sexta-feira, 1 de abril de 2011

O lamento de uma cidade: Jerusalém.


Consta na história que a cidade de Jerusalém passou pelas mãos de vários conquistadores. Existem registros que pelo menos 17 vezes ela foi tomada militarmente com lutas, de forma negociada ou pacificamente. Das diversas vezes que Jerusalém foi conquistada com lutas destaco dois grandes momentos:

a.       A conquista realizada por Nabucodonosor, rei da Babilônia, no ano de 586 a.C.
b.      A conquista realizada pelo general Tito e seus legionários no ano 70 d.C.

Na dominação babilônica temos uma seqüência de desastres de incalculável valor para os moradores dessa cidade.

·         O povo foi desterrado para Babilônia.
·         O templo símbolo político e religioso de Israel foi destruído pelo invasor [09 do mês de Av].

Na época da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor era comum se pensar que a vitória militar não estava na habilidade e recursos do vencedor, mas na força das suas divindades. Cada guerra significava um enfrentamento entre divindades e a vencedora era a mais poderosa. Essa derrota, no entanto foi entendida de outro modo pelos judeus. Ela não representava uma fraqueza do Deus da Criação [Elohim], mas deles próprios. Israel se afastara do seu Deus e agora estava sob disciplina divina. A destruição de Jerusalém foi predita pelos profetas Jeremias e Isaías.

Podemos sentir a quentura desse momento histórico nos versos do salmo 137 e nos cincos poemas de lamentações do profeta Jeremias [Livro de Lamentações].

1 JUNTO dos rios de Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião.
2 Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas.
3 Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião.
4 Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha?
5 Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha direita da sua destreza.
6 Se me não lembrar de ti, apegue-se-me a língua ao meu paladar; se não preferir Jerusalém à minha maior alegria.
7 Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, que diziam: Descobri-a, descobri-a até aos seus alicerces.
8 Ah! filha de Babilônia, que vais ser assolada; feliz aquele que te retribuir o pago que tu nos pagaste a nós.
9 Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras.
[Sl 137]

Contudo, a misericórdia de Deus é tremenda e preparando Jerusalém e o mundo para a vinda do Messias faz retornar os cativos através dos decretos de Ciro, em 537 a.C., Dario, em 520 a.C., e, finalmente, o de Artaxerxes, em 457 a.C.
A alegria do retorno é imortalizada no salmo 126. Vejamos:

1 QUANDO o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
2 Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes.
3 Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres.
4 Traze-nos outra vez, ó Senhor, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.
5 Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
6 Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
[Sl 126]

O segundo momento de crise para o povo judeu e em especial para Jerusalém foi o ano 70. Nesse ano os exércitos romanos sob a liderança do general Tito cercou e destruiu Jerusalém.

Detalhe histórico:

·         O templo é queimado e destruído. A título de curiosidade é interessante saber que o dia e mês da destruição do segundo templo é a mesma do primeiro templo, ou seja, 09 do mês de Av [656 anos depois da destruição do primeiro templo].
·         Parte da sua população foi dizimada e a restante levada cativa para a cidade de Roma.
·         Os objetos do templo são levados como troféu pelos dominadores.

As perdas foram enormes em termos de vida e bens matérias. Flávio Josefo informa que 1.100.000 judeus foram mortos à espada, doenças e fome, e a dispersão dos judeus pelas nações durariam 2.000 anos: 1948, por meio de uma Resolução das Nações Unidas [renascem das cinzas o Estado de Israel.
É bom que se diga que o retorno de Judeus a sua terra nunca foi fácil. Foi assim no cativeiro do  Egito, Babilônia e Universal [70 d.C.]. Neste último teve que passar pelo holocausto nazista na Segunda Guerra Mundial [1939-1945].

Finalizando. A cidade de Jerusalém, durante seus 4000 anos de existência, passou pelas mãos de muitos conquistadores e permaneceu em poder de seus inimigos desde alguns meses até 4 séculos. Nesse meio tempo quantas mortes, perdas materiais e outros traumas foram vividos e revividos por esse povo? Hoje, Israel encontra-se novamente em sua terra natal. Sobre esse momento foi cumprida a palavra profética de Ezequiel 37.1-13.

1 VEIO sobre mim a mão do Senhor, e ele me fez sair no Espírito do Senhor, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos.
2 E me fez passar em volta deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale, e eis que estavam sequíssimos.
3 E me disse: Filho do homem, porventura viverão estes ossos? E eu disse: Senhor Deus, tu o sabes.
4 Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.
5 Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis.
6 E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor.
7 Então profetizei como se me deu ordem. E houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se achegaram, cada osso ao seu osso.
8 E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito.
9 E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.
10 E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo.
11 Então me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós mesmos estamos cortados.
12 Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu abrirei os vossos sepulcros, e vos farei subir das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel.
13 E sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir os vossos sepulcros, e vos fizer subir das vossas sepulturas, ó povo meu.

Que o grande Deus possa nos abençoar e que esse breve estudo nos ajude a entender que Deus nunca desiste dos seus filhos. Assim, agiu com Israel e assim age com toda sua igreja.

Anexo:

Declaração de Independência do Estado de Israel

Na Terra de Israel nasceu o Povo Judeu. Nela se formou seu caráter espiritual, religioso e nacional. Nesta terra ganhou sua independência e deu vida a uma cultura de peso nacional e universal. Nela criou a Bíblia, o eterno Livro dos Livros.

Exilado de sua pátria, o Povo Judeu manteve-se fiel em todos os países da dispersão, firme em sua esperança de a ela retornar e de nela restaurar sua liberdade nacional.

Movidos por esta relação histórica, os judeus esforçaram-se através dos séculos, para voltar ao país de seus antepassados e para nele reconstituir seu Estado. Durante os últimos decênios, milhares realizaram este sonho. Pioneiros fizeram o deserto florescer, fizeram renascer sua língua, construíram cidades e aldeias e estabeleceram uma vigorosa comunidade em pleno desenvolvimento, com vida econômica e cultural próprias. Sua única aspiração era a paz, ainda que preparados para a defesa, e sua herança foi de progresso para todos os habitantes do país.

Em 1897, o Primeiro Congresso Sionista, inspirado pela visão do Estado Judeu de Theodor Herzl, proclamou o direito do Povo Judeu a um renascimento nacional em sua própria terra.

Este direito foi reconhecido pela Declaração Balfour, de 2 de Novembro de 1917, e reafirmado pelo Mandato da Liga das Nações, que conferia o reconhecimento internacional formal à profunda relação do Povo Judeu com a Terra de Israel e a seu direito de nela reconstituir seu Lar Nacional.

O holocausto nazista, que aniquilou milhões de judeus da Europa, demonstrou tragicamente, a urgente necessidade de se resolver o problema da falta de uma pátria judia, através da criação do Estado na Terra de Israel, que abriria suas portas a todos os judeus e que lhes outorgaria plena igualdade de direitos no seio da família das nações.

Os sobreviventes da catástrofe européia, e judeus de outros países, reivindicando seu direito a uma vida de dignidade; de liberdade e de trabalho na pátria de seus antepassados, e sem deixar-se intimidar por obstáculos ou dificuldades, procuraram incansavelmente voltar à Terra de Israel.

Durante a 2ª Guerra Mundial, o seus Povo Judeu na Terra de Israel contribuiu plenamente na luta das nações inspiradas pelo espírito de liberdade contra as forças nazistas. O sacrifício de soldados e o esforço de guerra por ele empreendido lhe valeram o direito de estar, em pé de igualdade, entre os povos fundadores da Organização das Nações Unidas.

Em 29 de Novembro de 1947, uma resolução prevendo a criação de um Estado Judeu independente na Terra de Israel foi adotada pela Assembléia Geral das Nações Unidas, a qual solicitou dos habitantes do país que tomassem as medidas necessárias para a execução deste plano.

Nós declaramos que a partir do término do Mandato, às 16 horas do dia 14 de Maio de 1948, e até que os órgãos constitucionais regularmente eleitos entrem em função conforme uma Constituição, que deverá ser estabelecida por uma Assembléia Constituinte até 10 de Outubro de 1948, o presente Conselho atuará como Assembléia do Estado; e seu órgão executivo, a Administração Nacional, constituirá o Governo Provisório do Estado de Israel.

O Estado de Israel estará aberto à imigração de judeus de todos os países onde estão dispersos, desenvolverá o país em benefício de todos os seus habitantes, fundar-se-á sobre os princípios de liberdade, de justiça e paz, tal como ensinados pelos profetas de Israel, assegurará completa igualdade de direitos sociais e políticos a todos seus cidadãos, sem distinção de credo, raça ou sexo, garantirá plena liberdade de consciência, de culto, de educação e de cultura, salvaguardará a inviolabilidade dos Lugares Santos e dos santuários de todas as religiões e respeitará os princípios da Carta das Nações Unidas.

O reconhecimento, pelas Nações Unidas, do direito do Povo Judeu a estabelecer seu Estado independente não poderá ser revogado. É direito natural do Povo Judeu o de ser uma nação como as outras nações, e de controlar seu destino em seu próprio Estado soberano.

Consequentemente, nós, membros do Conselho Nacional, representando o Povo Judeu na Terra de Israel e o Movimento Sionista Mundial, reunidos hoje, no dia da abolição do Mandato Britânico, em assembléia solene, e em virtude dos direitos natural e histórico do Povo Judeu, e da resolução das Nações Unidas, proclamamos a fundação de um Estado Judeu na Terra de Israel - o Estado de Israel.

O Estado de Israel está pronto a cooperar com os órgãos e representantes das Nações Unidas na aplicação da resolução adotada pela Assembléia em 29 de Novembro de 1947, e adotará todas as medidas para a realização da união econômica de todas as partes da Terra de Israel.

Nós apelamos às Nações Unidas para que ajudem o Povo Judeu na edificação de seu Estado e para que admitam Israel na família das Nações.

Ainda que enfrentando uma agressão brutal, dirigimo-nos aos habitantes árabes do país no sentido de que preservem os caminhos da paz e participem no desenvolvimento do Estado, em base a uma cidadania igual e completa e a uma justa representação em todas as instruções provisórias ou permanentes.

Nós estendemos a mão da amizade, da paz e da boa vizinhança a todos os Estados que nos cercam e a seus povos, e os convidamos a cooperar com a nação judia independente para o bem comum. O Estado de Israel está pronto a contribuir para o progresso do Oriente Médio.

Nós lançamos um apelo ao Povo Judeu disperso pelo mundo para que se junte a nós no esforço de imigração e construção e para que nos auxilie na grande luta que empreendemos com o fim de realizar o sonho de gerações e gerações: a redenção de Israel.

Confiantes no Eterno Todo-Poderoso, nós assinamos esta Declaração, em solo pátrio, na cidade de Tel Aviv, nesta sessão da Assembléia Provisória do Estado, realizada nesta véspera de sábado, 5 de Iyar de 5708, 14 de Maio de 1948.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Marcha para Jesus em Milão

Por Ailton Figueiredo 10 de março de 2011

A REM – Rede de Evangelização de Milão, Itália, está organizando uma marcha para Jesus naquela cidade para o dia 19 de março. O evento, que conta com a participação de várias igrejas evangélicas, terá início na Praça Loreto e irá até a Praça D'Uomo, onde se encontra a Catedral de Milão.

O missionário Pr. Fernando Pasi informa que foram afixados 1.500 cartazes, e serão distribuídos folhetos antes e durante a marcha. Folhetos evangelísticos também estão sendo distribuídos nos terminais do metrô da cidade.

A Chiesa Biblica Battista di Milano – IBBM (Igreja Bíblica Batista de Milão) está envolvida nesse projeto desde o seu início. Nosso desejo é que, em 2013, seja realizado um culto evangelístico no Estádio do Milan; e, em 2015, participemos ativamente da Expo–2015 em Milão”, disse o missionário da JMM e pastor da IBBM.

A unidade das igrejas evangélicas em Milão, segundo o casal missionário Pr. Fernando e Ione Pasi, tem sido maravilhosa! “Participarão, dessa marcha, cerca de 50 igrejas evangélicas que pensam como nós, biblicamente falando”, esclarece o Pr. Fernando Pasi.

A Marcha para Jesus, devido a sua intensa divulgação na cidade com frases como “Io ti amo”, “Io ti ascolto”, “Io ti capisco”, “Io ti cerco”, “Io ti conosco” e “Io ti perdono”, todas subscritas com a palavra “Dio”, foi destaque numa reportagem de um veículo de comunicação local que a denominou de "Manifesto de Deus em Milão".

Os missionários, para obterem a licença junto à prefeitura da cidade e ao Cardeal da D'Uomo, tiveram que dar um nome fictício, pois não queriam permitir a realização da Marcha para Jesus que, com certeza, impactará a vida de muitos italianos com a Palavra de Deus.

Burkina Fasso decreta toque de recolher após motim militar

31 de março de 2011


Todas as igrejas evangélicas de Burkina Fasso, no Oeste da África, estão reunidas em oração pela paz no país. As autoridades de Burkina Fasso decretaram nesta quarta-feira (30) o toque de recolher vigente para todo o território, entre as 21h e as 6h, como consequência de um motim organizado pelas forças armadas, que gerou atos de violência na capital, Ouagadougou, e em outras localidades.



"Para prevenir qualquer perturbação da ordem pública, a liberdade de circulação, de reuniões e de manifestações estão restringidas das 21h às 6h", menciona um comunicado divulgado pela rádio televisão nacional (RTB). O comunicado está assinado pelo chefe do Estado-Maior das forças armadas, o general Dominique Dienderé, cuja residência foi saqueada na noite de terça-feira pelos soldados do motim.



Os mesmos soldados saquearam a residência do prefeito de Ouagadougou, Simon Compaoré, que ficou ferido gravemente nos incidentes e se encontra hospitalizado em uma clínica na capital. Anteriormente, o grupo protagonizou atos de vandalismo saqueando e roubando várias lojas em Ouagadougou e atacaram também a sede do Palácio de Justiça na localidade de Fada N'gourma.



Os militares do motim protestam pela pena de 15 meses de prisão de um suboficial e quatro soldados envolvidos em um escândalo sexual. O chefe do Estado, Blaise Compaoré, anunciou nesta quarta-feira em mensagem à nação uma série de reuniões com os altos comandantes do Exército, os responsáveis religiosos e a sociedade civil para conseguir uma saída à crise que atinge o país.



“Hoje (31), falei por msn com uma funcionária da embaixada do Brasil em Burkina. Ela informou que amanhã (1º) vão reunir todos os brasileiros para refletirem e se prepararem, caso as manifestações se tornem mais graves. Porém há muita esperança de que o governo controle a situação e tudo volte ao normal. Esta é a nossa oração e a de todas as igrejas de Burkina que se uniram para orar pela paz “, disse a missionária.

domingo, 27 de março de 2011

A travessia do Mar Vermelho em nossos dias.

Para aqueles que questionam a travessia do Mar Vermelho pelo povo de Israel, vejam essas fotos. Trata-se das Filipinas onde anualmente existem um festival "o milagre de Moisés", onde a população passa de uma ilha para outra em terra enxuta [2,8km por 40 metros de largura]. Esse fenômeno ocorre entre a Ilha Jindo e a Ilha de Modo [Coréia do Sul] e seu tempo de duração é de uma hora.






sábado, 26 de março de 2011

Muçulmana se rende à graça do Pai.


 Aqui Senegal estamos cercados de mesquitas. Os alto-falantes chamam o povo para a oração cinco vezes ao dia. A devoção é uma prioridade para os muçulmanos. Para se ter uma idéia, o comércio fecha e, não raro, os vendedores só atendem os clientes após o término de suas orações.

Quanto à educação familiar, os pais mulçumanos se preocupam em ensinar seus filhos a serem fiéis aos ensinamentos do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos. Nas escolas corânicas as crianças aprendem a recitar os textos em árabe, repetindo-os exaustivamente. Elas sequer entendem o que dizem, nas são doutrinadas para serem adultos com hábitos de devoção muçulmana.

Os Voluntários Sem Fronteiras do projeto Radical África trabalham em um clube de crianças onde contam histórias bíblicas. A meninada ouve sobre um outro estilo de vida, que agrada a Deus não só pela obediência cega, mas pelo amor e graça de Deus, nosso Pai.

Em determinada ocasião recebemos no clube cerca de 100 crianças, o dobro do normal. Era uma data especial, mas o principal era a mensagem bíblica. Era uma mensagem sobre esperança em Jesus, e mostrávamos a maneira certa de agradar a Deus. Uma menina que passava, carregando o Corão, parou na porta e viu as crianças prestando atenção a historia. Ela olhou para o seu livro e, depois, para a sala. Deixou o livro na porta e se juntou ao grupo. No apelo final, algumas mãos se levantaram, sinalizando que entenderam a mensagem. Para a glória de Deus, ela era uma dessas crianças.

Aquela cena ficou marcada em meu coração. Alguém que reluta, mas que decide deixar aquilo que entendia como certo para se render ao amar e à graça do Pai. Talvez ela tenha sofrido algumas conseqüências dessa escolha, como é comum em famílias muçulmanas. Mas, agora, ela sabe que o Pai é por ela, e que nada pode afastá-la desse amor.
  
JMM - Senegal

sexta-feira, 25 de março de 2011

Mulher morta no atentado em Jerusalém era tradutora da bíblia

Notícia triste. Que o Espírito do Senhor possa está consolando seus familiares.

Publicado em 24/03/2011 pelo(a) Wiki Repórter Jefferson Nóbrega, Brasília - DF


Mary Jean Gardner, morta no atentado em Jerusalém - Foto: The Telegraph

Mary Jean Gardner, de 55 anos, foi atingida pela explosão do atentado a bomba contra um ônibus em Jerusalém. A escocêsa foi a única pessoa a morrer no ataque que deixou outras 30 pessoas feridas.

Gardner trabalhava para o Wycliffe Bible Translators como tradutora, e foi para Israel no início do ano para estudar na Universidade Hebraica. Ela havia ido a Jerusalém para aprimorar suas hablidades no hebraico, antes de iniciar uma tradução do Antigo Testamento para a língua Ife, uma das línguas faladas no Togo. A tradução do Novo Testamento já havia sido concluída em 2009. 

Um porta-voz da Wycliffe Bible Translators publicou uma nota dizendo: "A Wycliffe Bible Translators lamenta em anunciar a morte de Mary Gardner, em uma explosão terrorista em Jerusalém no dia 23 de março, onde foi estudar hebraico no lar do tradutores da bíblia".

Após o ataque o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu reagir com agressividade, responsabilidade e sabedoria. 

Mary Gardner morre nove anos após a morte de seu compatriota, Yoni Jesne, morto em um atentado suicída realizado pelo grupo terrorista Hamas. 

Jefferson Blog De Olho na Jihad com informações do diário The Telegraph 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Das ditaduras senis, renasce um povo


Nos dias finais do império otomano, diplomatas dos EUA – cônsules em Beirute, Jerusalém, Cairo e outras cidades – ONGs pela região e milhares de missionários norte-americanos, pediram ao Departamento de Estado e ao presidente Wilson que criasse um estado árabe moderno que se estendesse do litoral do Marrocos às fronteiras da Mesopotâmia e Pérsia. Esse estado, acreditavam eles, poria grande parte do mundo muçulmano na órbita da democracia da Europa e do Ocidente.

Claro que o acordo Sykes-Picot que já dividira secretamente o Oriente Médio, um Wilson moribundo e o salto dos EUA na direção do isolacionismo puseram fim àquelas fantasias. Além do mais, quem sabe se alguns árabes não teriam preferido a “civilização” de Roma e, algumas décadas adiante, de Madrid e Berlim, a outras supostamente decadentes democracias na Europa? No fim, a Segunda Guerra Mundial arranhou Tunísia, Líbia, Egito e Líbano e deixou o resto comparativamente incólume. Mas vivemos tempos de relembrar o que poderia ter sido, na história. Porque agora começa a ser possível rever um mundo futuro no qual se poderia viajar do Marrocos à fronteira Iraque-Irã sem vistos no passaporte. Que os árabes consigam fazer a mesma viagem, claro, é outro assunto.

O que aí está, sem dúvida possível, é a extraordinária tempestade que varre a região, o espetacular despertar de um mundo árabe que muitos de nós conhecemos ao longo de quase toda a vida e que muitos árabes também conheceram ao longo de toda a vida. Das ditaduras senis, corruptas – o câncer do Oriente Médio – está emergindo um povo renascido. Não sem muito sangue derramado, e não sem muita violência a enfrentar pela frente, tanta quanta os árabes enfrentaram também no passado. Mas agora, pelo menos, os árabes podem ter esperança de chegar ao sol das terras altas. Todos os meus amigos árabes disseram-me exatamente a mesma coisa, ao longo das últimas semanas: “Nunca acreditei que viveria o suficiente para ver isso.”

Temos assistido aos tremores subterrâneos que abrem fendas e as frestas que abrem penhascos. Da Tunísia ao Egito, à Líbia, ao Iêmen, ao Marrocos e ao Bahrain e, sim, até, agora, a Síria, os jovens e os bravos disseram ao mundo que querem ser livres. E à liberdade eles chegarão, ninguém duvide, em semanas, meses. Palavras que se escrevem com felicidade, mas que têm de ser ditas com enorme cuidado.

Apesar da confiança do primeiro ministro britânico David Cameron, não tenho muita certeza de que a coisa acabe bem na Líbia. De fato, nem sei se tenho certeza de como acabará, agora que o ataque vão e desnecessário dos EUA ao complexo de onde Gaddafi governa – em tudo idêntico ao que foi encenado em 1986 e custou a vida da filha adotiva de Gaddafi  – demonstrou acima de qualquer dúvida de que Obama visa a liquidar o regime. Nem tenho certeza de que se criará facilmente alguma democracia no Bahrain, sobretudo quando a Arábia Saudita – o cálice intocável, tão sagrado quanto fazer críticas a Israel – já manda sua parafernália de guerra pela ponte, para o outro lado.

Observei, é claro, a conversa dos Roberts Skidelskys que creem que a fantasia Bush-Blairista de “libertação” do Iraque – e que terminou com o país, na prática, controlado de Teerã – teria levado aos levantes de rua, hoje (“Mas a combinação da liberdade e ordem das democracias ocidentais (…) é produto de uma longa história que não pode ser reproduzida em curto prazo”, disse Skidelsky). “Muitos povos não orientais dependem das virtudes pessoais do governante, não de instituições que limitem o poder do governante, para tornar tolerável a vida.” Entendi. Não se pode entregar a democracia em mãos de árabes – de fato, não estão preparados para a democracia, como nós, ocidentais, estamos. E como, claro, os israelenses estariam. É mais ou menos como Israel dizer – e vive dizendo – que só há uma democracia no Oriente Médio, e, em consequência, tudo fazerem para que continue assim, pedindo aos EUA que mantivessem Mubarak no poder. Exatamente, aliás, o que aconteceu em janeiro.

Israel é caso a ser examinado. Quase sempre capaz de pensar prospectivamente, Israel, governo, diplomacia e apoiadores nos EUA revelaram-se inacreditavelmente canhestros e descuidados na resposta que deram aos eventos no mundo árabe.

Em vez de abraçar um Egito novo e democrático, Israel pôs-se a alertar contra a volatilidade… da democracia egípcia. Para o governo de Israel, vê-se agora, a queda de ditadores que mil vezes Israel comparou a Hitler é muito pior que a preservação dos mesmos ditadores. Mubarak sempre obedeceria ordens – via Washington – de Israel. Um novo presidente não estará preso, sob essa pressão. Os eleitores no Egito não admitem o cerco de Gaza. Sentem-se ultrajados pelo roubo de terra que Israel pratica, para construir colônias exclusivas para judeus na Cisjordânia. Não há propina que Washington pague que convença presidente egípcio eleito a tolerar por muito tempo esse estado de coisas.

E por falar em propinas, é claro, a maior de todas foi paga semana passada – em notas promissórias, para garantir – pelo monarca saudita, que está desembolsando quase $150 bilhões a serem gastos dentro de seu alegre reino, na esperança de que, assim, aplacaria a fúria das ruas. Sabe-se lá, talvez até funcione por algum tempo. Mas, como digo sempre, cuidado com a Arábia Saudita. Nunca tire os olhos da Arábia Saudita.

O épico que se vai, com certeza, para a lata do lixo, é a “guerra ao terror”. Nem se ouviu um pio, de Obama, sobre isso, durante meses. Não é estranho? A única coisa que ouvi da “al Qa’ida” sobre o Egito foi uma convocação para derrubar Mubarak – uma semana depois, foi deposto pelo poder do povo. A última missiva do homem das cavernas dizia aos heróicos povos árabes que suas revoluções têm raízes islâmicas, o que muito deve ter surpreendido os povos do Egito, Tunísia, Líbia, Iêmen, Bahrain et al. Porque todos exigiam liberdade, libertação e democracia. E aí, num certo sentido, está a resposta a Skidelsky. Será que crê que todos eles mentem? Mas, se mentem, por que mentiriam?

Como já disse, muito sangue ainda correrá. E muitas mãos aparecerão, querendo reconverter as novas democracias em ditaduras servis de tempo integral. Mas afinal, pelo menos agora, afinal, os árabes podem ter esperança de chegar ao sol das terras altas.
ADMIN
 – 22/03/2011POSTED IN: DESTAQUES

segunda-feira, 21 de março de 2011

O amor de Deus para ver, tocar e sentir



Durante as filmagens do vídeo de Missões Mundiais visitei algumas aldeias africanas e foi impressionante. O povo simples, amistoso e muito curioso, saía de suas casinhas ao nosso encontro quando passávamos. Alguns gritavam de longe: “Tubab! Tubab!” (branco). Outros apenas espiavam pelas minúsculas janelas,mas o sorriso sempre acontecia.

Estive com os jovens do Projeto Radical África em Kedougou, a quase 800km de Decar, a capital do Senegal. Ao visitar uma das aldeias onde atuam foi inesperado ver o amor que o povo tem pelo missionário José Ricardo, que viveu um tempo com eles e retornava conosco para visitá-los. 

Foi grande o alvoroço. Ele é amado, quase idolatrado! O “baba” (líder da aldeia), ao avistá-lo, veio correndo gritando: “Biron, Biron”, e se jogou nos braços dele, chorando e soluçando. “Biron” é o nome dado a Ricardo pelos africanos. Depois vieram as mulheres e a cena se repetiu. Foi emocionante!

Por que choraram tanto se “Biron” não os presenteou, não construiu casa ou estradas? Se a água e a energia elétrica continuam faltando? Que fascínio era aquele?! Seria isto o verdadeiro sentido da missão integral?
Ricardo fez curativos, aprendeu a fazer parto, dormiu em casinhas de palha, plantou, colheu e comeu o pão de cada dia com eles. Ouviu histórias, deu conselhos, riu e chorou. Pediu permissão para orar quando o marabu (líder religioso muçulmano) invocou espíritos de cura. Ricardo aprendeu, ensinou e viveu o amor de Jesus.

E, então, compreendi que aquilo era a emoção de rever o amor de Deus na figura do Ricardo. O agradecimento veio em forma de gritos, choro e abraços. Entregar a Deus os anos dourados da juventude para viver entre povos e etnias é um sonho para quem tem coragem de ouvir a voz de Deus e dizer: “Sim, por Cristo, vou proclamar a graça do Pai a todos os povos”.

Nicilene Figueira, JMM

sexta-feira, 18 de março de 2011

Japão: a conspiração da natureza


Contemplamos perplexo o que se passa em nosso planeta e automaticamente fazemos relações com o que está escrito na palavra de Deus. O resultado é a constatação que as profecias estão se cumprindo bem diante dos nossos olhos.

Em nossos dias estamos vivenciando o lento e doloroso drama da civilização japonesa. Ao que tudo parece a natureza em seu eterno ciclo de transformação resolveu por em cheque toda a humanidade. É certo que o grande culpado por tudo esse “desacerto natural” é o próprio homem e isso porque não está fazendo a sua parte em cuidar da criação [Gn 1.26-27].

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”

O homem recebeu de Deus o honroso privilégio e responsabilidade de dominar a natureza [Sl 8.4-8]. Portanto, cabe exclusivamente a nossa espécie a administração da criação. O que fizermos de bom ou ruim, cairá sobre nossa cabaça e é isso que temos experimentado em todos os tempos históricos.

A natureza uma vez criada por Deus era perfeita [Gn 1.31 – “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia”.], contudo, por meio do pecado se instalou o caos [Gn 3.17-19], tornando difícil a vida na terra.

Deus em sua infinita misericórdia providenciou a solução definitiva para destruir essa maldição:

[Gn 3.15] “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” [Gn 12.2-3] “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

Em Genesis 3.15, temos a promessa que da semente da mulher nasceria o salvador da humanidade: o Messias, já em Gn 12.2-3, temos o canal pelo qual viria o libertador. Notem os senhores que nos dois versos de Genesis 12, aparecem cinco vezes às palavras abençoar, benção e benditas, o que aponta para Jesus Cristo o destruidor da maldição do pecado.

Se a humanidade tivesse entendido a mensagem de salvação, certamente nosso planeta estaria bem melhor, contudo as coisas não ocorreram como deveriam. O homem tanto do passado como de nossos dias desprezam a mensagem salvadora de Jesus Cristo e por isso somam sofrimento sobre sofrimento.
E certo que para alguns céticos tremores de terra sempre existiram em nosso planeta e a Bíblia até registrou alguns [Êx 19.18; Nm 16.31; !Sm 14.15; 1Rs 19.11; Am 1.1; Zc 14.5; Mt 28.2; At 16.26]. Portanto, sua manifestação está longe de qualquer aspecto espiritual, mas pode ser explicada pela ciência. Contra essa tese tenho dois argumentos:

·         Primeiro - Em alguns episódios bíblicos os profetas usaram a imagem dos terremotos para referir-se ao juízo de Deus.

[Is 29.6] “Do Senhor dos Exércitos serás visitada com trovões, e com terremotos, e grande ruído com tufão de vento, e tempestade, e labareda de fogo consumidor.” [Ez 38.19] “Porque disse no meu zelo, no fogo do meu furor, que, certamente, naquele dia haverá grande tremor sobre a terra de Israel;

·         Segundo – As crescentes manifestações das forças naturais em nossos dias estão dando prova que o modelo atual de organização política mundial está fadado ao fracasso, portanto urge como certo a necessidade de um governo mundial.

Esse a meu ver é o ponto chave da “conspiração da natureza”. O que ocorre no Japão é um exemplo cabal que os Estados Nacionais já não podem lidar com os desafios dos tempos modernos. Os fenômenos naturais é apenas um aspecto do problema, temos outros desafios tais como: a criminalidade, o terrorismo internacional, a fome, as epidemias, a escassez de recursos naturais e por ai vai.

O exemplo japonês é um claro apelo a uma nova ordem mundial. De superpotência a terra arrasada em uma semana e o mais bestial: a impotência de lidar com as conseqüências do desastre. Veio o terremoto, a tsunami e agora como conseqüência de tudo isso a ameaça do nuclear.

Quando falo de nova ordem mundial me refiro ao governo do anticristo [Ap 13.12-16]. Hoje esse projeto se encontra em fase de construção. Tai, o avanço da ciência [Dan 12:4 - Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.] dos conflitos mundiais e do pecado.

A natureza conspira na medida em que força os homens a tomarem o rumo das profecias, a buscarem um modelo salvador, a um líder salvador. A própria história está cheia de tentativas e fracassos desse modelo, os impérios que o digam. O Hitler dos nossos dias foi forjado na mesma forma dos faraós, césares, imperadores e outros tantos que almejaram enquanto puderam o poder total. Contudo, não era o tempo de Deus.

O estado lastimável em que se encontra o Japão exige um esforço mundial, apesar de ser uma potência econômica parece que não pode arcar sozinho com os efeitos da catástrofe que a cada dia multiplica seus golpes sobre a terra do sol nascente.

Essa semana assistir uma entrevista na TV onde um especialista em educação discutia possíveis alterações no comportamento do povo nipônico. As atitudes contidas e os gestos tímidos talvéz não suportem a realidade da contaminação nuclear e toda essa pressão psicológica termine levando o Japão a mais um tsunami, agora emocional: um verdadeiro estado de pânico coletivo. No nível da economia ouvimos notícias de intervenção do G7 [Grupo dos países mais ricos do mundo]. Essas nações colocaram bilhões de ienes no mercado de capitais a fim de forçar a desvalorização da moeda japonesa e contribuir dessa forma para o aumento de suas exportações [moeda desvalorizada é igual à mercadoria barata e grande exportação]. Essas medidas, no entanto apesar do alivio momentâneo, depende muito do sucesso japonês frente à crise nuclear.

O que vemos hoje é uma expectativa sem igual num futuro cheio de incertezas. O Japão antes do tremor de terra já se encontrava em crise e agora está a beira do esgotamento total das sua reservas financeiras. Que tempo é esse?

Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.” [Luc 21:26]

Fico admirado em constatar como o mundo caminha para o retorno do messias. Como as profecias estão se cumprindo aos nossos olhos. É certo que a terra com seus 7 bilhões de habitantes não poderá agüentar por muito tempo. Todos nós sabemos que os recursos naturais estão à beira do esgotamento total e depois disso o que virá? A natureza quando intensifica os chamados fenômenos naturais contribui para acelerar o desequilíbrio político-econômico do mundo moderno precipitando a humanidade na era do governo planetário, do anticristo, do grande irmão.

Quanto a nós servos de Deus só nos resta orar mais, evangelizar mais e esperar o glorioso dia da nossa redenção. Pois, por esse dia até a natureza anseia.

19 Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. 20 Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, 21 Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22 Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. 23 E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. [Rom 8. 19-23]

Amém!
Jerônimo Viana

Japão corre contra o relógio para resfriar reatores; radiação cai.


Do UOL Notícias*
Em São Paulo

O Japão “corre contra o relógio” para resfriar os reatores da usina de Fukushima, disse nesta sexta-feira Yukiya Amano, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas que monitora as atividades com energia nuclear ao redor do mundo.

Vários caminhões-pipa voltaram a lançar água no edifício que abriga o reator número 3 da usina nuclear de Fukushima, muito danificado após o terremoto do dia 11. Outros sete caminhões das Forças de Autodefesa (Exército) do Japão foram mobilizados para esta nova operação de lançamento de água sobre a unidade 3. Uma equipe do Departamento de Bombeiros de Tóquio viajou para Fukushima com 30 caminhões-pipa para colaborar nos esforços para controlar os seis reatores da usina.

Os esforços aparentemente estão surtindo efeito para reduzir o nível de radiação, que caiu para 265 microsieverts por hora às 11h (horário local), em contrapartida ao nível de 292,2 microsieverts por hora registrado no início da manhã. De acordo com o porta-voz do Governo, Yukio Edano, ainda não há "informação definitiva", mas é possível afirmar que a água lançada pelos caminhões-pipa sobre o reator 3 alcançou a piscina com as varetas de combustível.

De qualquer forma, a radiação ainda está muito acima do nível normal de 0,035 microsievert por hora.

Entenda o acidente nuclear no Japão














 Infográfico mostra acidente nuclear em Fukushima.


Os caminhões se aproximam do reator por turnos, em intervalos de cinco a dez minutos, e despejam água durante vários segundos, antes de se afastarem para dar passagem à leva seguinte.

Com isso, a Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou de 4 para 5 o nível de gravidade do acidente em Fukushima. O índice da Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES, pela sigla em inglês) varia entre 0 e 7.

O nível 5 se refere a acidentes nucleares "com consequências de maior alcance", enquanto o grau 4, no qual os incidentes eram avaliados até agora, define acidentes "com consequências de alcance local".

Hoje, os especialistas ainda tentarão reativar a energia elétrica com cabos externos para ajudar no processo de resfriamento. Se tudo correr como o planejado, os reatores 1 e 2 serão os primeiros a terem a energia restabelecida, ainda nesta sexta. Já os reatores 3 e 4 deverão ter a energia religada no domingo.
Entenda como aconteceram as explosões

Vídeo explica como ocorreram as explosões na usina nuclear de Fukushima, no Japão
O reator número 3 enfrenta problemas com a piscina de armazenamento de combustível, diante da queda do nível de água que o cobre para impedir seu superaquecimento. Embora as operações de quinta-feira tenham conseguido injetar líquido na piscina, o nível ainda é muito baixo e existe a possibilidade de a temperatura subir.

“Todas as informações”

O diretor da AIEA, Yukiya Amano, se encontrou nesta sexta-feira com o primeiro-ministro Naoto Kan para discutir o acesso às informações sobre a crise nuclear no país. O governo do Japão está sendo bastante criticado por ter supostamente omitido informações cruciais sobre a usina.

Após o encontro, Kan prometeu fornecer “todas as informações possíveis” sobre a atual crise nuclear para a comunidade internacional. Amano, por sua vez, disse que uma equipe com quatro especialistas da agência será enviada “em alguns dias” para monitorar os níveis de radiação na usina nuclear de Fukushima. Primeiro, a equipe vai avaliar a radiação em Tóquio e depois seguirá para Fukushima.

Amando disse que ele espera que a equipe possa produzir informações que serão úteis para a comunidade internacional, observando que os acidentes nos reatores nucleares de Fukushima são um assunto muito sério e que o mundo inteiro está prestando atenção nos desenvolvimentos.

Crise longe do fim

Mesmo com todos os esforços, as autoridades japonesas levarão semanas para resfriar completamente os reatores de Fukushima. A avaliação é do chefe da Comissão Reguladora Nuclear americana (NRC), Gregory Jaczko. “Essa situação levará algum tempo para ser solucionada, possivelmente semanas. Primeiro, é preciso reduzir o calor dos reatores e então remover as varetas de combustíveis”, disse Jaczko, durante coletiva de imprensa na Casa Branca.

Apesar de haver riscos sérios para a saúde das pessoas próximas à usina, a radiação ainda não apresenta riscos para moradores de outros países, especialmente os vizinhos asiáticos, disse Michael O’Leary, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China.

Nível de radiação a que estamos expostos e seus efeitos