domingo, 17 de junho de 2012

Autoridades iranianas fecham igrejas no Irã

No início do mês, autoridades do Irã determinaram o fechamento de uma igreja na capital Teerã, durante uma campanha do governo para reprimir as poucas igrejas oficiais que oferecem culto na língua farsi, de acordo com um grupo de direitos humanos.

A ordem veio de um ramo da Inteligência da Guarda Revolucionária do Irã, conhecida por sua agressão militar.

“Infelizmente, agora é oficial. A igreja, no distrito de Janat-Abad,  recebeu ordem para fechar”, disse Monsour Borji, um cristão iraniano e defensor de iniciativas de direito do Artigo 18. “Se nenhuma decisão para reverter isso for tomada, não haverá mais reuniões a partir deste mês”.

Artigo 18 é uma iniciativa do Conselho Unido das Igrejas Iranianas (Hamgaam), baseado em Londres, que busca defender e promover liberdade religiosa no Irã. O Hamgaam é composto de igrejas cristãs iranianas na Europa.

A igreja, no distrito de Janat-Abad, pertence à Igreja Assembleias de Deus no Irã. Originalmente, localizava-se em Karaj, 20 km a oeste de Teerã, mas as autoridades determinaram que fosse fechada há alguns anos, disse Borji.

Os líderes da igreja haviam negociado com as autoridades, para usarem a propriedade que tinham adquirido em Janat-Abad, a fim de servir os cristãos de origem assíria que viviam a oeste de Teerã. Com o passar do tempo, entretanto, o número de iranianos de famílias muçulmanas de língua farsi que frequentavam a igreja cresceu, atraindo a atenção das autoridades.

Mais de 70 cristãos se reúnem aos domingos para o culto de língua farsi em Janat-Abad. Indubitavelmente, o ordem de fechar a igreja no subúrbio de Teerã foi dada verbalmente, disse Borji.

“O crescente número de cristãos de língua farsi, de maioria ex-muçulmana, tornou-se uma fonte de preocupação das autoridades e, agora, determinaram que a igreja fechasse”, disse ele.

No mês passado, a liderança da Igreja Central das Assembleias de Deus, após 20 anos de pressão das autoridades para fornecerem uma lista de membros da igreja, pediu a seus membros que apresentassem seus nomes e seus números de identidade. Esse movimento do governo visava limitar a frequência de convertidos do islã ao cristianismo, assim como melhor monitorar seus membros, disseram fontes. Quase todos os membros, dos dois cultos de domingos, vêm de famílias muçulmanas. Ambos os cultos são realizados em farsi.

Borji disse que alguns membros apresentaram seus dados no mês passado e as autoridades já usaram isso para pressionar os cristãos, alarmando aqueles que não deram suas informações.

“Alguns apresentaram, mas não todos, especialmente após alguns membros terem passado por problemas no trabalho e na universidade, depois de terem fornecido detalhes a seu respeito”, disse Borji.

Um universitário que frequentava a igreja foi impedido de fazer a prova final e outro membro foi despedido do trabalho, disse ele.

Quando membros da Igreja Central das Assembleias de Deus de Teerã, inicialmente ouviram a notícia, alguns creram estarem enfrentando o dilema ético de estar negando Cristo ao recusarem se revelar dessa forma.

Em fevereiro, a Igreja Protestante Emmanuel e a Igreja Evangélica São Pedro, foram proibidas de realizarem os cultos de sexta-feira. Estas duas igrejas eram as últimas igrejas oficiais que ofereciam cultos na língua farsi às sextas-feiras, em Teerã.

“Se esta campanha agressiva, para eliminar o cristianismo evangélico, não for interrompida, será uma questão de tempo até que as igrejas de língua farsi sejam forçadas a fechar”, disse Borji.

Se a igreja em Janat-Abad, fechar suas portas este mês, apenas três igrejas permanecerão em Teerã oferecendo cultos em farsi: A Igreja Central das Assembleias de Deus em Teerã, a Igreja Protestante Emmanuel e a Igreja Evangélica São Pedro. Embora estas duas últimas tenham sido proibidas de realizar cultos às sextas-feiras, continuam com os cultos em farsi aos domingos.

No mês passado, as autoridades prenderam um dos anciãos da Igreja Emmanuel em Teerã, Mehrdad Sajadi, e sua esposa, Forough Dashtiani, de acordo com a agência Mohabat News.

Mohabat News e outras agências de notícias relatam uma repressão contra os cristãos nos últimos meses. Em um relato no início do mês, a agência Middle East Concern (MEC) relatou que “a campanha do governo de intimidação contra os cristãos e as igrejas continua”, e observou que as autoridades estão alvejando tanto as igrejas domésticas quanto o “pequeno remanescente de igrejas protestantes reconhecidas oficialmente”.

Como uma república islâmica, o Irã vê os cristãos e especialmente os convertidos cristãos como inimigos do estado e peões do Ocidente para minar o governo. As autoridades associam o cristianismo com algumas minorias étnicas no Irã, ou seja, armênios e assírios, e não toleram a noção de uma igreja de língua farsi.

Convertidos cristãos do islã recorrem a reuniões em secreto em seus lares e formam uma igreja clandestina feita de grupos caseiros. Não há informação disponível sobre quantos iranianos deixaram o islã pelo cristianismo.

Em nome do Hamgaam, Borji pede que a comunidade internacional levante a voz contra a perseguição de cristãos no Irã.

“Pedimos pelo apoio e solidariedade de todos os iranianos e da comunidade internacional para pôr fim a essas políticas opressivas que visam estrangular a igreja”, disse ele.

Mais de 20 cristãos permanecem presos no Irã devido à sua fé, de acordo com o relato do MEC. Cinco deles estão em Teerã, cinco em Shiraz, três em Kermanshah e pelo menos dois em Isfahan. Cinco outros em Isfahan foram confirmados soltos no início de maio, incluindo Hekmat Salimi, líder leigo da Igreja Anglicana de São Lucas.

Noorallah Qabitizade, no sudoeste da cidade de Ahwaz, e Farshid Fathi, na Prisão Evin de Teerã, estão presos desde dezembro de 2010.

Yousef Nadarkhani, da Igreja do Irã, está preso desde outubro de 2009 e ainda se encontra sob pena de morte. Behnam Irani, também membro da Igreja do Irã, está preso em Karaj desde maio de 2011 e seu estado de saúde é precário.

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FontePortas Abertas
TraduçãoGetúlio Cidade

"Futuro que preparam na Rio+20 vai nos levar ao abismo", diz Leonardo Boff

"É um documento materialista e miserável". Foi dessa forma que o teólogo e escritor Leonardo Boff se referiu ao documento geral da ONU que está sendo preparado na Rio+20, Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho, no RIo de Janeiro.

"O Futuro que preparam na Rio+20 vai nos levar ao abismo", disse Boff, um dos responsáveis pela Carta da Terra, declaração de princípios que busca inserir na sociedade princípios mais éticos na relação com o meio ambiente.

Segundo o teólogo, a busca por uma economia mais sustentável, um dos principais focos da Rio+20, não terá sucesso algum com as ideias e panoramas atuais.

"Só se fala de economia verde. Mas o que eles querem é apenas uma economia pintada de verde. Temos que ter uma ruptura com o sistema atual", afirmou.

Dez países devem ajudar Brasil em acordo

Representantes de delegações de ao menos dez países devem ajudar o Brasil a coordenar as negociações do comitê preparatório para Cúpula de Chefes de Estado da Rio+20. O encontro deveria se encerrar com um rascunho da declaração final praticamente fechado, mas ainda há muitos pontos em debate e as negociações vão continuar informalmente.

O porta-voz das negociações do Comitê de Preparação da Rio+20, Nikhil Seth, confirmou que a delegação do Brasil, como anfitriã da Conferência, assume a coordenação dos debates entre as delegações de Estado a partir do sábado (15). “A meta de todos agora é estar com todo ou pelo menos quase todo o texto fechado até o dia 19, antes da chegada dos chefes de Estado”, disse Seth.

Seth rechaçou a hipótese de que os temas-chave em discussão e estão sem consenso serem definidos apenas em 2013.

Cristãos da Índia falam sobre mudança de vida proporcionada por trabalho missionário do Portas Abertas


Há cerca de dois anos, comunidades cristãs dos vilarejos de Badabanga e Bandabaju, montanhas de Kandhamal, no estado de Orissa, na Índia, estavam desabrigadas desde que extremistas hindus irromperam em violência em agosto de 2008, matando 120 cristãos, destruindo centenas de igrejas e derrubando 6 mil casas na região. Cerca de 52 mil cristãos ficaram desalojados em Orissa.

Expulsos de seus vilarejos, os cristãos sobreviventes foram avisados que somente teriam permissão para voltar se renunciassem sua fé em Cristo. Decididos a não abandonar sua fá, esses cristãos sem terra não tiveram nenhuma fonte de renda. Os negociantes hindus não os empregavam mais como diaristas para cortar pedras. As mulheres foram banidas das florestas, onde sempre tinham estado, juntando folhas para fazer pratos de folhas e vendê-los. Pais temerosos não ousavam mais enviar seus filhos para a escola, onde eram firmemente discriminados pelos colegas hindus.

“Eles precisavam ser capacitados, não alimentados, de forma a recuperar sua dignidade e sua vida”, explicou um obreiro de campo da Portas Abertas, sobre o trabalho que foi iniciado na região. A entidade começou há dois anos, um trabalho de estudo bíblico e uma série de atividades voltadas para o desenvolvimento urgente e necessário da comunidade local, onde a maioria dos adultos não sabia sequer ler e escrever.

Com o tempo, o trabalho foi estendido também entre as crianças hindus, que chegaram a superar as cristãs em números entre os que se juntavam para ouvir histórias do Evangelho e mensagens cristãs em um ambiente positivo.

Hoje, os cristãos da região falam sobre a mudança de vida causada pelo trabalho missionário do local e mostram suas esperanças em ter uma vida ainda melhor.

Balma Digal, uma viúva com três filhos e uma sogra de 70 anos para cuidar, conta hoje sobre os resultados dos trabalhos do Portas abertas no local: “Estava além de minha imaginação que eu pudesse ter uma bela casa para minha família”.

Através de várias iniciativas de Portas Abertas, Balma aprendeu a ler e a escrever, seus filhos entraram na escola-ponte para continuar seus estudos e, agora, tem sua própria casa.

“Eu creio que um dia, nosso vilarejo será definitivamente um modelo para os outros!”, disse Sunil Nayak, de Bandabaju. Após perder tudo e lutar para sobreviver, ele e sua família tinham vivido sob uma cobertura de plástico. “Durante o verão, sentíamos o calor escaldante nos fazendo derreter. Na estação das chuvas, a água jorrava para dentro e, algumas vezes, o vento levava nosso abrigo para longe. No inverno, nós tremíamos enquanto dormíamos no chão. Mas agora minha família pode permanecer junta e ser protegida do calor, da chuva e do frio. É difícil acreditar que tenho minha própria casa! Agradeço a Deus por enviar a Portas Abertas para o meu vilarejo”.

Fonte: Gospel+

Cristãos apoiam o candidato islamita Mohamed Mursi nas eleições presidenciais do Egito


Está acontecendo nesse fim de semana no Egito o segundo turno da eleição presidencial, na qual o primeiro presidente pós-Mubarak será escolhido nas urnas. Em todo o país é tida como certa a preferência dos cristãos pelo candidato secular Ahmed Shafiq, rival do islamista Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana. Porém, alguns cristãos seguem a ordem oposta dessa lógica declararam seu apoio ao candidato islâmico.

Shafiq, é ex-ministro de Hosni Mubarak e é tido como uma escolha natural dos mais de 8 milhões de cristãos no Egito que temem que, se escolhido, Mursi transformaria o país em um Estado islâmico e ameaçaria as minorias.

De acordo com o Terra, muitos cristãos afirmam não se encaixar em um perfil amedrontado pelo islamismo e se declararam a favor de Mursi. “Sou cristão, mas não acho que me encaixo no perfil de grupo religioso amedrontado com islamistas. Votar em Shafiq apenas por ser secular e para barrar os islamistas é trair a revolução”, declarou por telefone o cristão copta Kamal Zuheir, ativista e advogado.

Zuheir afirmou ainda que os cristãos coptas estão sendo erroneamente associados à figura de Shafiq e a elite pró-Mubarak. “Associar os cristãos como elite é um grande erro. Muitos coptas sofrem dos mesmos problemas sociais e econômicos que os muçulmanos. Durante os anos de Mubarak, os cristãos sofreram abusos de direitos humanos e intimidações das forças de segurança”, salientou.

Segundo o ativista, algumas das piores atrocidades cometidas contra a comunidade cristã aconteceram durante o regime de Mubarak. E que Shafiq recebeu o apoio apenas da velha geração, cenário que não foi o mesmo com os jovens.

“Em geral, jovens cristãos ativistas votaram em massa para o candidato nasserista de esquerda Hamdeen Sabbahi porque era a lógica da revolução. Isso não quer dizer que um candidato como Mursi (Irmandade) não seria uma opção. E Shafiq não é uma opção obrigatória só porque somos cristãos”.

Fonte: Gospel+

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Pesquisadora descobre textos de Orígenes, um dos pais da igreja cristã, no idioma original


Por Dan Martins em 15 de junho de 2012 

Uma série de escritos encontrados pela pesquisadora Marina Molin Pradel está chamando atenção entre os estudiosos da história da igreja cristã. Trata-se de escritos raros de Orígenes, um dos Pais da Igreja, encontrados no seu idioma original.

Considerado por historiadores como o mais erudito entre aqueles chamados Pais da Igreja, Orígenes nasceu em uma família cristã em Alexandria, por volta do ano 185 e recebeu uma sólida formação religiosa, além de uma completa educação secular. Aos 18 anos, foi incumbido de liderar a escola dos catecúmenos, e seus ensinos se tornaram famosos, além do meio religioso, entre pagãos e gnósticos.

Orígenes tem uma obra estimada em cerca de 6.000 escritos, porém apenas 800 delas chegaram até os nossos dias. Porém poucas trazem os textos originais já que a maioria foi expurgada pelas controvérsias origenistas posteriores, e outra parte sobreviveu apenas por meio de traduções sofríveis, segundo o site e-cristianismo.

A descoberta feita por Pradel, aconteceu enquanto ela preparava um novo catálogo dos manuscritos gregos da Bayerische Staatsbibliothek, em Munique (Alemanha). Enquanto examinava o conteúdo do Codex Monacensis Graecus 314 (do século 11 a 12), uma coleção anônima de 29 homílias (supostamente inéditas) dos Salmos, ela descobriu que os manuscritos incluíam 4 das 5 homílias de Orígenes sobre o Salmo 36 traduzidos por Rufino.

A descoberta foi anunciada por Lorenzo Perrone, o maior especialista em Orígenes na atualidade, e já está sendo chamada entre os eruditos com o “achado do século”.

Fonte: Gospel+

quinta-feira, 14 de junho de 2012


Como o tempo passa. Essa foto é do meu filho Jonatas quando tinha 6 anos de idade. 


Ele já cresceu bastante. Agradeço a Deus todos os dias pela benção da família que Ele me concedeu. Glória a Deus!

Teimoso Demais Para Perguntar Qual A Direção?


Por Robert J. Tamasy

Em sua opinião, quais as invenções que exerceram maior impacto na humanidade?  Seria impossível compilar uma relação completa, mas certamente entre as mais significativas estariam inovações como a luz elétrica, o automóvel, o avião, as fibras sintéticas, o computador pessoal, a Internet, o telefone celular.  Você provavelmente pensará em muitas outras, mais uma ferramenta mais recente que eu acrescentaria à lista seria o sistema de posicionamento global  (GPS). 

Para pessoas com “deficiência direcional”, como eu, o GPS é uma dádiva.  Se você me dissesse como chegar a um lugar dez vezes, provavelmente eu teria que perguntar-lhe uma décima primeira vez.  Por qualquer razão, minha mente não retém informações lineares tais como chegar a um destino que eu não visito com frequência.  Assim, possuir um GPS é de grande ajuda, principalmente quando em visita a uma cidade pouco conhecida.

Já se observou que muitos homens são particularmente relutantes quanto a pedir informações;  eles se orgulham de poder chegar a um destino sem a ajuda de ninguém –humana ou tecnológica.  Para mim, porém, isso não faz muito sentido.  Se o seu intento é chegar a um lugar por que não tentar conhecer a melhor e mais eficiente rota?

 E se houvesse um GPS disponível para traçar a rota pelo território frequentemente duro e imprevisível da nossa vida diária?  Qual a melhor carreira para mim?   Será esta uma boa ocasião para trocar de emprego?  Como podemos reinventar o nosso negócio a fim de chamar a atenção de um mercado em mudanças?  Quando eu deveria fazer esse investimento?  Onde está aquela pessoa-chave para a equipe que estamos procurando?   Qual a melhor maneira de equilibrar vida pessoal e profissional?  Como eu saio do débito? 

Na verdade, já existe um “dispositivo” assim.  Nós o conhecemos com o nome de Bíblia.   Também podemos chamá-la de GPS – God’s Positioning System (Sistema de Posicionamento de Deus).  Deixe-me explicar: 

Confie no “navegador”.  Quando usamos um GPS num carro, ele nos serve melhor quando confiamos nas informações para nos guiar ao nosso destino.   Tempo e experiência me ensinaram que Deus quer ser o nosso navegador na travessia da vida.   Anos atrás aprendi estes versículos, que têm servido como um lembrete constante: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento;  reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas”  (Provérbios 3:5-6). 


Esteja disposto a mudar de direção. Quando usamos um GPS no carro, se fizermos uma conversão incorreta vamos ouvi-lo dizer: “recalculando”.  Ele então vai revisar as informações para nos manter no rumo do nosso destino.  De modo similar, se estivermos dispostos a confiar em Deus, Ele irá redirecionar a nossa vida, corrigir nossas decisões e ajustar nossos planos para nos capacitar a atingir nossas metas e objetivos, pessoal e profissionalmente.  “Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos”  (Provérbios 16:9). 

Permaneça confiante mesmo quando as vizinhas não forem conhecidas.  Quando dirigimos um carro e confiamos em seu GPS há momentos em que perguntamos:  “Esta direção está certa?”   Geralmente, deixar de confiar no GPS e começar a confiar em nosso próprio julgamento e intuição ocorre quando estamos em dificuldade e nos sentimos perdidos, longe de onde queríamos estar.   Por isso é importante confiar na sabedoria e orientação de Deus.  “’Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro’”  (Jeremias 29:11). 

Como você está viajando através da vida hoje?  Onde está obtendo a orientação que precisa para a jornada? 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Brasil cria vacina contra esquistossomose e promete imunização mundial


Thiago 

A doença afeta 200 milhões de pessoas em áreas pobres e tem potencial para atingir um universo de 800 milhões de pessoas expostas aos riscos de contágio.

O Brasil criou e vai produzir a vacina contra esquistossomose, doença crônica causada pelo parasita Schistosoma encontrado em áreas sem saneamento básico. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou hoje (12), no Rio de Janeiro, os resultados dos testes clínicos de segurança da vacina desenvolvida pelo Laboratório Esquistossomose Experimental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

A descoberta é, na avaliação da Fiocruz, um grande feito dos cientistas brasileiros, uma vez que a doença afeta 200 milhões de pessoas em áreas pobres e tem potencial para atingir um universo de 800 milhões de pessoas expostas aos riscos de contágio no Brasil (principalmente no Nordeste e em Minas Gerais), nos países africanos e na América Central.

A esquistossomose é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a segunda doença parasitária mais devastadora, atrás apenas da malária. “É uma doença dos países pobres, associada à miséria”, resume Miriam Tendler, chefe do Laboratório Esquistossomose Experimental em entrevista à Agência Brasil. Ela calcula que, no prazo máximo de cinco anos, seja possível imunizar a população dos locais onde ocorre a endemia.

O anúncio feito no Rio é relativo à fase de testes de segurança e eficácia da vacina - exigidos antes da liberação para produção em grande escala. Vinte voluntários participaram dos testes no Brasil que confirmaram a segurança da vacina, cuja eficiência já havia sido comprovada em laboratório com mamíferos.

“A gente tem informações associadas à eficácia que são a imunogenicidade. Ela induziu uma excelente resposta imunológica, que é o que queremos dos indivíduos vacinados”, disse Miriam Tendler.

Segundo a pesquisadora, além de eficiente, “é uma vacina segura”. Para ela, “essa segurança é o maior atributo de uma vacina. Só a partir da confirmação da segurança é que se pode fazer testes em mais larga escala”, explicou. Os testes em larga escala serão feitos no Brasil e na África.

As pesquisas para produção da vacina contra esquistossomose tiveram início em 1975 na Fundação Osvaldo Cruz. Na primeira década de pesquisas, os cientistas brasileiros conseguiram identificar o princípio ativo que poderia exercer efeito farmacológico contra o parasita. Na segunda década de trabalho foi identificada a proteína (S14), também presente em outros parasitas. Essa constatação dá a possibilidade de se produzir uma vacina polivalente – ou seja, que serve para a prevenção de outras doenças parasitárias, inclusive aquelas que atingem gado de corte.

Na década de 1990, o Brasil deposita a primeira patente com as descobertas e nos anos 2000, por meio de parceria público privada (PPP) e com apoio da Financiadora de Projetos (Finep) cria-se um modelo de negócio que permitiu a industrialização da vacina cuja segurança foi anunciada hoje.

Miriam Tendler calcula que os resultados já poderiam ter sido obtidos há dez anos e atribui a longa trajetória da pesquisa a problemas de descontinuidade de financiamento e de arranjo institucional. “Para você efetivamente fazer um produto de dentro de uma instituição acadêmica é uma coisa muito complexa e complicada. Então as parcerias [PPP, possíveis após a Lei nº 11.079/2004] são fundamentais.” A pesquisadora não sabe quanto custou o desenvolvimento da vacina ao longo de mais de três décadas.

A esquistossomose (também conhecida no meio científico como bilharzíase) é causada por seis espécies do parasita Schistosoma. O ciclo típico da doença tem início com a contaminação da água por fezes humanas infectadas com ovos do parasita transformados em miracídios (larvas). Essas larvas contagiam caramujos, se multiplicam, voltam à água e infectam as pessoas pela pele.

As pessoas contaminadas podem sentir dores de cabeça, fraqueza, falta de ar, dor abdominal, diarreia e tosse com sangue. A doença pode afetar o fígado, os rins, a bexiga, os pulmões, a medula e o cérebro e levar à morte. O tratamento é feito com medicamentos antiparasitários. Mesmo após o tratamento é possível nova contaminação.

Por Gilberto Costa, Agência Brasi