sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Sertão Esperança

Pr. Silvany Luiz [JMN] - Seridó

Se a natureza é dura com os sertanejos mais forte são os homens que, lançando mãos dos seus recursos, transformam palha em esteiras, couro em utensílios domésticos, a caatinga em pastos, raios solares em energia elétrica, secura em fertilidade, esperança onde muitos só vêem morte.

O sertão e os homens que nele habitam são por isso mesmo especial; gente forjada no meio e nele integrado, é uma terra para poucos, assim como são poucos os missionários que nele trabalham.

Lá nessa longínqua região de gostosíssima culinária, de povo acolhedor e solidário, os Batistas potiguares tem no Pr. Silvany Luiz e esposa Socorro Oliveira da JMN [Junta de Missões Nacionais], bem como em Daniel Dantas, Veridiano e Jaqueline da COMIS, seus principais propagadores da Palavra de Deus.

Miss. Viridiano e Jaqueline [COMIS] - Seridó

Há 16 anos, evangelizando o sertão Norte-Rio-Grandense e quatro anos na cidade de Acari, o Pr. Silvany e sua esposa, baianos de nascença, mas potiguares de coração vem realizando um maravilhoso trabalho na região do Seridó. Em conversa conosco durante a 3ª Celebração Missionária ocorrida em Natal nas dependências da Igreja Batista do Natal, o pastor nos falou do campo missionário, suas dificuldades, ação missionária e perspectivas de futuro.

Em nossa conversa, pude compreender que o maior obstáculo ao avanço missionário no Seridó continua sendo a tradição religiosa do sertanejo. As raízes culturais são profundas e o povo, apesar de acolhedor, não se move muito facilmente do caminho trilhado pelos seus pais. Somente por meio da ação do Espírito Santo de Deus é que os homens são demovidos dos seus caminhos e aceitam de bom grado o Senhor Jesus.

Diante de tamanho desafio o trabalho missionário dobra. O pregador cria seus próprios meios de aproximação do público, a fim de levar Jesus Cristo ao pecador.

Miss. Daniel Dantas [COMIS] - Seridó
Dentre as estratégias usadas pelo Pr. Silvany, eu tomei nota de algumas tais como: As cruzadas evangelísticas, a distribuição de folhetos pelas ruas da cidade ou evangelismo de porta em porta, o trabalho com crianças, o estudo bíblico nos lares, quer seja para atender a famílias inteiras ou a indivíduos, a ação social [na semana anterior a 3ª Celebração Missionária o pastor Silvany havia entregado 70 cestas básicas para famílias carentes de sua área de atuação], a Trans e os espetáculos dramatúrgicos todos executados com esse mesmo propósito.

A alegria com que falava da obra missionária no sertão levou-me a perguntar sobre os frutos do seu trabalho em nosso Estado. Com o mesmo desembaraço que o caracteriza foi relatando suas andanças pelo sertão potiguar e seu incansável trabalho para o reino.

Localidade
Igreja
Carnaúbas dos Dantas.
Centro e zona rural.
Parelhas
Em duas localidades.
Jardim do Seridó
Uma localidade.
Santana do Seridó
Centro e zona rural.
Acari
Centro e bairro Petrópolis
Comunidade de Gargalheiras
Uma localidade.

Além de todas estas ações, o pastor nos confidenciou que fundou o Instituto Batista do Sertão. Aqui, a obra missionária se voltou para a formação de novos obreiros. Vinte irmãos foram treinados pelo Instituto e estão integrados ao trabalho batista, atuando em diversas áreas da denominação. Hoje o Pastor Silvany e sua esposa Socorro Oliveira servem ao Senhor na Congregação Batista de Acari onde, através do programa de rádio “Falando de esperança”, continua a transmitir a mensagem de salvação a todo povo sertanejo.

Durante todo o tempo que vem desenvolvendo seu ministério no sertão potiguar, o pastor Silvany alegou que recebeu e continua a receber o apoio de diversas igrejas e irmãos, fato este que tem feito toda diferença no resultado final do seu trabalho. Caravanas, bandas e cantores de igrejas variadas, bem como irmãos diversas denominações têm abrilhantado sua ação missionária de forma que a palavra de Deus tem crescido com esse apoio por todos os cantões da nossa terra.

 Concluindo nossa conversa, perguntei ao pastor: Pastor, qual seu maior sonho? Sem titubear, ele respondeu, “Que o Seridó deixe de ser um campo missionário para ser um celeiro de missões”.

Que o grande Deus continue abençoando seus servos fieis que, a semelhança dos homens do sertão, sabem transformar dor em alegria, dificuldades em possibilidades, secura em rios de água vivas. 

Jerônimo Viana - IBA

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