terça-feira, 25 de dezembro de 2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Igrejas brasileiras tem desistido do Evangelho social em favor da teologia do bem-estar, afirma reverendo


A necessidade de maior ação das igrejas na busca por diminuição da pobreza extrema e redução das diferenças sociais foi tema de um artigo do reverendo da Igreja da Inglaterra, Giles Fraser.

O articulista do conceituado jornal britânico The Guardian, afirmou que em uma viagem sua ao Brasil, conheceu o campo de atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a ausência das igrejas como mentora ideológica de movimentos sociais como esse.

Para Fraser, nos anos 1970, “a teologia se tornou uma ferramenta para dar aos mais pobres, um ponto de encontro para a resistência à opressão política, não menos, na área da reforma agrária”.

O reverendo menciona a teologia da libertação, empregada tempos atrás por alguns teólogos e bispos católicos, como exemplo de iniciativa que se faz necessária na luta pela redução da desigualdade. No ambiente protestante, uma iniciativa semelhante, sem o viés político aplicado na teologia da libertação, é a missão integral.

Em seu relato, Fraser afirma que viajou ao interior do país e levou “mais de uma hora” para cruzar uma única fazenda: “É milha após milha de monocultura vedada, com a terra sendo trabalhada por máquinas enormes que parecem Transformers. Este é, em parte, o caminho que levou o Brasil a quinta maior economia do mundo. Mas, situado entre os campos de fazendas do agronegócio poderosos se encontra um Brasil completamente diferente”, afirma.

Num país que igrejas compram fazendas, Fraser menciona ainda que a ausência da ação social, apesar de “algumas exceções heroicas”, as denominações “tradicionais têm desistido da luta do evangelho social em favor de uma teologia de bem-estar que traz apostadores”.

Segundo ele, é preciso lembrar aos líderes cristãos do Brasil a mensagem de Jesus: “Eu vim para trazer uma boa notícia para os pobres e liberdade para o cativo”.

Confira a íntegra do artigo, em inglês, do reverendo Giles Fraser, neste link.

Por Tiago Chagas, para o Gospel+

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Projeto de legalização do casamento gay poderá obrigar igrejas a realizarem cerimônias homossexuais


A proposta de instituição definitiva do casamento gay no Reino Unido tem levantado polêmicas entre os cristãos britânicos.

O primeiro ministro, David Cameron, apoia o projeto, apesar dos protestos das alas mais conservadoras de seu partido e também de líderes cristãos.

A posição final do governo a respeito do projeto deverá ser apresentada na próxima semana, e irá à votação no Parlamento. Se alterada, a versão final do projeto poderá sugerir a obrigatoriedade de templos religiosos realizarem cerimônias homossexuais.

-Sou um fervoroso partidário do casamento e não quero que os gays sejam excluídos desta grande instituição pública. Mas quero esclarecer que se uma igreja, sinagoga ou mesquita não quiser realizar uma cerimônia de casamento gay, ninguém deverá obrigá-la a fazer. Isto está claro na legislação. Será um voto livre para os membros do Parlamento, embora pessoalmente eu vou votar a favor – pontuou o primeiro ministro.

Em determinados países do Reino Unido, como a Escócia, a discussão tem dividido lideranças políticas e cristãs, segundo informações do Padom.

A união civil entre pessoas do mesmo sexo é reconhecida pelo Reino Unido desde 2005, porém essas uniões não são reconhecidas como o casamento tradicional.

Porém, pressões políticas por parte de líderes considerados ultra-conservadores estariam fazendo o governo recuar de levar a proposta à votação, para evitar problemas nas próximas eleições, afirma o Daily Mail.

Analistas políticos do país afirmam que, se o projeto for realmente à votação, os partidos não deverão interferir na orientação para o voto na Câmara dos Comuns, permitindo assim que se prevaleça a opinião pessoal dos parlamentares.

Por Tiago Chagas, para o Gospel+

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012