segunda-feira, 22 de junho de 2015

Congresso de Missões - COMIS, RN

O Congresso de Missões - COMIS, RN, deste ano foi realizado em Natal durante os dias 19 e 20/06/15, na Igreja Batista do Alecrim. 
Esse Congresso se realiza anualmente e reúnem todos os missionários Batistas ligados a Convenção Norte-rio-grandense. A frente deste trabalho encontramos os Pastores Luiz Carlos França -COMIS e o Pr. Eude Cabral - Secretário Executivo da Convenção Batista Norte-rio-grandense.

Como convidados especiais para este ano vieram as missionárias Analzira Nascimento [Missões Mundiais] que falou sobre sua experiencia na Multiplicação de Discípulos e a missionária Maria Helena Leão [Missões Nacionais] que expôs o tema o Chamado Missionário e Plantação de Igrejas

 Além das palestras das missionárias tivemos três oficinas: Mobilizando Missões na sua Igreja com Adriano Borges [Juntas de Missões Mundiais], Evangelizando Através do futebol com o irmão Fábio Melo [Seminarista do STBNB] e um Encontro com as Mensageiras do Rei [missionária Maria Helena Leão]. 

"Esse congresso foi um banquete espiritual", testemunhou um dos irmãos que acabara de participar de uma das palestras, outro afirmou "a igreja sai fortalecida diante de testemunhos missionários tão impactantes". Esse foi o espírito que dominou todo o congresso. 

Junto a eles e elas nos encantamos com o testemunho de cada missionários vindo dos mais diferentes recantos do Rio Grande do Norte. Seria injustiça listar os nomes de todos eles, sob pena de deixar alguém de fora, mas quem os procurou e buscou informações de como anda o trabalho no interior e litoral do nosso Estado certamente saiu confiante na obra missionária que cresce a cada dia.

Na sexta a noite tivemos a palestra da missionária Maria Helena [Missões Nacionais] e no sábado a ouvimos o testemunho da missionária Alzira Nascimento [Missões Mundiais]. Essa mulher de Deus serviu em Angola por 17 anos em meio a uma guerra civil. Suas fragilidades ante a dureza da guerra, sua vivência com Deus nos momentos mais angustiante e por fim, sua volta ao Brasil nos marcou profundamente. Ao concluir a mensagem vários jovens foram a frente a fim de atender o chamado do Senhor para missões.





O que dizer dos irmãos Fábio Melo e seu evangelismo via esportes ou Adriano Borges e sua promoção missionária? Todos foram ótimos naquilo que se propuseram e o nome de Deus foi glorificado.

No domingo após o Congresso a Igreja Batista do Alecrim recebeu a irmã Maria Helena que fez um desafio em prol de missões. A esse apelo a igreja aquiesceu em quase sua totalidade.



Agradecemos a Deus pelo Congresso de Missões - 2015 e pelas pessoas que direta ou indiretamente trabalharam arduamente [cantina da igreja, recepção, membros da Convenção Batista, pastores, palestrantes e outros]. Que o grande Deus recompense a todos.

Primeira vez no Oriente Médio

Médicos Sem Fronteira - A mão de Deus em socorro aos necessitados

Enfermeira brasileira fala sobre experiência trabalhando à distância com profissionais sírios
19/06/2015

Síria

Sempre tive vontade de vir para o Oriente Médio. E cá estou, há dois meses, vivenciando muitas coisas novas e diferentes com Médicos Sem Fronteiras (MSF). Desde que desembarquei aqui, muitas coisas ficaram diferentes para mim: a cultura, o estilo de vida, a visão de mundo e, claro, os problemas. Aqui estou em um projeto na Síria, na Província de Aleppo, trabalhando à distância, por conta de questões de segurança, como enfermeira supervisora. Porém, me sinto muito perto de tudo.

Sim, exato: este projeto está acontecendo de uma forma que chamamos “controle remoto”, ou seja, trabalho com uma equipe de sírios que está dentro do país administrando todas as atividades do projeto; trabalhamos juntos promovendo treinamentos, recrutamento, reuniões em equipe, tudo com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência oferecida à população. Para tal, fazemos uso de todos os meios de comunicação possíveis (Skype, celular, whatsApp, mensagens de texto – quando um não funciona, tentamos o outro), sabendo que a rede de comunicação não é das melhores. Essa situação desperta um sentimento de angústia, às vezes, porque gostaria de estar trabalhando lado a lado com essa equipe fantástica. Sim, pois como poderiam não ser fantásticas essas pessoas que, de uma forma corajosa, trabalham diariamente sob pressão para oferecer assistência à sua própria população em meio a conflitos diários, sem a possibilidade de saber o que será do amanhã. E, quando converso com eles (via Skype), estão sempre com um sorriso no rosto, procurando dar o melhor de si com aquilo que podem.

Neste projeto, MSF tem um hospital que oferece consultas diárias e internação quando necessário. A instalação está preparada para receber emergências, estabilizar o paciente e referenciar para outras unidades, para receberem tratamentos mais especializados, como ortopedia, cirurgias, e para a realização de exames mais específicos. O time está sempre pronto para receber qualquer casualidade da linha de frente de batalha, e responder imediatamente.

Também estamos envolvidos com um programa de doação de medicamentos e suprimentos médicos, oferecendo suporte a mais de 20 unidades de saúde na cidade de Aleppo. E é ali que se concentra quase 80% do meu trabalho: administrar todo o nosso estoque e preparar as doações, procurando manter a qualidade dos nossos serviços e garantir o suprimento de todas essas unidades que estão no meio do fogo cruzado.

Posso dizer que após este tempo aqui, parece não haver lugar seguro na Síria. Nossa farmácia vive sob tensão, com ataques que ocorrem nas proximidades, fazendo com que a equipe tenha de se abrigar em um local seguro e esperar por um tempo até que a situação se acalme. Essas situações me deixam com o coração aflito, porque estou sempre em contato com eles quando algo acontece, e, sem poder ajudar muito, ofereço o suporte que está dentro das minhas limitações atuais. Confesso que nesses momentos, de uma forma estranha, eu gostaria de estar lá com eles. Sempre que isso acontece, fico refletindo sobre a forma e as condições às quais esses profissionais estão diariamente expostos. E, por mais que sempre me digam “está tudo tranquilo, Joyce”, no fundo, sei que há um sofrimento que cala dentro de cada um deles.

Mas é esse time de profissionais que, antes de tudo, são seres humanos fantásticos, que dão sentido aos meus dias e fazem com que eu encontre a real razão de estar aqui, deixando qualquer dúvida de lado, se é que algum dia ela existiu. Por aqui sigo, com a certeza de que aqui quero estar, e que ainda tem muita coisa para acontecer.

O hospital citado por Joyce no texto está, atualmente, fechado.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Terremoto do Nepal deslocou o monte Everest, diz estudo chinês

O terremoto de magnitude 7,8 que abalou o Nepal no dia 25 de abril deslocou o monte Everest, a maior montanha do planeta, em três centímetros para o sudoeste, afirma a Administração Nacional de Topografia, Cartografia e Informação Geológica, citada pela imprensa de Pequim.

Segundo um estudo do organismo, o Everest (8.848 metros) aumentou três centímetros nos últimos 10 aos e se deslocou quase 40 centímetros para o nordeste.

O Everest "se desloca constantemente para o nordeste e o terremoto provocou um pequeno avanço na direção oposta", afirmou Xu Xiwei, vice-diretor do Instituto de Geologia da Administração Chinesa para Terremotos, citado pelo jornal "China Daily".

"A magnitude do movimento é normal", completou.

A maior montanha do planeta, situada na fronteira entre o Nepal e a região autônoma chinesa do Tibete, constitui um bom ponto de observação das placas tectônicas Euroasiática e Indiana, que se chocam nesta região altamente sísmica, segundo Xu.

O terremoto registrado no Nepal em 12 de maio, de 7,5 graus, não provocou um deslocamento perceptível do Everest, segundo o estudo realizado com instrumentos de medição por satélite.

Os terremotos deixaram pelo menos 8.700 mortos no Nepal, incluindo 18 alpinistas que morreram em um deslizamento no Everest.

Fonte: CPAD

sábado, 13 de junho de 2015

Mais de 34 mil igrejas rompem com a Presbiteriana dos EUA depois de aprovar casamento gay

`Nenhuma igreja tem o direito de mudar a Palavra de Deus. Ao votar para redefinir o casamento, a PCUSA perde automaticamente a graça salvadora de Cristo´, disse o Reverendo Anthony Evans.

Como forma de estimular a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA) a se arrepender de sua apostasia, a Iniciativa Nacional das Igrejas Negras (NBCI), que representa 34 mil igrejas de 15 denominações, declarou o rompimento de seus laços com a PCUSA, depois que alterou a sua constituição e aprovou o casamento homossexual.

"A NBCI e sua base de membros são posicionados na Palavra de Deus, dentro da mente de Cristo. Nós pedimos que nossos irmãos e irmãs da PCUSA se arrependam e sejam restaurado à comunhão", disse o presidente da NBCI, Reverendo Anthony Evans.

"A manipulação da PCUSA representa um pecado universal contra toda a Igreja e seus membros. Com essa ação, a PCUSA não pode mais basear seus ensinamentos em 2 mil anos de escrituras e tradição cristã, e ainda se chamar de entidade cristã no corpo de Cristo. Ela abandonou o seu direito por este único ato errado", acrescentou Evans, que representa 15,7 milhões de afro-americanos.

"O Apóstolo Paulo nos adverte sobre isso quando declarou em Gálatas 1:8 que há quem pregue outro evangelho", disse Evans. "Nenhuma igreja tem o direito de mudar a Palavra de Deus. Ao votar para redefinir o casamento, a PCUSA perde automaticamente a graça salvadora de Cristo. Há sempre a redenção no corpo de Cristo através da confissão de fé e aderência à Sagrada Escritura." 

Evans disse que a PCUSA votou, propositadamente, para mudar a Palavra de Deus, com outra interpretação do casamento entre um homem e uma mulher. "É por isso que temos de romper a comunhão com eles e pedir que toda a cristandade faça isso também."

Fonte: CPAD

Radical Cristalândia - Depoimentos

Cristolândia - Natal, RN

Roberto Marques

"O Radical para mim foi um período muito importante. Vivi muitas experiências com Deus. Experimentei do seu cuidado, zelo, provisão e fidelidade. Cresci em todas as áreas da minha vida e pude entender que vale a pena viver para o Reino, pois uma vida não tem preço." 
Wilma Galdino (Radical Cristolândia 2012/2013 - Rio de Janeiro )

"Quando fui para o Radical Cristolândia, pensei nas almas perdidas. Achava que iria somente ajudar pessoas, falar de Deus para elas. Fui colocar em prática o que passei a vida toda aprendendo. Mas fui surpreendida! Descobri que vivia um amor ao próximo superficial, de interesses e preconceitos. Tive experiências muito fortes com Deus, que vou levar para meus filhos. Através do Radical Cristolândia vivi milagres que antes apenas lia na Bíblia: o milagre da multiplicação, da transformação de vidas, o milagre do amor! Aprendi a ser serva genuína do Senhor Jesus. Não é fácil ser Radical, mas é maravilhoso! E digo “uma vez Radical, sempre Radical”!" 
Shirley Inojoza (Radical Cristolândia 2010 - São Paulo )

"O Radical Brasil foi muito importante na minha vida. Eu claramente enxergo esse projeto como se fosse uma ''gota" do Espirito Santo, no balde que Ele tem para encher nas nossas vidas. Assim, quando decidi ser um Radical, entendi que deveria esquecer meus sonhos para viver os grandes sonhos de Deus. Para aceitar esse desafio, tomei coragem e estive disposto a realmente dar passos de fé, confiando no sustento de Deus na trajetória da vida no campo Missionário (Cristolândia Pernambuco). Deus escreveu uma história muita linda na minha vida, através das experiências vividas, dos momentos de sofrimento e alegria na presença do Senhor, dos relacionamentos e aprendizado. Enfim, foram momentos que revelaram a vontade de Deus, impactanto outras pessoas que Cristo colocou aos meus cuidados. Que Deus nos abençoe ricamente e nos encoraje a dar passos de fé." 

Matheus da Silva Peçanha Lopes (Radical Cristolândia 2012/2013 - Pernambuco

No futuro, tudo vai estar conectado

Entrevista com Dov Moran, criador do pendrive
Alef

"Nunca mais irei a um lugar onde não tenha uma cópia de minha apresentação em meu bolso". Foi esse o mote que inspirou o engenheiro eletricista israelense Dov Moran a criar um dos itens mais populares do mundo da tecnologia: a memória USB Flash Drive, mais conhecida como pendrive. Ele conta que estava em uma conferência nos Estados Unidos e, durante sua vez de falar, o computador parou de funcionar. "Como minha empresa era listada na Bolsa de Valores, não podia falar besteira. Se eu dissesse algo errado, poderia ser processado. Estava desesperado", lembra. No fim, o computador voltou a funcionar e a conferência foi apresentada. "Depois que acabei, foi o exato momento em que tive a ideia de nunca mais ir a um lugar sem ter uma cópia portátil. Naquele momento, vi que tínhamos de investir em uma tecnologia que fizesse uma memória flash portátil agir como um disco rígido". A patente foi registrada em 1998. Porém, o primeiro produto só surgiu em 2000. Em 2006, vendeu a M-Systems por US$ 1.6 bilhões para a SanDisk.

Dov Moran esteve no Brasil para participar do “High Tech Nation”, evento promovido pelo escritório de advocacia Souza Cescon em São Paulo e no Rio de Janeiro que contou com a presença de especialistas brasileiros e de representantes do Technion Israel Institute of Technology. Atualmente, tem como objetivo acompanhar as mudanças de comportamento de um hábito antigo: o de assistir televisão. Neste sentido, sua nova empresa desenvolveu uma plataforma multi-telas para operadoras pagas de TV, que busca personalizar o conteúdo a partir das preferências do usuário, além de oferecer engajamento do conteúdo com redes sociais. Nesta entrevista, ele fala sobre o espírito empreendedor de seu país, da importância da cooperação entre universidade e indústria e fala com modéstia de um de seus principais inventos: "isso já ficou no passado, é uma inovação que vai desaparecer um dia e isso é OK. Nós temos que olhar para frente. Adiante".

Atualmente você apoia quinze empresas de tecnologia em Israel. O que você busca como potencial na hora de selecioná-las?

A coisa mais importante que eu busco nelas são as pessoas, o que as pessoas podem fazer e o que elas não conseguem fazer. E você consegue com o tempo distinguir entre essas duas coisas. E eu poderia falar sobre isso durante muito tempo, porque as pessoas são a coisa mais importante de uma companhia. Elas são a base fundadora de uma empresa. 

Depois você se foca na ideia. Ela é boa ou má? Pequena ou grande? Vejo se ela poderá ter alcance, se tem potencial para revolucionar e se terá competição ou não. Coisas assim. O terceiro ponto é o tamanho do seu mercado e isso não diz respeito somente ao mercado a qual uma tecnologia se destina, mas como o mercado vai evoluir, se ele vai crescer, se ele vai se extinguir. Se é um mercado onde há muita competição que fará você se dirigir a diferentes direções. É uma questão de avaliar e reavaliar, olhar todas essas questões ate você decidir se irá investir ou não. Eu comecei investindo em 5 a 6 startups e deixei esses projetos, por que muitas vezes o mercado muda. Você perde dinheiro, você ganha. Mas se você se dedica ao capital de risco, você não pode esperar que todo investimento será bom. Você perde, ganha e, claro, espera que o retorno seja muito maior do que o seu investimento inicial.

Muito do seu interesse em jovens empresas é direcionado a startups preocupadas em desenvolver inovações na área médica. A partir delas, como você enxerga o futuro da medicina?

Tudo vai estar conectado no futuro. Todos nós estaremos conectados e vamos ter muitos sensores que vão gerar esses dados para a nuvem. Vamos ter que ter essa capacidade de analisar esse enorme volume de dados que vêm das pessoas. São com eles que vamos aprender mais sobre o comportamento delas, para depois conectarmos com o nosso DNA. E isso se tornará cada vez mais personalizado. A ideia é personalizar cada vez mais a medicina e o conhecimento sobre o que deve ser testado. Estamos só no começo disso.

E por que dedicar-se exclusivamente a startups com base em Israel?

Minha política sobre investimento é que eu quero ver os fundadores e a criação deles desde a fase inicial. Poder acompanhá-los quase que diariamente. Eu quero ir ao campus, até um dos empreendedores e perguntar "Oi Joseph, como vocês está e aquele problema foi resolvido?". Você consegue ter essa relação com os fundadores e isso te dá o conhecimento necessário para continuar ou não investindo. E eu não conseguiria fazer isso em uma companhia que não se encontra em Israel.

Um dos desafios para gerar inovação é a tentativa de aproximar a academia da indústria. Um caminho que especialistas defendem como fundamental para aumentar nossos índices em inovação no Brasil. Como o senhor vê essa cooperação no seu país?

Em Israel, temos um bom sistema de cooperação entre a academia e a indústria. Eu estou envolvido em projetos com universidades. Temos uma boa conexão com a Tel Aviv University, e invisto em projetos que estão em posse de professores, além de um comitê de investidores onde eu consigo ver o que várias de nossas universidades estão fazendo. Então você tem essa relação próxima.

Israel tem sido vista como uma grande potência no mercado tecnológico. Muitas grandes companhias de tecnologia têm buscado Tel Aviv para direcionar seus negócios. O que startups e empreendedores de outros países, incluindo o Brasil, podem aprender com as empresas em Israel?

Você me coloca numa posição muito difícil, porque eu não sou o cara mais esperto que te pode dar essa resposta. Eu falo o melhor para tentar apoiar e ajudar esses empreendedores. Eu vejo que os chineses, por exemplo, são incríveis. Toda semana nós recebemos cerca de cinco delegações da China, e eles vão a Israel porque querem principalmente entender como as coisas estão sendo feitas para, por ventura, copiarem. E copiar é OK. Copiar de forma inteligente, ajustar e depois melhorar. Eu adoraria ver mais delegações do Brasil em Israel. Acredito que seria uma boa oportunidade para investidores entenderem sobre o que estamos fazendo, sobre nosso sistema de cooperação entre universidades e indústria. Em Israel, toda grande companhia, não há uma que não esteja com seus olhos lá. E estamos falando de Google, Apple, Microsoft, Motorola. E parte disso porque elas estão indo para sentir o espírito dessa inovação. E eu acredito que o que realmente nos fez o que somos é por vivermos em país de muitos desafios.

Com material do UOL e do IDG Now!/Carla Matsu

Tecnologia israelense ajuda a controlar níveis de glicose



A DreaMed Diabetes, empresa com sede em Petah Tikva (Israel), que desenvolve soluções de tratamento e gestão do diabetes, assinou um acordo de desenvolvimento e licença exclusivo em todo o mundo com a Medtronic para o desenvolvimento e a comercialização de produtos que incorporam o algoritmo Pâncreas Artificial MD-Logic da DreadMed a bombas de insulina. O software, que atua de forma totalmente automatizada, monitora continuamente os níveis de glicose e define com precisão quando e como ajustar os níveis de insulina. “Acreditamos que um pâncreas artificial totalmente automatizado proporcionará mais liberdade e saúde para muitas pessoas com diabetes ao eliminar parte da carga da gestão de glicose. A colaboração com a DreaMed Diabetes e pesquisadores em todo o mundo nos permitirá continuar avançando mais rapidamente em direção a um sistema de circuito fechado comercialmente disponível”, afirmou Alejandro Galindo, vice-presidente da Medtronic, que investiu US$ 2 milhões na DreaMed. O mercado global para os produtos voltados ao controle do diabetes envolve atualmente US$ 41 bilhões.

terça-feira, 9 de junho de 2015

A epístola de Judas

epístola de Judas
Jerônimo Viana de Medeiros Alves

Introdução
O combate ao pensamento herético no interior da igreja de Cristo, começou bem cedo. A presença desses falsos mestres quer seja disfarçado de anjos de luz (2 Co 11-13-15) ou claramente depravados (cartas de 2 Pedro e Judas) passaram a se constituir numa séria ameaça para a igreja do Senhor. Tal como no passado essa temática se reveste de grande importância para a Igreja do Senhor em nossos dias. Hoje como ontem os falsos mestres estão presentes no interior da igreja disseminando doutrinas estranhas ao povo ao povo de Deus e enganando a muitos. A presente pesquisa tem por objetivo apresentar a luta de Judas contra as heresias da sua época e alertar a igreja moderna contra o encantamento das falsas doutrinas. A metodologia escolhida na composição deste trabalho foi a pesquisa teórica na qual o artigo é um dos seus melhores instrumentos.
  epístola de Judas
epístola de Judas, irmão de Tiago (Jd 1.1) e meio irmão de Jesus Cristo (Mt 13. 55; Mc 6,3), foi escrita para um grupo indefinido de irmãos. Para alguns estudiosos o alvo da sua carta eram os crentes da Ásia Menor, aos quais havia sido destinada a segunda carta de Pedro. Para outros, os crentes da Palestina, visto que, eram pessoas familiarizadas com à referência judaica (Jd 7-11). Devido à natureza da epistola ela foi classificada como carta geral ou circular.
Apesar da sua autoria ser questionada a tradição da igreja legitima tendo por base a aquiescência de Tertuliano, Orígenes, Clemente de Alexandria, o cânon muratoriano, Atanásio e por fim foi confirmada no concílio de Cartago.
Sua escrita provavelmente ocorreu no primeiro século da era cristã e traz como principal motivação o combate a heresia agnóstica que entrara na igreja. Essa filosofia tem forte semelhança com que Paulo havia falado em Atos 20.29-31 e que naquele momento se disseminava pela cristandade (Jd 4).
O contexto em que foi redigida a carta de Judas era avesso aos cristãos, nessa época tanto o povo como o Império Romano viam os servos de Deus como uma acentuada hostilidade, quer por seus ensinos nada coerentes com o pensamento imperial (Deus não faz acepção entre pessoas e tolerância para com os inimigos, e outras.), quer por práticas de alguns heréticos que terminava sendo estendida a todo povo de Deus.
Richards (1994, p. 529) em seu livro cita um texto de Epifânio de Chipre, que ilustrar bem uma das heresias comuns a sua época. Um suposto grupo de cristãos Fibionitas (Panarion 26. 4-5) praticavam um ritual que tinha por cenário a festa do amor (Ágape). Os participantes licenciosamente envolvem-se ofertando a Deus seus fluidos como o corpo de Cristo e de igual modo quando as mulheres em seu ciclo natural, não só apresentavam aos céus o produto do seu estado, como ingeriam na forma simbólica de sangue de Cristo.
Não é surpresa que esse revoltante ritual repercutia negativamente sobre os cristãos, até porque os pagãos não sabiam diferenciar o que era heresia do verdadeiro evangelho e colocavam num mesmo patamar todos os grupos cristãos do seu tempo.
A má fama dos cristãos chegou a tal ponto que ser um seguidor de Jesus Cristo no ano 100, era um crime independente de qualquer outra acusação.   
No momento atual vivenciamos a mesma indignação pública em relação a fé evangélica. Alguns líderes religiosos usam a marca cristã para se autopromoverem ou manter a sua denominação em destaque em relação as demais. Nesse sentido praticam todo tipo de abusos, explorando a boa-fé dos incautos, acumulando riquezas para a sua própria condenação. Esses são aqueles que procuram de qualquer forma recriar na terra um paraíso perdido que só será alcançado pelos servos do senhor e quando da sua segunda volta.
O nome de Cristão hoje como na época de Judas é ridicularizado por conta desses falsos mestres que apascentam a se mesmo, que negociam a fé de forma que incentivam o crescimento do ateísmo mostrando um Cristo menor.
Em sua carta Judas procura orientar seus leitores a “batalhar pela fé” (4), que foi entregue aos santos (21), a se apiedar dos duvidosos (22) e salvar alguns da condenação eterna (23).  A carta de Judas está estruturada da seguinte maneira:
a)        Saudação Introdutória – Jd 1s
b)        Motivo e objetivo da carta – Jd 3s
c)         Três exemplos de juízo no AT – Jd 5- 7
d)        A caracterização dos sedutores – Jd 8-16
e)        Conselho e instrução para a igreja – Jd 17-23
f)          Doxologia final – Jd 24s
Ao comparar sua carta com a de 2Pedro notamos uma clara harmonia em sua mensagem e descrição dos falsos mestres. Vejamos:

Temas
2 Pedro
Judas
Infiltração
2.1
4.12
Imoralidade
2.3,10,14, 18-19
4.7
Negação a Cristo
2.1
4
Movidos pela ambição
2.3, 14-15
15-16
Rejeição da autoridade
2.10
8.10
Animais Irracionais
2.12
10
Dominados por desejos de pecado
14-15, 18
12, 16,18
Vazios, inúteis
2.17-19
12-13
Retribuição é certa
2.1,3-6, 13
5-7, 14-16
Richards (1994, p.531)
Os falsos mestre se infiltravam na igreja de forma dissimulada. Ao ganhar a confiança da congregação induziam ao erro alguns irmãos desatentos a doutrina apostólica. A imoralidade (Jd 4.7) era o passo seguinte. Nesse sentido havia toda uma justificativa com base na graça de Cristo. Para esses homens Jesus Cristo havia anulado toda Lei, portanto, estavam livres para usar o seu corpo da forma que bem desejasse (o prazer pelo prazer). De maneira que a graça de Deus era um sinal verde para a pratica do pecado e não um ponto de rompimento do mesmo. Em sua loucura desassociava o corpo do espírito, este (espírito) possuía um valor superior a matéria (que era mal) de forma, que suas práticas carnais não o molestava deixando-o livre do pecado e acima da Lei de Deus (eram puros aos seus próprios olhos).
A postura desses homens levou judas a afirmar que seus erros a semelhança de Sodoma e Gomora os conduziriam a destruição. A liberdade que tanto propalavam na pratica era escravidão da luxuria.
A negação de Cristo como Deus e Senhor (4) era lugar comum tanto para os agnósticos da corrente docética como para os cerintianos. Se a matéria era má, o Messias não poderia ter encarnado na forma humana, visto que, a santidade de Deus jamais suportaria o mal.
Judas afirma que os falsos mestres eram pastores que se auto apascentam (12), rebeldes a qualquer tipo de autoridade sobre suas vidas (8-10) e em especial a divina, pois se achavam justos a seus próprios olhos, acima do bem e do mal, contudo, eram réus dignos de condenação da Lei moral. Homens e mulheres que reagiam como animais (10), visto que, não tinha consciência da dimensão e consequências dos seus atos, mas inchados pelos desejos pecaminosos (12,16,18) e ansiosos por pecar não viam nada de bom em se mesmo e nos outros.
Daí seus ensinos ser vazio (12-13), tal qual nuvens sem chuvas, fontes sem água, incapaz de abençoar vidas, mas agravar o estado lamentável do pecador afastando-o ainda mais de Deus. Para tais homens e mulheres restava a condenação divina (5-7, 14-16).
Portadores de uma revelação especial de Deus, os falsos mestres nada possuíam que pudessem aliviar os fardos das pessoas que os procuram, pelo contrário, adicionavam novas cargas a vida do infeliz afastando-o de Deus única esperança para os sem esperança. Judas adverte seus leitores a se manterem longe da sua influência, do seu encantamento, visto que não produziam frutos digno de arrependimento.
A igreja moderna é alertada contra a ação desses pregoeiros da mentira. A semelhança dos bereiano (Atos 17.11) somos chamados a avaliar os ensinos e reter que está de acordo com a palavra de Deus. Vivemos em dias que a doutrina cristã tende a se moldar aos valores do mundo (casamento gay, aborto, eutanásia...) e não são poucos os líderes “progressistas” que já desprezaram a palavra de Deus para atender a esse apelo.
 Conclusão
Testemunhar de Cristo é uma necessidade para a expansão do reino de Deus entre os homens. Esse compromisso tanto é individual (Jd 20-21) como coletivo (Jd 22-23). Dizer não as heresias que assolam nossos dias, se guardar das impurezas é um dever do cristão de todas as épocas. Ao negligenciarmos esses deveres não só estamos contribuindo para o avanço do reino das trevas como nos colocamos em rota de colisão com Deus.
A igreja de Cristo se fortalece na medida em que exercitamos nossa fé em meio aos embates contra o pecado e a carnalidade que assola o mundo. Ser cristão é participar da obra de Deus, da forma como o Senhor determinou. Persistir na vocação que fomos chamados gera alegria nos céus e harmonia na terra. O recado de Judas foi ouvido se não por todos os cristãos da sua época, mas por uma boa parte, de forma que chegou até os nossos dias e continuará através das gerações futuras.
A grande sabedoria da sua obra como também de todos os demais escritores sacros foi e sempre será de manter uma igreja viva, atuante em seu meio social e como seu Senhor avessa ao pecado. Nessa Carta Cristo toma seu verdadeiro lugar em detrimentos do antropocentrismo vazio e destituído da graça divina.
Bibliografia
Richards, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de 3. Ed. Rio de Janeiro: CPAB, 1994
Boor, Werner de. Cartas de Tiago, Pedro, João e Judas. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2008.