domingo, 10 de fevereiro de 2013

Palavras Tristes


Auta de Souza

Quando eu deixar a terra, anjo inocente,
Ó meu formoso lírio perfumado!
Reza por mim, de joelhos, docemente,
Postas as mãos no seio imaculado,
Quando eu deixar a terra, anjo inocente!

És a estrela gentil das minhas noites,
Noites que mudas no mais claro dia.
Não tenho medo aos gélidos açoites
Da escuridão se a tua luz me guia,
Ó estrela gentil das minhas noites!

Quando eu deixar a terra, dá-me flores
Boiando à tona de um sorriso teu;
Que os risos das crianças são andores
Onde os anjos nos levam para o céu...
Quando eu deixar a terra, quero flores!

Flores e risos me tecendo o manto,
Manto celeste feito de esperanças...
Quando eu d’aqui me for, não quero pranto,
Só quero riso, preces de criança:
Flores e risos me tecendo um manto!

Anjo moreno de alma cor de lírio,
Mais branca do que a estrela da Alvorada...
Meu coração na hora do martírio
Pede o consolo de uma prece amada,
Anjo moreno de asas cor do lírio!

Quando eu deixar a terra, anjo inocente,
Ó meu formoso lírio perfumado!
Reza por mim, de joelhos, docemente,
Postas as mãos no seio imaculado,
Quando eu deixar a terra, anjo inocente!

Serra da Raiz - Fevereiro de 1898.

Ao cair da noite - Auta de Souza


Não sei que paz imensa
Envolve a Natureza,
N’ess’hora de tristeza,
De dor e de pesar.
Minh’alma, rindo, pensa
Que a sombra é um grande véu
Que a Virgem traz do Céu
Num raio de luar.

Eu junto as mãos, serena,
A murmurar contrita,
A saudação bendita
Do Anjo do Senhor;
Enquanto a lua plena
No azul, formosa e casta,
Um longo manto arrasta
De lúrido esplendor.

Minhas saudades todas
Se vão mudando em astros...
A mágoa vai de rastros
Morrer na escuridão...
As amarguras doidas
Fogem como um lamento
Longe do Pensamento,
Longe do Coração.

E a noite desce, desce
Como um sorriso doce,
Que em sonhos desfolhou-se
Na voz cheia de amor,
Da mãe que ensina a Prece
Ao filho pequenino,
De olhar meigo e divino
E lábio aberto em flor.

Ah! como a Noite encanta!
Parece um Santuário,
Com o lindo lampadário
De estrelas que ela tem!
Recorda-me a luz santa,
Imaculada e pura,
Da grande noite escura
Do olhar de minha mãe!

Ó noite embalsamada
De castas ambrósias...
No mar das harmonias
Meu ser deixa boiar.
Afasta, ó noite amada,
A dúvida e o receio,
Embala-me no seio
E deixa-me sonhar!

Retiro de Carnaval-IBA-2013


O Retiro Espiritual IBA-2013, teve início nesse sábado de carnaval no Centro Marista de Eventos [Extremoz, RN].  No período da noite após a acomodação do pessoal e jantar, tivemos o culto de abertura que foi ministrado pelo Pr. Nilton de Paula.

A música ficou sobre a responsabilidade do Grupo de Louvor-IBA que apresentou lindas canções tais como: Só para te adorar, Alto preço, Deus forte e outros. No momento de confraternização ficamos conhecendo os irmãos de algumas igrejas de Natal que estão conosco, é o caso dos irmãos da:


  • Igreja Batista de Cidade Jardim;
  • Igreja Batista de Maxaranguape;
  • Igreja Presbiteriana do Alecrim;
  • Assembleia de Deus Rosa de Saron.


O pastor Nilton pregou sobre a Doutrina da Salvação que consta da Regeneração, Santificação e Glorificação.

Para cada item o pastor desenvolveu suas características peculiares de modo que todos entendessem que sem santificação é impossível agradar a Deus.

Depois do culto os irmãos foram liberados para suas atividades. A piscina, o bate papo, a roda de amigos foram algumas das opções encontradas pelos irmãos para desenvolverem a comunhão preconizada pelo Senhor Jesus.


Essa foi nossa primeira noite. Amanhã promete com a vinda do Pr. Walmir Fernandes e demais atividades planejadas pela equipe do retiro que é composta pelos irmãos: Ramos [Coordenador do Retiro], Ir. Elza Antunes, Miriam Estavam e Débora.

Retiro Espiritual - IBA

Em breve estarei postando algumas matérias sobre nosso retiro espiritual 2013.

Espinhos e cardos em solo de Israel.


Por Eliseu Antonio Gomes
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"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar" -   2 Coríntios 12.7.
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Por quarenta anos, após deixar para trás a escravidão no Egito o povo judeu caminhou pelo deserto. Portanto, sabiam muito bem que espinhos são encontrados em cardos e arbustos silvestres, plantas que crescem em terras áridas e inférteis ao plantio de árvores frutíferas.
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Literalmente, Jesus Cristo sentiu a dor provocada por pontas de espinhos. Para zombar, os soldados romanos fizeram com que Ele vestisse roupa púrpura, colocaram em sua cabeça uma coroa espinhosa, esbofetearam o Filho de Deus, e de forma irônica o apresentaram como rei dos judeus (João 19.1-5).
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A única certeza que podemos ter quando Paulo menciona um espinho em sua carne é que tal espinho era uma metáfora para um mensageiro de Satanás com a missão de esbofeteá-lo para que não ficasse orgulhoso. Mas não são poucas as suposições sobre qual seria o espinho que fez Paulo sofrer.
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Paulo, talvez, ao citar a palavra “espinho” estivesse fazendo alusão à profecia contra Sidom, capitulada em Ezequiel 28.20.26, que apresenta o juízo divino contra os inimigos do povo de Deus. Os perseguidores são chamados de espinhos e abrolhos no versículo 24. O apóstolo, ao mencionar o seu espinho também menciona ser alvo de perseguições (2 Coríntios 12.10). Possivelmente o apóstolo tenha pedido ao Senhor que seus perseguidores fossem impedidos de o alcançarem e o maltratarem.
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É importante ressaltar que Sidom fazia fronteira com Israel, os sidônios não eram uma ameaça militar, seus males eram perigosos no sentido de se aproximarem “amigavelmente” dos judeus, por usarem a diplomacia e através de relacionamento social prazeroso propagar o paganismo de maneira muito bem organizada, e assim influenciar os israelitas a pecarem contra Deus.
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Acerca deles, Salomão escreveu: "Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas" – Provérbios 1.10 (NTLH).
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Em Atos 17, Lucas descreve duas espécies de perseguidores de Paulo e três causas do grande sofrimento em sua vida:
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1 - Perseguidores judeus violentos (1-13); 
2 - Por ver cidadãos atenienses em pecado de idolatria (16-17); 
3- Como debatedor em roda de conversas com pessoas cultas, atenienses pacíficos, filósofos epicureus e estóicos, defensores da idolatria no Areópago (18-28).
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Seja o espinho de Paulo “inimigos amigáveis” ou violentos, ou outra espécie de mal, é certo que provocava muita dor e quis livrar-se do incômodo e não conseguiu.
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Lembramos que o próprio apóstolo ensinou que o ser humano colhe o que planta. Paulo foi perseguidor de cristãos e responsável por muitas mortes horríveis, inclusive de Estevão por apedrejamento (Atos 22.20). Ele plantou o mal físico e deveria colhê-lo fisicamente. Por este motivo, ao orar e pedir ao Senhor que retirasse dele a causa de sua dor, recebeu a resposta “a minha graça te basta” (2 Corintios 12.9). 
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E.A.G.
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Fonte: Belverede

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Tolerando as diferenças

Nesta manhã procurei ver no youtube alguns vídeos sobre o que está acontecendo no mundo e me deparei com postagens da Síria. Nunca vi tanto ódio no coração de um povo. Em meios aos comentários em árabe, inglês e outras línguas percebi uma grande confusão de ideias e propósito. Creio que a guerra contribui para a confusão geral.


Em meio ao conflito imagino como estarão passando nossos irmãos na fé. Grupos islâmicos se confrontam e naturalmente já não existia espaço para eles antes e muito menos agora e depois. Fico a pensar no esforço do apostolo Paulo, parece que tudo foi por água abaixo. Esta geração não conhece o Senhor a não ser o ódio religioso e a morte.

Sei que existe uma tendência mundial na direção da instabilidade, na falta de amor e tudo mais, as crises estão ai para não nos deixar mentir. Numa destas postagem li a opinião de um cidadão da Escandinávia ao tempo que se indignava com as torturas produzidas nos interrogatórios do exército Sírio se autodenominava povo civilizado, como se de alguma forma a Escandinávia fosse melhor que os Sírio. Creio que não é por ai. Pobre homem, não percebe que o que acontece com nosso próximo diz respeito a nós mesmos. 

Enquanto o mundo se comportar de forma egoísta as coisas caminharão de mal a pior. A terra é uma só, temos que aprender a conviver com as diferenças ou teremos de nos mudar daqui. No século XV, até que havia um mundo novo para ser povoado, no caso a América, mas parece que não melhorou muita coisa.

A ordenação da colonização americana se deu por meio de colônias de fé, assim se o sujeito fosse presbiteriano teria sua colônia, se fosse batistas também e tudo mais. Olhando hoje para a América do Norte em que esta modificação redundou? Qual a diferença das demais partes do mundo? Os mesmos problemas circunstanciais, a violência, a fome, falta de tudo ou de alguma coisa. O problema é o homem. portanto, se para você não está disposto a conviver com as diferenças, seu lugar não é mais na terra, mas no espaço, talvez seja por isso que alguns já pensam em viagens espaciais.   

Meus irmãos não podemos apenas olhar para o nosso umbigo. Temos que orar por estas nações que sofrem diariamente com a maldição da guerra e do desconforto. Orem pelos cristãos e não cristão, pois Deus não faz acepção de pessoas. Agindo desta forma, quem sabe Deus atenue ou ponha fim a dor que diariamente comente essa gente.

Orem e chorem pelos irmãos Sírios, visto ser este o desejo de Deus.

Rom 12:15 - Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;

Missionários desenvolvem trabalho humanitário junto a refugiados da Síria e centenas de muçulmanos se convertem


O conflito civil na Síria tem forçado milhares de cidadãos do país a buscar ajuda e refúgio nos países vizinhos, e com isso, missionários tem tido acesso a boa parte da população através de programas humanitários.

Com a oportunidade de evangelização, os missionários tem testemunhado a conversão de centenas de muçulmanos, mesmo com a repressão e perseguição religiosa na região.

“Realmente, só Deus poderia fazer isso”, afirmou Tom Doyle, da organização missionária E3 Partners, revelando as dificuldades enfrentadas pelos missionários e novos convertidos: “Há cinco tipos de polícia secreta na Síria. Eles observam cada movimento das pessoas. Os convertidos que estão saindo do islamismo são questionados continuamente”.

Atualmente, estima-se que apenas na última semana, 20 mil sírios tenham deixado o país, para se juntar aos que já abandonaram a Síria: “Por causa da guerra na Síria, acreditamos que mais de 300 mil sírios agora estão na Jordânia. Eles foram expatriados, eles não têm nada. Mas na Jordânia eles não têm o governo sírio os vigiando o tempo todo”, declarou ao Noticias Cristianas.

Tom Doyle revelou que a iniciativa dos missionários tomou contornos humanitários e que as mulheres muçulmanas tem manifestado gratidão pelo suporte recebido: “Elas ficaram muito agradecidas e nos contaram histórias sobre a maneira como os cristãos se aproximaram delas. Basicamente, essas são as únicas pessoas em quem podem confiar agora”.

Nos acampamentos, crianças são alvo do evangelismo e aprendem sobre Jesus de forma correta, sem distorções, disse Doyle: “Muitas crianças estão ouvindo falar de Jesus. Todos sabemos como é importante elas entenderem quem é o verdadeiro Jesus antes de chegar aos 12 anos”, ressaltou.

“Nossos líderes acreditam que este é o momento para alcançarmos os sírios como nunca conseguiu-se antes. Quem sabe o que pode acontecer amanhã ? O presidente Assad, continuará ou ele vai cair? Nós não sabemos. Mas Deus abriu esta porta e sua mão está agindo aqui”, afirmou, referindo-se ao contestado presidente sírio, principal motivo da guerra civil que tomou conta do país. “O país conseguia manter o Evangelho fora daqui, por que tem um governo ditatorial, que controla a polícia secreta. Mas, agora as boas novas estão se espalhando como nunca”, enfatizou Doyle.

No vídeo abaixo, é possível assistir uma matéria produzida pelo canal Euronews, sobre a atual situação dos refugiados sírios:


Ore pela atual situação da Síria, e pelos missionários que tem levado o Evangelho ao povo do país, mesmo debaixo de perseguição religiosa e política. Saiba mais sobre a situação da Síria, acompanhando a coluna da missionária Raquel Elana, que atua no Oriente Médio. Clique aqui.

Por Tiago Chagas, para o Gospel+