quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Metade dos professores não leem em tempo livre

Menos da metade dos professores das escolas públicas brasileiras tem o hábito de ler no tempo livre. Dado evidencia falta de acesso a livros e gosto por leitura, que deveria existir para ser transferido aos alunos.

Lei a reportagem por inteiro na página EDUCAÇÃO- NOTÍCIAS.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Lazaro - DEUS vai fazer

Polícia afirma que explosão em igreja evangélica pode ter sido “ataque terrorista”


Na manhã de 30 de janeiro, um botijão de gás explodiu dentro de uma igreja evangélica no Bairro Milionários, Região do Barreiro, na capital mineira. O galpão onde funcionava a Igreja Batista Santuário da Adoração ficou parcialmente destruído, e a explosão quase matou o funcionário de uma operadora de TV a cabo que estava dentro de um carro parado na rua.

A Polícia Civil está trabalhando nas investigações com a possibilidade de a explosão ter sido um ataque contra o templo, pois durante a perícia no local foi descoberta uma inscrição que diz: “Mate a Igreja”, pichada em uma das paredes que não foi destruída pela explosão.

De acordo com o jornal Estado de Minas o sargento Vinícius Alcântara, do 41º Batalhão, contou que há dois anos começou uma onda de ataques a igrejas do bairro, o que reforça a teoria de se tratar de um ataque com motivações religiosas contra a igreja.

- Há um terrorismo e várias igrejas foram pichadas com a mesma ameaça. Muitas foram danificadas, tiveram as portas pichadas ou foram furtadas – disse o militar.

Outros dados levantados durante a perícia também ajudaram a reforçar essa ideia, conforme explicou o tenente Paulo Henrique Firme, do 1º Batalhão de Bombeiros Militares.

- O vazamento por si só não gera explosão. Tem que ter uma fonte de ignição e a igreja estava fechada no momento. Não sabemos realmente o que provocou a explosão. – explicou o bombeiro, que acionou a perícia e a Polícia Civil para abertura de inquérito.

Ele explicou ainda que um curto-circuito ou um cigarro aceso deixado no local pode ter causado a explosão, que foi de grande intensidade pelo fato de o gás que vazou ficar confinado no ambiente fechado da cozinha.

Por Dan Martins para o Gospel+

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Pai vende filha para pagar dívidas

A miséria humana gera situações como está. Que possamos orar pelos povos oprimidos deste mundo.

Um homem afegão vendeu a filha de seis anos para pagar dívidas que contraiu aquando da morte do filho de três anos. A história dramática está a ser avançada pela BBC.


A reportagem do canal explica que todos os anos várias crianças são obrigadas a casar nas áreas rurais do Afeganistão. Este caso, porém, ocorre na cidade de Cabul.

Segundo conta a BBC, Taj Mohammad fugiu há cinco anos da província de Helmand, palco de fortes conflitos entre militantes do Talibã e tropas internacionais. No inicio do mês a morte de um filho de três anos precipitou a família para uma dívida de dois mil euros. 

O «comprador», Dost Mohammad, admitiu que o que fez é ilegal, uma prática que não é permitida pelo governo do Afeganistão.

No entanto, alega que consultou os líderes tribais e que a compra foi aprovada.

Fonte: http://www.tvi24.iol

Grupo Logos em Belém Pescador

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Projeto Vila Naval do Alecrim [sargento e suboficial]

Postamos mais uma matéria sobre o projeto: Vila Naval do Alecrim: espaço de convivência e identidade histórica, desenvolvido na Escola Estadual Alte. Newton Braga de Farias, Natal, RN.

A atualização corresponde aos gráficos da pesquisa realizada naquela comunidade durante o mês de dezembro último. Veja essa e outras matérias na PÁGINA - Projeto Vila Naval do Alecrim: espaço de convivência e identidade histórica.

Fiquem todos na doce paz do Senhor.
Jerônimo Viana.

A teologia da prosperidade e seus efeitos



Quando, na década de 80, a teologia da prosperidade chegou ao Brasil, ela veio como uma nova tese sobre a fé, prometia o céu aqui para o que tivesse certo tipo de fé. As promessas eram as mais mirabolantes: garantia de saúde a toda prova, riqueza, carros maravilhosos, salários altíssimos, posições de liderança, prosperidade ampla, geral e irrestrita.

Lembro-me de, nessa época, ter ouvido de um ferrenho seguidor dessa teologia que, quem tivesse fé poderia, inclusive, negociar com Deus a data de sua morte, afirmava que, na nova condição de fé, em que se encontrava, Deus teria de negociar com ele a data de sua partida para mundo dos que aguardam a ressurreição do corpo.

Estamos, há mais de vinte anos convivendo com isso, talvez, por isso, a grande pergunta sobre essa teologia seja: Como têm conseguido permanecer por tanto tempo? A tentação é responder a questão com uma sonora declaração sobre a veracidade desta proposição, ou seja, permanece porque é verdade, quem tem fé tem tudo isso e muito mais. Entretanto, quando se faz uma pesquisa, por mais elementar, o que se constata é que as promessas da teologia da prosperidade não se cumpriram, e, de fato, nem o poderiam, quando as regras da exegese e da hermenêutica são respeitadas, percebe-se: não há respaldo bíblico. Então qual a razão para essa longevidade?

Em primeiro lugar, a vida longa se sustenta pela criatividade, os pregadores dessa mensagem estão sempre se reinventando, vivem de promover espetáculos ás custas da boa fé do povo. Mesmo os mais discretos estão sempre expondo o povo, em alguns casos, quando mais simplório melhor, em outros, quanto mais bonita, e note-se o feminino, melhor.

Além disso, é uma sucessão de invencionices: um dia é passar pela porta x, outro é tocar a trombeta y, ou empunhar a espada z, ou cobrir-se do manto x, e, por aí vai. Isso sem contar o sem número de amuletos ungidos, de águas fluidificadas e de bênçãos especiais. Suas igrejas são verdadeiros movimentos de massa, dirigidos por “pop stars” que tornam amadores os mais respeitados animadores de auditório da TV brasileira.

Em segundo lugar, a vida longa se mantém pela penitência; os pregadores dessa panacéia descobriram que o povo gosta de pagar pelos benefícios que recebe, algo como “não dever nada a ninguém”, fruto da cultura de penitência amplamente disseminada na igreja romana medieval, aliás, grande causadora da reforma protestante. Tudo nessas igrejas é pago. Ainda que cada movimento financeiro seja chamado de oferta, trata-se, na prática, de pagamento pela benção.

Deus foi transformado num gordo e avaro banqueiro que está pronto a repartir as suas benesses para quem pagar bem, assim, o fiel é aquele que paga e o faz pela fé; a oferta, nessas comunidades, é a única prova de fé que alguém pode apresentar.

Na idade média, como até hoje, entre os romanos, Deus podia ser pago com sacrifícios, tais como: carregar a cruz por um longo caminho num arremedo da via “crucis”, ou subir de joelhos um número absurdo de degraus, ou, em último caso, acender uma velinha qualquer, não é preciso dizer que a maioria escolhe a vela. Mas, isso é no romanismo!

Quem quer prosperidade, cura, promoções, carrões e outros beneplácitos similares tem de pagar em moeda corrente, afinal, dinheiro chama dinheiro, diz a crença popular. E tem de pagar antes de receber e, se não receber não pode reclamar, porque esse deus sabe o que faz e, se não liberou a bênção é porque não recebeu o suficiente ou não encontrou a fé meritória. Esses pregadores têm o consumidor ideal.

Em terceiro lugar são longevos porque justificam o pior do capitalismo, embora, segundo Weber, o capitalismo seja fruto da ética protestante, (aliás, a bem da verdade é preciso que se diga que o capitalismo descrito por Max Weber em seu livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo” não é, nem de longe, o praticado hoje, que se sustenta no consumismo, enquanto aquele se erguia da poupança.); a fé cristã, de modo geral, não se dá bem com a busca pela riqueza como objetivo em si.

A chegada, porém, dessa teologia mudou o quadro, o pior do capital está, finalmente, justificado, foi promovido de grilhão que manieta a fé em troféu da mesma. Antes, o que se assenhoreava do capital tornava-se o avaro acumulador egoísta, agora, nessa tese, é o protótipo do ser humano de fé. Antes, o que corria atrás dos bens materiais era um mundano, hoje, para esses palradores, é o que busca o cumprimento das promessas celestiais.

Juntamente com o capitalismo, essa mensagem justifica o individualismo, a bênção é para o que tem fé, ela é inalienável e intransferível. Eu soube de uma igreja dessas que, num rasgo de coerência, proibiu qualquer socorro social na comunidade para não premiar os que não tem fé. Assim, quem tem fé tem tudo quem não tem fé não tem nada.

Antes, ter fé em Cristo colocava o sujeito na estrada da solidariedade, hoje, nesse tipo de pregação, o coloca no barranco da arrogância. Toda “esperteza” está justificada e incentivada. Não é de estranhar que ética seja um artigo em falta na vida e no “shopping center” de fé desses “ministros”.

Mas, o que isso tudo tem gerado, de verdade? Decepção, fragorosa decepção é tudo o que está sobrando no frigir dos ovos. As bênçãos mirabolantes não vieram porque Deus nunca as prometeu, e Deus não pode ser manipulado. O sucesso e a riqueza que, porventura, vieram foram mais fruto de manobras “espertalhonas”, para dizer o mínimo, do que resultado de fé.

Aliás, para muitos foi ficando claro que o que chamavam de fé, nada mais era do que a ganância que cega; o antigo conto do vigário foi substituído pelo conto do pastor. Gente houve que ficou doente, mas, escondeu; perdeu o emprego, mas, mentiu; acreditou ter recebido a cura, encerrou o tratamento médico e morreu. Um bocado de gente tentando salvar as aparências, tentando defender os seus lideres de suas próprias mentiras e deslizes éticos e morais; um mundo marcado pela esquizofrenia.

O individualismo acabou por gerar frieza, solidão e, principalmente, perda de identidade, porque a gente só se torna em comunidade.

Tudo isso acontecendo enquanto muitos fiéis observavam o contraste entre si e seus pastores, eles sendo alcançados pela perda de bens, pela angústia de uma fé inoperante, pela perda de entes queridos que julgavam absolutamente curados, e os pastores se enriquecendo, melhorando sensivelmente o padrão de vida, adquirindo patrimônio digno de nota, sendo contados entre o “jet set”, virando artistas de TV, tudo em nome de um evangelho que diziam ter de ser pregado, e que as suas novas e portentosas posses avalizavam.

E onde estão estes decepcionados? E para onde estão indo os seus pares? Muitos estão, literalmente, por aí, perderam aquela fé, mas não acharam a que os apóstolos e profetas da escritura judaico-cristã anunciaram; ouviram o nome Cristo, mas não o encontraram e pararam de procurar. Talvez, estejam perdidos para evangelho; para sempre.

Outros, no meio de tudo isso, foram achados por Cristo, e estão procurando pelo lugar onde ele se encontra. Para os primeiros não há muito que fazer a não ser interceder diante do Eterno, para que se apiede dos que foram vergonhosamente enganados; para os que estão a procura, entretanto, é preciso desenvolver uma pastoral.

Eles não estão chegando como chegam os que estão em processo de reconhecimento de Deus e do seu Cristo. Estão batendo às portas das comunidades, que julgam sérias com a Bíblia, à procura de cura para a sua fé, para a sua forma de ser crente, para a sua esperança de salvação, para a sua falta de comunidade e para a sua confusão doutrinária.

Precisam, finalmente, ver a Jesus Cristo e a si mesmos; precisam, em meio a tanta desinformação encontrar o ensino, em meio a tanto engano recuperar a esperança. Necessitam de comunidade e de identidade, de abraço e de paciência, de paz e de alento, de fraternidade e de exemplo, de doutrina e de vida abundante.

Quem quer que há de recebê-los terá de preparar-se para tanto, mesmo porque, ainda que certos da confusão a que foram expostos, a cultura que trazem é a única que têm, e nos momentos de crise, de qualquer natureza, será a partir desta que reagirão, até que o discipulado bíblico construa, com o tempo, uma nova e saudável cultura. 

Hoje, para além de tudo o que encerra a sua missão, a Igreja tem de corrigir os erros que, em seu nome, e, em muitos casos, sob a sua silenciosa conivência, foram e, ainda, estão sendo cometidos.