quinta-feira, 19 de março de 2015
O descanso do Senhor
quarta-feira, 18 de março de 2015
Cultura Árabe
domingo, 15 de março de 2015
Cientistas vão tentar recriar Big Bang
A busca pelos segredos do universo ganhará o que muitos acreditam que seja seu maior capítulo a partir das próximas semanas. Em Genebra, o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) irá religar o maior acelerador de partículas do mundo e, desta vez, com uma potência duas vezes superior àquela que foi utilizada para descobrir o Bóson de Higgs - a partícula elementar que dá massa a todas as outras -, um dos maiores feitos da história da física.
Para os especialistas, ao apertar o botão para voltar a dar energia ao acelerador, o que estará sendo feito é abrir uma nova fronteira para a ciência. O acelerador, conhecido como LHC, custou US$ 8 bilhões e levou mais de 20 anos para ser projetado e construído. Hoje, o túnel de 27 km que fica situado cerca de 30 andares por baixo da cidade de Genebra e parte do território da França é considerado como um dos exemplos da cooperação internacional.
Ao fazer prótons circular pelo túnel a uma velocidade recorde, os cientistas promoveram choques para simular o que teria sido os instantes que se seguiram ao Big Bang. Quatro aparelhos foram estabelecidos para detectar as imagens desses choques, com até 40 milhões de fotos. A meta era a de tentar identificar a origem do universo, uma das campanhas mais ambiciosas da ciência.
Apesar de confirmar a teoria de Higgs e de revelar dezenas de outras novas informações sobre a origem da matéria, o projeto frustrou alguns cientistas por não trazer outras novidades para o mundo da ciência.
A opção em 2012, portanto, foi a de usar uma pausa já planejada, suspender os trabalhos e desligar o acelerador. A pausa seria usada para manutenção e para incrementar ainda mais a potência do que já era o maior experimento da física.
Agora, as colisões de prótons vão ocorrer em uma energia de 13 trilhões de eletrovolts, algo jamais visto na ciência. A data ainda não está fixada, mas seria entre o fim deste mês e abril.
O Estado visitou a sede do Cern, em Genebra, apenas para constatar a impaciência dos cientistas para voltar a trabalhar na análise dos choques. Para muitos, uma nova física pode surgir a partir dessas próximas semanas e durante os três anos em que o acelerador vai funcionar na velocidade projetada.
"No fundo, ninguém sabe o que esperar. Apenas sabemos que será um momento histórico", declarou o diretor do Cern, Rolf Heuer. "O mais incrível é que estamos abrindo uma nova fronteira e que ninguém sabe dizer onde vai dar."
Uma das esperanças é de que as descobertas ajudem a montar um quebra-cabeça que muitos consideram sem uma solução: a revelação da natureza da matéria negra.
Cálculos baseados em interações gravitacionais entre galáxias sugerem que há cinco vezes mais matéria negra no universo que matéria comum, o que forma parte das coisas que podem ser vistas. O problema é que essa matéria negra até hoje não foi detectada diretamente nem ninguém conseguiu identificar suas características.
Ao repetir o momento posterior ao Big Bang, a meta é justamente a de criar condições para que se possa identificar essa matéria negra. Para conseguir isso, as partículas vão percorrer os túneis do acelerador a uma velocidade superior à da luz. Ao colidirem, elas vão criar uma energia recorde.
Cautela
Frédérick Bordry, responsável no Cern pelo acelerador, deixou claro que o mundo não deve esperar resultados no curto prazo. "Não vamos nos arriscar", disse. "Este ano será usado para preparar a máquina e a meta é de que ela esteja em plena produção de resultados em 2016 e 2017."
sábado, 14 de março de 2015
Arqueólogos encontram no Egito o túmulo do guardião da porta do deus Amon
Uma equipe de arqueólogos norte-americanos encontrou um túmulo milenar, por acaso, enquanto fazia escavações na região de Al Qama, em Luxor, no Egito. Depois de analisar a incrível descoberta, os especialistas concluíram que se trata da tumba de Amenhotep, um servo do Império Novo, que cumpria a função de guardião do deus Amon.A sepultura, de 3 mil anos de idade, tem o formato de um T, mede 5,1 m de altura x 1,5 m de largura, possui dois cômodos, uma pequena edícula, um corredor de 2,5 m de comprimento, uma sala principal e outra sala lateral, além de um cubículo de 2 m quadrados com um poço ao centro. Nos muros do labirinto, é possível ver imagens de Amenhotep ao lado de sua esposa, em frente a uma mesa de oferendas, uma divindade amamentando um menino da família real e cenas do dia a dia do Antigo Egito. Também há indícios de que o túmulo teria sido alvo de uma destruição ordenada pelo faraó Aquenáton, pois há diversos nomes apagados e obras destruídas. Foi ele quem acabou com a antiga religião e promoveu o monoteísmo.
Para continuar aprofundando seu conhecimento a respeito daquela época conflituosa e transcendental, a equipe de pesquisadores vai sondar a tumba, para determinar se ela compartilhava o terreno com uma tumba próxima. Em seguida, ela será restaurada e aberta ao público.
Fonte: Terrae AntiqvaeImagem: Pecold / Shutterstock.com