segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Queda do Império Assírio foi influenciada por seca de 60 anos

Estudo internacional é um dos primeiros a usar estalagmites de cavernas como registro de mudanças ambientais.

Caçada real a leão, relevo encontrado no Palácio do Norte em Nínive: o poderoso Império Assírio caiu depois de uma seca de 60 anos. Crédito: Mark.murphy /Wikimedia

O colapso repentino da Assíria (o maior império de sua época), baseado no norte do Iraque e que se estendia do Egito ao atual Irã, consumado na queda de sua capital, Nínive, em 612 a.C., sempre foi um enigma para arqueólogos e historiadores. Afinal, havia uma enorme quantidade de documentação textual em caracteres cuneiformes, escavações arqueológicas e pesquisas de campo. Um estudo recente de pesquisadores internacionais que dá uma resposta ao desafio foi publicado na revista “Science Advances”.

Inúmeras teorias sobre o colapso – a “mãe de todas as catástrofes”, como dizem alguns historiadores – foram apresentadas desde que Nínive foi escavada pela primeira vez por arqueólogos, 180 anos atrás. Mas como dois pequenos exércitos – os babilônios, no sul, e os medos, no leste – conseguiram convergir na capital assíria e destruir completamente o que era então a maior cidade do mundo permanecia um ponto de interrogação.

Uma equipe de pesquisadores liderada por Ashish Sinha, da Universidade Estadual da Califórnia em Dominguez Hills, e usando dados arquivísticos e arqueológicos fornecidos por Harvey Weiss, professor da Universidade Yale, conseguiu pela primeira vez determinar a causa subjacente ao colapso. Ao examinar os novos registros de precipitação de chuvas da área, a equipe descobriu uma superseca abrupta de 60 anos que enfraqueceu o estado assírio a ponto de Nínive ser invadida em três meses e abandonada para sempre.

“Explicações anteriores sobre o colapso do império se concentraram na instabilidade política e nas guerras”, escreveram Sinha e seus colegas. “O papel da mudança climática foi amplamente ignorado, em parte devido à falta de registros paleoclimáticos de alta resolução da região.”

Dependência das chuvas
A Assíria era uma sociedade agrária dependente da precipitação sazonal para o cultivo de cereais. Ao sul, os babilônios dependiam da agricultura de irrigação, e por isso seus recursos, governo e sociedade não foram afetados pela seca, explicou Weiss.

A equipe analisou estalagmites (um tipo de espeleotema, formação rochosa que ocorre tipicamente no interior de cavernas como resultado da sedimentação e cristalização de minerais dissolvidos na água) recuperadas da caverna de Kuna Ba, no nordeste do Iraque. Os espeleotemas podem fornecer uma história do clima através das proporções de isótopos de oxigênio e urânio da água infiltrada que são preservadas em suas camadas. O oxigênio da água da chuva vem em duas variedades principais: pesada e leve. A proporção de tipos pesados ​​e leves de isótopos de oxigênio é extremamente sensível a variações de precipitação e temperatura. Com o tempo, o urânio preso nos espeleotemas se transforma em tório, permitindo que os cientistas datem os depósitos das formações.

A equipe de pesquisa sincronizou essas descobertas com registros arqueológicos e cuneiformes e conseguiu documentar os primeiros dados paleoclimáticos da superseca que afetou o coração da Assíria no momento do seu colapso do império, quando seus vizinhos menos atingidos pela estiagem invadiram o império.

Precipitação pequena
Os registros revelaram que o intervalo entre 850 a.C. e 740 a.C., quando o Império Assírio estava no auge, foi um dos períodos mais chuvosos em 4 mil anos, com níveis de precipitação durante a estação fria entre 15% e 30% mais altos do que no período de 1980 a 2007. Mas os dados registros também sugerem que a precipitação da estação fria durante uma megacolheita do século 7 a.C. pode ter ficado abaixo do nível necessário para a agricultura produtiva.

“Agora temos uma dinâmica histórica e ambiental entre o norte e o sul e entre a agricultura de sequeiro [técnica para cultivar terrenos onde a pluviosidade é pequena] e a agricultura de irrigação, através da qual podemos entender o processo histórico de como os babilônios conseguiram derrotar os assírios”, disse Weiss.

Com base na arqueologia e na história da região, Weiss entendeu como os dados de megaplanejamento da Assíria eram sincronizados com a cessação de campanhas militares de longa distância e a construção de canais de irrigação semelhantes aos dos vizinhos do sul, mas restritos em sua extensão agrícola. Outros textos notaram que os assírios estavam preocupados com suas alianças com lugares distantes, enquanto também temiam intrigas internas, observou o professor de Yale.

“Isso se encaixa em um padrão histórico que não é apenas estruturado no tempo e no espaço, mas também no tempo e no espaço repletos de mudanças ambientais”, acrescentou ele. “Essas sociedades experimentaram mudanças climáticas de tal magnitude que simplesmente não puderam se adaptar a elas.”

Segundo Weiss, com esses novos registros de espeleotemas, paleoclimatologistas e arqueólogos agora podem identificar mudanças ambientais no registro histórico global que eram desconhecidas e inacessíveis até 25 anos atrás. “A história não é mais bidimensional; o estágio histórico agora é tridimensional”, vaticinou o professor de Yale.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

“Estamos vendo profecias da Bíblia se cumprirem”, diz arqueóloga de Israel

Anarina Heymann atua em um projeto de escavações em Jerusalém e disse que a Bíblia tem importante papel neste processo.

Por JM Notícia -2 de novembro de 2019


Quando as pessoas visitam a Cidade Velha de Jerusalém, elas podem acreditar que é o mesmo lugar que o rei Davi estabeleceu como sua capital há mais de 3.000 anos. Mas esse não é exatamente o caso. Arqueólogos estão descobrindo o local que seria originalmente a “Cidade de Davi” e contando aos outros sua incrível história.

Anarina Heymann é arqueóloga atua como coordenadora de divulgação da “Cidade de Davi”.

“Bem-vindos à Cidade de Davi”, disse Heymann à equipe da CBN News. “É o lar da antiga Jerusalém bíblica e até 150 anos atrás, todos pensaram que a antiga Jerusalém bíblica estava dentro dos limites da Cidade Velha, logo atrás de vocês, dentro destes muros. Então a questão é: “O que aconteceu 150 Anos atrás e onde está a antiga Jerusalém bíblica?”.

Ela então ajudou a responder a essa pergunta, explicando como a cidade de Davi ficou escondida por quase 2.000 anos até que um arqueólogo britânico começou a escavar e suas descobertas continuam até hoje.

“Estamos em um lugar mágico agora”, continuou Heymann. “Este é o lugar ao qual Charles Warren chegou através dos resquícios que ele encontrou. Ele viu alguma coisa. E quando Charles Warren viu isso, ele percebeu que estava redescobrindo a antiga Jerusalém bíblica”.

Questionada se o trabalho de Warren teria sido o início da inauguração da Cidade de Davi nos tempos modernos, ela respondeu: “Exatamente porque estamos falando de um período de 2.000 anos, no qual ninguém sabia onde era a cidade antiga. A maioria dos visitantes pensavam que o que eles viam na Cidade Velha, era a antiga Jerusalém bíblica. Mas só quando Warren fez suas descobertas, comprovou que a antiga Jerusalém está fora do que hoje chamamos de Cidade Velha”.


A descoberta do sistema de túnel conhecido como “Eixo de Warren” conta visualmente como o rei David capturou a cidade e ilustra relatos bíblicos.

“Quando vimos isso, de repente percebemos exatamente como a imagem se montava”, continuou Heymann. “E muitas vezes, quando fazemos escavações, também não sabemos o que estamos procurando e então temos de ir à Bíblia e é ela mesma quem começa a nos explicar. Então, a Bíblia vem primeiro e depois as escavações. Quando juntamos os dois fatores, isso nos dá a imagem completa sobre a antiga Jerusalém”.

Anunciando Reis de Israel

Se aprofundando em suas pesquisas, os arqueólogos descobriram mais detalhes sobre como os homens se tornavam reis em Israel.

“A maioria dos reis de Israel foram ungidos exatamente onde estamos de pé agora. Estamos de pé no lugar da unção. E Isaías diz que você irá tirar água com alegria das origens da salvação”, disse ela.

Na verdade, a Cidade de Davi ecoa com toda a mensagem e o povo da Bíblia.

“Abraão, quando conheceu Melquisedeque e depois chegamos a Davi, a Salomão, chegamos a Isaías quando ele estava dando suas profecias esses muros aqui”, disse ela. “Jeremias, quando posteriormente teve que falar sobre a destruição que se aproximava de Jerusalém … todas essas coisas aconteceram exatamente onde estamos de pé agora”.

Há mais de 10 anos, os arqueólogos descobriram outro local de importância bíblica, o Tanque de Siloé, que foi alimentado pela Fonte de Giom. O tanque foi o lugar onde Jesus curou o cego e também onde o povo judeu se reuniu para as Festas do Senhor.

“Três vezes por ano, todos os homens tiveram que vir ao mikvah (banho ritual) neste tanque e de lá se preparavam para ir ao Monte do Templo. Esta é a caminhada, a ascensão final, que todos os peregrinos podem fazer novamente quando visitam Jerusalém”, explicou.

Heymann vê essa ascensão final como uma fusão entre a arqueologia e a as próprias profecias bíblicas.

“Algo incrível está acontecendo, porque você vê que agora estamos escavando esta estrada e a profecia novamente está sendo cumprida. Em Isaías diz ‘Passai, passai pelas portas; preparai o caminho ao povo; aplanai, aplanai a estrada, limpai-a das pedras; arvorai a bandeira aos povos”, lembrou a arqueóloga.

Uma escavação em curso é o túnel que leva do Tanque de Siloé ao Monte do Templo. Heymann diz que isso revela o passado e abre uma porta para o futuro.

Um dos projetos mais ambiciosos da cidade de Davi é uma escavação chamada Givati, onde toda a história de Jerusalém está sendo revelada como se as rochas estivessem gritando.

“Você pode ver exatamente como ela (Jerusalém) desapareceu lentamente da civilização, justamente porque uma cidade foi construída sobre a outra, e você podia ver como provavelmente a cidade poderia ter perdido a esperança, pensando: ‘quem vai me descobrir de novo?’. Mas isso é até que Deus diga: ‘Mas em um momento de favor, nada pode detê-lo’ e é isso que vemos em Giviti. Jerusalém está sendo revelada lentamente “, disse ela.

A pesquisadora não tem dúvida de que está vendo as profecias – sobretudo esta de Isaías – se cumprindo.

“Estamos começando a ver na última década, o modelo. Ela está começando a compartilhar novamente como era sua aparência. Então, você pode ver como o cumprimento da profecia está acelerando enquanto nós avançamos aqui. É dito que [em hebraico] ‘Levante-se, sacode sua poeira, tome o seu lugar legítimo, Jerusalém’. Se você vê as escavações aqui diariamente, você pode ver o pó desta terra literalmente voando. A cidade está sacudindo a poeira”.

Heymann se considera uma privilegiada em poder trabalhar na “Cidade de Davi”.

“Eu digo que sou a pessoa mais feliz do mundo, porque tenho a oportunidade de mostrar o que vemos aqui e contar às pessoas sobre a Cidade de Davi, sobre a antiga Jerusalém e sobre todas as pessoas apaixonadas por Jerusalém, além das diversas provas sobre a profecia bíblica que se cumpre”, disse ela. Com informações Guiame, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Jesus

Quantas experiências, quantas lutas
Em todas fostes comigo
Passei o vale incólume
Já não estou só

Entoarei uma nova canção
Nada mais me assusta
Estou pleno em ti
Sinto a tua presença

Há paz de espírito
Há gozo no viver
O vazio me deixou
A dor anda longe

Deus é meu Senhor
Meu ser está seguro
Sou amado do Pai
Ele vive em mim

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Arqueólogos teriam achado selo de Adonias, filho do rei Davi


Fonte: Sputniknews

Arqueólogos encontram o que seria o selo de um dos filhos do rei Davi, Adonias, durante escavações no Muro das Lamentações, em Israel.

O objeto tem cerca de 2.600 anos e era usado para selar cartas. O selo tem a escrita "pertence a Adonias, o mordomo real" e seu comprimento é de apenas um centímetro.

A relíquia foi encontrada durante escavações feitas nas fundações do Muro das Lamentações, ponto importante para os judeus por se tratar da única parte ainda em pé do chamado Terceiro Templo, ou mais conhecido como Templo de Herodes.

O selo seria de Adonias. Acredita-se que este seria o mesmo Adonias descrito no livro bíblico de I Crônicas, onde ele é referido como filho do rei Davi, o mais proeminente monarca judeu na Bíblia.

De acordo com a Fundação Cidade de Davi, existem três pessoas com o nome Adonias na Bíblia, sendo o mais famoso um dos filhos do rei Davi.

No selo, Adonias é descrito como um mordomo real, em hebraico "Asher al Habayit". Este posto seria de extrema importância nos assuntos reais. É com essa mesma designação que José, filho de Jacó, foi referido ao se tornar governador do Egito, conforme o livro bíblico de Gêneses descreve.

Importância arqueológica
O achado surpreendeu os pesquisadores israelenses. Eli Shukron, um dos arqueólogos da equipe, falou da importância do selo em entrevista ao The Times of Israel.

"Depois de 2.600 anos, você pega este selo que era usado para selar cartas escritas há 2.600 anos pelo maior ministro do reino. Isso é uma coisa incrível [...] Isso faz meu coração parar de tanta emoção", disse Shukron.

Segundo Shukron, o selo poderá resolver outros mistérios da história de Israel. Em 1870, uma sepultura com os dizeres "mordomo real" foi achada no país. Arqueólogos querem agora saber se esta seria a sepultura de Adonias.