segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ferreira Itajubá - Poeta Potiguar

Ferreira Itajubá
Ferreira Itajubá


Agosto. O claro mês dos meus anos. Que anseio
De ser asa migrante e fugir pelos ares,
Pelos longes do céu, através desses mares,
Em busca do calor do sol de um clima alheio!

     Mistério e inconstância. Duas palavras que podem definir os quase 35 anos de vida do poeta Ferreira Itajubá. O mistério começa pelo seu nascimento que, não se sabe ao certo, pode ter acontecido em 1875, 76 ou 77. O último ano é o mais provável. A 21 de agosto para ser mais preciso. Pelo menos foi o que assinalou o próprio poeta no termo de nomeação para servente na Associação de Praticagem. Onde nasceu? No Rio Grande do Norte, provavelmente na Praia de Touros. O sobrenome com o qual passou para a História também não era seu. Nascido Manuel Virgílio Ferreira, incorporou o Itajubá em seus primeiros versos e depois definitivamente à sua vida. A inconstância aparece no que em circunstâncias normais se chamaria de vida profissional. Foi auxiliar do comércio, orador popular, jornalista, professor, funcionário público e dono de circo, cujos espetáculos tinham lugar no quintal de sua casa. Mas acima de qualquer coisa, Ferreira Itajubá exerceu duas principais “funções” em sua passagem por este mundo: a de poeta e de boêmio.

Que saudade sem fim de outras terras me veio!
Que ânsia de me esquecer por estranhos lugares!
Pois se não tenho aqui lenitivo aos pesares,
Quanto mais quem me aqueça ao mormaço de um seio!

     Ferreira Itajubá tinha alma de poeta. Talvez daí sua brevidade neste mundo. Com a alma cheia de poesia, não precisou de grandes estudos. Tinha apenas a instrução primária. Segundo Câmara Cascudo, “morreu sem suspeitar a existência da gramática”. O que em nada diminui o valor de seus versos, “de um lirismo espontâneo, sonoros e ricos de seiva poética”, como disse Veríssimo de Melo. Na introdução de Poesias Completas - obra que reúne os dois livros de Ferreira Itajubá, Terra Natal e Harmonias do Norte -, Esmeraldo Siqueira observa: “No poema de Itajubá, o largo sopro lírico assume facetas sugestivas e variadas. É romântico, amoroso, saudosista, filial, regionalista, patriótico. Não lhe falta mesmo a nuança filosófica, o sentimento da fuga vertiginosa do tempo e da precariedade da vida”.

Minha mãe? Minha irmã? Duas mulheres santas
Mas inda falta alguém nesse longo caminho
Que tem na mocidade o perfume das plantas...

     Alma de poeta e de criança. Já adulto, empinava enormes papagaios (pipas, pandorgas) de papel de seda e, na época de São João, virava fogueteiro. Seu humor também era mostrado no jornal O Echo, que ele mesmo criou. Colaborou em todos os jornais da época. Ainda que raramente, também nos jornais A República e Rio Grande do Norte, políticos e sisudos, bem diferentes de seu estilo boêmio. Como homem simples e com a loucura dos poetas, também buscou auxílio na Bíblia, encarnando um pastor.

E como não posso ir, e como vais e eu fico,
À noiva que me espera à beira de algum ninho,
Ave de arribação, leva esta flor no bico!

     A mãe, a irmã e a misteriosa Branca eram suas fontes de inspiração. E quem era Branca? Seu amor , às vezes perto, às vezes distante, junto ao marido e que, segundo o escitor Nilson Patriota, em seu livro Itajubá Esquecido, poderia ser Emília Ribeiro, nativa da Praia de Touros. O poeta que vivia de saudades e amores oníricos morreu no Rio de Janeiro, para onde tinha ido em busca de recursos médicos inexistentes em Natal, a 30 de junho de 1912. Lá foi enterrado e, anos depois, por iniciativa de Henrique Castriciano, seus restos mortais foram levados para Natal e temporariamente depositado no ossuário da Igreja de Bom Jesus das Dores. Numa das remodelações da igreja, um frade juntou “as velharias existentes, inclusive os ossos que encontrou aqui e ali e lançou tudo numa vala comum, ao lado da igreja”. Os ossos de Itajubá estavam no meio. Termina assim a breve história do poeta, bem diferente do que ele imaginara.

Hei de morrer cantando
num domingo formoso
Quando alveja no espaço o luar saudoso
O fulgor das estrelas empanando

-
Fonte: Memória Viva

Flor do Campo - Auta de Souza

A meu irmão Eloy
Auta de Souza

Moça ingênua e formosa,
Ó doce filha do sertão agreste!
O teu olhar celeste
Tem o fulgor da Noite luminosa.

Guarda a mesma doçura,
O mesmo encanto feito de esperanças
Dos olhos das crianças,
Ninho de sonho e ninho de ternura.

A luz do Paraíso,
Quando a alegria tua boca enflora,
Resplende como a aurora
Na graça virginal de um teu sorriso.

É’s inocente e boa
Como a Quimera que em teu seio canta
Tens a beleza santa
Da pomba amiga que no Espaço voa.

Jamais alguém te disse
Que tens o rosto branco como o gelo,
A noite no cabelo
E o sorriso tão cheio de meiguice.

Por isso inda é mais bela
A tua fronte cândida e tranqüila,
E o fogo que cintila
No teu olhar é como o de uma estrela.

Angélica e suave,
É tua voz que as almas adormece,
Um ciciar de prece,
Embalando a saudade de algum’ave.

Hoje tu’alma ignora
Toda a magia deste rosto puro;
Mas, olha, no futuro
Lembrar-te-ás do que não vês agora.

E, então, com que saudade
Recordarás esse passado morto
Em triste desconforto,
Chorando os sonhos da primeira idade.

Ó lindo malmequer,
Anjo que vives a sonhar com Deus...
Põe os olhos nos meus
E ouve bem séria o que te vou dizer:

Um dia, talvez cedo,
Teu coração palpitará inquieto
E, transbordando afeto,
Há de afagar um íntimo segredo.

Para tu’alma honesta
O Céu inteiro, iluminado, ó flor!
Com a luz de um puro amor
Há de brilhar como uma Igreja em festa.

E assim, risonha e calma,
Conduzirá ao porto da aliança,
Na barca da Esperança,
Como um troféu, o noivo de tu’alma.

E Deus há de baixar
Sobre estas duas mãos que o padre estreita,
A bênção mais perfeita,
O seu mais doce e mais divino olhar.

Feliz, muito feliz,
A tua vida correrá de manso
No plácido remanso
De quem adora o Céu e o Céu bem-diz.

Depois, do Paraíso,
Jesus há de enviar-te uma filhinha,
Formosa criancinha
Que embalarás cantando n’um sorriso.

E ela há de ser bonita
E boa como tu, anjo terrestre,
Ó linda flor silvestre,
Minha singela e casta margarida!

E após anos e anos,
Quando ela ficar moça e no teu rosto
A sombra do sol posto
For desdobrando o manto dos enganos.

N’um dia de verão,
Sentado à porta, à hora do descanso,
Sorrindo, bem de manso,
Há de dizer, pegando-te na mão.

O velho esposo amigo:
- Repara como é linda a nossa filha!
Seu riso como brilha!
Eras assim quando casei contigo.

E tu hás de evocar,
Entre saudades trêmulas e ais,
Aquele tempo que não volta mais!

E no gracioso olhar
De tua filha os olhos mergulhando,
Deixarás a tu’alma ir flutuando

Sobre a onda bendita
Daquele mar puríssimo e dolente...

E, então, murmurarás saudosamente:
Ah! como fui bonita!

Alto da Saudade.

Fonte: http://pt.poesia.wikia.com

Cristãos são usados ​​como escudos humanos pelos rebeldes islâmicos nas Filipinas

A luta prolongada entre separatistas islâmicos e as forças armadas das Filipinas obrigou 80 mil pessoas a evacuar a cidade predominantemente cristã de Zamboanga. A Frente Moro de Libertação Nacional (MNLF, na sigla em inglês) está sendo acusa de reunir dezenas de reféns cristãos e os usaram como escudos humanos.

O Human Rights Watch (HRW), a entidade responsável pela denuncia contra o MNLF, que está lutando contra um tratado de paz proposto entre o governo filipino e outra facção islamita, a Frente de Libertação Islâmica Moro (MILF, na sigla em inglês), segundo relatou o Philippine Daily Inquirer.

As Forças Armadas das Filipinas também estão sob observação do HRW, devido a acusações por, supostamente, torturar e maltratar os supostos rebeldes.

A luta em já dura duas semanas, e já vitimou mais de 100 pessoas, a maioria rebeldes. As estimativas são de que o MNLF ainda tenha cerca de 25 reféns em seu poder. Os militares já recuperam o controle de 70 por cento da cidade, a sexta maior nas ilhas Filipinas.

Apesar da denúncia do uso de cristãos como escudos humanos, o conflito na região tem mais conotações políticas que religiosas, disse a prefeita de Zamboanga, Maria Isabelle Climaco Salazar. Segundo ela, luta não é uma agressão direta aos cristãos na região, mas uma rebelião contra o tratado proposto entre a MILF e o governo filipino.

Por Dan Martins, para o Gospel+

domingo, 22 de setembro de 2013

Sábado Cidadão - Escola M. Mário Lira

Em 14 de setembro passado celebramos em nossa escola o Sábado Cidadão. Na programação do evento constava apresentações de musicais [paródias...] dramatização, dança e exposição [universo das religiões brasileiras,  comida saudável]. Foi uma manhã por demais educativa. Veja abaixo alguns dos trabalhos apresentados.


Coral de Alunos dos 6º B e C - Paródia sobre a saúde pública - Música base - Asa Branca de Luiz Gonzaga.



Dança - Alunos do 9º ano - Tema - Bullying - Professores coordenadores - Romeica e Lily.

sábado, 21 de setembro de 2013

Pastor evangélico em Damasco: "Quase metade da minha congregação fugiu"

Irmãos de perto e da distância, oremos pelos servos de Deus que estão na Síria. As privações e opressões são muitas, mas o nosso Deus é MAIOR que todas elas. Que não venhamos nos esquecer de nenhum deles para a honra e glória do nosso Deus. Veja a entrevista abaixo com o Pr. Edward.

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Um pastor evangélico em Damasco revelou que nos últimos dois anos, 40%  da sua congregação deixou o país, fugindo da guerra civil que ocorre na Síria.  

Pastor Edward expressa a sua tristeza com a situação. "Há uma profunda tristeza, estresse e ansiedade" entre os crentes. Muitas pessoas que têm recursos financeiros e contatos no exterior estão deixando o país. Enquanto isso, os outros estão esperando a oportunidade para sair.  

Apesar da situação, a igreja continua a desenvolver suas atividades humanitárias sendo um ponto de apoio e abrigo para todos que precisam. "Muitas das famílias que nos visitava e ajudava com fornecimento mensal de alimentos, hoje usufruem destes mesmos serviços que mantiveram enquanto suas condições financeiras permitiram", diz o pastor.

Embora os combates não estejam ocorrendo no centro de Damasco, mas em subúrbios próximos, sentimos sua macabra e intensa aproximação. É impossível não ouvir os sons de tiros e explosões que se tornaram comuns. "Parece que não há fim à vista", diz Edward. "Os cristãos são como as outras pessoas: temem pela sua segurança e futuro dos seus filhos", diz ele. Outro problema é a perda de empregos e a diminuição progressiva do poder de compra devido à inflação.

Dois anos e meio depois do início do conflito, as pessoas estão "sofrendo economicamente e emocionalmente traumatizada", diz Edward. Essa situação tem promovido mudanças tremendas em nossa comunidade "os irmãos da igreja estão mais próximos e mais apegados uns aos outros.”

O pastor agradece as orações e apoio de outros cristãos. "Minha esposa e eu tenho um profundo sentimento de paz. Acreditamos que a paz é um dom de Deus, para que possamos permanecer no país para incentivar o nosso povo e para aliviar um pouco o seu sofrimento", explica ele. "Mesmo passando por lutas e tristezas não deixamos de confiar em Deus e sua providente bondade."

Fontes: Charisma News
Editado por: Protestante Digital

Tradução Google

sexta-feira, 20 de setembro de 2013


Meu irmão Zezinho é um grande artesão. Faz produtos de primeira classe e personalizado. Quem desejar comprar uma bateria de primeira linha aconselho comprar com Zezinho. Esse eu conheço.


Salmo 91

Cristãos perdoam muçulmanos que queimaram sua igreja

A cidade de Minya foi uma das mais afetadas durante a nova onde de perseguição contra a Igreja no Egito. Desde agosto, os cristãos vêm sofrendo os piores ataques dos últimos 700 anos, apontam especialistas. Contudo, muitos desses ataques estão sendo respondidos com o amor de Cristo.

Dezenas de igrejas coptas e católicas foram queimadas em todo o país. Imagens do seu interior, mostradas pela rede de TV CBN, apresentam uma visão desoladora. El Amir Tadros, uma igreja centenária, foi completamente destruída e não é seguro entrar nela. A única opção é demolir o prédio e construir outro.
Nas duas últimas semanas, essa igreja vem realizando seus cultos às 6:30 da manhã, dentro de uma tenda de lona colocada do lado de fora do terreno. Na classe de escola dominical os alunos estão aprendendo sobre Teodoro do Shateb, um comandante romano que se converteu ao cristianismo e foi martirizado em 313. Ele é uma figura popular na tradição copta e inspirou o nome da igreja.

“Nesses dias eu acho que as crianças estão tendo uma lição de vida”, disse a professora Marka William à CBN News. ”Eles veem a sua igreja queimada. Eles sabem como são tratados todos os dias. Eles nos veem perdoar os nossos inimigos. Nós respondemos como todos os outros cristãos respondem. Estamos no Egito para servir. Estamos aqui para demonstrar o amor cristão. Fazemos todos os esforços para não revidar e mostrarmos o amor que o Senhor nos ensinou”.

Em Minya, os radicais muçulmanos também atacaram e destruíram um orfanato copta chamado Soldados de Cristo. Mais de 200 crianças ficaram sem abrigo. No dia seguinte, os cristãos que administram o orfanato deixaram uma mensagem no muro em frente ao local: “Vocês quiseram nos ferir, mas nós perdoamos vocês. Deus é amor. Tudo coopera para o bem…” Em outro muro escreveram: “Amai os vossos inimigos”.

É verdade que nem todos os muçulmanos estão tentando eliminar os cristãos da cidade. Os ataques foram ordenados pela Irmandade Muçulmana, o grupo politico e religioso culpa os cristãos de “conspirarem” para a derrubada do presidente Mohammed Mursi em julho.

Embora continuem vivendo sob ameaças, os cristãos de Minya prometem continuar seus ministérios. Eles dizem que os prédios foram destruídos, mas a Igreja de Cristo continua de pé. Reafirmam sua fé em Jesus, que prometeu que edificaria a Sua Igreja.

Ezzrat Ibrhim, que trabalha para a comissão de direitos humanos da ONU no Egito, explica: “Antes de atacar propriedades dos cristãos, sejam casas, lojas, escolas, carros ou templos, fazem um X com tinta preta. No dia seguinte saqueiam e queimam os locais marcados. Isso mostra que é tudo planejado antes”. Com informações The Age, Copitc World e CBN.

Perseguição religiosa se intensifica e mercenários muçulmanos recebem US$ 43 por cada cristão morto

O extremismo religioso na Nigéria tem alcançado proporções de genocídio, à medida em que o grupo islâmico Boko Haram intensifica suas investidas contra os cristãos.

Massimo Introvigne, coordenador do Centro de Liberdade Religiosa na Itália, publicou um relatório sobre a situação dos cristãos na Nigéria, e alertou para o fato de que a “caça” aos fiéis tem sido recompensada com 7 mil nairas, que equivalem a US$ 43. Esse valor é pago pelo Boko Haram para seus adeptos a cada cristão assassinado no país.

“Estima-se que em 2012, 105 mil cristãos mortos por razões religiosas. É uma morte a cada cinco minutos”, lamenta Introvigne.

O grupo cristão Jubilee Campaign tem criticado durante o governo pela falta de ação em relação ao assunto. Entretanto, o próprio presidente admite não ter como conter o Boko Haram, que montou um exército particular a partir dos equipamentos e treinamentos recebidos da Al-Qaeda, organização terrorista responsável pelos ataques de 11 de setembro aos Estados Unidos.

A motivação do Boko Haram é a criação de um Estado muçulmano que seja orientado pela sharia, a lei islâmica. Todavia, a Nigéria é um país polarizado em termos de religião, sendo que aproximadamente 50% da população é cristã.

O norte da Nigéria é quase totalmente controlada por extremistas muçulmanos, e essa é a região onde acontecem a maior parte dos assassinatos contra cristãos e ataques contra templos, de acordo com informações do Noticias Cristianas.

“O direito de praticar livremente sua religião é um direito fundamental consagrado no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A verdade é que é impossível calcular exatamente o martírio”, afirmou Introvigne, observando que “metade das pessoas mortas por motivos religiosos no mundo em 2012 viveu na Nigéria”.

Por Tiago Chagas, para o Gospel+

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Arqueólogos encontram “cidade perdida” mencionada nos Evangelhos

Segundo o site acadêmico LiveScience, uma “cidade perdida”, descrita nos Evangelhos, pode finalmente ter sido encontrada. Dalmanuta é o lugar para onde Jesus partiu após ter feito a multiplicação de pães e peixes que alimentou uma multidão. O capítulo 8 de Marcos afirma: O povo comeu até se fartar. E ajuntaram sete cestos cheios de pedaços que sobraram. Cerca de quatro mil homens estavam presentes. E, tendo-os despedido, entrou no barco com seus discípulos e foi para a região de Dalmanuta”.

Contudo, a passagem correspondente de Mateus 15:39 diz: “Tendo despedido a multidão, entrou no barco, e dirigiu-se ao território de Magadã”. Essa menção fez com que durante séculos os estudiosos pensarem se tratar da cidade que hoje é chamada de Migdal.

Também conhecida por Magdala, está situada ao noroeste do Mar da Galileia, no vale de Genesaré. O local é mais conhecido por sua associação com Maria de Magdala, apelidada de Madalena. Nessa região recentemente foi encontrada as ruínas de uma sinagoga onde Jesus teria estado e talvez pregado, segundo os especialistas.

Ken Dark, da Universidade de Reading, cuja equipe descobriu as ruinas dessa cidade defende que se trata de Dalmanuta, uma “cidade perdida” para a arqueologia. Ele e sua equipe querem comprovar a teoria por causa de uma embarcação de 2.000 anos de idade que foi encontrada na região em 1986. Até hoje é o mais famoso artefato associado à área, o famoso “barco de Jesus” poderia não ser de Magdala, mas sim da cidade vizinha de Dalmanuta. Elas ficavam a cerca de 200 metros uma da outra. Isso sugere que os dois evangelistas apontavam para a mesma região, mas não para a mesma cidade.

"O barco de Jesus"

A exploração encontrou cerâmica antiga e uma série de fragmentos de colunas, incluindo peças esculpidas no estilo coríntio. Os testes de radio carbono permitem que muitos dos artefatos encontrados comprovem sua idade. Alguns deles, ânforas de vidro, indicam que seus antigos habitantes eram ricos. Vestígios de âncoras de pedra, juntamente com a localização próxima à praia, ideal para barcos, indicam que a população se dedicava à pesca. São as ânforas e as âncoras que ligariam a cidade ao chamado “barco de Jesus”.

A teoria é apresentada na edição de setembro da revista científica Palestine Exploration. Análises do material indicam que a cidade era próspera e provavelmente sobreviveu por séculos. A data das peças de cerâmica indicam que ela existiu pelo menos entre o primeiro e o quinto século. A comunidade judaica provavelmente vivia ao lado de um povo politeísta, como indicam os fragmentos de vasos de calcário. Segundo Dark, isso seria a realidade da região no início do período de dominação romana.

Embora reconheça não ser possível a comprovação inequívoca que a cidade recém-descoberta é a Dalmanuta bíblica, para ele é um dos poucos nomes de lugares desconhecidos por pesquisadores. Além disso, está no Vale de Genesaré, um sítio arqueológico “amplamente negligenciado”. A pesquisa de Dark utilizou, além do sistema tradicional, fotos tiradas de satélites para estabelecer mudanças na topografia.

Como no campo da arqueologia tudo ocorre muito lentamente e sempre surgem questionamentos, é provável que demore alguns anos antes de as teorias da equipe do doutor Dark sejam totalmente comprovadas. Com informações de RT, Christian Origins e Live Science.

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br