quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Brasil

Brasil

Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fulgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

E assim nasceu o Brasil das Anas, dos Raimundos, dos Pedros, das Marias, dos Josés, dos Severinos e de tantos outros que com denodo e paixão constrói com alegria a história da nossa pátria amada, da terra adorada e da mãe gentil.
É o Brasil gigante, de sonho intenso, cheio de esperança, mas também, de contrastes. É o país das grandes fortunas, dos palácios, da tecnologia de ponta, dos recordes da produção agrícola, do carnaval, do samba, do futebol e também da mais profunda miséria, da violência dos assassinos dos moradores de rua, que sob a proteção das trevas buscam suas vítimas entre aqueles que indefesos dormem o sono dos desesperados.
Meu Brasil, brasileiro, terra de gente diversa, exemplo para o mundo de que é possível conviver com as diferenças, sejam elas de cor, de recursos ou ideológicas. Brasil de cenários multicores, de belezas mil, onde seus filhos diariamente buscam inspiração para enfrentar as lutas do dia-a-dia.
Em teu solo habita um povo humilde, trabalhador, extremamente dinâmico e realizador que independente das circunstâncias investem na vida e tem esperança de um futuro melhor.
Brasil das grandes extensões geográficas e de enormes desafios quer sejam: no campo social, econômico, político, cultural e espiritual. O que almejam os teus filhos? O que buscam a tua gente? De certo, que a paz, o direito a educação, ao trabalho, a moradia, a cultura e a Deus.
Como nação possuímos um mesmo sentimento, falamos um mesmo idioma, temos os mesmos costumes, ansiamos um futuro comum a toda nossa gente e esperamos vivê-los com toda intensidade. Como cristãos que somos, sabemos que só na dependência do Senhor Jesus Cristo é que alcançaremos horizontes melhores, onde a paz social, o amor fraternal, a união de propósitos será possível e não apenas um sonho que nunca se realiza.

Brasil, olha pra cima!
Existe uma chance de ser novamente feliz
Volta teus olhos para Deus
E viva

Prof. Jerônimo Viana M. Alves

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Um Deus que disciplina e salva os seus

Jeremias 16

"Portanto, eis que lhes farei conhecer, desta vez lhes farei conhecer a minha mão e o meu poder; e saberão que o meu nome é o Senhor." Jeremias 16:21

As palavras do profeta soa como uma esperança no coração dos seus contemporâneos tementes a Deus. É certo que nos dias de Jeremias existiam poucos (um resto), já que boa parte da população e elite dirigente não suportava a palavra de Deus, nem o profeta.
"E o Senhor me fez saber, e assim o soube; então me fizeste ver as suas ações. E eu era como um cordeiro, como um boi que levam à matança; porque não sabia que maquinavam propósitos contra mim, dizendo: Destruamos a árvore com o seu fruto, e cortemo-lo da terra dos viventes, e não haja mais memória do seu nome." Jeremias 11:18,19
No capítulo 16 temos o seguinte quadro:
  • O profeta é orientado por Deus a não constituir família em Judá. Essa determinação se reveste de simbolismo e está diretamente relacionado a desolação que cairia sob o Reino do Sul (16.1-4).
  • Ele não deveria lamentar, consolar ou se alegrar com o povo, pois, o Senhor havia se retirado do meio deles (Jeremias 16. 5-8).
  • As praticas idolatras dos antepassados e contemporâneos de Jeremias os distanciavam de Deus tornando incompreensíveis o apelo do profeta (16. 10-12).
  • A ira de Deus recairia sobre o povo desobediente (16.4, 13). 
Surpreendente neste texto é que ao mesmo tempo que temos palavras duras de juízo, temos notas de esperança. 

Portanto, eis que dias vêm, diz o Senhor, em que nunca mais se dirá: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito. Mas: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra, a qual dei a seus pais. Eis que mandarei muitos pescadores, diz o Senhor, os quais os pescarão; e depois enviarei muitos caçadores, os quais os caçarão de sobre todo o monte, e de sobre todo o outeiro, e até das fendas das rochas. Porque os meus olhos estão sobre todos os seus caminhos; não se escondem da minha face, nem a sua maldade se encobre aos meus olhos. Jeremias 16:14-17

Nos versos acima, o Senhor promete que tornará a trazer de volta seu povo exilado. Para ilustrar sua ação restauradora apresenta duas imagens:
  • Pescador.
  • Caçador.
Está claro que o juízo de Deus será tremendo a ponto do seu povo ser salvo dentro de uma perspectiva individual e não coletiva. A imagens da pesca e das fendas nas rochas são sugestivas para a compreensão da gravidade que os atingiria, bem como, da disposição de Deus em resgatá-lo nos mais variados cenários (água e montanha).

E primeiramente pagarei em dobro a sua maldade e o seu pecado, porque profanaram a minha terra com os cadáveres das suas coisas detestáveis, e das suas abominações encheram a minha herança. Jeremias 16:18

O verso 18 confirma o estado desesperador do Reino de Judá, mas o verso 21 conclui com um poderoso desafio divino.

"Portanto, eis que lhes farei conhecer, desta vez lhes farei conhecer a minha mão e o meu poder; e saberão que o meu nome é o Senhor." Jeremias 16:21

Era um teste de força. A geração que vivenciasse a libertação não teria outra explicação a não ser que fora o Senhor que movido por graça e misericórdia os haviam devolvido a vida.

O que apreendemos com Jeremias 16?
  • Que não vale apena se distanciar de Deus e sair da sua proteção por mais encantadora que sejam as propostas do mundo.
  • Que fora de Deus não existe consolo, alegria verdadeira, visto que, só em Cristo (Deus) é que somos amparados e somos felizes.
  • Que só podemos entender a vontade de Deus quando deixamos ser dirigidos pelo Pai eterno. Enquanto isso não ocorrer tudo parecerá confuso e obscuro. Por mais que Jeremias insistisse na advertência profética o povo não entendia e resistia a sua mensagem - "Mas este povo é de coração rebelde e pertinaz: rebelaram-se e foram-se. Jeremias 5:23
  • Que a ira de Deus está reservada para os desobedientes e rebeldes a sua palavra.
  • Que Deus nos ama de forma incondicional e acolhe o pecador arrependido. Como um pai humano Ele disciplina seus filhos ("Pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho" Hebreus 12:6), mas não despreza a sua herança. 
Amigo, o Deus de Jeremias é o mesmo Deus de hoje. Como no passado sua mensagem é a mesma, ou seja, arrependido creia "...que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras." (1 Corintios 15. 3-4). 

Tão somente creia e verás a glória de Deus. 

Que o Espírito Santo de Deus possa trabalhar no teu coração para que creia nesta verdade divina e sejas alcançado pela Graça e Misericórdia do Pai criador. Em nome de Jesus. Amém.







domingo, 9 de setembro de 2018

Arqueólogos acreditam ter encontrado local onde Jesus transformou água em vinho Nova descoberta nos túneis 

Os túneis secretos em Israel serão, de acordo com um grupo de arqueólogos, o local onde Jesus transformou água em vinho. De acordo com o jornal britânico Mirror, as novas descobertas indicam que o local correto do primeiro milagre de Jesus terá sido oito quilómetros mais a norte do que se pensava inicialmente, em Khirbet Qana. Durante centenas de anos, os peregrinos dirigiram-se ao local no norte de Israel, onde visitam a "Igreja do Casamento". No entanto, as novas descobertas apontam para que o verdadeiro local seja oito quilómetros mais a norte de Caná, a vila bíblica. Segundo o mesmo jornal britânico, terão sido encontradas pistas muito convincentes, entre elas um altar e uma prateleira com restos de um vaso de pedra, além de espaço para mais cinco objetos semelhantes. De acordo com os relatos bíblicos, eram seis os jarros de pedra que continham o vinho. Revelam ainda a existência de uma rede de túneis secretos usados para adoração cristã, marcados com cruzes e referências a Jesus.

Ler mais em: https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/arqueologos-acreditam-ter-encontrado-local-onde-jesus-transformou-agua-em-vinho

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

A noite escura da alma


31 de Agosto de 2018 - Vida Cristã

A noite escura da alma. Esse fenômeno descreve uma enfermidade que, de tempos em tempos, vem causando sofrimento aos maiores cristãos. Foi a enfermidade que levou Davi a encharcar o travesseiro com lágrimas e que valeu a Jeremias o apelido de “O profeta chorão”. Foi a mesma enfermidade que afligiu Martinho Lutero de tal forma que sua melancolia ameaçou destruí-lo. Mas esse mal não é somente um ataque normal de depressão, mas uma depressão ligada especificamente a uma crise de fé, uma crise que surge quando se sente a ausência de Deus ou quando surge um sentimento de que fomos abandonados por ele.
Essa depressão espiritual é real e geralmente intensa. Nós podemos até questionar como é possível que uma pessoa de fé possa experimentar essas “depressões” espirituais, no entanto, as causas que levam a esse sentimento são verdadeiras e não podem ser ignoradas. Nossa fé não é uma ação constante e uniforme, ela é instável. Nós nos movemos de fé em fé, mas nesse mover podemos passar por períodos de dúvidas quando clamamos: “Senhor, eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé”!
Podemos também pensar que a “noite escura da alma” seja algo completamente incompatível com o fruto do Espírito, não apenas o da fé, mas também o da alegria. Uma vez que o Espírito Santo tenha inundado nossos corações com uma alegria indescritível, como pode haver espaço ali para tais trevas? É importante que façamos uma distinção entre o fruto espiritual da alegria e o conceito cultural de felicidade. Um cristão pode ter alegria em seu coração enquanto ainda há depressão espiritual em sua mente. A alegria que temos nos sustenta através dessas noites sombrias e não pode ser destruída pela depressão espiritual. A alegria do cristão é aquela que sobrevive a todas as recessões da vida.
Ao escrever aos Coríntios em sua segunda carta, Paulo recomenda aos leitores a importância da pregação e da comunicação do Evangelho às pessoas. Mas em meio a isso, ele lembra à igreja que o tesouro que temos, por parte de Deus, é um tesouro que não está contido em vasos de ouro e prata, mas naquilo que o apóstolo chama de “vasos de barro”. Por essa razão ele diz: “para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”. Imediatamente após essa advertência, o apóstolo acrescenta: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo”. (2Co 4.7-10).
Essa passagem indica os limites da depressão que podemos experimentar. A depressão pode ser profunda, mas não é permanente nem fatal. Observe que o apóstolo Paulo descreve nossa condição de várias maneiras, ele diz que somos “atribulados, perplexos, perseguidos e abatidos”. Essas são imagens poderosas que descrevem o conflito que os cristãos devem suportar, mas em todos os lugares que ele descreve esses fenômenos ele descreve também seus limites, “atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”.
Então, nos tempos difíceis, temos essa pressão para suportar, mas a pressão, embora seja severa, não nos esmaga. Podemos estar confusos e perplexos, mas aquele ponto depressivo para o qual a perplexidade nos traz não resulta em completo e total desespero. Mesmo na perseguição, por mais grave que seja, ainda não estamos abandonados, podemos até ser quebrantados e desfalecidos como Jeremias falou, mas ainda teremos espaço para a alegria. Pensemos no profeta Habacuque, que mesmo em sua miséria, permaneceu confiante de que, apesar dos reveses que sofria, Deus lhe faria os pés como os da corça, para que pudesse andar por lugares elevados.

Tradução: Paulo Reiss Junior.
Revisão: Filipe Castelo Branco.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Semear: uma necessidade

Texto bíblico: 4.1-20

Semear é uma determinação de Deus aos crentes. A razão é simples: o evangelismo é o motor do crescimento do Reino de Deus.

A parábola contada por Cristo já inicia com o evangelista fazendo o seu trabalho, portanto, fica claro que a vontade de Deus é que sua Igreja saia das quatro paredes e faça o seu trabalho.
Ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19)
A necessidade de fazer discípulos põe a Igreja em movimento. Essa condição independe daqueles que ouvirão a mensagem do evangelho. Na parábola do semeador existem pontos comuns:
  1. Todos ouvem a palavra de Deus.
  2. Todos em um primeiro momento dão credito a palavra.
  3. Todos iniciam uma caminhada discipular.
A diferença se dá por dois fatores: eleição e permanência.
"Como também elegeu nele antes da fundação do mundo para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor e nos predestinou para filhos de adoção por Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade" Efésios 1. 4-5
O elemento determinante foi a falta de raíz que implica no tipo de terreno ou até onde cada um dos alcançados poderiam caminhar com Cristo. Essa caminhada a todo momento requer escolhas. O fracasso ou sucesso vai depender o quanto a palavra de Deus penetrou no coração dos ouvintes que na parábola é representada pelas circunstâncias que funcionam como bloqueio ou não da interiorização da mesma.

As lições são diversas:
  1. Devemos testemunhar a palavra de Deus com todos, já que todos são alvos da graça e misericórdia de Deus.
  2. Saber que a obra de convencimento é do Espírito Santo.
  3. Não pode existir variação ou níveis diversos na entrega da palavra. Todos os terrenos receberam a mesma quantidade de sementes.
  4. Que devo me importar com o próximo.
Testemunhar de Deus aos homens é a maior prova de amor Cristã. A necessidade de dá frutos (João 15.1-2) é essencial na vida cristã.
"E os que receberam a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão frutos, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um." Mat 4.20


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

O Israel de Deus

Texto: Romanos 11

 Romanos 11 é o clímax da exposição doutrinária de Paulo. Nos capítulos anteriores ele demonstra:
  • A universalidade do pecado Rm 1.18-32; 2.1-29
  • A justificação pela fé Rm 3.20-31; Rm 4.1-25
  • A salvação pela graça Rm 5.1-21
  • A vida no Espírito Rm 6-8
  • O plano de Deus com a Igreja e com Israel Rm 9-11

Os temas até aqui trabalhado levam em consideração dois grupos distintos: judeus e gentios. A Igreja de Roma não foge a essa regra. É possível que existissem dificuldades quanto ao entendimento do evangelho de Cristo.

A questão motora do capitulo 11 é:

"Pergunto, pois: terá Deus, porventura rejeitado o seu povo? De modo nenhum! Porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, a quem antemão conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura refere a respeito de Elias, como insta perante Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, arrasaram os teus altares, e só eu fiquei, e procuram tirar-me a vida. Que lhe disse, porém, a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal." Rm 11. 1-4

Tal questionamento vem se devolvendo desde o capítulo 9, quando Paulo aborda a eleição e no 10 a rejeição de Israel. E agora? Como ficaria os judeus? 

No presente capítulo o apostolo explica para os irmãos de Roma que Israel não tinha sido abandonado definitivamente por Deus. A sua condição de queda era temporária.

Os argumentos usados por Paulo para provar que Deus não havia rejeitado Israel para sempre  começa pela sua experiencia pessoal (Romanos 11.1). Ele juntamente com outros irmãos faziam parte do um remanescente fiel dentro do Israel histórico. Na verdade sempre existiu.

Exemplos como o de Elias (1Reis 19.14-18) e Obadias (1Reis 18.1-16) são uma comprovação desta verdade. Deus não se contradiz.

Nos versos 5-6, Paulo afirma que este remanescente é compostos de pessoas eleitas pela graça de Deus mediante a fé e não por meios das obras. Na carta aos Efésios temos esta mesma argumentação.
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." Efésios 2. 8-9
Aqui começa a ser desenhada uma nova compreensão acerca de Israel. De qual Israel fala o apostolo a qual pertence esses remanescentes? Do Israel histórico ou espiritual? Espiritual. Esse novo Israel é constituído de judeus e gentios justificados por Cristo ao longo da história. Uma das características deste novo Israel é sua aceitação do evangelho, bem diferente do Israel histórico endurecido pela falta de fé no Cristo (Romanos 11. 7-10). 

É interessante o uso que o apostolo faz de Davi nos versos 9-10 para afirmar que a benção de ser povo escolhido se transformou em laço e armadilha. A tradição não é sinônimo de segurança espiritual. Não é por pertencer a descendência de Abraão, ou por ser de família cristã que a salvação está garantida.
"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome." João 1.11-12
O caminho é sempre pela fé. O fato é que a transgressão de Israel trouxe salvação para nós outros e motivo de ciúme aos judeus (Rm 11.11). Esse ciúme pode ser visualizado na relação entre os discípulos de cristo e os judeus em vários momentos da história cristã.

  • Atos 5.17 - Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, tomaram-se de inveja,
  • Atos 13.45 - Então os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava.
  • Atos 17.5 - Mas os judeus desobedientes, movidos de inveja, tomaram consigo alguns homens perversos, dentre os vadios e, ajuntando o povo, alvoroçaram a cidade, e assaltando a casa de Jasom, procuravam trazê-los para junto do povo.

"Para ver se de algum modo, posso incitar à emulação (sentimento que leva o individuo a tentar igualar se a ou superar outrem) os do meu povo e salvar alguns deles" (Rm 11.14). Esse era o desejo de Paulo e deveria ser a pratica comum de todos os cristãos, contudo, não é. Ao longo da história os cristãos tem produzido mais medo e terror do que ciúmes aos judeus.

  • Durante as cruzadas (1099) muitos judeus foram queimados na sinagoga.
  • Durante a Idade Média os judeus foram expulsos de diversos países ( Itália 855; França 1182; Inglaterra 1290; Hungria 1349 e 1360; Holanda 1442 ...).
  • Conversão forçada, inquisição etc.
  • Holocausto - Segunda Guerra Mundial.
Outro aspecto retratado por Paulo é que não devemos nos orgulhar por Deus ter rejeitado temporariamente os judeus para agraciar os gentios (Rm 11.18). Seus argumentos:
  • Fomos enxertados a oliveira (Israel espiritual) - Somos os ramos da oliveira braba.
  • Somos galhos, participamos da raiz e da selva da oliveira. A raiz é que nos sustenta.
  • Devemos temer, jamais se orgulhar. Nossa salvação não é por mérito, mas, pela fé (Rm 11.20).
  • Se Deus não poupou os ramos naturais. também não nos poupará (Rm 11.21-22) se não permanecemos na fé (Rm 11.22).
  • Os judeus serão novamente enxertados na oliveira, visto que, Deus é poderoso para enxertar de novo (Rm 11.23).
Em sua proposição Paulo fala da plenitude dos gentios como ponto final deste endurecimento judaico. Para alguns teólogos essa plenitude se dará na segunda vinda de Cristo. É importante frisar:
  • Não existe diferença entre judeus e gentios - Todos somos desobedientes a Deus (Rm 11. 30-32).
  • Ambos são alvos da graça e misericórdia de Deus (Rm 11.32).
Como entender tal realidade? A partir dos versos 33-36, Paulo esgota seu discurso teológico (capítulos 1 a 11) e passa a adorar a Deus com a mais pura poesia.

"Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Por que quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém."  Romanos 11:33-36

Nestes versos está claro que não dá para especular o que é mistério de Deus. e por fim, que todas as coisas são direcionadas ao Senhor:
  • Porque dele - Criador.
  • Por meio dele - Sustentador.
  • Para ele - Herdeiro de todas as coisas e proposito ultimo de todas as coisas.
A glória pertence somente a Deus, visto que, todas as coisas são de Deus, vieram por Deus e vão para Deus.

Algumas verdades:
  • Todos somos pecadores - Judeus e gentios - Pois todos pecaram e carecem da graça de Deus - Romanos 3.23
  • Somos justificados unicamente pela fé em Jesus Cristo - Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo -  Romanos 5.1 - 
  • Uma vez justificados passamos a fazer parte do Israel espiritual pelos méritos de Cristo.
  • Os mistérios de Deus são inacessíveis aos homens.
  • Deus é merecedor de toda nossa adoração e louvor.
A participação do Israel espiritual não se dá por associação livre, pela vontade humana. mas, pelo arrependimento dos nossos pecados e fé salvadora em Jesus Cristo. Portanto, ainda hoje busque ao Senhor e seja alcançado pela sua graça salvadora.