Estudo Bíblico
Texto. Áureo - Romanos 15.4
 ¹ Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os
soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que
está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não
deixará nem raiz nem ramo. ² Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o
sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros
da estrebaria. ³ E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das
plantas de vossos pés, naquele dia que estou preparando, diz o Senhor dos
Exércitos. ⁴ Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que lhe mandei em Horebe
para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos. ⁵ Eis que eu vos enviarei o
profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor;⁶ E ele
converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais;
para que eu não venha, e fira a terra com maldição. Malaquias 4:1-6
 Introdução
 Grandes verdades:
- Deus é Senhor da história, nada foge do seu
controle.
 - Todas as coisas contribuem para o seu
propósito criativo e salvador.
 
É comum ouvirmos pessoas desacreditarem as Escrituras, tratando-as como uma narrativa mitológica. Contudo, muitos estudiosos da Antiguidade Oriental – como historiadores e arqueólogos – utilizam e continuam a utilizar a Bíblia como referência [ou guia] em seus estudos. Exemplo:
 Eilat Mazar (1956–2021) Conduziu
escavações em Jerusalém, com foco em descobertas que apoiassem a historicidade
do Rei Davi e Salomão
Nelson Glueck (1900–1971) Fez grandes
levantamentos arqueológicos na Transjordânia e descobriu muitos sítios.
Famoso por suas escavações em Ezión-Geber (porto de Salomão no Mar
Vermelho, conforme I Reis 9:26) e por identificar os locais da
mineração de cobre do Rei Salomão. 
 Não importa a motivação dos pesquisadores nem seus objetivos ideológicos, o certo é que esses estudos acabam lançando luz sobre o passado, ampliando nosso conhecimento do contexto bíblico (sociopolítico, econômico e social) em que viveram e agiram os homens de Deus [profetas [menores] no Antigo Testamento.
 
SOBRE OS PROFETAS:
 a)       
Função e Natureza do Profetismo:
 
 - Os profetas eram
     essencialmente mensageiros de Deus (Yahweh), levantados em momentos
     de crise ou desvio da aliança.
 
 - Sua função
     principal não era primariamente prever
     o futuro (embora isso
     ocorresse), mas sim confrontar o presente,
     chamando o povo (Israel e Judá) e seus líderes ao arrependimento e à fidelidade à Lei e aos mandamentos de
     Deus.
 
 - Eles denunciavam a injustiça
     social, a idolatria (adoração a outros deuses) e a imoralidade,
     que eram as grandes falhas do povo.
 
 
b)      
Contexto Histórico Geral (Séculos VIII a V
a.C.):
 
 - O período de
     atuação dos profetas escritores (aqueles que têm livros na Bíblia) abrange
     principalmente os séculos que antecedem,
     incluem e sucedem o Exílio na Babilônia (século VI a.C.).
 
 - Este foi um período
     de intensas turbulências políticas,
     marcado pelo surgimento e declínio de grandes potências mundiais: o
     Império Assírio (que destruiu o
     Reino do Norte, Israel, em 722 a.C.), o Império Babilônico (que destruiu o Reino do Sul, Judá,
     em 586 a.C., e levou o povo para o Exílio) e o Império Persa (que
     permitiu o retorno dos exilados a partir de 538 a.C.).
 
 - A mensagem
     profética estava intrinsecamente ligada a esses eventos, interpretando-os
     como juízo divino ou como um chamado à esperança e restauração.
 
 
c)       
Divisão Cronológica e Temática:
 
 - Os profetas costumam
     ser agrupados em três períodos principais, refletindo o cenário
     político-religioso:
 
 
 
  - Pré-Exílicos (antes de 586 a.C.): Profetizam em um cenário de prosperidade
      enganosa, decadência moral e ameaças das potências (Assíria/Babilônia).
      Exemplos incluem Amós, Oséias, Isaías, Miqueias, Jeremias.
 
  - Exílicos
      (durante o Exílio, 586-538 a.C.): Trazem mensagens de consolo e
      esperança em meio à destruição e cativeiro, garantindo que Deus não
      abandonou Seu povo. Exemplos incluem Ezequiel
      e Daniel.
 
  - Pós-Exílicos (após 538 a.C.): Atuam no período do retorno e da reconstrução
      do Templo e de Jerusalém, encorajando o povo a restaurar a pureza
      religiosa e social. Exemplos incluem Ageu, Zacarias e
      Malaquias.
 
 
 
d)      
 A
Mensagem Central:
 
 - Em sua essência, a
     mensagem profética era:
 
 
a.       
 um apelo
à justiça e ao conhecimento de Deus, lembrando Israel do seu compromisso
de aliança. 
b.      
Eles frequentemente apontavam para um futuro
de restauração e a vinda de um Messias (Salvador) que traria o
cumprimento final da promessa de Deus.
 
I.                      
Nos tempos
da dominação Assíria.
- Os egípcios, assírios, babilônios e persas
foram grandes impérios da antiguidade.
 - Cada um deles ao seu tempo dominou e foram
dominados.
 - Deus usou todos eles para estabelecer o seu
propósito na história do seu povo.
 
 a.  Egito.
"Então o
Senhor disse a Abrão: "Esteja certo de que seus descendentes serão
forasteiros em terra alheia, onde sofrerão opressão como escravos por quatrocentos
anos. Mas eu
castigarei a nação que os escravizar e, por fim, eles sairão de lá com grande riqueza." Gênesis 15.
13-14
 
·       
A profecia
contra o Egito se concretizou mais tarde com a invasão dos Assírios. 
·       
Os próprios
assírios foram usados por Deus para disciplinar Israel e causar grande
sofrimento ao Reino de Judá.
·       
Muitos
profetas, como Oseias, Amós e Isaías, advertiram Israel de
que a punição por sua idolatria e desobediência viria de uma nação do Norte,
que na época era a Assíria.
 
b.  Assíria.
 
"Não voltará para a terra do Egito, mas o assírio
será o seu rei, porque recusam converter-se." Oseias 15. 5
 
"Portanto, eu vos levarei cativos para além de
Damasco [Assíria], diz o Senhor, cujo nome é Deus dos Exércitos." (Amós 5.27)
 
- Enquanto no Antigo Testamento a
disciplina muitas vezes se manifestava como uma intervenção política e
militar direta contra Israel como uma teocracia, hoje ela se manifesta
através:
 
 
ü 
Das consequências inerentes das leis morais
quebradas [causa e efeito].
 
o  
Injustiça
Social: Uma
comunidade que rejeita a justiça, a equidade e o cuidado com o próximo (como
denunciado por Amós), colhe o fruto da instabilidade social, divisão,
violência, e colapso da confiança nas instituições. A decadência
moral e a corrupção destroem a sociedade de dentro para fora.
o  
Ganância/Exploração: Uma cultura de materialismo e
exploração insustentável pode levar a crises econômicas, pobreza
extrema e colapso ambiental.
ü  Dificuldades e Aflições na
História.
o  
Catástrofes e Crises: guerras, doenças
(pandemias), calamidades naturais e fomes podem ser vistos como
lembretes da fragilidade humana e da soberania de Deus.
o  
Levantamento de Opressores.
 
ü  Do chamado profético por meio da Sua Palavra e da Igreja.
 
o  
Este é o principal meio de correção de Deus na
"era da Igreja"
o  
Profetas Modernos: Deus usa seus servos
(pastores, líderes e cristãos fiéis) para pregar Sua Palavra, que é a
"vara" e o "bordão" de correção (2 Timóteo 3:16).
o  
Disciplina Eclesiástica: Dentro da
comunidade de fé (a Igreja), a disciplina pode ser aplicada a membros
desobedientes (conforme instruído em Mateus 18 e 1 Coríntios 5).
ela
serve para proteger a santidade da comunidade e chamar o indivíduo ao
arrependimento.
                 ü  Da convicção gerada pelo Espírito Santo.
 
o  
O Espírito Santo opera no coração dos indivíduos
para gerar convicção:
o  
Convicção de Pecado: Jesus ensinou que o
Espírito Santo convenceria o mundo "do pecado, e da justiça, e do
juízo" (João 16:8).
o  
Exorta a consciência da comunidade e
chama ao arrependimento pessoal.
 
·       
É neste contexto [Assíria] que surgiram os homens de Deus
[profetas] chamando o povo ao arrependimento. Dentre eles:
 
 
  | 
   1.       
  Oseias 
   | 
  
   Atuou no Reino do Norte no governo de Jeroboão
  II [782 a.C -753 a.C.]. 
  Havia paz e prosperidade financeira
  sobre Israel, mas falência espiritual. 
   | 
 
 
  | 
   2.       
  Joel 
   | 
  
   Profetizou na infância do rei Joás
  [835 a.C -796 a.C] 
  Joel relacionou um devastador invasão
  de gafanhotos com os Assírios. 
   | 
 
 
  | 
   3.       
  Amós 
   | 
  
   Morador de Judá, mas foi orientado
  para profetizar em Samaria [Imoralidade] e em Betel [idolatria].
  Pouco tempo depois o rei Salmanasar invadiria Israel deportando seus
  moradores [2Reis 18.9-12] 
   | 
 
 
  | 
   4.       
  Jonas 
   | 
  
   Foi o mensageiro de Deus a cidade
  de Nínive [Assíria] – Provável reinado de Assur -Dan III [771 a 754 a.C]
  – Nesta época ocorreram duas epidemias e um eclipse total do sol [ 763 a.C] que
  quebraram o coração dos ninivitas a pregação de Jonas. 
   | 
 
 
  | 
   5.       
  Miqueias 
   | 
  
   Reinado de Jotão, Acaz e Ezequias
  [750 a 687 a.C] – Judá. 
  1.       
  Jotão – Bom rei [2 Crônicas 27:6].  
  2.       
  Acaz – Mau rei [2Reis16. 2-4].  
  3.       
  Ezequias – Agradou a Deus e foi protegido do cerco assírio a Jerusalém [2Rs
  18.13-19.36]. 
  A mensagem profética de
  Miqueias era de juízo,
  provocado pela infidelidade à Aliança com Senhor. 
   | 
 
 
  | 
   6.       
  Naum 
   | 
  
   Anunciou o juízo sobre os ninivitas,
  mais de um século depois da pregação de Jonas, 
  O orgulho e a crueldade dos ninivitas os levaram ao fim [Na
  2.1-2;3.11-19]. 
   | 
 
II.                   
Nos tempos
da dominação babilônica.
 “Ai da Assíria, a vara da minha ira, e o bordão que
está na sua mão é a minha indignação. Enviá-la-ei contra uma nação hipócrita, e
contra o povo do meu furor lhe darei ordem, para que lhe roube a presa, e lhe
tome o despojo, e a ponha para ser pisada como a lama das ruas.” Isaias
10:5-6
       As palavras proféticas de Naum [Na
2.1-2;3.11-19] se cumpriram na vida dos Assírios.
-    Em 612 a.C., Nínive, foi conquistada e
destruída pelas forças combinadas dos Babilônios [Nabopolassar ] e dos Medos.
 -      A vitória sobre os Assírios levou os caldeus
a expandirem seus domínios chegando até o Reino de Judá [586 a.C].
 -          Nabucodonossor II liderou as forças do Império
Neobabilônico (também conhecido como Império Caldeu) em duas grandes invasões:
 
 
1.       
Primeira captura (597 a.C.):
Nabucodonosor capturou a cidade, levou o rei Jeoaquim (ou Joaquim) e a elite de
Judá para a Babilônia, e colocou Zedequias no trono como rei vassalo [2 Reis
24:17].
 
2.       
Destruição final (587/586 a.C.): Após a
rebelião de Zedequias, Nabucodonosor sitiou e conquistou Jerusalém, destruindo
a cidade, o Templo de Salomão, e deportando a maioria da população restante
para a Babilônia [2 Reis 24:18 – 25:7-13.].
-  Obs.: Na história atual observamos grandes
potencias ameaçando povos indefesos, movidos por ganância, prepotência e
despotismo, contudo, como no passado chegará o momento do acerto de
contas com o Senhor. Veja a lista de impérios do passado e do presente.
 
 
 
  
   | 
    Período 
    | 
   
    Império 
    | 
   
    Observações Principais 
    | 
  
 
 
  | 
   1.    
  Antigo 
   | 
  
   Egípcio (Novo Império) 
   | 
  
   Cerca de 1550–1070 a.C. Período de
  máxima expansão territorial. 
   | 
 
 
  | 
   2.    
  Antigo 
   | 
  
   Assírio (Neoassírio) 
   | 
  
   Cerca de 911–612 a.C. Conhecido por
  seu poderio militar e domínio no Oriente Médio. 
   | 
 
 
  | 
   3.    
  Antigo 
   | 
  
   Babilônico (Neobabilônico / Caldeu) 
   | 
  
   Cerca de 626–539 a.C. Destruiu
  Jerusalém; reinado de Nabucodonosor II. 
   | 
 
 
  | 
   4.    
  Antigo 
   | 
  
   Persa (Aquemênida) 
   | 
  
   Cerca de 550–330 a.C. O primeiro
  "super-império" mundial, que dominou o Egito, a Mesopotâmia e a
  Anatólia. 
   | 
 
 
  | 
   5.    
  Antigo 
   | 
  
   Macedônico/Helenístico 
   | 
  
   Cerca de 334–146 a.C. Fundado por
  Alexandre, o Grande; espalhou a cultura grega do Egito à Índia. 
   | 
 
 
  | 
   6.    
  Antigo/Clássico 
   | 
  
   Romano 
   | 
  
   Cerca de 27 a.C. – 476 d.C. (Ocidente)
  e até 1453 d.C. (Bizantino/Oriente). Governou o Mediterrâneo e a Europa. 
   | 
 
 
  | 
   7.    
  Pós-Clássico 
   | 
  
   Bizantino (Império Romano do Oriente) 
   | 
  
   Cerca de 395–1453 d.C. Continuação do
  Império Romano. 
   | 
 
 
  | 
   8.    
  Pós-Clássico 
   | 
  
   Islâmicos (Califados) 
   | 
  
   Cerca de 632–1258 d.C. (Ex: Omíada e
  Abássida). Impérios teocráticos que se estenderam do Atlântico à Índia. 
   | 
 
 
  | 
   9.    
  Pós-Clássico 
   | 
  
   Mongol 
   | 
  
   Cerca de 1206–1368 d.C. O maior
  império de terra contínua da história, fundado por Gêngis Khan. 
   | 
 
 
  | 
   10. Moderno 
   | 
  
   Otomano 
   | 
  
   Cerca de 1299–1922 d.C. Substituiu o
  Império Bizantino e controlou grande parte do Oriente Médio, África do Norte
  e Sudeste da Europa. 
   | 
 
 
  | 
   11. Moderno/Colonial 
   | 
  
   Espanhol 
   | 
  
   Cerca de 1492–1898 d.C. Pioneiro dos
  impérios transcontinentais, com vastas colônias nas Américas. 
   | 
 
 
  | 
   12. Moderno/Colonial 
   | 
  
   Português 
   | 
  
   Cerca de 1415–1999 d.C. O império
  colonial mais longo, com possessões na América (Brasil), África e Ásia. 
   | 
 
 
  | 
   13. Moderno/Global 
   | 
  
   Britânico 
   | 
  
   Cerca de 1603–1997 d.C. O maior
  império em extensão territorial da história (em seu auge, em 1920). 
   | 
 
 
  | 
   14. Contemporâneo 
   | 
  
   Russo (Império Tzarista/Soviético) 
   | 
  
   Cerca de 1721–1917 (Tzarista),
  1922–1991 (URSS). Grande poder imperial que dominou vastas extensões da
  Eurásia. 
   | 
 
 
  | 
   15. União Soviética  
   | 
  
     
   | 
  
     
   | 
 
 
  | 
   16. Estados Unidos da América (EUA) 
   | 
  
     
   | 
  
     
   | 
 
 
  | 
   17. República Popular da China 
   | 
  
     
   | 
  
     
   | 
 
 
  | 
   18. União Europeia (UE) 
   | 
  
     
   | 
  
     
   | 
 
 
  | 
   19. Índia 
   | 
  
     
   | 
  
     
   | 
 
 
  | 
   20. Japão 
   | 
  
     
   | 
  
     
   | 
 
 
  | 
   21. Federação Russa 
   | 
  
     
   | 
  
     
   | 
 
-  A semelhança dos dias da Assíria, Deus levantou
profetas para entregar a sua mensagem de arrependimento e fé para o seu povo. Dentre
eles temos:
 
 a.       
Habacuque.
·       
Profetizou nos dias do perverso Jeoaquim
sobre Judá;
·       
Seu ministério começou um ano depois da primeira
deportação dos judeus por Nabucodonossor II [597 a.C ]. Nesta deportação
Daniel e seus amigos foram levados a Babilônia.
 
·       
Mensagem:
 
o  
Exaltava a soberania de Deus sobre a história.
o  
Defendia a bondade e a justiça de Deus.
 b.      
Sofonias.
 
·       
Foi contemporâneo do Rei Josias [Sofonias 1.1];
·       
Profetizou a angústia que acompanharia a invasão
dos Babilônios [Sofonias 1.2-28]
·       
Sua mensagem tem uma conotação escatológica,
que se cumprirá no dia do Senhor, na grande tribulação.
·       
Profetizou também a destruição de Nínive
[Sofonias 2.13] e o juízo contra as nações rebeldes [Sofonias 3.8].
·       
Em resumo:
 
III.               
Nos tempos
do exílio
 
-       Depois de inúmeras advertências do Senhor chegou
a vez do reino do Sul viver o cativeiro.
 -        Os babilônios seriam seus disciplinadores.
 -       No momento da
disciplina de Judá os edomitas agravaram a angústia dos seus
irmãos entregando-os aos inimigos, achando graça da sua dor. 
 
 Lição - Quem são os edomitas de nossos
dias que se alegram com a desgraça alheia?
-  O “profeta menor” associado ao tempo do exílio foi:
 
 a.       
Obadias.
 
·     Ele profetizou contra Edom - Obadias 1. 10-14
 
¹⁰ Por causa da violência feita a teu irmão Jacó,
cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre. Obadias 1:10
-  O cumprimento desta profecia se deu dentro de um
processo histórico que passa:
 
 
o  
pela destruição da sua capital [Petra] pelos nabateus
(um povo árabe);
o  
Pela constatação profética em Malaquias 1.3;
o  
pela Revolta dos Macabeus [quando João
Hircano força sua conversão ao judaísmo];
o  
quando da destruição de Jerusalém pelos Romanos.
Na época estavam aliados aos judeus rebeldes.
 Lição – Deus castiga todos
aqueles que se levantam contra o seu povo.
 
IV.               
Nos tempos
da dominação persa.
 ·       
Ao cumprir o tempo da disciplina do seu povo na
Babilônia  [70 anos] Deus conduziu os
persas que tomaram Babilônia e libertaram os judeus – 2 Crônicas 36.23
 
²³ Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos
céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa
em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor
seu Deus seja com ele, e suba. 
 ·       
Em Isaias 45.1, [201 anos antes - 740a.C.
– 539 a.C] profetizou:
 
¹ Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem
tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os
lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão.
Isaías 45:1
 
·       
Para um retorno a normalidade do povo judeu e
vinda do Messias o Senhor mandou três profetas:
 a.       
Ageu.
o  
Foi a primeira voz profética depois do retorno
do cativeiro da Babilônia [520 a.C].
o  
Após 15 anos da chegada o povo ainda não havia
reconstruído o templo do Senhor. Ageu anima o povo para a reconstrução do
templo e dar esperança de dias melhores.
 b.      
Zacarias
o  
Traz uma mensagem de consolação num contexto de
pressões dos povos vizinhos contra a reconstrução do templo e culto [520 – 518
a.C.].
o  
Sua mensagem é messiânica prevendo o 1º advento
[Zc 9.9], como a 2º vinda de Cristo [Zc 14.4-9].
 
⁹ Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de
Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado
sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta. Zacarias 9:9
 
⁴ E naquele dia
estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém
para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente
e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará
para o norte, e a outra metade dele para o sul. ⁵ E fugireis pelo vale dos meus
montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes
de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o Senhor meu
Deus, e todos os santos contigo. ⁶ E acontecerá naquele dia, que não haverá
preciosa luz, nem espessa escuridão. ⁷ Mas será um dia conhecido do Senhor; nem
dia nem noite será; mas acontecerá que ao cair da tarde haverá luz. ⁸ Naquele
dia também acontecerá que sairão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o
mar oriental, e metade delas para o mar ocidental; no verão e no inverno
sucederá isto. ⁹ E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o
Senhor, e um será o seu nome. Zacarias 14:4-9
 Malaquias.
- Profetizou em Jerusalém quase um século depois
do retorno dos exilados [450-400 a.C.].
 - Repreendeu a negligência espiritual do povo e
seus lideres.
 - Ele ressaltou as características do verdadeiro
culto e dos verdadeiros adoradores.
 
- Honra e Respeito (Temor) a Deus;
 
ü 
O verdadeiro adorador reconhece Deus como Pai
e Senhor e o honra com o que é puro e de valor.
       Sinceridade e Integridade Pessoal.
ü 
A adoração a Deus deve ser inseparável da moralidade
e da lealdade pactual na vida diária.
                                     Obediência e Fidelidade Completa.
ü 
O culto inclui a fidelidade financeira,
que reflete a confiança e obediência a Deus. A provisão de Deus está ligada à
obediência.
      Justiça Social e Abandono da Maldade.
ü  O
culto deve se manifestar em ações de justiça e retidão na sociedade.
 Conclusão:
 O culto a Deus deve ter bases na fé, no amor e esperança. Devemos ter o
cuidado para não transformar nossa adoração em um fardo religioso difícil de ser
conduzido, moldado pelo modismo mais vazio de significado e entrega fiel ao
nosso Deus, Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Para sua reflexão.
·       
Como o contexto histórico dos profetas
influencia a mensagem que eles transmitiram ao povo de Israel? (Reflita
sobre como as crises políticas, sociais e espirituais moldaram o conteúdo das
profecias).
 
·       
Quais são as principais características do
verdadeiro profetismo bíblico e como elas se diferenciam de outras formas de
liderança religiosa? (Considere a função de confrontar o presente,
denunciar injustiças e chamar ao arrependimento). 
 
·       
De que maneira as mensagens dos profetas
menores continuam relevantes para os desafios enfrentados pela sociedade atual?
(Pense em temas como justiça social, idolatria, corrupção e restauração). 
 
·       
Você consegue identificar situações em sua
vida ou comunidade que se assemelham aos cenários enfrentados por Israel e
Judá? Como a mensagem dos profetas pode orientar sua resposta a esses desafios?
 
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Como a soberania de Deus sobre a história,
destacada pelos profetas, pode trazer esperança e confiança diante das
incertezas do mundo contemporâneo? 
 
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Quais lições podemos aprender com o modo como
Deus usou grandes impérios para cumprir Seus propósitos? (Reflita sobre a
relação entre poder humano e propósito divino). 
 
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De que forma o chamado ao arrependimento e à
fidelidade à aliança permanece atual para a Igreja e para cada cristão hoje?.
 
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Como você entende o papel do Espírito Santo
na geração de convicção e transformação pessoal, conforme ensinado por Jesus e
pelos profetas?