quarta-feira, 29 de julho de 2020

Descoberta de ossos de 'gigante' do século III choca arqueólogos na Itália

Arqueólogos ficaram abismados após a descoberta de um esqueleto que pertenceria a uma pessoa com gigantismo.

A descoberta foi feita próximo de Roma, quando pesquisadores se depararam com os restos de um homem que seria classificado como gigante quando viveu no século III d.C., revela o tabloide Express.

A grande raridade do achado se deve ao fato de, atualmente, o gigantismo ser encontrado só em três pessoas a cada milhão de habitantes.

A condição começa na infância, quando uma disfunção da glândula pituitária causa crescimento anormal. Trata-se do primeiro caso, no Império Romano, que se acredita claramente apresentar essa perturbação, afirma Simona Minozzi, paleontologista da Universidade de Pisa (Itália).

Avanços na arqueologia: descoberta impressionante de um esqueleto gigante - "é uma montanha humana".

Arqueólogos ficaram estupefatos com a descoberta de um esqueleto que um estudo afirma ser de uma pessoa com gigantismo.

O esqueleto de 1,8 metro, em uma época em que a média de altura nos homens era 1,5 metro, havia sido encontrado em 1991 em uma escavação na necrópole de Fidenae, um território indiretamente administrado por Roma.

Porém, foi somente após a constatação do tamanho anormal do esqueleto que os ossos foram enviados para análise por uma equipe liderada por Minozzi, que constatou o gigantismo em um estudo publicado pelo Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.

A razão da morte do homem, que tinha entre 16 e 20 anos, permanece desconhecida, mas podia ter estado conectada com problemas relacionados ao gigantismo, como doenças cardiovasculares ou problemas respiratórios, explica Minozzi.

Minozzi acredita que a alta sociedade do Império Romano "desenvolveu um destacável interesse por animadores com evidentes malformações físicas, tais como corcundas e anões [...].
Portanto, a arqueóloga considera que este homem tenha atraído atenção e interesse com sua altura incomum na época.

Fonte: br.sputniknews.

domingo, 5 de julho de 2020

Descobertos selos de 2.500 anos que mostram reconstrução de Jerusalém

A Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou a descoberta de artefatos que são parte de restos da destruição de Jerusalém pela Babilônia durante as lideranças de Esdras e Neemias.

Arqueólogos encontraram um carimbo e uma bula, espécie de selo redondo utilizado para fins comerciais ou assinatura de documentos nos tempos antigos, durante a escavação do estacionamento Givati da Cidade de Davi, em Jerusalém.

Ambos os artefatos foram encontrados ao lado dos escombros de uma estrutura, destruída durante o século VI a.C. pelos babilônios, segundo o jornal The Times of Israel.

De acordo com o professor Yuval Gadot, do Departamento de Arqueologia e Culturas Antigas do Oriente Próximo da Universidade de Tel Aviv, e o dr. Yiftha Shalev, da Autoridade de Antiguidades de Israel, trata-se de uma descoberta rara que revela o quanto Jerusalém foi afetada pela Babilônia em sua destruição.

"A descoberta da impressão de carimbos e selos na Cidade de Davi indica que, apesar da terrível situação da cidade após a destruição, foram feitos esforços para restaurar as autoridades administrativas. Além disso, seus moradores continuaram usando as estruturas que foram destruídas", explicaram Gadot e Shalev.

O objeto não era usado para selar o documento, pois sua impressão foi descoberta em um grande pedaço de argila.

O selo, de aproximadamente oito centímetros de diâmetro, tem a imagem de uma pessoa sentada em uma cadeira com uma ou duas colunas à sua frente, um estilo característico da cultura babilônica, além de conter inscrições lineares, como se fossem letras.

Acredita-se que as duas pessoas sentadas na impressão seja um rei e as colunas representem os deuses babilônicos Nabu e Marduk.

Pesquisadores acreditam que as descobertas da escavação contribuirão na compreensão da renovação da administração local antes da destruição do Primeiro Templo, que aconteceu aproximadamente 100 anos antes.


sábado, 4 de julho de 2020

Cristão é perseguido por ler a Bíblia na Etiópia

Com medo de retaliação, o seguidor de Jesus fugiu com a família e encontrou a Portas Abertas

Por Heleno Farias JM Notícia -4 de julho de 2020

O mundo travou uma batalha contra a COVID-19, mas para algumas pessoas a doença apenas agravou a luta que elas travam todos os dias para manter a fé em Jesus. Reta* é um exemplo de cristão que sabe o que é perder tudo por amor a Cristo e pelo zelo com os ensinamentos bíblicos, na Etiópia. Porém, a perseguição que ele enfrenta não vem de extremistas islâmicos, mas de alguns cristãos ortodoxos.

+ Urgente: cristãos são detidos e igrejas queimadas na Etiópia

Reta já foi líder na Igreja Ortodoxa Etíope, mas desde que passou a crer e ensinar que a salvação acontecia somente pela fé e pela graça de Deus, a vida dele mudou para pior. Alguns religiosos da mesma denominação começaram a ser hostis com o cristão porque ele lia a Bíblia e influenciava outros a fazer o mesmo. Mas o estopim foi quando o líder cristão defendeu a permissão  de trabalho da Sociedade Bíblica na cidade onde residia. Após o apoio, o seguidor de Jesus foi expulso da igreja.

Com medo de retaliação física, Reta fugiu com a esposa e os dois filhos. Sem renda, moradia e alimentação, a família foi acolhida por alguns parentes não cristãos. Mas as medidas de distanciamento social estão dificultando o encontro de um trabalho para que sobrevivam por conta própria. A Portas Abertas visitou a família, respeitando as regras de distanciamento social, e ofereceu tanto incentivo emocional como financeiro.

“É impossível descrever em detalhes o que Deus fez por nós. Sem a ajuda e o apoio de vocês, teríamos perdido tudo e nosso casamento teria desmoronado. Mas agradecemos muito ao Senhor por nos apoiar em muitas tribulações. Agradecemos a ele por nos dar boas pessoas de Deus, como vocês, quando nossos parentes e amigos se afastaram de nós”, agradece Reta.

*Nome alterado por segurança(Com Portas Abertas).

Perseguidos não desamparados


quinta-feira, 2 de julho de 2020

COVID-19: cristãos são excluídos de ajuda do governo do Vietnã

Portas Abertas trabalha para fornecer ajuda emergencial para 18 famílias do país.

Cristãos foram excluídos da ajuda emergencial vinda do governo do Vietnã, mas puderam contar com a assistência de irmãos ao redor do mundo.


A quarentena está suspensa no Vietnã desde o dia 23 de abril, mas algumas famílias mais pobres precisam de doações do governo e de organizações para sanarem as necessidades mais emergenciais como alimentação. Porém, 18 famílias cristãs foram excluídas do serviço de assistência por causa da fé em Jesus.

No total, são 107 pessoas, incluindo idosos e crianças, que vivem no norte do país, na região próxima à fronteira com a China que deveriam receber o auxílio governamental. As autoridades justificaram a negação da assistência: “Vocês são cristãos e o Deus de vocês cuidará da família de vocês! O governo não é responsável por vocês!".

Segundo parceiro local da Portas Abertas, as famílias tiveram os trabalhos interrompidos e precisam racionar comida para que todos consigam se alimentar. “Elas se esforçam para ter comida nas mesas e consomem o arroz pouco a pouco todos os dias. Quando souberam que o apoio do governo estava chegando ao distrito, ficaram muito felizes, mas apenas até descobrir que não estavam na lista porque eram cristãos”, testemunha.

A Portas Abertas está em contato com os irmãos e irmãs integrantes das famílias excluídas e trabalha para que eles recebam pacotes de alimentos e outros produtos para terem as primeiras necessidades supridas. Porém, é possível que existam muitos outros cristãos que estão vivendo essa experiência de exclusão em meio à luta contra a pandemia da COVID-19, no Vietnã. Contamos com os cristãos brasileiros para levar o socorro até a Igreja Perseguida do país, que ocupa a 21ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2020.

Pedidos de oração

Ore para que o Senhor toque os corações das autoridades locais para que forneçam as necessidades básicas dos cristãos vietnamitas. E que vejam a mão de Deus cuidando das 18 famílias.

Interceda pelos cristãos que se apegam às promessas de Deus neste momento difícil. Que milagres aconteçam e mais pessoas se entreguem a Jesus.

Clame para que Deus seja o maior consolador e provedor neste momento de crise para os cristãos necessitados em todo o mundo.

Fonte: Portas Abertas 

SOBRE NÓS

Uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus.

Este homem italiano da Idade Média substituiu sua mão amputada com uma faca

Este homem italiano da Idade Média substituiu sua mão amputada com uma faca: Antropólogos italianos documentaram um caso em que um homem da Idade Média não só conseguiu sobreviver à amputação de sua mão direita, como também utilizou uma arma branca como prótese....

terça-feira, 30 de junho de 2020

Coronavírus: ‘Estamos diante de ameaça de extinção e as pessoas nem mesmo sabem disso’, afirma sociólogo Jeremy Rifkin


Juan M. Zafra
The Conversation*

O sociólogo americano Jeremy Rifkin, que se define como ativista em favor de uma transformação radical do sistema baseado no petróleo e outros combustíveis fósseis, passou décadas exigindo uma mudança da sociedade industrial para mais modelos sustentáveis.

Rifkin é consultor de governos e empresas em todo o mundo.

Ele escreveu mais de 20 livros dedicados a propor fórmulas que garantam nossa sobrevivência no planeta, em equilíbrio com o meio ambiente e também com nossa própria espécie.

The Conversation - Em sua opinião, qual o impacto da pandemia da covid-19 no caminho para a terceira revolução industrial?

Jeremy Rifkin - Não podemos dizer que isso nos pegou de surpresa. Tudo o que está acontecendo conosco decorre das mudanças climáticas, sobre as quais os pesquisadores e eu estamos alertando há muito tempo.

Tivemos outras pandemias nos últimos anos e foram emitidos avisos de que algo muito sério poderia acontecer. A atividade humana gerou essas pandemias porque alteramos o ciclo da água e o ecossistema que fazem o equilíbrio no planeta.

Desastres naturais — pandemias, incêndios, furacões, inundações — continuarão porque a temperatura na Terra continua subindo e porque arruinamos o solo.

Há dois fatores que não podemos deixar de considerar: as mudanças climáticas causam movimentos da população humana e de outras espécies. A segunda é que as vidas animal e a humana estão se aproximando todos os dias como consequência da emergência climática e, portanto, seus vírus viajam juntos.

The Conversation - Esta é uma boa oportunidade para aprender lições e agir, não acha?

Rifkin - Nada voltará ao normal novamente. Este é um sinal de alerta em todo o planeta. O que temos que fazer agora é construir as infraestruturas que nos permitam viver de uma maneira diferente.

Devemos assumir que estamos em uma nova era. Caso contrário, haverá mais pandemias e desastres naturais. Estamos diante de uma ameaça de extinção.

The Conversation - Você trabalha, estará trabalhando nesses dias, com governos e instituições ao redor do mundo. Não parece haver consenso sobre o futuro imediato.

Rifkin - A primeira coisa que devemos fazer é ter um relacionamento diferente com o planeta. Cada comunidade deve assumir a responsabilidade de como estabelecer esse relacionamento em sua esfera mais próxima.

E sim, temos que começar a revolução em direção ao Green New Deal global [proposta que estimula os Estados Unidos a alcançarem o nível zero de emissões líquidas dos gases do efeito estufa, além de outras metas], um modelo digital de zero emissões; temos que desenvolver novas atividades, criar novos empregos, para reduzir o risco de novos desastres.

A globalização acabou, devemos pensar em termos de glocalização. Esta é a crise de nossa civilização, mas não podemos continuar pensando na globalização como hoje, pois são necessárias soluções glocais para desenvolver infraestruturas de energia, comunicação, transporte e logística…

The Conversation - Você acha que durante esta crise, ou mesmo quando a tensão diminuir, governos e empresas tomarão medidas nessa direção?

Rifkin - Não. A Coreia do Sul está combatendo a pandemia com tecnologia. Outros países estão fazendo o mesmo. Mas não estamos mudando nosso modo de vida.

Precisamos de uma nova visão, uma visão diferente do futuro, e os líderes nos principais países não têm essa visão. São as novas gerações que podem realmente agir.

The Conversation - Você propõe uma mudança radical na maneira de ser e ser no mundo. Por onde começamos?

Rifkin - Temos que começar com a maneira como organizamos nossa economia, nossa sociedade, nossos governos; por mudar a maneira de estar neste planeta.

A nossa é a civilização dos combustíveis fósseis. Nos últimos 200 anos, foi baseada na exploração da Terra.

O solo permaneceu intacto até começarmos a cavar as fundações da terra para transformá-la em gás, petróleo e carvão. E nós pensamos que a Terra permaneceria lá sempre, intacta.

Criamos uma civilização inteira baseada no uso de fósseis. Usamos tantos recursos que agora estamos recorrendo ao capital fundiário, em vez de obter benefícios dele.

Estamos usando uma terra e meia quando só temos uma. Perdemos 60% da superfície do solo do planeta. Ele desapareceu e levará milhares de anos para recuperá-lo.

The Conversation - O que você diria para aqueles que acreditam que é melhor viver o momento, o aqui e agora, e esperam que no futuro outros venham para consertá-lo?

Rifkin - Estamos realmente diante das mudanças climáticas, mas também há tempo de mudá-las.

As mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global e pelas emissões de CO₂ alteram o ciclo da água na Terra.

Nós somos o planeta da água, nosso ecossistema emergiu e evoluiu ao longo de milhões de anos graças à água. O ciclo dela nos permite viver e se desenvolver.

E aqui está o problema: para cada grau de temperatura que aumenta como consequência das emissões de gases de efeito estufa, a atmosfera absorve 7% a mais de precipitação do solo e esse aquecimento os força a cair mais rápido, mais concentrado e causando mais desastres naturais relacionados à água.

Por exemplo, grandes nevascas no inverno, inundações na primavera em todo o mundo, secas e incêndios durante o verão e furacões e tufões no outono varrendo nossas costas.

As consequências vão piorando com o tempo.

Estamos diante da sexta extinção e as pessoas nem sabem disso. Os cientistas dizem que metade dos habitats e animais da Terra desaparecerão em oito décadas.

Essa é a posição em que estamos. Estamos de frente com uma potencial extinção da natureza para a qual não estamos preparados.

The Conversation - Qual é a gravidadedessa emergência global? Quanto tempo resta?

Rifkin - Não sei. Faço parte desse movimento de mudança desde a década de 1970 e acho que o tempo de que precisávamos passou.

Nunca voltaremos onde estávamos, à boa temperatura, a um clima adequado…

A mudança climática estará conosco por milhares e milhares de anos; a questão é: podemos, como espécie, ser resilientes e nos adaptar a ambientes totalmente diferentes e que nossos companheiros na Terra também possam ter a oportunidade de se adaptar?

Se você me perguntar quanto tempo levará para mudarmos para uma economia limpa, nossos cientistas na cúpula europeia sobre mudança climática em 2018 disseram que ainda temos 12 anos. Já é menos que nos resta para transformar completamente a civilização e começar essa mudança.

A Segunda Revolução Industrial, que causou mudanças climáticas, está morrendo. E isso se deve ao baixo custo da energia solar, que é mais lucrativa que o carvão, o petróleo, o gás e a energia nuclear.

Estamos caminhando para uma Terceira Revolução Industrial.

The Conversation - É possível uma mudança de tendência global sem os Estados Unidos do nosso lado?

Rifkin - A União Europeia e a China se uniram para trabalhar juntas e os Estados Unidos estão avançando porque os estados estão desenvolvendo a infraestrutura necessária para alcançá-los.

Não se esqueça que somos uma república federal. O governo federal apenas cria as leis, os regulamentos, os padrões, os incentivos; na Europa, acontece o mesmo: seus Estados-membros criaram as infraestruturas.

O que acontece nos Estados Unidos é que prestamos muita atenção no Trump, mas dos 50 Estados, 29 desenvolveram planos para o desenvolvimento de energia renovável e estão integrando a energia solar.

No ano passado, na Conferência Europeia de Emergência Climática, as cidades americanas declararam uma emergência climática e agora estão lançando seu Green New Deal.

Muitas mudanças estão acontecendo nos Estados Unidos. Se tivéssemos uma Casa Branca diferente seria ótimo, mas, ainda assim, esta Terceira Revolução Industrial está surgindo na UE e na China e já começou na Califórnia, no Estado de Nova York e em parte do Texas.

The Conversation - Quais são os componentes básicos dessas mudanças que são tão relevantes em diferentes regiões do mundo?

Rifkin - A nova Revolução Industrial traz consigo novos meios de comunicação, energia, transporte e logística.

A revolução comunicativa é a internet, assim como foram a imprensa e o telégrafo na Primeira Revolução Industrial no século 19 no Reino Unido ou o telefone, rádio e televisão na segunda revolução no século 20 nos Estados Unidos.

Hoje, temos mais de 4 bilhões de pessoas conectadas e em breve teremos todos os seres humanos conectados à internet; todo mundo está conectado agora.

Em um período como o que estamos vivendo, as tecnologias nos permitem integrar um grande número de pessoas em uma nova estrutura de relações econômicas.

A internet do conhecimento é combinada com a internet da energia e a internet da mobilidade.

Essas três internets criam a infraestrutura da Terceira Revolução Industrial. Essas três Internet convergirão e se desenvolverão em uma infraestrutura de internet das coisas que reconfigurará a maneira como todas as atividades são gerenciadas no século 21.

The Conversation - Qual o papel dos novos agentes econômicos na formação desse novo modelo econômico e social?

Rifkin - Estamos criando uma nova era chamada glocalização.

A tecnologia de emissão zero desta terceira revolução será tão barata que nos permitirá criar nossas próprias cooperativas e nossos próprios negócios, tanto física quanto virtualmente.

Grandes empresas desaparecerão. Algumas delas continuarão, mas terão que trabalhar com pequenas e médias empresas com as quais estarão conectadas em todo o mundo. Essas grandes empresas serão provedores de rede e trabalharão juntas em vez de competir entre si.

Na primeira e na segunda revolução, as infraestruturas foram feitas para serem centralizadas, privadas. No entanto, a terceira revolução possui infraestruturas inteligentes para unir o mundo de maneira distribuída e glocal, com redes abertas.

The Conversation - Como a superpopulação afeta a sustentabilidade do planeta no modelo industrial?

Rifkin - Somos 7 bilhões de pessoas e chegaremos a 9 bilhões em breve. Essa progressão, no entanto, vai acabar.

As razões para isso têm a ver com o papel das mulheres e sua relação com a energia.

Na antiguidade, as mulheres eram escravas, eram as fornecedoras de energia, tinham que manter a água e o fogo.

A chegada de eletricidade está intimamente relacionada aos movimentos sufragistas nos Estados Unidos; libertou as jovens, que puderam ir para a escola e puderam continuar seus estudos até a universidade.

Quando as mulheres se tornaram mais autônomas, livres, mais independentes, houve menos nascimentos.

The Conversation - Você não parece otimista, e ainda assim seus livros são um guia para um futuro sustentável. Temos ou não temos um futuro melhor à vista?

Rifkin - Todas as minhas esperanças estão depositadas na geração millenial. A geração dos millenials saiu das salas de aula para expressar sua inquietude.

Milhões e milhões deles exigem a declaração de uma emergência climática e pedem um Green New Deal.

O interessante é que isso não é como nenhum outro protesto na história, e houve muitos, mas este é diferente: move a esperança, é a primeira revolta planetária do ser humano em toda a história em que duas gerações foram vistas como espécies em perigo.

Essa geração se propõe a eliminar todos os limites e fronteiras, preconceitos, tudo o que nos separa. Ela começa a se ver como uma espécie em extinção e tenta preservar as demais criaturas do planeta.

Esta é provavelmente a transformação mais importante da consciência humana na história.

Juan M. Zafra é professor associado do Departamento de Jornalismo e Comunicação Audiovisual da Universidade Carlos 3, em Madri, na Espanha.

* A versão original desta entrevista foi publicada na edição 113 da Revista Telos, pela Fundação Telefônica, e pode ser lida aqui. (https://telos.fundaciontelefonica.com/portada-telos-113-jeremy-rifkin-todas-mis-esperanzas-estan-depositadas-en-la-generacion-milenial/)


Suposto vinhedo bíblico é encontrado em Israel

Arqueólogos que trabalham em Israel estabeleceram recentemente que a descoberta realizada pela primeira vez há anos "é compatível com a narração bíblica" relacionada ao vinhedo mencionado nos Livros dos Reis.

Este vinhedo era propriedade do personagem bíblico Nabote, cuja execução foi orquestrada pela rainha Jezabel para que seu marido, o rei Acabe, pudesse se apoderar da propriedade.

É impossível datar os restos da construção, podendo determinar apenas quando foram utilizados pela última vez, afirmou ao The Jerusalem Post a autora principal do estudo Norma Franklin, do Instituto Zinman de Arqueologia da Universidade de Haifa.

"Com estruturas deste tipo, podemos avaliar quando foi a última vez que foram utilizadas, em torno do século I d.C., porém não podemos determinar quando foram construídas", observou.

Considera-se que os eventos descritos na Bíblia ocorreram em torno do século IX a.C.

"É possível que o vinhedo já existisse naquela época, porém é difícil afirmar isso. No entanto, alguns cientistas acreditam que a história foi escrita posteriormente, em torno do século VI a.C., quando podemos afirmar certamente que o vinhedo estava funcionando. Não há como saber se o que narra a Bíblia aconteceu exatamente como relatado, porém a narração deve ter existido", adicionou.

Franklin também observou amostras do solo em uma comunidade próxima há vários anos para determinar se seriam capazes de cultivar uvas da região.

"Os resultados mostraram que em toda a região havia apenas uma pequena área que seria boa para os vinhedos, exatamente onde se encontrava a antiga adega", declarou.