Deus ama os:
Aflitos
Angustiados
Oprimidos
Marginalizados
Injustiçados
Perdidos
Carentes
loucos
Viciados
Órfãos
Viúvas
Negros
Brancos
Amarelos
Nativos
Estrangeiros
Homem livre
Escravos
Pecadores
Deus ama a todos, sim eu sei, mas ... eu os amo?
O verdadeiro cristianismo começa pelo amor.
Por um puro avivamento espiritual.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Barnabé: exemplo de fé e liderança cristã

Era um levita, natural do Chipre [Ilha Mediterrânea onde existia uma grande sinagoga judaica – At 11.19] e um bom e fiel servo de Deus. No verso 37, essa sua característica é ressaltada quando dispõe de todo seu patrimônio em favor dos mais carentes o que depõe contra Ananias e Safira [At 5.1-11] símbolos de servos infiéis da mesma orientação de Acã [Josué 7].
A atividade de Barnabé na Igreja de Jerusalém não encerra nesses versos. No capitulo 9. 26-30 vemos introduzindo Paulo ao convívio dos apóstolos. Ele de imediato acreditou na conversão de Paulo, nesse sentido podemos afirmar com convicção que possuía o dom do discernimento, visto que viu o que ninguém queria enxergar [At 9.27], pois todos colocaram o medo no lugar da sensibilidade espiritual.
Discernimento espiritual e mais que desconfiômetro é ter clareza em meio às trevas, é confiar na direção de Deus e se deixar dirigir. Esse dom deveria ser comum a todos os líderes cristãos, caso contrário poderá ver ameaças onde não existem ou relegar para segundo plano o que é essencial. Enquanto os apóstolos se alimentavam de medo, Barnabé abundava em certeza que aquele negócio era de Deus.
Paulo carecia de ajuda, pois sua situação não era nada confortável:
a. Não era mais fariseu, devido sua experiência cristã.
b. Era visto com desconfiança pelos cristãos por seu passado comprometedor.
Daí a importância de Barnabé e seu discipulado junto a Paulo.
Devido à perseguição aos cristãos [At 9.28-30], Paulo é mandado para Tarso [cidade natal- região da Cilícia] onde passa 10 anos [Gl 1.10-2.21] até se resgatado por Barnabé que naquele momento estava organizando a Igreja de Antioquia [At 11.22-26]. Barnabé é descrito por Lucas como [...] um homem de bem, e cheio do Espírito Santo e de fé [...]. Além dessas características era um verdadeiro líder espiritual, visto que conseguia unir as pessoas em torno de um propósito comum [At 11.24].
Nesse sentido qualquer tipo de vaidade ou promoção pessoal passava muito longe do seu coração. Paulo de auxiliar de trabalho [Igreja de Antioquia] ultrapassou em muito seu conselheiro no ministério da palavra, contudo Barnabé não perdeu tempo com ciúmes ou qualquer tipo de sentimento menor e diabólico, pelo contrário foi parceiro de Paulo nas viagens missionárias [Atos 13.2-3] e quando chegou a se desentender com este [pois isso é algo natural em qualquer relação] foi em benefício de um jovem discípulo de nome João Marcos [At 15. 36-39] que mais tarde escreveria o evangelho de Marcos [o primeiro evangelho do Novo Testamento].
O próprio Paulo tempos depois reconhece o valor de João Marcos quando em cartas como 2Timóteo 4.11 [Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.] e Filemom 24 [Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.], declara ser imprescindível ao seu trabalho, e desta forma reconhecendo a boa orientação de Barnabé.
Barnabé era alguém que sabia ser solidário [At 4.36-37], compreensivo [At 9.26,27], que influenciava positivamente as pessoas [At 11.25,26], era confiável [At 11.29,30], cheio do Espírito Santo [At 11.24] e que exortava na medida certa sempre visando promover o crescimento dos crentes [At 11.23]. Era um autêntico servo do Deus vivo que dotado de todos os instrumentos espirituais necessários ao crescimento da obra missionária não se deu por rogado e trabalhou com afinco para aquilo que em ultima estância era sua única razão de ser: divulgar o reino de Deus entre os homens.
Como Paulo se auto sustentava [1Co 9.6], sofreu perseguições [At 13.50; 14.4-6;, foi incompreendido [At 15. 1-2], mas nunca desistiu do seu Senhor. Barnabé tinha com muita clareza sua posição dentro da igreja do Senhor e o que lhes cabia fazer fez.
Ao concluir essa meditação, fico pensando o quanto a Igreja do Senhor avançaria em nossos dias se todos os servos de Deus tivessem o mesmo espírito de Barnabé. Quantos problemas se evitariam: estrelismos, ciúmes, status, etc. Só a graça.
O livro de Atos está em aberto, à história da Igreja não foi concluída e cabe a nós outros construímos um ambiente tal de fraternidade, compreensão, amor as almas perdidas que servos do Senhor como Barnabé, Áquila e Priscila possam ser honrados com nossa maneira de viver. Por fim, toda honra e glória seja dada ao Senhor hoje e eternamente. Amém!
sábado, 11 de dezembro de 2010
Ex-líderes europeus pedem à UE sanções contra Israel
Grupo quer que país seja punido por assentamentos judaicos na Cisjordânia
Um grupo de 26 ex-dirigentes da União Europeia (UE) pediu duras medidas contra Israel por conta da política de assentamentos judaicos na Cisjordânia e da rejeição ao cumprimento da legislação internacional. A solicitação foi feita por meio de uma carta, enviada na última quinta-feira à liderança do bloco europeu, e publicada nesta sexta pelo jornal israelense Ha'aretz.
Entre os signatários estão o ex-chefe da diplomacia da UE Javier Solana, o ex-presidente alemão Richard von Weizsacker, o ex-presidente espanhol Felipe González, o ex-presidente da Comissão Europeia e ex-primeiro-ministro da Itália Romano Prodi e a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson. O grupo tenta ajudar os palestinos em seus esforços para conseguir apoio internacional ao reconhecimento de um estado independente como alternativa às negociações de paz com Israel, novamente paralisadas.
Os ex-dirigentes da UE pedem que Bruxelas anuncie que aceita um futuro estado palestino nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967. E que, portanto, não aceitará que Israel realize nenhuma mudança unilateral nesta divisão, transgredindo a legislação internacional. O manifesto inclui o estabelecimento de uma capital em Jerusalém Oriental e a recomendação de que a UE só apoie pequenas trocas de território estipuladas entre israelenses e palestinos.
Auxílio - Eles ainda destacam que os palestinos não poderão construir um estado independente sem a ajuda política e econômica da comunidade internacional, e fazem um apelo ao bloco europeu para que desempenhe um papel mais efetivo frente aos Estados Unidos, Israel e outros atores. O grupo também pretende condicionar a decisão da UE de melhorar as relações bilaterais com Israel ao fim da expansão de suas colônias na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
A carta foi divulgada pouco depois que os EUA anunciaram o fracasso das negociações com Israel para que prorrogasse a interrupção da construção de assentamentos nos territórios ocupados da Cisjordânia. O documento se soma às decisões do Brasil e da Argentina, às quais o Uruguai se unirá em 2011, de reconhecer um estado palestino com as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias.
(Com agência EFE)
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Novo estudo
Nesse final de semana estaremos postando um novo estudo: Barnabé. Espero que abençoei a vida dos irmãos assim como está sendo bençãos para a minha vida.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Coral da Igreja Batista do Alecrim 03
06.12.10. Coral da Igreja Batista do Alecrim e infantil - Cantata de Natal.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Coral da Igreja Batista do Alecrim 02
Natal 06.12.10. Coral da Igreja Batista do Alecrim - Cantata de Natal.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Projeto Escolar
Durante o ano de 2008, desenvolvi o projeto Feira do Alecrim, na Escola Estadual Alm Newton Braga de Farias, Natal, Rn. Toda a história desse projeto encontra-se no blog: http://escolaestadualnewtonbraga.zip.net/ Espero que os irmãos e amigos gostem. Fica na paz de Deus.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
A tempestade: Deus no controle.
Em Mateus 8. 23-27 temos um material comum aos livros de Marcos [4.35-45] e Lucas [8.22-25] que nos fala de Jesus e os discípulos num barco a deriva no meio do Mar da Galiléia [Mc 4.35]. Segundo Lucas 8.23, Jesus adormeceu, até porque havia pregado as multidões [Mt 8.18] e desejava uma ocasião para descansar.
O que veio depois foi uma surpreendente tempestade comum a região e que casou um alvoroço aos discípulos e aos demais pescadores que seguiam o barco de Jesus [Mc 4.36]. E agora?
O Mestre estava dormindo [Mc 4.38], esse dado é bem sugestivo, visto que tem tudo haver com atitude de achar que Deus em alguns momentos está fora de circulação. Muitos dizem: não consigo sentir o mover de Deus enquanto passo por esse ou aquele vale e mais, Deus parece que não houve as minhas petições. Pura tolice.
Ouvi recentemente na TV, um pregador afirmar que nem toda ação de Deus é clara aos nossos olhos ou descem ao nosso entendimento, mas nem por isso Ele [Deus] deixa de trabalhar por nós.
Achei conveniente o exemplo dado pelo pregador acerca desse assunto: Disse o pregador: Davi não tinha clareza dos planos de Deus acerca do seu futuro a ponto de levar seus pais ao rei dos Moabitas a fim de protegê-los [1S 22.3] já que andando em sua companhia estariam correndo sério risco de vida. [Frisou] Deus não havia declarado sua intenção através de profecias, sonhos ou qualquer outro expediente. Mas quando analisamos a 1Samuel 23.14, vemos a seguinte expressão:
“E Davi permaneceu no deserto, nos lugares fortes, e ficou em um monte no deserto de Zife; e Saul o buscava todos os dias, porém Deus não o entregou na sua mão.”
Percebeu! Deus trabalhava em oculto por Davi. Jesus estava dormindo, afinal ele era homem e também se cansava como qualquer um de nós, mas tudo estava sob seu controle.
“E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.”
Pedro, João e alguns outros eram pescadores experientes e para se assustar desta forma as ondas não estavam para brincadeira. Será que nossa reação seria diferente da dos discípulos? O fato é que logo trataram de acordar a Jesus [Mt 8.25] e sob grande espanto.
- Senhor salva-nos! Pereceremos!
- Mestre, não te importa que pereçamos? - Mc 4.38.
- Mestre, mestre, estamos perecendo! – Lucas 8.24.
As expressões nos falam de:
· Medo.
· Pequena fé.
· Desconhecimento dos planos de Deus para a salvação da humanidade.
Quantas vezes não nos portamos assim? Hoje mesmo enquanto digito essas linhas estou passando pelo vale [problema de saúde] e na maioria das vezes tenho me comportado exatamente como os discípulos. Não, definitivamente não somos diferentes deles.
Como somos míopes acerca do plano de Deus para nossas vidas. Muitas vezes preferimos nos entregar ao oceano da angustia e do nervosismo do que olhar para Cristo. Se as coisas se apertam clamemos a Deus, cantemos louvores e assim venhamos a treinar nossa mente e coração a descansar no Senhor. Com certeza isso não é fácil irmão, mas não é impossível. Lembre-se sempre que Deus está ao nosso lado [Mateus 28.20]
“Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
Quando Cristo é requisitado ele faz a sua parte. É sempre assim, apesar das nossas fraquezas. Diz o texto que Jesus repreendeu os ventos e o mar e tudo mudou [Mateus 8.26]. Mas, antes lhes deu uma bronca: “Por que sois tímidos, homens de pequena fé?”. Essa bronca também é nossa quando agimos feito filhos sem pai. Temos um Pai celestial [Lucas 11.13] que nos ama e deseja está sempre conosco.
Depois do sufoco vem o alívio: “E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”. Quem é este? Este é Jesus Cristo, o meu Senhor e Salvador e que pode também ser o teu, desde que se arrependa dos seus pecados e o aceite como Senhor e Salvador pessoal.
“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Ap 3.20
Amém!
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
A cura do servo do centurião
Lucas 7.1-10
1. Introdução
A cura do servo de um centurião se passa na cidade de Cafarnaum e se encontra registrada no livro de Lucas 7.1-10 e Mateus 8.5-13, sendo, portanto um relato bíblico comum apenas a esses dois evangelhos.
Segundo B. H. Streeter (The fourm gospels) Lucas e Mateus se utilizam de quatro fontes históricas para compor seus evangelhos (O livro de Marcos; fonte M [material só encontrado em Mateus]; Q [material encontrado em Mateus e Lucas] e L [material só encontrado em Lucas].) das quais encontramos a presente história.
Esse relato é surpreendente, visto que faz parte de uns poucos que aparecem nos evangelhos onde temos um gentio intercedendo a Jesus Cristo (a mulher Cananéia - Mt 15.22-28) e mais especialmente, intercedendo por alguém sem vínculo familiar, nesse caso um servo [escravo].
2. Contexto histórico
O cenário onde ocorre esse fato é a cidade de Cafarnaum.
Dados geoeconômicos:
· Ficava a noroeste do mar da Galiléia, na região de Zebulom e Naftali [Mt 4.13-16; Lc 4.31; Jo 6.17-24]
· Era um centro de cobrança de impostos [Mc 2.1,14], posto militar [Mt 8.5-13; Lc 7. 1-10].
Relação de Jesus com a cidade:
· Foi lá que Jesus desenvolveu a parte inicial do seu ministério. Sua identidade com a cidade era tanta que muitos chamava Cafarnaum de sua cidade [Mt 9.1]. Vejamos alguns motivos:
Em Cafarnaum fez inúmeros milagres:
· O servo do centurião alvo da nossa meditação.
· A cura da sogra de Pedro – Mt 8.14-17; Mc 1.29-31.
· Expulsou demônios – Mc 1.21-28; Lc 4.31-37.
· Cura do paralítico –Mc 2.1-18, do filho do régulo – Jo 4.46-54 e outros enfermos – Mt 8.16,17; Mc 1.32-34; Lc 4. 23,40,41.
Chamou ao ministério alguns dos seus discípulos:
· Levi e Mateus foram chamados ao apostolado nesta cidade – Mt 9.913; Mc 11. 14-17; Lc 5. 27-32; Mt 17.24.
Ensinou ao povo e orientou seus discípulos:
· O discurso registrado em Jo 6.24-71 foi feito na sinagoga de Cafarnaum ou em outro lugar da cidade Mc 9. 33-50.
Apesar de Jesus ter se esmerado em ensinar e operar milagres os habitantes de Cafarnaum não se converteram, daí Jesus ter profetizado a ruína desta cidade [Mt 11.23,24; Lc 10.15]. É uma pena, mas muitos só buscam a Deus por conveniência. Contudo, Deus não se deixa enganar.
“E tu, Cafarnaum, porventura serás elevada até o céu? até o hades descerás; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Contudo, eu vos digo que no dia do juízo haverá menos rigor para a terra de Sodoma do que para ti.” [Mt 11.23,24]
3. Lucas 7.1-10
No momento em que o centurião chega a Cristo já havia se passado um século de dominação romana sobre a Palestina. Portanto, esse encontro também tem essa característica: o dominador se curva diante do dominado (Jesus homem – representação do povo judeu). Só Deus faz coisas maravilhosas como essa.
“Disse o Senhor: Na verdade, eu te fortalecerei para o bem e farei que o inimigo te dirija suplicas no tempo da calamidade e no tempo da aflição.” [Jeremias 15. 11]
No livro de Mateus e Lucas temos a informação que o centurião veio pessoalmente [Mateus] ou por intermédio de terceiros [Lucas] a presença de Jesus.
“Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, chegou-se a ele um centurião que lhe rogava, dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, e horrivelmente atormentado.” [Mateus 8.5-6]
“Quando acabou de proferir todas estas palavras aos ouvidos do povo, entrou em Cafarnaum. E um servo de certo centurião, de quem era muito estimado, estava doente, quase à morte. O centurião, pois, ouvindo falar de Jesus, enviou-lhes uns anciãos dos judeus, a pedir-lhe que viesse curar o seu servo. E chegando eles junto de Jesus, rogavam-lhe com instância, dizendo: É digno de que lhe concedas isto;” [Lc 7. 1-4]
a. Centurião: caráter cristão - intimidade com Deus.
A primeira lição que podemos tirar deste texto é que esse gentio semelhante ao centurião Cornélio [atos 10] era uma pessoa que tinha intimidade com Deus. O argumento usado por seus intercessores em Lucas 7. 4-5, bem como, sua abordagem a Cristo [Mateus 8.5] deixa claro essa verdade.
O centurião lhes “rogava”. Essa expressão não está solta nesse texto. Ela é carregada de sentido. Os soldados romanos eram considerados brutais e desprezíveis pela arrogância que lhes era comum, imagine um oficial. Esse homem era diferente. Ele honra a Cristo com sua humildade. Ele tem o sentido exato da soberania de Deus e respeita-o.
Aqui cabem algumas perguntas:
· Como estamos tratando o nosso Pai [Deus]? Como chegamos a Ele para derramar nossos corações? Nessas horas agimos como servo ou senhor? Determinamos ou esperamos em sua misericórdia?
Deus não tem obrigação de atender nossas petições, Ele não precisa de nós para ser o que é, mas unicamente por seu imenso amor, graça e misericórdia e que age em nosso favor. Ao contrário de muitos que só seguem Jesus por conveniência, o centurião possuía uma fé verdadeira no filho do homem, por isso não perdeu tempo e ouvindo que Cristo passava por sua cidade logo tratou de procurá-lo.
b. Um Deus que supre nossas necessidades.
A segunda verdade que vejo nesse texto é que havia uma necessidade. Ela é o grande motor de toda essa história. Provavelmente sem a mesma o centurião não teria buscado a Cristo, embora essa circunstância não anulasse sua fé, nem o desmerecesse diante do Pai, mas estaríamos privados desse lindo testemunho bíblico e a comunidade judaica [do seu tempo] do seu impacto espiritual.
A situação aqui é usada por Deus para exaltar o seu nome. Muitas vezes passamos por privações, aflições e dificuldades e não lembramos que as mesmas podem e são usadas por Deus para seus propósitos. Na verdade só enxergamos o problema e mergulhamos num oceano de angustia.
Nesse sentido o Salmo 34.17 vem nos socorrer: “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra”.
· Ninguém está livre de aflições.
· Mas, temos um Deus. Aleluia!
· Ele nos livra, ou seja, não sucumbimos em meio aos problemas, mas passamos. Glória a Deus!
Quando nos detemos em saber o que se passava com o servo [escravo] do centurião as informações não eram nada animadoras:
· Estava de cama – Mt 8.6.
· O seu mal o deixava paralítico - Mt 8.6.
· Sofria horrivelmente - Mt 8.6.
· Estava quase a morte – Lucas 7. 3.
Que doença era essa? Não sabemos, mas pela atitude do centurião [Mateus] ou dos seus intercessores [Lucas], pela urgência do pedido de socorro dar para perceber que o quadro era devastador. A conclusão que chegamos é que não existia solução para esse problema na medicina da época e é pouco provável que existisse hoje.
Jesus não faz pouco caso da situação. Ali havia várias pessoas que precisavam de ajuda: o centurião, o servo e a comunidade que vivenciava o problema. Para cada elemento desta trama havia um sentido para o que Jesus já determinara fazer.
“Eu irei curá-lo” - Mt 8.7
“Então, Jesus foi com eles” - Lucas 7.6
Deus sempre está atento as necessidades do seu povo. O centurião e seu servo [escravo] não eram judeus, mas pela fé que nutriam em Cristo eram alvos de sua graça, afinal a salvação também era para os gentios [Is 2.2-4; Am 9.12; Zc 9.7], apesar do preconceito e escândalo que essa verdade causava a nação escolhida [At 10.28;11.3], ele simplesmente foi a casa do centurião.
c. A cura: expressão da soberania de Deus
Por fim: Quem era alvo de tanta atenção? Diz a bíblia que era um servo [grego: escravo], ou seja, alguém que certamente não chamava muita atenção, uma mercadoria, alguém sem nome, sem identidade, sem valor. Em algumas cidades gregas havia lugares para descarte de escravos doentes [abatedouro]. Nesses lugares o escravo encontrava um fim rápido e seu dono livrava-se de um problema.
A situação descrita nos textos de Mateus e Lucas nos fala de outra realidade, não de descarte, mas de acolhimento, pois esta é a proposta do Senhor para a humanidade, visto que Deus não faz acepção de pessoas [Deu 10.17; At 10.34].
Temos valor para o Pai celestial. Aquele escravo, refugo humano fazia uma grande diferença na vida do seu Senhor e conseqüentemente para Cristo. Semelhante a ele, todos éramos escravos do pecado, mas Cristo nos libertou na cruz. Em 1Jo 4.19, o apostolo afirma que Deus nos amou primeiro, mesmo quando éramos ainda pecadores. Daí a prontidão de Cristo em resolver a situação do servo do centurião.
Ao se aproximar da casa onde estava o enfermo Jesus é alcançado pelos amigos do centurião (Lucas) ou pelo próprio centurião (Mateus) que expressa(am) uma verdadeira declaração de fé.
“E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado. E por isso nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz. E, ouvindo isto Jesus, maravilhou-se dele, e voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé.” [Lc 7.6-9]
Aqui fica claro o principio de autoridade, bem como a humildade desse servo de Deus. Não era judeu, mas sua fé foi agradável a Deus. O desfecho desta história é a cura do seu servo. Nesse momento fico pensando que alegria deve ter invadido aquela casa. O centurião não deixou de ser soldado, o servo de ser servo, mas estavam transformados espiritualmente. Aquela experiência deixou marcas eternas e nos fala até hoje.
Concluindo, posso sem receio afirmar:
· Aquelas vidas receberam as marcas de Cristo.
· Toda comunidade que vivia ao entorno daquela casa os tinha como testemunho vivo da misericórdia de Deus.
· Por fim, só Deus pode mudar uma situação tão adversa e nos fazer repousar em um lugar espaçoso.
Que Deus possa abençoar a todos. Amém!
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