terça-feira, 30 de junho de 2020

Coronavírus: ‘Estamos diante de ameaça de extinção e as pessoas nem mesmo sabem disso’, afirma sociólogo Jeremy Rifkin


Juan M. Zafra
The Conversation*

O sociólogo americano Jeremy Rifkin, que se define como ativista em favor de uma transformação radical do sistema baseado no petróleo e outros combustíveis fósseis, passou décadas exigindo uma mudança da sociedade industrial para mais modelos sustentáveis.

Rifkin é consultor de governos e empresas em todo o mundo.

Ele escreveu mais de 20 livros dedicados a propor fórmulas que garantam nossa sobrevivência no planeta, em equilíbrio com o meio ambiente e também com nossa própria espécie.

The Conversation - Em sua opinião, qual o impacto da pandemia da covid-19 no caminho para a terceira revolução industrial?

Jeremy Rifkin - Não podemos dizer que isso nos pegou de surpresa. Tudo o que está acontecendo conosco decorre das mudanças climáticas, sobre as quais os pesquisadores e eu estamos alertando há muito tempo.

Tivemos outras pandemias nos últimos anos e foram emitidos avisos de que algo muito sério poderia acontecer. A atividade humana gerou essas pandemias porque alteramos o ciclo da água e o ecossistema que fazem o equilíbrio no planeta.

Desastres naturais — pandemias, incêndios, furacões, inundações — continuarão porque a temperatura na Terra continua subindo e porque arruinamos o solo.

Há dois fatores que não podemos deixar de considerar: as mudanças climáticas causam movimentos da população humana e de outras espécies. A segunda é que as vidas animal e a humana estão se aproximando todos os dias como consequência da emergência climática e, portanto, seus vírus viajam juntos.

The Conversation - Esta é uma boa oportunidade para aprender lições e agir, não acha?

Rifkin - Nada voltará ao normal novamente. Este é um sinal de alerta em todo o planeta. O que temos que fazer agora é construir as infraestruturas que nos permitam viver de uma maneira diferente.

Devemos assumir que estamos em uma nova era. Caso contrário, haverá mais pandemias e desastres naturais. Estamos diante de uma ameaça de extinção.

The Conversation - Você trabalha, estará trabalhando nesses dias, com governos e instituições ao redor do mundo. Não parece haver consenso sobre o futuro imediato.

Rifkin - A primeira coisa que devemos fazer é ter um relacionamento diferente com o planeta. Cada comunidade deve assumir a responsabilidade de como estabelecer esse relacionamento em sua esfera mais próxima.

E sim, temos que começar a revolução em direção ao Green New Deal global [proposta que estimula os Estados Unidos a alcançarem o nível zero de emissões líquidas dos gases do efeito estufa, além de outras metas], um modelo digital de zero emissões; temos que desenvolver novas atividades, criar novos empregos, para reduzir o risco de novos desastres.

A globalização acabou, devemos pensar em termos de glocalização. Esta é a crise de nossa civilização, mas não podemos continuar pensando na globalização como hoje, pois são necessárias soluções glocais para desenvolver infraestruturas de energia, comunicação, transporte e logística…

The Conversation - Você acha que durante esta crise, ou mesmo quando a tensão diminuir, governos e empresas tomarão medidas nessa direção?

Rifkin - Não. A Coreia do Sul está combatendo a pandemia com tecnologia. Outros países estão fazendo o mesmo. Mas não estamos mudando nosso modo de vida.

Precisamos de uma nova visão, uma visão diferente do futuro, e os líderes nos principais países não têm essa visão. São as novas gerações que podem realmente agir.

The Conversation - Você propõe uma mudança radical na maneira de ser e ser no mundo. Por onde começamos?

Rifkin - Temos que começar com a maneira como organizamos nossa economia, nossa sociedade, nossos governos; por mudar a maneira de estar neste planeta.

A nossa é a civilização dos combustíveis fósseis. Nos últimos 200 anos, foi baseada na exploração da Terra.

O solo permaneceu intacto até começarmos a cavar as fundações da terra para transformá-la em gás, petróleo e carvão. E nós pensamos que a Terra permaneceria lá sempre, intacta.

Criamos uma civilização inteira baseada no uso de fósseis. Usamos tantos recursos que agora estamos recorrendo ao capital fundiário, em vez de obter benefícios dele.

Estamos usando uma terra e meia quando só temos uma. Perdemos 60% da superfície do solo do planeta. Ele desapareceu e levará milhares de anos para recuperá-lo.

The Conversation - O que você diria para aqueles que acreditam que é melhor viver o momento, o aqui e agora, e esperam que no futuro outros venham para consertá-lo?

Rifkin - Estamos realmente diante das mudanças climáticas, mas também há tempo de mudá-las.

As mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global e pelas emissões de CO₂ alteram o ciclo da água na Terra.

Nós somos o planeta da água, nosso ecossistema emergiu e evoluiu ao longo de milhões de anos graças à água. O ciclo dela nos permite viver e se desenvolver.

E aqui está o problema: para cada grau de temperatura que aumenta como consequência das emissões de gases de efeito estufa, a atmosfera absorve 7% a mais de precipitação do solo e esse aquecimento os força a cair mais rápido, mais concentrado e causando mais desastres naturais relacionados à água.

Por exemplo, grandes nevascas no inverno, inundações na primavera em todo o mundo, secas e incêndios durante o verão e furacões e tufões no outono varrendo nossas costas.

As consequências vão piorando com o tempo.

Estamos diante da sexta extinção e as pessoas nem sabem disso. Os cientistas dizem que metade dos habitats e animais da Terra desaparecerão em oito décadas.

Essa é a posição em que estamos. Estamos de frente com uma potencial extinção da natureza para a qual não estamos preparados.

The Conversation - Qual é a gravidadedessa emergência global? Quanto tempo resta?

Rifkin - Não sei. Faço parte desse movimento de mudança desde a década de 1970 e acho que o tempo de que precisávamos passou.

Nunca voltaremos onde estávamos, à boa temperatura, a um clima adequado…

A mudança climática estará conosco por milhares e milhares de anos; a questão é: podemos, como espécie, ser resilientes e nos adaptar a ambientes totalmente diferentes e que nossos companheiros na Terra também possam ter a oportunidade de se adaptar?

Se você me perguntar quanto tempo levará para mudarmos para uma economia limpa, nossos cientistas na cúpula europeia sobre mudança climática em 2018 disseram que ainda temos 12 anos. Já é menos que nos resta para transformar completamente a civilização e começar essa mudança.

A Segunda Revolução Industrial, que causou mudanças climáticas, está morrendo. E isso se deve ao baixo custo da energia solar, que é mais lucrativa que o carvão, o petróleo, o gás e a energia nuclear.

Estamos caminhando para uma Terceira Revolução Industrial.

The Conversation - É possível uma mudança de tendência global sem os Estados Unidos do nosso lado?

Rifkin - A União Europeia e a China se uniram para trabalhar juntas e os Estados Unidos estão avançando porque os estados estão desenvolvendo a infraestrutura necessária para alcançá-los.

Não se esqueça que somos uma república federal. O governo federal apenas cria as leis, os regulamentos, os padrões, os incentivos; na Europa, acontece o mesmo: seus Estados-membros criaram as infraestruturas.

O que acontece nos Estados Unidos é que prestamos muita atenção no Trump, mas dos 50 Estados, 29 desenvolveram planos para o desenvolvimento de energia renovável e estão integrando a energia solar.

No ano passado, na Conferência Europeia de Emergência Climática, as cidades americanas declararam uma emergência climática e agora estão lançando seu Green New Deal.

Muitas mudanças estão acontecendo nos Estados Unidos. Se tivéssemos uma Casa Branca diferente seria ótimo, mas, ainda assim, esta Terceira Revolução Industrial está surgindo na UE e na China e já começou na Califórnia, no Estado de Nova York e em parte do Texas.

The Conversation - Quais são os componentes básicos dessas mudanças que são tão relevantes em diferentes regiões do mundo?

Rifkin - A nova Revolução Industrial traz consigo novos meios de comunicação, energia, transporte e logística.

A revolução comunicativa é a internet, assim como foram a imprensa e o telégrafo na Primeira Revolução Industrial no século 19 no Reino Unido ou o telefone, rádio e televisão na segunda revolução no século 20 nos Estados Unidos.

Hoje, temos mais de 4 bilhões de pessoas conectadas e em breve teremos todos os seres humanos conectados à internet; todo mundo está conectado agora.

Em um período como o que estamos vivendo, as tecnologias nos permitem integrar um grande número de pessoas em uma nova estrutura de relações econômicas.

A internet do conhecimento é combinada com a internet da energia e a internet da mobilidade.

Essas três internets criam a infraestrutura da Terceira Revolução Industrial. Essas três Internet convergirão e se desenvolverão em uma infraestrutura de internet das coisas que reconfigurará a maneira como todas as atividades são gerenciadas no século 21.

The Conversation - Qual o papel dos novos agentes econômicos na formação desse novo modelo econômico e social?

Rifkin - Estamos criando uma nova era chamada glocalização.

A tecnologia de emissão zero desta terceira revolução será tão barata que nos permitirá criar nossas próprias cooperativas e nossos próprios negócios, tanto física quanto virtualmente.

Grandes empresas desaparecerão. Algumas delas continuarão, mas terão que trabalhar com pequenas e médias empresas com as quais estarão conectadas em todo o mundo. Essas grandes empresas serão provedores de rede e trabalharão juntas em vez de competir entre si.

Na primeira e na segunda revolução, as infraestruturas foram feitas para serem centralizadas, privadas. No entanto, a terceira revolução possui infraestruturas inteligentes para unir o mundo de maneira distribuída e glocal, com redes abertas.

The Conversation - Como a superpopulação afeta a sustentabilidade do planeta no modelo industrial?

Rifkin - Somos 7 bilhões de pessoas e chegaremos a 9 bilhões em breve. Essa progressão, no entanto, vai acabar.

As razões para isso têm a ver com o papel das mulheres e sua relação com a energia.

Na antiguidade, as mulheres eram escravas, eram as fornecedoras de energia, tinham que manter a água e o fogo.

A chegada de eletricidade está intimamente relacionada aos movimentos sufragistas nos Estados Unidos; libertou as jovens, que puderam ir para a escola e puderam continuar seus estudos até a universidade.

Quando as mulheres se tornaram mais autônomas, livres, mais independentes, houve menos nascimentos.

The Conversation - Você não parece otimista, e ainda assim seus livros são um guia para um futuro sustentável. Temos ou não temos um futuro melhor à vista?

Rifkin - Todas as minhas esperanças estão depositadas na geração millenial. A geração dos millenials saiu das salas de aula para expressar sua inquietude.

Milhões e milhões deles exigem a declaração de uma emergência climática e pedem um Green New Deal.

O interessante é que isso não é como nenhum outro protesto na história, e houve muitos, mas este é diferente: move a esperança, é a primeira revolta planetária do ser humano em toda a história em que duas gerações foram vistas como espécies em perigo.

Essa geração se propõe a eliminar todos os limites e fronteiras, preconceitos, tudo o que nos separa. Ela começa a se ver como uma espécie em extinção e tenta preservar as demais criaturas do planeta.

Esta é provavelmente a transformação mais importante da consciência humana na história.

Juan M. Zafra é professor associado do Departamento de Jornalismo e Comunicação Audiovisual da Universidade Carlos 3, em Madri, na Espanha.

* A versão original desta entrevista foi publicada na edição 113 da Revista Telos, pela Fundação Telefônica, e pode ser lida aqui. (https://telos.fundaciontelefonica.com/portada-telos-113-jeremy-rifkin-todas-mis-esperanzas-estan-depositadas-en-la-generacion-milenial/)


Suposto vinhedo bíblico é encontrado em Israel

Arqueólogos que trabalham em Israel estabeleceram recentemente que a descoberta realizada pela primeira vez há anos "é compatível com a narração bíblica" relacionada ao vinhedo mencionado nos Livros dos Reis.

Este vinhedo era propriedade do personagem bíblico Nabote, cuja execução foi orquestrada pela rainha Jezabel para que seu marido, o rei Acabe, pudesse se apoderar da propriedade.

É impossível datar os restos da construção, podendo determinar apenas quando foram utilizados pela última vez, afirmou ao The Jerusalem Post a autora principal do estudo Norma Franklin, do Instituto Zinman de Arqueologia da Universidade de Haifa.

"Com estruturas deste tipo, podemos avaliar quando foi a última vez que foram utilizadas, em torno do século I d.C., porém não podemos determinar quando foram construídas", observou.

Considera-se que os eventos descritos na Bíblia ocorreram em torno do século IX a.C.

"É possível que o vinhedo já existisse naquela época, porém é difícil afirmar isso. No entanto, alguns cientistas acreditam que a história foi escrita posteriormente, em torno do século VI a.C., quando podemos afirmar certamente que o vinhedo estava funcionando. Não há como saber se o que narra a Bíblia aconteceu exatamente como relatado, porém a narração deve ter existido", adicionou.

Franklin também observou amostras do solo em uma comunidade próxima há vários anos para determinar se seriam capazes de cultivar uvas da região.

"Os resultados mostraram que em toda a região havia apenas uma pequena área que seria boa para os vinhedos, exatamente onde se encontrava a antiga adega", declarou.


segunda-feira, 29 de junho de 2020

Estudo revela arma mortal que foi crucial para o exército assírio há 2,7 mil anos

Estudo revela arma mortal que foi crucial para o exército assírio há 2,7 mil anos: O armamento foi utilizado na conquista de Israel bíblica durante o século 7 a.C

Cidade cristã destruída pelos persas há 1.400 anos encontrada em Israel, revela estudo

Os restos daquela que já foi uma próspera cidade cristã, destruída pelas forças persas há cerca de 1.400 anos, foram descobertos no norte de Israel, relatam arqueólogos.

O assentamento rural bizantino de Pi Metzuba, na Galileia Ocidental, parece ter visto seu fim no início do século VII, quando a Pérsia invadiu a região como parte de seu conflito mais amplo com o Império Bizantino.

O ponto alto da escavação

As ruínas foram encontradas durante obras para ampliar a estrada que liga a cidade de Shlomi e o Kibbutz Hanita, ao sul da fronteira de Israel com o Líbano, e originaram de imediato trabalhos arqueológicos de emergência.

O ponto alto da escavação foi a descoberta de um edifício marcado com símbolos cristãos e que abrigava um mosaico de alta qualidade decorado com figuras florais, animais e humanas inspiradas na iconografia pagã.

Segundo informa o jornal israelense Haaretz em sua edição de 17 de junho, para além deste mosaico foram descobertos outros tesouros.

A novidade foi avançada em primeira mão pelos autores das descobertas, os arqueólogos Gilad Cinamon, Yoav Lerer, Gabriela Bijovsky e Rina Talgam. Os pesquisadores publicaram os resultados obtidos na edição de junho de 2020 da revista Atiqot, da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês).

Apesar de escavação ter sido iniciada em 2007, foram necessários vários anos para que os especialistas estudassem e publicassem os achados da cidade bizantina, afirmou ao Haaretz Gilad Cinamon, o arqueólogo da IAA que chefiou a escavação.

O local não é conhecido de fontes bizantinas, mas os pesquisadores acreditam que se trate da cidade de Pi Metzuba, mencionada no Talmude de Jerusalém, o compêndio da lei religiosa judaica compilado nos séculos IV-V na Galileia.

Mosaico cristão e pagão

O mosaico de cinco por cinco metros, apenas parcialmente preservado, retrata motivos florais, figuras animais e humanas e fragmentos de inscrições gregas, que não conseguiram ainda ser decifradas.

Para Cinamon, o mosaico decorou a sala de estar de uma moradia urbana, propriedade de uma família muito rica", acrescentando que se trata de "um achado bastante raro para esta área do período bizantino".

Arqueólogos desenterram cidade cristã da Galileia saqueada pelos persas no século VII

Os motivos no mosaico sugerem que o espaço foi utilizado para entreter os convidados desta família abastada, relata por sua vez a coautora Rina Talgam.

Dentro de uma borda de folhas de acanto, várias imagens da vida campestre são retratadas: um coelho comendo uvas, um javali, pássaros bicando e uma cena de caça, entre outros.

No centro do mosaico está uma mulher de grinaldas segurando uma cornucópia, romãs e frutas amarelas que pode muito bem ser interpretada como uma personificação da abundância agrícola e da fertilidade e ser uma representação de Tyche, a deusa grega da fortuna, diz Cinamon.

O mosaico foi removido para o museu de arqueologia local no Kibbutz Ein Dor, perto da cidade de Nazaré, onde está atualmente em exposição, relata o Haaretz.


Casa grande com símbolos cristãos na cidade bizantina de Pi Metzuba continha também um mosaico com motivos pagãos, incluindo animais e uma deusa

O Império Bizantino e o Império Persa entraram em guerra entre 602 e 628 d.C., o último de uma série de conflitos entre as duas potências. Os persas conquistaram Jerusalém em 614 com ajuda de alguns aliados judeus que haviam sido perseguidos pelos bizantinos.

Segundo os pesquisadores, existiam cerca de 140 assentamentos cristãos na região durante essa época, incluindo 63 igrejas ou mosteiros. Outros 13 assentamentos tinham uma população mista. Muitos desses assentamentos cristãos da Galileia foram destruídos na invasão persa.

Terra proibida

O Talmude de Jerusalém inclui Pi Metzuba em um rol de "territórios proibidos" da Galileia Ocidental que segundo a lei judaica – Halacha - não eram considerados parte do território judaico.

Contudo, judeu que neles habitasse teria de cumprir todos os mandamentos prescritos para os habitantes da Terra de Israel.

No entanto, e apesar de "por enquanto não termos documentos de fontes cristãs sobre esse assentamento, todas as evidências apontam para uma população quase inteiramente cristã", afirmou Cinamon ao Haaretz.
Apenas uma pequena parte do local foi escavada até agora. A maioria dos edifícios descobertos foram casas pequenas e modestas ligadas por vielas apertadas, com exceção de uma grande e bem construída estrutura no meio da cidade.
Foi dentro desse prédio que os arqueólogos recuperaram o grande mosaico, assim como uma cruz de bronze, que pode ter sido parte de um candelabro, e um dintel de porta decorado com uma cruz.

Além do colorido mosaico, os pesquisadores também encontraram cerâmica, uma cruz de bronze, moedas árabes-bizantinas, um raro peso de bronze do século VI e pedras com cruzes esculpidas nelas.

O Império Bizantino e o Império Persa entraram em guerra entre 602 e 628 d.C., o último de uma série de conflitos entre as duas potências. Os persas conquistaram Jerusalém em 614 com ajuda de alguns aliados judeus que haviam sido perseguidos pelos bizantinos.

Segundo os pesquisadores, existiam cerca de 140 assentamentos cristãos na região durante essa época, incluindo 63 igrejas ou mosteiros. Outros 13 assentamentos tinham uma população mista. Muitos desses assentamentos cristãos da Galileia foram destruídos na invasão persa.

Fonte: sputniknews.com

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Theo Siebenberg, o homem que encontrou a Jerusalém de 3 mil anos atrás dentro de casa

Theo Siebenberg, o homem que encontrou a Jerusalém de 3 mil anos atrás dentro de casa: Ele parecia obcecado com seu porão e decidiu realizar uma escavação arqueológica, o que revelou muitos artefatos antigos e raros

Antigo cetro descoberto em Israel seria evidência de 'estátuas divinas' de tamanho natural

Um cetro de cerca 3.200 anos descoberto em uma localidade mencionada na Bíblia no sul de Israel pode ser a primeira evidência da existência de "estátuas divinas" em tamanho natural usadas em rituais, revela estudo.

Em um artigo publicado no jornal Antiquity, Yosef Garfinkel, professor de arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, escreveu sobre o cetro, feito de bronze e revestido em prata, achado no interior de um porão de um templo canaanita, no sítio arqueológico de Laquis.

O arqueólogo associou o artefato descoberto a um outro cetro encontrado na povoação de Hatzor, localizada um pouco mais a norte, bem como a uma estatueta encontrada no local de um templo cananeu em Megiddo.

A pequena figura tem na sua mão um cetro, denominado por Garfinkel como uma "versão em miniatura" dos objetos descobertos em Laquis e Hatzor.

Além disso, o professor de arqueologia também observou que no cetro de Megiddo existe um padrão complexo de círculos forjados, parecido com o padrão no cetro de Laquis, escreve diário Haaretz.

Em um templo cananeu de 3.200 anos, arqueólogos encontram cetro de bronze folheado a prata, que foi provavelmente segurado por uma grande estátua de um deus.

Ao analisar as semelhanças, Garfinkel disse que o cetro de Laquis originalmente estaria colocado em uma das mãos de uma estátua de tamanho natural.

"Os cetros de Laquis, Hazor e Megiddo podem ser considerados atributos característicos do deus cananeu El, [considerado como deus criador]. O cetro era um dos atributos deste deus, um marcador de identidade e um símbolo do seu poder", escreveu professor em artigo.

Fonte: Sputniknews