia e conheceu Josef Stalin. Soldados soviéticos ficaram tão impressionados com seu precário estado de saúde que decidiram mostrá-lo ao ditador. Em 1947, embarcou no navio “Exodus” para Israel, que levava ilegalmente refugiados judeus, mas acabou preso na ilha de Chipre após confrontar tropas inglesas que interceptaram o navio. Mais tarde, já sargento do Exército israelense, foi atingido por estilhaços de duas granadas durante a Guerra de Independência do país. Uma delas o deixou surdo de um ouvido. Tudo isso até os 21 anos.

Aos 25 anos, ele veio para o Brasil, onde foi motorista de táxi até cerca de dois anos atrás nas ruas do Rio de Janeiro. E só recentemente ganhou coragem para contar sua história: "Antes eu me revoltava... Agora conto porque já estou no final... É lógico que me emociono lembrando, já tive muito pesadelo com isso. Mas não tenho mais. O que tinha que passar, passei. Perdi tanta coisa na minha vida... Mas agora estou tranquilo".

Como era sua vida antes da guerra?

Tive uma infância tranquila até os 9 anos. Meu pai era comerciante de material de sapateiro, com meu tio. Nasci na Polônia, em 1930. Eu tinha três irmãos: um de 7 anos, uma de 3 e uma bebê de 6 meses.

O que houve com sua família após a invasão da Polônia, em 1939?

Os alemães logo caíram em cima dos judeus. Primeiro, foram à loja e levaram meu pai e meu tio para Treblinka. Soubemos que os dois foram mortos na guilhotina lá. A gente se escondeu no forro de casa por dois meses, vivendo do que havia na cozinha. Fomos descobertos, nos levaram para um polígono da cidade e botaram a gente na fila para morrer. Vi pessoas sendo fuziladas. Aí pegaram minha irmãzinha de 6 meses, jogaram para o alto e atiraram, como se fosse uma brincadeirinha. Gritei na hora para minha mãe: "Vou fugir. Não vou dar minha cabeça!" Fugi, me desviando das balas, mas uma pegou aqui (mostra uma cicatriz no abdômen). Consegui sumir na floresta que havia ali perto.

Alguém da sua família sobreviveu?

Não sei quando morreram. Não achei nada. Mas morreram, ou eu teria achado. Procurei, mas nunca tive notícia. Descobri um tio em Israel. Depois, achei uma tia na Argentina e um tio no Uruguai.

E o tiro no abdômen?

Essa bala não caiu num lugar para me matar, né? Encontrei seis ou sete pessoas escondidas na floresta. Tinha que entrar naquele grupo que estava lutando com os alemães. Eu era o mais novo, mas era bem desenvolvido e acharam que eu podia ajudar em alguma coisa. Arrumamos gaze e iodo para o ferimento. E não inflamou.

Como era a vida na floresta?

Vivíamos em cima das árvores para não sermos vistos. Os outros tinham fuzis. Me arranjaram um revólver pequeno e me ensinaram a atirar. Fiquei uns dois meses com esse grupo. Éramos partisans. Íamos às casas próximas pegar comida, mas não tinha muito. Uma vez me mandaram à cidade comprar comida, achando que, porque eu era criança, não desconfiariam de mim. Quando eu estava saindo da loja, dois soldados me viram e perguntaram: "Você é judeu?" Eu disse que não, mas me levaram para um quarto e abaixaram minha calça. Fui levado para um campo de trabalho em Budzyn, onde plantávamos batatas. Fui escolhido várias vezes para morrer, mas me escondia nos barracões lotados. No dia seguinte, saía para trabalhar normalmente. Alguns meninos conseguiram se esconder, outros foram achados e morreram. Passei por sete campos de concentração. Em alguns, fiquei só um período de quarentena antes de ser mandado para o que deveria ficar mesmo. Com a guerra já braba, os russos se aproximaram e os alemães levaram a gente para o campo de Majdanek, com sete câmaras de gás. Os nazistas me escolheram para arrancar os dentes de ouro dos judeus mortos usando alicates. Tinha gente que sobrevivia e pedia: "Arranca os dentes, mas não conta que estou vivo!" Tirei dentes de ouro de pessoas vivas. Não doía, não gritavam. Depois, fomos levados embora, a pé.

Quando?

Eu não sabia mais do tempo. Sabia que estava no galinheiro com as outras galinhas e que precisava arranjar um jeito de sobreviver. A guerra é uma confusão danada.

Como o senhor lidava com tudo isso?

Só pensava em viver. Vi um tio morrer e não chorei. Encontrei o irmão do meu pai num dos campos - morreu de tifo. Não dava tempo de chorar. Chorei uma só vez, quando fui pego, aos 9 anos. Achava que ia morrer, mas nunca pensei em entregar os pontos.

Mas o senhor não sentia revolta?

Claro! Quando pedi ajuda a Deus, não fui atendido. Eu disse então: "Sou ateu!" E eu me revoltava comigo mesmo por ter nascido judeu. Se eu não fosse judeu, não estaria passando por tudo aquilo. Era o que eu pensava. Perdi tanta coisa na vida... e era uma criança. Eu não entendia.

E depois de Majdanek?

Fui levado para Birkenau, em Auschwitz. Foi lá que me marcaram, botaram o número no meu braço: A18.534. Pode jogar no bicho que dá cobra! Foi um dos campos em que estive de passagem. Lá me ensinaram a ser ferramenteiro. Para não morrer, tinha vontade de aprender tudo. Me levaram para trabalhar numa fábrica de aviões e canhões. Fui para um lugar chamado Laurahütte (um subcampo do complexo Auschwitz-Birkenau). O engenheiro de lá gostava do meu serviço, tinha pena de mim e me dava, escondido, uns sanduíches. Mas os americanos se aproximaram e tive de me mudar de novo. Fomos para vagões de trem superlotados. Levaram a gente para Mauthausen-Gusen (Áustria) e depois para Dachau (Alemanha). Ficamos também pouco tempo. De lá, fomos para o campo de Gradiska (Bósnia). Quando cheguei, em 1945, eu já estava tão magro que parecia um esqueleto vivo. Estava com 14 anos e com tifo, mas eu ainda não sabia.

Como foi sua libertação?

Os russos chegaram e libertaram o campo (em 23 de abril de 1945). Eles me viram daquele jeito, ficaram impressionados por eu estar vivo e disseram: "Temos de mostrar esse aqui para alguém!" Então me limparam e me botaram num avião para Moscou. Me levaram ao Kremlin. Encontrei Stalin e ele me perguntou se eu sabia falar russo. Eu falava um pouquinho. Stalin me disse que eu seria bem tratado e mandou me botarem num internato em Moscou. Eu estava muito fraco e tinha um grupo de garotos vagabundos. Eu estava com uma roupa boa, que os russos me deram. Quando dormi, veio um mais forte e levou minha roupa. O que eu ia fazer? Roubei a roupa de um menino ainda mais fraco e fui embora. Achei a Cruz Vermelha e pedi para ir para a Polônia.

O senhor conseguiu?

Voltei, mas estava muito fraco. Estava bem doente, com febre e manchas no corpo: era tifo. Fiquei meses no hospital. Quando saí da cama, não conseguia andar. Chegou um avião dos Estados Unidos para levar uma turma para lá, mas eu não quis ir.

Por que não?

Tinha medo de que me matassem. Queria ir para Israel, mas acabei indo para a Alemanha. Me levaram para um internato para sobreviventes de guerra em Landsberg am Lech, onde fiquei dois anos. Já tinha um grupo de Israel lá, o Haganah Palmach (uma milícia). Aprendi hebraico - antes, falava polonês, alemão, ídish e um pouco de russo. Fizemos treinamento de táticas de guerra. Em 1947, eu estava com 16 anos, chegou o “Exodus” (navio que levava refugiados para Israel). Eu queria ficar com os que sofreram como eu. Não queria me afastar dos judeus. Sabíamos que iríamos lutar lá e já tínhamos aprendido a lutar na Alemanha. Já tivemos que lutar no navio, com os ingleses (em 1947, a Inglaterra proibiu a imigração clandestina para Israel. O Exodus, com 4515 sobreviventes do Holocausto, foi o primeiro navio a receber a ordem marítima policial, em 18 de julho. Houve combate a bordo e três pessoas morreram). Fui mandado para uma prisão no Chipre, onde fiquei uns dois meses. Primeiro tentei fugir dentro de um caminhão de lixo, mas me pegaram. Com 17 anos, fui solto e consegui ir para Israel. Fui direto para um kibutz trabalhar na terra e aprender coisas do Exército. No Exército, fui treinador de recrutas e paraquedista. Lutamos contra os árabes, participei da Batalha do Egito. Isso foi em 1948, por aí. A gente libertou Israel. Fiquei nas Forças Armadas até 1951.

Como foi sua participação na guerra?

Saltei de paraquedas em lugares perigosos. Uma vez, nosso helicóptero desceu no deserto de Negev. Teve tiroteio e fui atingido, atrás da orelha esquerda, por estilhaços de uma granada. Fiquei três meses no hospital e sou surdo desse ouvido. Também tenho uma cicatriz na perna direita por causa de outra granada. Em Israel, me casei. Tenho duas filhas lá, seis netos e sete bisnetos. Trabalhei em construção, em muita coisa.

Por que o senhor veio para o Brasil?

Eu achava que tinha direito a alguma coisa lá (uma indenização), mas eu não tinha pistolão. Pensei: "Depois de tudo o que eu fiz, ainda preciso de pistolão?" Aí me aborreci, quis ir embora, em 1958. Vim com uns amigos. Depois, minha mulher veio com minhas filhas, uma com 3 anos e a outra com uns 9 meses. Moramos em Ramos (no Rio de Janeiro), mas ela não aguentou a umidade. Tinha bronquite, quis voltar para Israel. Mas eu não podia, né? Trabalhava como vendedor.

O que o senhor fez aqui?

Eu não falava português. Vendia roupas de porta em porta lendo um texto. Me naturalizei brasileiro em 1963. Tive uma loja de modas em Ipanema, depois um salão de cabeleireiro e uma butique na Gávea. Nessa época, arranjei uma úlcera. O doutor Gazzola, um médico que alugava um quarto na minha casa quando era estudante, me operou. Nessa operação, ele tirou aquela bala do abdômen! Depois, a butique não andava bem. Comecei a trabalhar como motorista de táxi nos anos 1960 e foi assim até dois anos atrás. Uma vez, fui sequestrado. Me deram uma injeção de gasolina, me roubaram, mas não levaram o táxi. Isso foi há uns 30 anos. Outra vez, escapei de um assalto no Flamengo me jogando debaixo do carro. Hoje, tem uma pessoa que dirige meu táxi. Recebo uma indenização dos alemães, uma mixaria, e outra mixaria de aposentadoria. Mas me casei de novo aqui (com a católica Lenice, 60 anos), tive dois filhos: o Anderson (engenheiro, 30) e a Alexandra (designer, 25).

O senhor tem algum contato com suas filhas em Israel?

Eu não tinha nenhum contato. Ela (aponta para Alexandra) é que achou minhas filhas e foi à casa delas lá. Quando elas saíram daqui, tentei me comunicar, mas não consegui. Fui ao consulado, pedia ajuda a quem ia para Israel e nada. Falei com minhas filhas (Hedva, 55 anos, e Yocheved, 53) por telefone. Fico feliz de saber que estão bem. Um dos meus netos já veio me visitar (Alexandra explica que, na verdade, foram elas que os encontraram com a ajuda do Museu do Holocausto de Washington).

Por que o senhor demorou tanto para contar sua história?

No táxi, jornalistas viam esse número no meu braço e queriam que eu contasse a minha vida. Mas o meu advogado, na época, achava melhor não para não atrapalhar as coisas com a indenização dos alemães. E antes eu não conseguia nem contar porque me revoltava. Agora conto porque já estou no final... Lógico que me emociono lembrando, já tive muito pesadelo com isso. Mas não tenho mais. O que tinha que passar, passei. Perdi tanta coisa na minha vida... Agora estou tranquilo.

Publicado em "Aventuras na História"
Jornal Alef