quinta-feira, 22 de maio de 2025

Descoberta em Tel Lachish Lança Nova Luz Sobre a Conquista de Canaã e o Livro de Josué!

A Descoberta: Arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém e do Instituto Arqueológico de Tel Lachish anunciaram recentemente a descoberta de fortificações maciças e restos de destruição que parecem corroborar relatos bíblicos da conquista israelita de Canaã. Em particular, as evidências de um cerco violento e incêndio em camadas datadas do final da Idade do Bronze (por volta do século XII a.C.) parecem se alinhar com a narrativa de Josué sobre a tomada da cidade de Lachish.

Por Que Isso é Importante para Você (e para a Bíblia)? Imagine que os livros da Bíblia são como um álbum de família antigo. A arqueologia, por sua vez, é como encontrar fotos ou cartas guardadas que confirmam o que as histórias já nos contavam. A descoberta em Lachish é um exemplo disso. Lachish é uma cidade mencionada diversas vezes na Bíblia, inclusive no livro de Josué (capítulo 10), como uma das cidades que Josué e os israelitas conquistaram. Encontrar sinais de destruição e de uma batalha tão antiga, que batem com o que a Bíblia descreve para aquela época, não "prova" a Bíblia palavra por palavra, mas adiciona um peso enorme à sua historicidade. Significa que, por trás das narrativas, existiram eventos reais que deixaram suas marcas na terra. É como se as ruínas estivessem sussurrando: "Sim, algo grande aconteceu aqui, assim como está escrito!"

Onde Pesquisar Mais: Para os mais curiosos, procure por "Tel Lachish archaeology", "Late Bronze Age destruction Tel Lachish" ou "Joshua conquest archaeology". Fontes como o Biblical Archaeology Review (BAR) e periódicos de universidades renomadas costumam cobrir essas descobertas.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Como evitar falar tolices

A Bíblia oferece alguns princípios que podem ajudar a evitar falar bobagens:

*   Pense antes de falar: Provérbios 15:28 diz: "O coração do justo medita no que há de responder, mas a boca dos ímpios jorra coisas más" . Isso significa que devemos refletir sobre nossas palavras antes de proferi-las.
*   Seja honesto: Efésios 4:25 nos exorta: "Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo" . A honestidade deve guiar nossa comunicação.
*   Edifique os outros: Efésios 4:29 diz: "Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem" . Nossas palavras devem construir e encorajar, não destruir.
*   Evite a ira: Provérbios 29:11 nos adverte: "O insensato desabafa toda a sua ira, mas o sábio domina-se" . A raiva pode nos levar a dizer coisas que lamentaremos depois.
*   Seja breve: Eclesiastes 5:2 diz: "Não se apresse você com a boca, nem o seu coração se precipite em proferir palavra alguma diante de Deus. Deus está nos céus, e você está na terra; portanto, que as suas palavras sejam poucas!" . Às vezes, menos é mais.

Ao aplicar esses princípios bíblicos, podemos cultivar uma comunicação mais sábia e evitar falar bobagens.

terça-feira, 6 de maio de 2025

Quando a igreja para de adorar 2 Reis 17. 24-41

Contexto histórico 

  • O capítulo 17, trata do fim do Reino do Norte. 
  • É o cumprimento do que foi predito em 1 Rs 14.15, mas adiado por causa das promessas e caráter de Deus (2 Rs 10.30; 13.1-14; 23-29). Neste contexto Oséias foi o último rei de Israel (732-722 a.C). 

 É importante a nota que temos trata do seu governo. 

 "Fez o que era mau aos olhos do Senhor, porém não como os reis de Israel que vieram antes dele." 2 Rs 17.2 

Cabe a nós entender o significado desta palavra, certamente ele não combateu como deveria os pecados de Jeroboão. 

É importante destacar que Oséias governava sobre parte do que restava do Reino de Israel (2 Rs 15. 27-31). Ele era vassalo da Assíria (15.30; 17.3). No prisma de Tiglath-Pileser III, hoje no Museu Britânico, afirma que Oséias era seu vassalo. 

 O fato é que Oséias se rebelou contra o rei da Assíria. Tiglath-Pileser III havia morrido assumindo em seu lugar Salmaneser V. Oséias viu nesta condição uma oportunidade de rebelião., daí estabeleceu uma aliança política com o faraó egípcio e atrai a ira dos assírios sobre sua nação. 

Israel é levado cativo para a Assíria. 

  •  Halá - Junto aos rios Habor e Gozã e nas cidades dos Medos (2 Reis 17:6). 
  • A partir daqui, Israel some da história dos povos do Oriente Médio (722 a.C.). 

 2. Quando o povo de Deus para de adorar 

 * A primeira lição que tiramos deste texto diz respeito à perda da presença de Deus entre os israelitas. 

 * As consequências foram a desaprovação e a proteção divina (Deuteronômio 28:15-68). 

 * O distanciamento de Deus se deu muitas vezes de modo sutil e gradual.

a) Sincretismo religioso e mundanismo – O culto a: 

 * Baal – deus da tempestade, fertilidade da terra e divindade solar. 

 * Aserá – esposa de El (principal deus) e mãe das deusas... (1 Reis 16:31). 

 b) Negligência da Palavra de Deus – Quando a Bíblia deixa de ser a autoridade central para a fé e prática da igreja, abrindo espaço para opiniões humanas, tradições não bíblicas ou experiências subjetivas como guia principal da igreja. 

 c) Afastamento da oração e da intimidade com Deus: 

 * Formalismo vazio; 

 * Negligência na relação através da oração; 

 * Falta de busca pela presença de Deus. 

 d) Divisões e falta de amor fraternal: 

 * Jesus afirmou que o amor entre os discípulos seria um testemunho do seu discipulado (João 13:34-35). 

 e) Foco nos bens materiais e esquecimento das necessidades – A negligência da justiça social e da prática da caridade enfraquece o testemunho da igreja e contradiz os ensinos bíblicos. 

 f) Liderança falha e descompromissada – Líderes que não vivem de acordo com os padrões bíblicos, buscam o poder, glória pessoal ou negligencia o cuidado do rebanho podem levar toda a igreja a se desviar. 

 g) Perda do primeiro amor (Ap 2:4) – o legalismo, a rotina fria e a falta de entusiasmo na adoração e no serviço indicam um coração que se esfriou em relação a Deus. 

 3. Quando a igreja perde seu lugar de testemunho 

"O rei da Assíria trouxe gente da Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim e os fez morar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel." (2 Reis 17:24) 

* O lugar dado por Deus a seus filhos é apropriado por outros povos. 

* No verso 25, temos a expressão de um "Deus com ciúmes". 

* O espaço estava vazio, mas a terra era santa. O lugar da adoração tem as marcas do adorador e do Deus adorado. Leões passaram a devorar os novos habitantes (v. 25). Eles não sabiam servir ao deus local; essa foi a queixa dos novos habitantes ao rei assírio. 

* A resposta do rei revela como ele reagia a situações: 

"Levai para lá um dos sacerdotes que trouxestes de lá; que ele vá, fique morando lá, e lhes ensine a maneira de servir o deus daquela terra." 

* O mesmo sacerdote desqualificado que fizera pecar o povo de Israel agora estava de volta para ensinar aos povos a verdadeira maneira de adorar ao Deus de Israel. Como? 

"Vejam! Eu lhes dou poder para pisarem sobre cobras e escorpiões, e sobre toda a força do inimigo; nada lhes causará dano." (Lucas 10:19-20) 

* Deus não tem plano B para salvar o pecador. A igreja que somos nós é que tem essa missão – veja a chamada de Moisés (Êxodo 3:1-14). Nesta mesma lógica, temos a ordem de Jesus (Mateus 28:19-20).

3. Quando a igreja negligencia o ensino do evangelho 

"Porém cada nação fez ainda os seus próprios deuses nas cidades em que morava e os puseram nos santuários dos lugares altos que os samaritanos tinham feito."

Principais deuses dos samaritanos:

a. Babilônia – Sucote-Benote 

b. Cuta – Nergal 

c. Hamate – Asima 

d. Ava – Nibaz e Tartague e. Sefarvaim – Adrameleque e Anameleque 

No verso 32: 

"Mas adoravam também o Senhor e constituíram como sacerdotes homens tirados do meio do povo (...) e os puseram nos altares." 

 No verso 34, temos a expressão: 

"Até o dia de hoje fazem segundo os seus antigos costumes. Não temem o Senhor nem fazem segundo os seus estatutos e juízos, nem segundo a lei e o mandamento que o Senhor ordenou aos filhos de Jacó, (...)"

É interessante observar que o escritor sagrado se queixar da adoração dos samaritanos, dos seus ídolos e sendo que haviam procedido da mesma forma.

  • Como exigir de um infiel um comportamento devido exclusivamente aos filhos de Deus? Que lógica é esta? 
  • Quantas vezes somos pedras de tropeço na vida de visitantes que chegam a nossa igreja por exigir comportamento e costumes proprios dos filhos de Deus. Afastamos essas pessoas da presença de Deus. E isso nos será cobrado pelo criador.

Nos versos 35-41, o escritor volta para os filhos de Israel e aponta a sua culpa por tudo que tinha ocorrido. Por fim, constata: 

 "Assim, estas nações temeram ao Senhor e serviram as suas próprias imagens de escultura; como fizeram seus pais, assim fazem também seus filhos, até ao dia de hoje." 

É importante, saber que entre esses povos estrangeiros que foram trazidos para Samaria haviam judeus que não foram levados cativos para a Assíria. 

  • Eram pessoas que haviam perdido sua identidade espiritual e não exerciam nenhum testemunho positivo na vida dos estrangeiros. 
  • Eram filhos de Abraão desprovido de qualquer compromisso com Deus.
  • Eram pessoas que continuavam a viver no pecado de Jeroboão mesmo depois de presenciarem o juizo de Deus sobre seu proprio povo.
  • Eram corações durissimos onde já não existia a luz do Espírito de Deus.

Obs.: Essa mistura de povos deu origem aos samaritanos. Depois do exílio, tentaram se juntar ao povo judeu, mas não foram aceitos por Zorobabel e Neemias (Ed 4:1-3; Ne 2:19-20). Isso gerou inimizade entre judeus e samaritanos ainda até nos dias de Cristo (Lucas 9:51-56; 10:25-37).

Que o Senhor nos abênçoe, em nome de Jesus Cristo. Amém.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Acalmando a tempestade - Mt 8:23-27

Essa narrativa de Jesus acalmando a tempestade no mar da Galileia, além de demonstrar o poder de Jesus sobre a natureza, nos traz lições sobre:

 

 * Fé;

 * Medo;

 * A presença de Deus em meio às adversidades da vida.

 Contexto - Mt 8:23-27

 Jesus e seus discípulos estavam atravessando o mar da Galileia quando levantou-se uma grande tempestade. Geralmente as tempestades que ocorrem no lago (mar da Galileia) decorrem de vários fatores:

 

·       Ventos fortes - Por estar em uma área de encontro de diferentes massas de ar, ventos vindos do norte (Monte Hermon) encontram ventos que vêm do leste (montanhas de Golã). Essa convergência de ventos pode gerar fortes rajadas e tempestades repentinas no lago.

 

·       Topografia – O mar da Galileia está localizado numa depressão, cerca de 210 m abaixo do nível do mar. Nesta condição, o ar quente e úmido é canalizado para a região, intensificando a formação de nuvens de tempestade.

 

·       Variação de temperatura – A água do mar da Galileia sofre variações significativas de temperatura.

 

a.       Inverno – Frio

b.       Verão – Quente

 

·       Essa variação contribui para a formação de nuvens de tempestade, visto que o ar quente e úmido tende a subir, formando essas nuvens (cumulo imbus). Geralmente as tempestades que ocorrem no mar da Galileia são intensas. A tempestade descrita por Marcos em Marcos 4:37-41, traz essas motivações.

 

Vejamos algumas particularidades:

 

·       Em Marcos 4:36, temos que os discípulos se lançaram ao mar na companhia de outros barcos, que vivenciavam a mesma tempestade e milagre (creio?).

·       À margem do lago que Cristo propôs ir com seus discípulos era habitada por gentios e não judeus. Em Marcos 5:1-20; Mateus 8:28-34; Lucas 8:26-39, nos informa que essa gente eram os gerasenos. Aqui seria travada uma nova batalha, especificamente contra as forças do mal.

 

·       O contexto era de caos absoluto.

 

a.       Ondas movidas pelo vento batiam com força no barco;

b.       Já entrava água no barco (Marcos 4:37),

c.       O barco era varrido pelas ondas (Mateus 8:24).

d.       Mateus 8:24, diz que Jesus Cristo dormia em meio a toda esta confusão. O que é confirmado nos relatos de Marcos (4:38) e Lucas (8:23).

e.       Marcos, com base no testemunho ocular de Pedro, nos dá um detalhe: Jesus dormia com a cabeça em um travesseiro (4:38).

 

 A fúria do vento e das ondas causaram temor nos discípulos, experientes pescadores daquele local.


 Aqui temos alguns questionamentos:

 

a.     Qual o objetivo em acordar Jesus se eles não tinham fé suficiente que ele salvaria suas vidas da tempestade?

b.    Jesus seria mais um braço a lutar contra as ondas e deixar o barco em condição de navegabilidade? Nesta hipótese, Cristo era apenas um homem.

c.     Acordar Jesus para que não morresse e desaparecesse debilmente? Também aqui vemos o destaque apenas para o aspecto humano de Cristo.

d.       Por serem amigos e discípulos do mestre, apenas queriam lhes informar das aflições a fim de compreendesse as circunstâncias diversas e procurasse salvar a sua vida ou quem sabe ele teria alguma ideia de como sair deste problema (tempestade). Outro aspecto também humano

 

Quantas vezes tratamos nosso Deus desta forma? Quantas vezes buscamos a Deus não para ouvir o que ele tem a nos dizer, ensinar, mas apenas para informá-lo do nosso sofrimento?

 

   * O quanto está pesado;

   * O quanto dói;

   * O quanto é difícil suportar.

 

Contudo, não dividimos com Ele, não descansamos em seus braços; não confiamos na prática, no seu poder para a resolução das nossas queixas.

 

No texto de Lucas 8:24, temos os discípulos literalmente gritando: "Mestre, Mestre, estamos perecendo!"

 

Quando não atentamos para a presença de Deus em nossa vida, abrimos nosso ser para a tirania do medo. As consequências são várias:

 

·       Bloqueio do crescimento espiritual – que impede o indivíduo de se conectar com o divino.

·       Distanciamento de Deus – o medo pode levar ao afastamento de Deus, gerando dúvidas, ressentimentos e descrença.

·       Dificuldade em seguir os caminhos divinos – o medo pode dificultar a tomada de decisões importantes, impedindo o indivíduo de seguir o caminho que sua alma deseja trilhar.

·       Vícios de comportamento autodestrutivos.

·       Isolamento social.

·       Perda de fé – Gerando dúvidas acerca de Deus.

·       Desespero e falta de esperança.

·       Dificuldade de perdoar a si mesmo e aos outros, criando ressentimento, mágoas que prejudicam a vida espiritual do indivíduo.

 

Em Marcos 4:38, temos: "Mestre, o Senhor não se importa que pereçamos?"

 

Neste questionamento acusatório ("Não importa que pereçamos?"), Jesus é pressionado a tomar uma posição e convidado à ação.

 

Esse questionamento é muito duro, visto que, o fato de Jesus não se importar com a morte dos seus discípulos demonstraria o caráter mercenário da sua liderança (João 11:18-37).

 

Mercenário, por quê?

 

·       Prioriza seus próprios interesses;

·       Falta compromisso com a comunidade;

·       Egoísmo – Não se sacrifica pela igreja;

·       Falsidade – Nega o fruto do Espírito;

·       Divisão – Explora os fracos, não se preocupa em construir um ambiente de paz;

·       Mau testemunho – Causa descrédito à liderança e prejudica o testemunho da igreja.

 

No verso 26 de Mateus, temos a reação de Jesus.

 

·       Mt 8:26 - Por que temeis, ó vós de pequena fé? (King James Fiel 1611).

·       Mc 4:39 - Acalma-te! Fique quieto. (4:40) - Por que vocês são medrosos? Como é que ainda não têm fé? (NAA)

·       Lc 8:25 - Onde está a vossa fé? (Bíblia de Est. Alm.)

 

Aqui podemos tirar algumas lições:

·       1º Está claro que os discípulos tinham fé, porém insuficiente para resolver o problema em que estavam inseridos. É possível que a nossa fé não seja o suficiente para acabar com a tempestade, mas pode ser a ponte a nos levar a um porto seguro. É o caso de um irmão fiel, cheio de fé, que caiu doente, contudo, só vem a ser curado por meio de uma cirurgia.

 

·       2º As experiências que temos com o nosso Deus nos deve fortalecer para enfrentar os dias maus.

 

·       3º O nosso Deus é Senhor sobre as leis da natureza, sobre o mundo demoníaco e sobre as doenças. A ordem de Jesus (acalma-te) demonstra seu poder e autoridade.

 

Vejamos alguns milagres realizados por Cristo em seu ministério terreno.

 

Livro

Texto Bíblico

Ação divina

Mateus

8:1-4

A cura do leproso.

Marcos

1:21-28

A liberação de um endemoniado na cidade de Cafarnaum.

Lucas

4:31-37

A cura de um endemoniado em Cafarnaum.

Marcos

1:29-31

A cura da sogra de Pedro.

Mateus

Marcos

Mt.8:16-17; Mc: 1:32-34

Várias outras curas.

Marcos Mateus

Mc: 1:40-45; Mt: 8:1-4

A cura de um leproso.

Mateus

12.9-14

A cura da mão ressequida

Mateus

17:14-20

A cura de um jovem processo.

Lucas

6: 6 -11

A cura do homem da mão ressequida.

Mateus

8: 5-13

A cura do servo de um centurião.

João

4: 43-54

A cura do filho de um oficial do rei.

 

Gosto muito de Lamentações 3:21: "Quero trazer à memória o que me pode dar esperança."

 

No verso 24, após a intervenção de Cristo sobre a força da natureza, vemos o encantamento dos seus discípulos.

 

"Que espécie de homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?" (King James Fiel 1611)

 

"Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?" (NAA)

"Quem é este que até aos ventos e às ondas repreende, e lhe obedecem?" (B.C. Almeida)

 

Sentimentos:

 

·       Maravilha e espanto – Reconhecer a grandeza de Deus.

·       Medo e fé – Jesus leva seus discípulos a um outro nível de fé.

·       Confiança em Deus – Para nós outros.

·       Reconhecimento da divindade de Cristo.

 

Aplicações:

 

·       Confiar em Cristo.

·       Descansar no Senhor em meio ao sofrimento.

·       Reconhecer o nosso Senhor e Salvador da nossa vida.

·       Obedecê-lo em todas as circunstâncias da vida.

·       Vale a pena viver por Cristo.

 

 Amém.


sábado, 19 de abril de 2025

Um olhar para a verdadeira igreja do Senhor

 1 Timóteo.

Quando o apóstolo Paulo escreveu sua primeira carta a Timóteo, estava pensando na organização e fortalecimento da Igreja.
Uma das preocupações presentes neste texto diz respeito aos falsos profetas que, já naquela época, perturbavam a Igreja do Senhor.

Fundar uma Igreja era o árduo trabalho do apóstolo, mas mantê-la livre do assalto do falso mestre e das falsas doutrinas era uma tarefa hercúlea que somente pela ação direta do Espírito Santo era possível.

Em sua passagem pela Macedônia, Paulo deixa Timóteo em Éfeso com o objetivo de admoestar alguns a não ensinarem outra doutrina, nem se ocuparem com fábulas e genealogias sem fim que tinham por consequência gerar discussões no seio da Igreja e apostasia da fé em Cristo.

De uma forma geral, nós conhecemos o grupo de pessoas que estavam promovendo essas heresias na Igreja de Éfeso, nem o corpo de ideias (doutrinas) que defendiam:

No geral, temos a seguinte situação:

* 1.3 - Ensinam outra doutrina
* 1.6 - Desviam-se de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sem hipocrisia.
* 1.7 - Querem ser doutores da lei
* 1.7 - Têm falta de compreensão
* 1.10 - Praticam o que se opõe à sã doutrina
* 1.19 - Naufragam na fé
* 1.20 - Blasfemam
* 4.1 - Apostatam-se da fé
* 4.2 - Obedecem a espíritos enganadores e a ensino de demônios
* 4.2 - Hipocrisia, mentiras, têm a própria consciência cauterizada
* 4.7 - Perpetuam fábulas profanas e de velhas caducas
* 5.15 - Desviam-se seguindo Satanás
* 5.20 - Vivem no pecado
* 6.10 - Desviam-se da fé
* 6.20 - Falatórios inúteis e contradições do saber
* 6.21 - Desviam-se da fé

Quando Paulo aborda os falsos profetas, ele aborda os efeitos dos ensinos dos falsos mestre sobre a Igreja do Senhor:

* Enquanto as falsas doutrinas produziam discussões inúteis (1.6).

* A doutrina verdadeira é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sem hipocrisia (1.5).

* Quando procuravam demonstrar conheceres da lei, porém, não a entendiam, nem os assuntos sobre os quais falam com tanta ousadia eles compreendiam.

Irmãos, aqui temos a exaltação à ignorância. O grande erro dos irmãos da Igreja de Éfeso (v.3) e de Himeneu e Alexandre (1.20) se prendeu ao consultar as Escrituras. Não eram semelhantes aos bereanos (Atos 17.11), se encantavam com um discurso fácil e cheio de "mandingas" (feitiços) espirituais.
* Isso nos acontece em nossos dias.
* As pessoas não gostam de pensar.

Enquanto isso, o resultado da falsa doutrina nas más especulações inúteis, o ensino apostólico adequado resulta num bom comportamento prático, enraizado em amor.

* É esse amor que deve proceder de mudanças internas, geradas pelo Espírito, que produziam um coração puro (em lugar de um cheio de desejos pecaminosos), boa consciência (em lugar de uma carregada de culpa) e uma fé sem hipocrisia (em lugar de pretensões e conceitos arrogantes de si mesmo, vaidade exagerada de 'presença').

* Os falsos mestres não sabem o que dizem (7), mas Paulo e seus companheiros sabiam (8) a verdade a respeito da Lei (9).

* Paulo aproxima:

A. A Lei é boa (8) - Ela foi onipresente na criação de Deus (Colossenses 1.16)

B. A Lei com suas punições não é para os justos, mas:

* insubmissos e rebeldes (1 Timóteo 1.9)
* ímpios e pecadores (Romanos 5.8)
* irreligiosos e profanos
* para os que matam o pai ou a mãe (Êxodo 20.12)
* os homicidas (Êxodo 20.13)
* imorais (Êxodo 20.14)
* homossexuais (Levítico 18.22, 20.13)

Paulo não está negando que a Lei serve para ensinar os cristãos como viver, visto que disse que a Lei é boa (8) e nos versos 9-10, ele repete quase 40 mandamentos (Êxodo 20.1-17, na ordem que aparecem no AT).

Mas, como a Lei Moisaica se aplica no Novo Testamento?

Neste sentido, há diversas interpretações:

a - A Lei foi superada pela Lei de Cristo (Gálatas 4.9-11)
b - Autoridade permanente de certos aspectos do Código Mosaico
c - Paulo afirmava que os cristãos não estão debaixo da Lei Moisaica - (Romanos 7.6; Gálatas 2.16; 3.11-26), e isso está de acordo com o que escreve aqui como em outras passagens, estas versículos indicam que um dos propósitos da Lei é expor pecados.

Os crentes, embora não estejam debaixo da lei de Moisés, estão debaixo da lei de Cristo e são governados pelo Espírito Santo (Romanos 7.6).

Por fim, nos versos 12-17, temos as ações de graças por:

* Deus ter lhe fortalecido, ter considerado fiel e ter designado para o ministério (12)
* A graça maior quando ele mesmo já era blasfemo, perseguidor e insolente (13)
* Transbordar da graça de Deus com fé e o amor que há em Cristo. (14).
* Se coloca como o principal dos pecadores alcançado pela graça de Deus (15)
* É exemplo da longanimidade de Cristo e modelo para os demais pecadores que hão de ser alcançado por Deus (16)
* É por sua gloriosa e nome de Deus (17)

Nos versos 18-20, Paulo estimula Timóteo a combater o bom combate, mantendo:

a - A fé
b - A boa consciência

Visto que, muitos se perderam na fé exatamente por não ter boa consciência de servir a Cristo.

No caso de Himeneu (falso mestre citado em 2Tm 2.17) e Alexandre, os quais foram expulsos da Igreja (1 Co 5.5 - quem é excluído da Igreja está no reino de Satanás (1 Co 4.5-6; Gl 2.4; 1 Jo 5.19).

Estes homens blasfemavam, Paulo expulsou-os para o meio de sofrimento para que se arrependam e voltassem para Deus e serem salvos (1 Co 5.5).

Deus e fiel e justo