terça-feira, 30 de junho de 2020

Suposto vinhedo bíblico é encontrado em Israel

Arqueólogos que trabalham em Israel estabeleceram recentemente que a descoberta realizada pela primeira vez há anos "é compatível com a narração bíblica" relacionada ao vinhedo mencionado nos Livros dos Reis.

Este vinhedo era propriedade do personagem bíblico Nabote, cuja execução foi orquestrada pela rainha Jezabel para que seu marido, o rei Acabe, pudesse se apoderar da propriedade.

É impossível datar os restos da construção, podendo determinar apenas quando foram utilizados pela última vez, afirmou ao The Jerusalem Post a autora principal do estudo Norma Franklin, do Instituto Zinman de Arqueologia da Universidade de Haifa.

"Com estruturas deste tipo, podemos avaliar quando foi a última vez que foram utilizadas, em torno do século I d.C., porém não podemos determinar quando foram construídas", observou.

Considera-se que os eventos descritos na Bíblia ocorreram em torno do século IX a.C.

"É possível que o vinhedo já existisse naquela época, porém é difícil afirmar isso. No entanto, alguns cientistas acreditam que a história foi escrita posteriormente, em torno do século VI a.C., quando podemos afirmar certamente que o vinhedo estava funcionando. Não há como saber se o que narra a Bíblia aconteceu exatamente como relatado, porém a narração deve ter existido", adicionou.

Franklin também observou amostras do solo em uma comunidade próxima há vários anos para determinar se seriam capazes de cultivar uvas da região.

"Os resultados mostraram que em toda a região havia apenas uma pequena área que seria boa para os vinhedos, exatamente onde se encontrava a antiga adega", declarou.


segunda-feira, 29 de junho de 2020

Estudo revela arma mortal que foi crucial para o exército assírio há 2,7 mil anos

Estudo revela arma mortal que foi crucial para o exército assírio há 2,7 mil anos: O armamento foi utilizado na conquista de Israel bíblica durante o século 7 a.C

Cidade cristã destruída pelos persas há 1.400 anos encontrada em Israel, revela estudo

Os restos daquela que já foi uma próspera cidade cristã, destruída pelas forças persas há cerca de 1.400 anos, foram descobertos no norte de Israel, relatam arqueólogos.

O assentamento rural bizantino de Pi Metzuba, na Galileia Ocidental, parece ter visto seu fim no início do século VII, quando a Pérsia invadiu a região como parte de seu conflito mais amplo com o Império Bizantino.

O ponto alto da escavação

As ruínas foram encontradas durante obras para ampliar a estrada que liga a cidade de Shlomi e o Kibbutz Hanita, ao sul da fronteira de Israel com o Líbano, e originaram de imediato trabalhos arqueológicos de emergência.

O ponto alto da escavação foi a descoberta de um edifício marcado com símbolos cristãos e que abrigava um mosaico de alta qualidade decorado com figuras florais, animais e humanas inspiradas na iconografia pagã.

Segundo informa o jornal israelense Haaretz em sua edição de 17 de junho, para além deste mosaico foram descobertos outros tesouros.

A novidade foi avançada em primeira mão pelos autores das descobertas, os arqueólogos Gilad Cinamon, Yoav Lerer, Gabriela Bijovsky e Rina Talgam. Os pesquisadores publicaram os resultados obtidos na edição de junho de 2020 da revista Atiqot, da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês).

Apesar de escavação ter sido iniciada em 2007, foram necessários vários anos para que os especialistas estudassem e publicassem os achados da cidade bizantina, afirmou ao Haaretz Gilad Cinamon, o arqueólogo da IAA que chefiou a escavação.

O local não é conhecido de fontes bizantinas, mas os pesquisadores acreditam que se trate da cidade de Pi Metzuba, mencionada no Talmude de Jerusalém, o compêndio da lei religiosa judaica compilado nos séculos IV-V na Galileia.

Mosaico cristão e pagão

O mosaico de cinco por cinco metros, apenas parcialmente preservado, retrata motivos florais, figuras animais e humanas e fragmentos de inscrições gregas, que não conseguiram ainda ser decifradas.

Para Cinamon, o mosaico decorou a sala de estar de uma moradia urbana, propriedade de uma família muito rica", acrescentando que se trata de "um achado bastante raro para esta área do período bizantino".

Arqueólogos desenterram cidade cristã da Galileia saqueada pelos persas no século VII

Os motivos no mosaico sugerem que o espaço foi utilizado para entreter os convidados desta família abastada, relata por sua vez a coautora Rina Talgam.

Dentro de uma borda de folhas de acanto, várias imagens da vida campestre são retratadas: um coelho comendo uvas, um javali, pássaros bicando e uma cena de caça, entre outros.

No centro do mosaico está uma mulher de grinaldas segurando uma cornucópia, romãs e frutas amarelas que pode muito bem ser interpretada como uma personificação da abundância agrícola e da fertilidade e ser uma representação de Tyche, a deusa grega da fortuna, diz Cinamon.

O mosaico foi removido para o museu de arqueologia local no Kibbutz Ein Dor, perto da cidade de Nazaré, onde está atualmente em exposição, relata o Haaretz.


Casa grande com símbolos cristãos na cidade bizantina de Pi Metzuba continha também um mosaico com motivos pagãos, incluindo animais e uma deusa

O Império Bizantino e o Império Persa entraram em guerra entre 602 e 628 d.C., o último de uma série de conflitos entre as duas potências. Os persas conquistaram Jerusalém em 614 com ajuda de alguns aliados judeus que haviam sido perseguidos pelos bizantinos.

Segundo os pesquisadores, existiam cerca de 140 assentamentos cristãos na região durante essa época, incluindo 63 igrejas ou mosteiros. Outros 13 assentamentos tinham uma população mista. Muitos desses assentamentos cristãos da Galileia foram destruídos na invasão persa.

Terra proibida

O Talmude de Jerusalém inclui Pi Metzuba em um rol de "territórios proibidos" da Galileia Ocidental que segundo a lei judaica – Halacha - não eram considerados parte do território judaico.

Contudo, judeu que neles habitasse teria de cumprir todos os mandamentos prescritos para os habitantes da Terra de Israel.

No entanto, e apesar de "por enquanto não termos documentos de fontes cristãs sobre esse assentamento, todas as evidências apontam para uma população quase inteiramente cristã", afirmou Cinamon ao Haaretz.
Apenas uma pequena parte do local foi escavada até agora. A maioria dos edifícios descobertos foram casas pequenas e modestas ligadas por vielas apertadas, com exceção de uma grande e bem construída estrutura no meio da cidade.
Foi dentro desse prédio que os arqueólogos recuperaram o grande mosaico, assim como uma cruz de bronze, que pode ter sido parte de um candelabro, e um dintel de porta decorado com uma cruz.

Além do colorido mosaico, os pesquisadores também encontraram cerâmica, uma cruz de bronze, moedas árabes-bizantinas, um raro peso de bronze do século VI e pedras com cruzes esculpidas nelas.

O Império Bizantino e o Império Persa entraram em guerra entre 602 e 628 d.C., o último de uma série de conflitos entre as duas potências. Os persas conquistaram Jerusalém em 614 com ajuda de alguns aliados judeus que haviam sido perseguidos pelos bizantinos.

Segundo os pesquisadores, existiam cerca de 140 assentamentos cristãos na região durante essa época, incluindo 63 igrejas ou mosteiros. Outros 13 assentamentos tinham uma população mista. Muitos desses assentamentos cristãos da Galileia foram destruídos na invasão persa.

Fonte: sputniknews.com

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Theo Siebenberg, o homem que encontrou a Jerusalém de 3 mil anos atrás dentro de casa

Theo Siebenberg, o homem que encontrou a Jerusalém de 3 mil anos atrás dentro de casa: Ele parecia obcecado com seu porão e decidiu realizar uma escavação arqueológica, o que revelou muitos artefatos antigos e raros

Antigo cetro descoberto em Israel seria evidência de 'estátuas divinas' de tamanho natural

Um cetro de cerca 3.200 anos descoberto em uma localidade mencionada na Bíblia no sul de Israel pode ser a primeira evidência da existência de "estátuas divinas" em tamanho natural usadas em rituais, revela estudo.

Em um artigo publicado no jornal Antiquity, Yosef Garfinkel, professor de arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, escreveu sobre o cetro, feito de bronze e revestido em prata, achado no interior de um porão de um templo canaanita, no sítio arqueológico de Laquis.

O arqueólogo associou o artefato descoberto a um outro cetro encontrado na povoação de Hatzor, localizada um pouco mais a norte, bem como a uma estatueta encontrada no local de um templo cananeu em Megiddo.

A pequena figura tem na sua mão um cetro, denominado por Garfinkel como uma "versão em miniatura" dos objetos descobertos em Laquis e Hatzor.

Além disso, o professor de arqueologia também observou que no cetro de Megiddo existe um padrão complexo de círculos forjados, parecido com o padrão no cetro de Laquis, escreve diário Haaretz.

Em um templo cananeu de 3.200 anos, arqueólogos encontram cetro de bronze folheado a prata, que foi provavelmente segurado por uma grande estátua de um deus.

Ao analisar as semelhanças, Garfinkel disse que o cetro de Laquis originalmente estaria colocado em uma das mãos de uma estátua de tamanho natural.

"Os cetros de Laquis, Hazor e Megiddo podem ser considerados atributos característicos do deus cananeu El, [considerado como deus criador]. O cetro era um dos atributos deste deus, um marcador de identidade e um símbolo do seu poder", escreveu professor em artigo.

Fonte: Sputniknews