quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Girolamo Zanchi – A misericórdia de Deus (Reforma500)
A seguir considerei brevemente a misericórdia de Deus.
Proposição 1. Em todas as Escrituras, Deus é representado como infinitamente gracioso e misericordioso (Êxodo 34.6; Neemias 9.17; Salmo 103.8; 1Pedro 1.3).
Quando dizemos que a misericórdia divina é infinita, não queremos dizer que ela seja, de modo gracioso, estendida a todos os homens sem exceção (e supondo que ela fosse, mesmo assim seria muito incorretamente denominada infinita por isso, uma vez que os objetos dela, ainda que fosse todos os homens juntos, não equivaleria a uma multidão rigorosa e propriamente infinita), mas que sua misericórdia para com os seus eleitos, já que ela não conhece começo, é infinita em duração, e não conhecerá período ou intervalo.
Proposição 2. A misericórdia não é em Deus, como é em nós, uma paixão ou afeição, sendo incompatível com a pureza, perfeição, independência e imutabilidade da sua natureza; mas quando esse atributo é relativo a Deus, apenas indica a sua livre e eterna vontade ou propósito de tornar bem-aventurados alguns da raça caída, libertando-os da culpa e domínio do pecado, e se comunicando a eles de uma forma consistente com a sua própria justiça inviolável, verdade e santidade. Essa parece ser a definição correta da misericórdia, que se refere ao bem espiritual e eterno daqueles que são seus objetos.
Proposição 3. Mas deve ser observado que a misericórdia de Deus, em sentido mais amplo e indefinido, pode ser considerada (1) como geral e (2) como especial. Sua misericórdia geral não é outra senão aquilo que comumente chamamos de sua graça, pela qual ele é, de algum modo, providencialmente bom para toda a humanidade, tanto para eleitos como para os não eleitos (Mateus 5.45; Lucas 6.35; Atos 14.17, 17.25,28). Por sua misericórdia especial, ele, como Senhor de todos, tem, em um sentido espiritual, compaixão de todos da raça caída que são objeto de seu livre e eterno favor; os efeitos desta misericórdia especial são a redenção e a justificação deles mediante a expiação de Cristo, o chamado eficaz, a regeneração e a santificação por meio do seu Espírito, a sua infalível e final preservação em estado de graça na terra e sua eterna glorificação no céu.
Proposição 4. Não há nenhuma contradição, real ou aparente, entre estas duas afirmações: (1) que as bênçãos da graça e da glória são peculiares àqueles a quem Deus separou para si mesmo, em Seu decreto de predestinação, e (2) que a mensagem do evangelho é anunciada, de modo que todo aquele que quiser possa tomar da água da vida livremente (Apocalipse 22.17). Em primeiro lugar, ninguém pode querer ou desejar espiritualmente e sem fingimento, ser participante desses privilégios, senão aqueles que Deus anteriormente faz ter vontade e desejo; e, em segundo lugar, Ele não concede essa vontade e excita esse desejo em ninguém, exceto em seus próprios eleitos.
Proposição 5. Desde que os homens ímpios, total e definitivamente desprovidos da graça divina, não podem conhecer o que é essa misericórdia, nem ter quaisquer apreensões apropriadas, muito menos abraçar e confiar nela para si mesmos, por meio da fé; e uma vez que a experiência diária e as Escrituras da verdade nos ensina que Deus não abre os olhos do réprobo como ele abre os olhos dos seus eleitos, nem ilumina salvificamente os seus entendimentos, evidentemente se segue que sua misericórdia nunca foi, desde o princípio, para eles, nem lhes será aplicada; mas, tanto na designação quanto na aplicação, é própria e peculiar somente aos que são predestinados à vida, como está escrito: “os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos” (Romanos 11.7).
Proposição 6. Toda a obra da salvação, juntamente com tudo o que há em relação a ela ou está em conexão com ela, é, às vezes, na Escritura, compreendida sob o único termo misericórdia, para mostrar que o puro amor e a graça absoluta foram o grande motivo pelo qual os eleitos são salvos, e que todos os méritos, dignidade e boas qualificações deles foram totalmente excluídos de qualquer influência sobre a vontade divina pela qual eles deveriam ser escolhidos, redimidos e glorificados em vez de outros. Quando é dito: “compadece-se de quem quer” (Romanos 9), é como se o apóstolo dissesse: “Deus elegeu, resgatou, justificou, regenerou, santificou e glorificou a quem lhe aprouve”, cada um destes grandes privilégios sendo brevemente resumido e de fato incluído no termo abrangente, “compadece-se”.
Proposição 7. Portanto, qualquer favor que nos seja concedido, seja qual for a coisa boa em nós ou praticada por nós, quer seja em vontade, palavra ou ação, e quaisquer outras bênçãos que recebemos de Deus, desde a eleição até à glorificação, tudo procede, mera e completamente, do beneplácito da sua vontade e da sua misericórdia para conosco em Cristo Jesus. A ele, portanto, é devido o louvor, quem estabelece a diferença entre homem e homem por ter compaixão de alguns e não de outros.
Fonte: http://voltemosaoevangelho.com
Girolamo Zanchi (1516-1590) foi um reformador italiano que fugiu da perseguição para finalmente se estabelecer em Estrasburgo como professor de Antigo Testamento no Colégio de São Tomás. Ele foi posteriormente nomeado em Heidelberg como professor de Teologia na Universidade. Sua obra é caracterizada por uma impressionante síntese da teologia reformada, do tomismo e do método escolástico.
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Trump: ''Eu quero que pastores e ministros se levantem com poder para falar em nome do cristianismo'': ''Eu quero pastores e ministros que possam se levantar e falar em nome do cristianismo''
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Cientistas confirmam a bíblia: ''As águas do diluvio global podem ter sido drenadas por misteriosos buracos gigantes'': E para o espanto dessas pessoas não só na Bíblia, mas em algumas outras culturas falam de uma grande inundação destrutiva que aconteceu há milhares de anos.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Como ter certeza que todos são pastoreados em sua igreja?
Brian Croft
17 de Janeiro de 2017 - Liderança da Igreja
Embora sejamos pastores que prestaremos conta de cada alma sob nosso cuidado (Hebreus 13.17), todos nós ainda temos essa tendência de estar próximos daqueles com quem mais desejamos estar ou com quem causa a maioria dos problemas, exigindo assim a nossa atenção. Devido a isso, há membros da igreja que inadvertidamente escapam pelas brechas. Ao observar isso nos primeiros anos do meu ministério, desenvolvi esse sistema que se tornou uma maneira muito eficaz de cuidar do nosso povo e reduzir a negligência desnecessária e não intencional.
Eu criei um plano de oração com cada membro da igreja dividido em uma tabela de 28 dias em ordem alfabética. Isso representa os primeiros 28 dias de cada mês. No primeiro dia, oro por aquelas 5 ou 6 pessoas ou famílias. Depois, tento fazer algum tipo de contato pessoal com elas naquele dia na forma de uma visita domiciliar, e-mail, cartão escrito à mão, telefonema, publicação no Facebook ou mensagem de texto para que elas saibam que orei por elas naquele dia. Por fim, nesse momento de contato pessoal, pergunto se há algo que eu possa fazer para ajudá-las. Quanto àquelas pessoas que eu não vi recentemente, costumo ligar ou ir vê-las para ter uma atualização sobre como elas estão, em geral.
Repito o mesmo processo no segundo dia, depois no terceiro... até o vigésimo oitavo. Se eu for fiel e coerente nesse processo (o que nunca sou perfeitamente), em um mês eu terei orado e feito contato com todos aqueles que foram confiados ao meu cuidado. Todos os dias extras do mês eu faço o mesmo com nossos missionários e outros que enviamos para o ministério a partir da nossa igreja.
Este se tornou um sistema tão frutífero para acompanhar todo nosso povo que eu o levei para nossos outros pastores/presbíteros, e eles começaram a fazê-lo também. Este se tornou um sistema tão frutífero para cada um de nós como pastores que fizemos uma tabela para os nossos membros e os encorajamos a orarem uns pelos outros da mesma maneira, como um plano de oração para a nossa igreja. Vários dos membros ainda adotaram o modelo dos pastores de contatar pessoas no dia em que oraram por elas. Tem sido maravilhoso o fruto que tem vindo de muitos de nossos membros que assumiram essa tarefa de orar uns pelos outros seriamente.
Em um antigo retiro de mulheres, uma de nossas queridas senhoras da igreja conduziu nossas mulheres em um projeto de tomar essa tabela e transferi-la para cartões que pudessem ficar em suas mesas em casa na forma de um calendário. Todas as manhãs, você apenas vira para o dia seguinte e vê por quem deve orar nesse dia. Desde que o colocamos sobre a mesa em nossa casa, nossos filhos agora fazem um esforço determinado de orar por aqueles designados para aquele dia. Eles também discutem sobre quem “virará o cartão”.
Eu tenho sido grato e encorajado pela reação da nossa igreja de orar uns pelos outros, uma vez que lhes demos uma forma intencional de fazê-lo. Independentemente dos níveis de benefício que vieram a partir desse plano de oração, ele finalmente criou um sistema de responsabilidade para mim e para o restante dos pastores, para que nos asseguremos de nunca negligenciarmos ou abandonarmos involuntariamente uma ovelha.
No próximo texto, explicarei como esse sistema de pastoreio pode ser efetivado em um contexto de igreja maior.
Autor: Brian Croft
Brian Croft é o pastor efetivo da Auburndale Baptist Church em Louisville, Kentucky. Ele também é autor de "Visit the Sick: Ministering
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Por que a monarquia caiu?
Por que a monarquia caiu?: Por que um imperador culto, que afastou o Brasil do rumo dos caudilhos e das ditaduras sul-americanas, não foi capaz de assegurar a sucessão da princesa que aboliu a escravidão
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Contentamento: um dom da graça divina contra a frustração
Blaise Pascal, o famoso filósofo e matemático francês, observou que os seres humanos são criaturas de profundo paradoxo. Nós nos adequamos tanto à profunda miséria quanto à tremenda grandeza, muitas vezes ao mesmo tempo. Tudo o que precisamos fazer é examinar as manchetes para ver se esse é o caso. Quantas vezes as celebridades que fizeram um grande bem por meio de filantropia são flagradas em escândalos?
A grandeza humana é encontrada, em parte, em nossa capacidade de contemplarmos a nós mesmos, de refletirmos sobre as nossas origens, nosso destino e nosso lugar no universo. No entanto, tal contemplação tem um lado negativo, e esse é o seu potencial para nos causar dor. Podemos nos considerar miseráveis quando pensamos em uma vida que é melhor do que a que desfrutamos agora e reconhecemos que somos incapazes de alcançá-la. Talvez pensemos em uma vida livre da doença e da dor, mas sabemos que a agonia física e a morte são certas. Ricos e pobres sabem que uma vida de maior riqueza é possível, mas se frustram quando essa riqueza é inalcançável. Doentes ou saudáveis, pobres ou ricos, bem sucedidos ou fracassados — todos somos capazes de ficar irritados quando uma vida melhor continua fora do nosso alcance.
As Escrituras prescrevem apenas um remédio para essa frustração: contentamento.
O contentamento bíblico é uma virtude espiritual que encontramos exemplificada pelo apóstolo Paulo. Ele afirma, por exemplo: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Filipenses 4.11). Não importa a condição da sua saúde, riqueza ou sucesso, Paulo achou possível estar contente com a sua vida.
Na época de Paulo, duas proeminentes escolas da filosofia grega concordavam que nosso objetivo deveria ser encontrar contentamento, mas elas tinham maneiras muito diferentes de alcança-lo. O primeiro, o estoicismo, dizia que a imperturbabilidade era o caminho para o contentamento. Os estoicos criam que os seres humanos não tinham controle real sobre as suas circunstâncias externas, estando sujeitas aos caprichos do destino. O único lugar que poderiam ter qualquer controle era em suas atitudes pessoais. Não podemos controlar o que nos acontece, eles diziam, mas podemos controlar o que pensamos sobre isso. Assim, os estoicos se exercitavam para alcançar a imperturbabilidade, um sentimento interior de paz que os deixaria despreocupados, não obstante o que lhes acontecesse.
Os epicureus eram mais proativos em sua busca do contentamento, procurando encontrar um equilíbrio adequado entre o prazer e a dor. Seu objetivo era minimizar a dor e maximizar o prazer. Ainda assim, mesmo alcançar um objetivo neste campo pode resultar em frustração. Podemos nunca obter o prazer desejado, ou, tendo obtido tal prazer, podemos perceber que este não traz o que pensávamos.
Paulo não era um estoico nem um epicureu. O epicurismo conduz finalmente a um pessimismo definitivo: não podemos obter ou manter o prazer que buscamos; então, qual é o ponto? A doutrina apostólica da ressurreição e da renovação da criação não permite esse pessimismo. A criação “será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Romanos 8.18-25, veja 1Coríntios 15). Paulo também rejeitou a resignação passiva do estoicismo, pois ele não era fatalista. Paulo se esforçou ativamente em direção a seus objetivos e nos convocou a operarmos a nossa salvação com temor e tremor, crendo que Deus opera em nós e através de nós para realizar os seus propósitos (Filipenses 2.12).
Para o apóstolo, o verdadeiro contentamento não era complacência e nem uma condição, nesse lado da glória, que não pudesse admitir sentimentos de descontentamento e insatisfação. Afinal, Paulo frequentemente expressa tais sentimentos em suas epístolas quando considera os pecados da igreja e as suas próprias falhas. Ele não descansou em suas vitórias, mas trabalhou zelosamente para resolver problemas tanto pessoal quanto pastoralmente.
O contentamento de Paulo dizia respeito às suas circunstâncias pessoais e ao estado da sua condição humana. Se ele sofria necessidade ou desfrutava de prosperidade material, ele tinha “aprendido” a se contentar aonde quer que Deus o colocasse (Filipenses 4.12). Observe que isso foi algo que ele aprendeu. Não era um dom natural, mas algo que ele teve que ser ensinado.
Qual era o segredo do contentamento que ele havia aprendido? Paulo nos diz em Filipenses 4.13: “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Resumindo, o contentamento do apóstolo estava fundamentado em sua união com Cristo e em sua teologia. Ele via a teologia não como uma disciplina teórica ou abstrata, mas como a chave para entender a própria vida. Seu contentamento com a sua condição na vida repousava em seu conhecimento do caráter e das ações de Deus. Paulo estava satisfeito porque sabia que a sua condição era ordenada pelo seu Criador. Ele entendeu que Deus trazia tanto prazer quanto dor em sua vida para um bom propósito (Romanos 8.28). Paulo sabia que, desde que o Senhor ordenou sabiamente a sua vida, poderia encontrar força no Senhor para todas as circunstâncias. Paulo entendeu que estava cumprindo o propósito de Deus, estivesse experimentando abundância ou humilhação. A submissão ao governo soberano de Deus sobre a sua vida foi a chave para seu contentamento.
Enquanto continuamos a lutar contra os desejos da carne, podemos ser tentados a crer que Deus nos deve uma condição melhor do que a que desfrutamos atualmente. Crer em algo assim é pecado e conduz à uma grande miséria, que só é superada pela confiança na graça providencial e sustentadora do Senhor. Nós encontraremos o verdadeiro contentamento somente enquanto nós recebemos essa graça e andamos nela.
Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/
R. C. Sproul nasceu em 1939, no estado da Pensilvânia. É ministro presbiteriano, pastor da igreja St. Andrews Chapel, na Flórida. É fundador e presidente do ministério Ligonier, professor e palestrante em seminários e conferências, autor de mais de sessenta livros, vários deles publicados em português, e editor geral da Reformation Study Bible.
Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/
R. C. Sproul nasceu em 1939, no estado da Pensilvânia. É ministro presbiteriano, pastor da igreja St. Andrews Chapel, na Flórida. É fundador e presidente do ministério Ligonier, professor e palestrante em seminários e conferências, autor de mais de sessenta livros, vários deles publicados em português, e editor geral da Reformation Study Bible.
domingo, 15 de janeiro de 2017
Quem é o juiz?
Atos dos Apóstolos: 18. 12. "Sendo Gálio procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus de comum acordo contra Paulo, e o levaram ao tribunal, 13. dizendo: Este persuade os homens a render culto a Deus de um modo contrário à lei. 14. E, quando Paulo estava para abrir a boca, disse Gálio aos judeus: Se de fato houvesse, ó judeus, algum agravo ou crime perverso, com razão eu vos sofreria; 15. mas, se são questões de palavras, de nomes, e da vossa lei, disso cuidai vós mesmos; porque eu não quero ser juiz destas coisas. 16. E expulsou-os do tribunal. 17. Então todos agarraram Sóstenes, chefe da sinagoga, e o espancavam diante do tribunal; e Gálio não se importava com nenhuma dessas coisas". - Bíblia JFA Offline
Essa passagem ilustra bem intolerância judaica contra o pensamento cristão. Na tentativa de calar Paulo procuram usar uma autoridade romana. Nada mas contraditório.
Acaia era uma província senatorial romana que compeendia parte do território grego (Peloponeso) e Macedônio. Era uma região disputadíssima pelos senadores romanos que desejavam governá-la
Sua importância política, econômica e cultural para o Império era grande assim como os interesses dos diversos grupos étnicos, religiosos que ali viviam.
O cristianismo nascente representado por Paulo era um problema para os judeus, mas aceitável ao estado romano. Para Roma a nova fé era mais uma facção do judaísmo e como tal tolerada. O que temos aqui é uma clara tentativa de desassociar os cristãos do judaísmo e assim submetê-lo a perseguição estatal.
Essa tentativa mais tarde se tornará real, mas no momento os cristaos ainda gozavam de certa liberdade.
É sabido que Roma só permitia a existência de uma religião se está se submetessem e ao culto do imperador. O cristão jamais faria isso, portanto, seria considerados subversivo e caçado até a morte pelo Império. Era isso que desejavam esses senhores, daí, se aproveitarem da chegada a região de uma nova autoridade romana para lançá-la contra os cristãos.
Ao acusarem Paulo de persuadir os membros da comunidade a adorar a Deus de uma forma diferente do que está na lei, parecia as autoridade judaicas um argumento fortíssimo para condená-lo.
Aqui temos algo para se pensar.
1. Que só existe uma maneira de se adorar a Deus e que a forma judaica era a certa.
2. Que Deus era propriedade particular de um único povo, daí não ser possível anunciá-lo aos demais, salvo dentro dos ditames da sua lei.
3. Que a autoridade de Paulo não era reconhecida por eles, portanto, falsa.
4. Que a mensagem de Deus era propriedade exclusiva dos judeus. Tudo mais cheirava a rebelião e subversão da ordem.
O contraditório disso tudo é que as autoridades judaicas se utilizavam de uma legislação que consideravam opressora, imoral e criminosa quando aplicada ao seu povo. Isso é o chamamos de política. No ano 70 d.C, Jerusalém será destruída exatamente por não se submeter a dominação romana e suas leis.
O interessante nesse texto é que não há registro que Paulo tenha falado nada em sua defesa. Gálio, (procônsul da Caia) entediado com o caso descarta qualquer tentativa de incriminação do apóstolo.
Ele faz pouco caso da denúncia:
- Talvez por cosiderar se tratar de questiúnculas de "escravos" (Roma dominava todos).
- Quem sabe, por entender que a segurança do Império não estava sob ameaça.
- É também provável que não tenha se interessado por não dá status diante da comunidade romana.
Na verdade ele tinha coisas mais importantes para fazer.
Gálio encerra a audiência declarando sua decisão:
E, quando Paulo estava para abrir a boca, disse Gálio aos judeus: Se de fato houvesse, ó judeus, algum agravo ou crime perverso, com razão eu vos sofreria; mas, se são questões de palavras, de nomes, e da vossa lei, disso cuidai vós mesmos; porque eu não quero ser juiz destas coisas. E expulsou-os do tribunal.
Vemos claramente aqui a mão invisível de Deus trabalhando em prol do seu reino. Não seria desta vez que o Senhor receberia o supremo sacrifício de Paulo por amor ao evangelho.
O apóstolo estava livre assim como a sua mensagem. Muitos ainda iriam ser alcançados pelo evangelho libertador de Jesus Cristo.
Lições que aprendemos com esse texto.
- Só o eterno juiz do universo detém a palavra final sobre toda criação.
- Que o inimigo não tem o poder para destruir a igreja do Senhor ... as portas do inferno não prevalecerão contra ela" Mateus 16:17-18.
- Que os servos de Deus tem a proteção do seu senhor.
- Que todos somos passíveis de sofrer incompreensões, perseguições, morte, mas jamais seremos abandonados por Deus enquanto estivermos no centro da sua vontade.
A Deus toda honra e glória hoje e para todo sempre.
Quer usufruir dos cuidados e bênçãos deste Deus? Aceite Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador e viva para a glória de Deus.
Meditação
Efésios: 6. 11. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes resistir às ciladas do Diabo; 12. pois a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os dominadores das trevas desse mundo, contra a iniquidade espiritual nas alturas. 13. Portanto tomai sobre vós toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes. 14. Permanecei, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, 15. e calçando os pés com a preparação do evangelho da paz, 16. tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18. orando sempre com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando com esta finalidade, com toda a perseverança e súplica, por todos os santos, 19. e por mim, para que me seja dada a palavra, a fim de que eu abra a minha boca com intrepidez, para fazer conhecido o mistério do evangelho, 20. pelo qual sou embaixador em cadeias, para que nele eu possa falar ousadamente como devo falar. - Bíblia JFA Offline
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Meditação
Romanos: 12. 2. E não vos amoldeis ao sistema deste mundo, mas sede transformados pela renovação das vossas mentes, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. - Bíblia KJA Offline
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