sexta-feira, 5 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Precisamos voltar ao Cristo Bíblico
No exato momento em que a mais brutal de todas as guerras atingia seu ápice na Europa, Dietrich Bonhoeffer sugeriu talvez a mais importante pergunta para a fé cristã:
“Quem é de fato Cristo para nós hoje?” Essa questão foi sugerida quando ele estava na Prisão Preventiva das Forças Armadas em Berlin-Tegel, momento em que, segundo as percepções do escritor alemão, o mundo caminhava “para uma época totalmente arreligiosa”. Mas, perceptivelmente, ele também notou que, mesmo entre aqueles especialmente religiosos, “o termo ‘religioso’ refere-se a algo bem diferente.”1 Essas duas imagens que, segundo a interpretação de Bonhoeffer, marcam a metade do século XX na Europa — de um lado, uma época arreligiosa, de outro, a própria reinterpretação da religião — se revelam na forma como a pessoa de Cristo é interpretada no Brasil. Em resumo, elas retratam Jesus de várias formas: como um bebê inofensivo na manjedoura, como um ser tão sobre-humano que acaba eclipsado por Maria, como uma espécie de mágico ou guru, como uma figura impotente sangrando na cruz ou até mesmo como um líder socialista revolucionário. A partir dessas caricaturas, podemos entender por que a igreja brasileira não experimenta “rios de água viva” (Jo 7.38), em que a fé cristã é vivenciada em categorias meramente religiosas. Assim, a pergunta que se impõe é: “Quem é de fato Cristo para nós hoje?”
Devemos começar afirmando que a única fonte autorizada para testemunharmos sobre Jesus Cristo é a Escritura Sagrada, especialmente os Evangelhos, como a fonte autorizada para reconstruirmos a pessoa, vida e a obra de Cristo. A tentativa contemporânea de retratar Cristo por meio de fontes extrabíblicas espúrias não é nova. Já em meados do segundo século, Ireneu de Lyon recorreu à Escritura contra as reivindicações gnósticas de autoridade de suas supostas tradições secretas. Após afirmar que os gnósticos ensinavam uma teoria “que nem os profetas pregaram, nem o Senhor ensinou, nem os apóstolos transmitiram.” Por meio dela, eles se orgulhavam de “ter conhecimentos melhores e mais abundantes do que os outros” e procuravam “acrescentar às suas palavras outras dignas de fé, como as palavras do Senhor ou os oráculos dos profetas ou as palavras dos apóstolos, para que as suas fantasias não se apresentassem sem fundamento”. Eles descuidavam da ordem e do texto da Escritura, distorcendo todo o ensinamento apostólico a respeito do Senhor Jesus. Após mencionar a famosa analogia do mosaico de um rei que é transformado num mosaico de raposa e após dizer e confirmar que “aquela era a autêntica imagem do rei feita pelo hábil artista”, os gnósticos costuram “fábulas de velhinhas e, tomando daqui e tomando dali palavras, sentenças e parábolas, procuram adaptar as palavras de Deus às suas fábulas.”
[...]
Assim, ao considerarmos o que as Escrituras ensinam sobre Jesus Cristo, fica evidente que três temas são firmemente estabelecidos. O primeiro é o consistente testemunho bíblico acerca da divindade de nosso Salvador. A ideia de que Jesus se tornou Cristo ou foi divinizado em algum momento de seu ministério terreno deve ser rejeitada como uma tosca tentativa racionalista de vencer a tensão presente no rico quadro bíblico. Do mesmo modo também devem ser rejeitadas a suposição de que houve um tempo em que não havia o Filho e a sugestão de que o Pai e o Filho são aspectos iguais da mesma realidade. De acordo com o quadro bíblico, o Filho sempre existiu como Filho junto a seu eterno e amado Pai, comunhão esta que se revela no Espírito Santo. Esse Filho, que sempre existiu, foi prometido e ansiado no Antigo Testamento, como o Messias — Cristo — que salvaria seu povo dos pecados (cf. Mt 1.21).
Um segundo aspecto que precisa ser destacado é que a Escritura afirma justamente a plena humanidade daquele que é revelado como o Deus encarnado, o Senhor que assume a humanidade. Em todo o relato bíblico presente nos Evangelhos, Cristo é apresentado como homem. Da virgem Maria, ele nasceu de forma miraculosa, por obra do Espírito Santo, cresceu, aprendeu, foi batizado e tentado, passou fome, sede e cansaço, entristeceu-se, foi afligido, sofreu e morreu. Todas essas experiências são registradas como reais, como uma profunda identificação com a humanidade. Ao mesmo tempo, tais experiências estão lado a lado com outras em que se revela o nosso salvador conhecendo o que se passa nos corações dos homens, curando, exorcizando, dando ordem aos elementos da criação, ressuscitando os mortos e perdoando pecados. Como o autor de Hebreus afirmou, “aquele para quem são todas as coisas e por meio de quem tudo existe, ao trazer muitos filhos à glória, aperfeiçoasse por meio do sofrimento o autor da salvação deles” (2.10). Cristo deliberadamente escolheu o caminho do sofrimento, da morte e da cruz — e todo o seu ministério terreno foi uma preparação para a cruz.
Um terceiro aspecto importante do quadro bíblico é a relação de Cristo com o Espírito Santo. Por um lado, o Espírito desce sobre o Filho submisso, atuando sobre sua vida e ministério. Por outro lado, aprendemos que Jesus é quem envia junto com o Pai o Espírito, e os discípulos são enviados debaixo da autoridade de Jesus a batizar outros com o Espírito Santo.
Por: Franklin Ferreira teólogo conservador.
domingo, 31 de março de 2013
Cantata Deus ao Mundo Amou
A cantata Deus o Mundo Amou foi apresentada na Igreja Batista do Alecrim pela passagem do domingo de páscoa no dia 31 de março de 2013.
quinta-feira, 28 de março de 2013
A estação de embarque, Augusto e o perdão que cura
Mais vale um dia na casa do Senhor do que mil dias em outro lugar, disse o salmista Davi, no Salmo 84. Ainda no mesmo Salmo, ele diz: "Como são abençoados todos aqueles em que habitas: a vida deles é estrada pela qual transitas". Há algo mais surpreendente do que saber que o Deus de nossas vidas está conosco por onde quer que andemos? O coração de um missionário sente, vê e vive isto de maneira singular. Em qualquer lugar do mundo, ele está em casa, porque seu coração é a casa de Deus.
Pastor Joel, Lucia, Isaac e Miquéias Martiniano estão em Welkom, África do Sul. Mais vale um dia estando no lugar para o qual o Senhor os levou do que mil dias em outro qualquer – eles têm vivido isso! O agir de Deus, desde o amanhecer até o escurecer, é presente e real. Desde que chegaram, tanto a adaptação como o contato com as diversidades de culturas têm sido muito interessantes e, ao mesmo tempo, desafiadores. A família missionária foi para Welkom para trabalhar com os mineiros de fala portuguesa, especificamente com os moçambicanos, contudo, o acesso dentro das minas não é muito fácil.
Foi aí que uma grande porta foi aberta por Deus: “A Estação de Embarque”. Todas as quartas e sextas-feiras, Pastor Joel e sua família vão para lá, onde ouvem pessoas, conversam, demonstram o amor de Deus, evangelizam. O Espírito Santo tem lhes dado poder para anunciar o Evangelho por meio do que toda a família sabe fazer: Lucia toca guitarra e canta. Miquéias, bateria. Pastor Joel também canta e prega a Palavra. Isaac, o primogênito da família que, hoje, é seminarista e pastor de jovens, apoia os pais levando a juventude da Igreja Batista em Joanesburgo. A presença deste grupo é essencial. Houve um dia em que, cantando e tocando, eles falaram do amor e da graça de Deus. Um jovem estava assistindo a tudo. Depois de ouvir sobre a verdade falada, ele voltou na semana seguinte para ouvir de novo. Foi assim que ele tomou – ali mesmo – a decisão de seguir a Jesus.
Mas Deus tem reconstruído mais histórias na África do Sul. Augusto é um exemplo. Certo dia, ele confirmou a entrega da sua vida a Cristo, ao final de um dos encontros do grupo de estudos, e algo muito interessante aconteceu: ele começou a chorar. Pastor Joel, como, além de pastor, amigo, ficou um pouco preocupado. No encontro seguinte, o jovem compartilhou o que havia acontecido. O Senhor havia tocado muito forte em seu coração.
O que tocou o coração de Augusto foi o perdão de Jesus. Ele contou que Deus o ensinou que era preciso perdoar seu irmão. Desde que sua mãe havia morrido, eles não se falavam, e Augusto até havia lhe evitado. Naquele mesmo dia, ele falou com o seu pai e pediu o número de telefone de seu irmão. Quando Augusto disse “alô”, seu irmão de imediato reconheceu sua voz. Eles conversaram. Augusto pediu perdão, explicando que tinha entregado sua vida a Jesus e que, por isso, precisava seguir o exemplo de amor dEle, reconciliando-se com sua família. Seu irmão lhe perguntou que Igreja era essa. Depois de alguns dias, o irmão de Augusto lhe contou que também estava frequentando uma igreja, a Igreja Batista em Maputo.
Apenas o poder do Espírito Santo pode reconciliar, curar, restaurar, dar coragem e fazer novas todas as coisas. Apenas pelo poder do Espírito nossos missionários podem testemunhar do amor que liberta, dá vida e gera frutos. Como é bom ser casa do Senhor. Como é bom ser templo do Espírito Santo em qualquer parte do mundo.
Material da Campanha de Missões Mundiais - 2013
Pr. Pastor Joel.
Fonte: http://www.missoesmundiais.com.br
quarta-feira, 27 de março de 2013
terça-feira, 26 de março de 2013
A morte de Elizeu
Por Eliseu Antonio Gomes
"Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos." - Salmos 116.1.
A morte do profeta Eliseu traz lições importantes sobre a superioridade de Deus e a fidelidade de seus servos.
Não é possível verificar apuradamente e afirmar com exatidão qual a idade do profeta Eliseu quando faleceu. Levando em consideração que na cultura hebraica ele deveria ter 30 anos quando recebeu o chamado ao ofício de profeta, e contando a partir do reinado de Acabe todos os demais reinados sob Israel, cogita-se que Eliseu tenha ultrapassado 120 anos de vida.
Eliseu, tendo recebido a porção dobrada do espírito de seu mentor Elias, talvez esperasse para si, assim como seus contemporâneos esperassem, que não adoecesse e morresse velho. não seguisse o curso natural da vida humana, porém, tivesse uma partida diferenciada e espetacular.
Eliseu exerceu seu ministério até os seus últimos momentos de vida sobre a terra. Ao final de seus dias, foi procurado pelo rei Joás, que pranteou ao pé de seu leito ao vê-lo enfermo. Nesta visita, Eliseu não agiu como um mero convalescente, pediu ao monarca que empunhasse arco e flecha, colocou suas próprias mãos sobre as mãos dele, solicitou-lhe que abrisse sua janela em direção ao oriente e atirasse a flecha e anunciou-lhe: "A flecha do livramento do SENHOR é a flecha do livramento contra os síros". Depois, pediu que golpeasse o solo com pontas de flechas. O rei desferiu três golpes e Eliseu lamentou indignado que tivesse pouca vontade em fazer isso mais vezes, explicando que os números de vezes de seus golpes eram equivalentes aos números de vezes que seu exército lutaria contra os síros, e se ele tivesse ferido a terra cinco ou seis vezes teria a capacidade de exterminá-los, mas como não o fez, os combateria com sucesso apenas três batalhas, e assim ocorreu. Após tal profecia Eliseu morreu (2 Reis 13.14-20).
A vontade do Senhor para o profeta Eliseu não era uma viagem em carruagem de fogo. Apesar disso, o fim da história dele não foi como quaisquer outros fins. Após seu corpo ser levado para debaixo da terra, algo incomum aconteceu e marcou de maneira maravilhosa a sua despedida para aqueles que lhes eram pessoas queridas. Deus o honrou: quando um cadáver foi posto em sua sepultura e tocou seus ossos, este ressuscitou. Imagine a surpresa e alegria dos amigos e da família da pessoa ressuscitada! E com tal milagre o Senhor anunciou a todos que tanto Elias quanto Eliseu palmiharam caminhos que o agradaram.
A tricotomia humana
O ser humano é um ser tricotômico, isto é, tríplice. É um espírito com alma e corpo. Quando o corpo falece não é o fim de sua existência. Após a morte, diz o livro aos Hebreus no capítulo 9 e versículo 27, que o homem segue ao juízo. O espírito dará conta do que a alma escolheu fazer enquanto estava dentro do corpo.
"Os meus tempos estão nas tuas mãos". (Salmo 31.15).
O poder de Deus é capaz de curar e livrar o ser humano de tragédias, mas nem todas as pessoas recebem a cura e são libertas de eventos trágicos. Eliseu faleceu com pouca saúde e pouco vigor físico, e Estevão padeceu tragicamente apedrejado (2 Reis 13.20-21; Atos 7.55-56).
Nesta situação usemos o nosso espaço de tempo na esfera física submetendo-nos à vontade Senhor. Julguemos a nós mesmos, para que o momento da nossa partida deste mundo - seja de maneira natural ou motivada por doença ou tragédia - nos conduza para a felicidade eterna na presença de Deus.
O profeta Eliseu deixou de caminhar neste mundo e foi recebido por Deus. E Estevão, recebendo pedradas, teve a oportunidade de ver Jesus Cristo à direita de Deus, em pé, aguardando o momento em que seu espírito se separaria do corpo e iria ao seu encontro nos céus (Atos 7.55 - 56).
Sendo o nosso tempo neste mundo curto ou longo, oremos tal qual o salmista: "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios" - Salmos 90.1. Deus não nega entregar sabedoria aos que lhe pedem.
É uma escolha inteligente querer fazer a vontade de Deus, porque Ele quer o nosso bem-estar. Assim como o profeta Eliseu, usemos até o último instante do fôlego de vida com intensidade, queiramos glorificar ao Senhor em todas as circunstâncias.
E.A.G.
Fonte: Belverede.
segunda-feira, 25 de março de 2013
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