segunda-feira, 29 de junho de 2020

Estudo revela arma mortal que foi crucial para o exército assírio há 2,7 mil anos

Estudo revela arma mortal que foi crucial para o exército assírio há 2,7 mil anos: O armamento foi utilizado na conquista de Israel bíblica durante o século 7 a.C

Cidade cristã destruída pelos persas há 1.400 anos encontrada em Israel, revela estudo

Os restos daquela que já foi uma próspera cidade cristã, destruída pelas forças persas há cerca de 1.400 anos, foram descobertos no norte de Israel, relatam arqueólogos.

O assentamento rural bizantino de Pi Metzuba, na Galileia Ocidental, parece ter visto seu fim no início do século VII, quando a Pérsia invadiu a região como parte de seu conflito mais amplo com o Império Bizantino.

O ponto alto da escavação

As ruínas foram encontradas durante obras para ampliar a estrada que liga a cidade de Shlomi e o Kibbutz Hanita, ao sul da fronteira de Israel com o Líbano, e originaram de imediato trabalhos arqueológicos de emergência.

O ponto alto da escavação foi a descoberta de um edifício marcado com símbolos cristãos e que abrigava um mosaico de alta qualidade decorado com figuras florais, animais e humanas inspiradas na iconografia pagã.

Segundo informa o jornal israelense Haaretz em sua edição de 17 de junho, para além deste mosaico foram descobertos outros tesouros.

A novidade foi avançada em primeira mão pelos autores das descobertas, os arqueólogos Gilad Cinamon, Yoav Lerer, Gabriela Bijovsky e Rina Talgam. Os pesquisadores publicaram os resultados obtidos na edição de junho de 2020 da revista Atiqot, da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês).

Apesar de escavação ter sido iniciada em 2007, foram necessários vários anos para que os especialistas estudassem e publicassem os achados da cidade bizantina, afirmou ao Haaretz Gilad Cinamon, o arqueólogo da IAA que chefiou a escavação.

O local não é conhecido de fontes bizantinas, mas os pesquisadores acreditam que se trate da cidade de Pi Metzuba, mencionada no Talmude de Jerusalém, o compêndio da lei religiosa judaica compilado nos séculos IV-V na Galileia.

Mosaico cristão e pagão

O mosaico de cinco por cinco metros, apenas parcialmente preservado, retrata motivos florais, figuras animais e humanas e fragmentos de inscrições gregas, que não conseguiram ainda ser decifradas.

Para Cinamon, o mosaico decorou a sala de estar de uma moradia urbana, propriedade de uma família muito rica", acrescentando que se trata de "um achado bastante raro para esta área do período bizantino".

Arqueólogos desenterram cidade cristã da Galileia saqueada pelos persas no século VII

Os motivos no mosaico sugerem que o espaço foi utilizado para entreter os convidados desta família abastada, relata por sua vez a coautora Rina Talgam.

Dentro de uma borda de folhas de acanto, várias imagens da vida campestre são retratadas: um coelho comendo uvas, um javali, pássaros bicando e uma cena de caça, entre outros.

No centro do mosaico está uma mulher de grinaldas segurando uma cornucópia, romãs e frutas amarelas que pode muito bem ser interpretada como uma personificação da abundância agrícola e da fertilidade e ser uma representação de Tyche, a deusa grega da fortuna, diz Cinamon.

O mosaico foi removido para o museu de arqueologia local no Kibbutz Ein Dor, perto da cidade de Nazaré, onde está atualmente em exposição, relata o Haaretz.


Casa grande com símbolos cristãos na cidade bizantina de Pi Metzuba continha também um mosaico com motivos pagãos, incluindo animais e uma deusa

O Império Bizantino e o Império Persa entraram em guerra entre 602 e 628 d.C., o último de uma série de conflitos entre as duas potências. Os persas conquistaram Jerusalém em 614 com ajuda de alguns aliados judeus que haviam sido perseguidos pelos bizantinos.

Segundo os pesquisadores, existiam cerca de 140 assentamentos cristãos na região durante essa época, incluindo 63 igrejas ou mosteiros. Outros 13 assentamentos tinham uma população mista. Muitos desses assentamentos cristãos da Galileia foram destruídos na invasão persa.

Terra proibida

O Talmude de Jerusalém inclui Pi Metzuba em um rol de "territórios proibidos" da Galileia Ocidental que segundo a lei judaica – Halacha - não eram considerados parte do território judaico.

Contudo, judeu que neles habitasse teria de cumprir todos os mandamentos prescritos para os habitantes da Terra de Israel.

No entanto, e apesar de "por enquanto não termos documentos de fontes cristãs sobre esse assentamento, todas as evidências apontam para uma população quase inteiramente cristã", afirmou Cinamon ao Haaretz.
Apenas uma pequena parte do local foi escavada até agora. A maioria dos edifícios descobertos foram casas pequenas e modestas ligadas por vielas apertadas, com exceção de uma grande e bem construída estrutura no meio da cidade.
Foi dentro desse prédio que os arqueólogos recuperaram o grande mosaico, assim como uma cruz de bronze, que pode ter sido parte de um candelabro, e um dintel de porta decorado com uma cruz.

Além do colorido mosaico, os pesquisadores também encontraram cerâmica, uma cruz de bronze, moedas árabes-bizantinas, um raro peso de bronze do século VI e pedras com cruzes esculpidas nelas.

O Império Bizantino e o Império Persa entraram em guerra entre 602 e 628 d.C., o último de uma série de conflitos entre as duas potências. Os persas conquistaram Jerusalém em 614 com ajuda de alguns aliados judeus que haviam sido perseguidos pelos bizantinos.

Segundo os pesquisadores, existiam cerca de 140 assentamentos cristãos na região durante essa época, incluindo 63 igrejas ou mosteiros. Outros 13 assentamentos tinham uma população mista. Muitos desses assentamentos cristãos da Galileia foram destruídos na invasão persa.

Fonte: sputniknews.com

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Theo Siebenberg, o homem que encontrou a Jerusalém de 3 mil anos atrás dentro de casa

Theo Siebenberg, o homem que encontrou a Jerusalém de 3 mil anos atrás dentro de casa: Ele parecia obcecado com seu porão e decidiu realizar uma escavação arqueológica, o que revelou muitos artefatos antigos e raros

Antigo cetro descoberto em Israel seria evidência de 'estátuas divinas' de tamanho natural

Um cetro de cerca 3.200 anos descoberto em uma localidade mencionada na Bíblia no sul de Israel pode ser a primeira evidência da existência de "estátuas divinas" em tamanho natural usadas em rituais, revela estudo.

Em um artigo publicado no jornal Antiquity, Yosef Garfinkel, professor de arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, escreveu sobre o cetro, feito de bronze e revestido em prata, achado no interior de um porão de um templo canaanita, no sítio arqueológico de Laquis.

O arqueólogo associou o artefato descoberto a um outro cetro encontrado na povoação de Hatzor, localizada um pouco mais a norte, bem como a uma estatueta encontrada no local de um templo cananeu em Megiddo.

A pequena figura tem na sua mão um cetro, denominado por Garfinkel como uma "versão em miniatura" dos objetos descobertos em Laquis e Hatzor.

Além disso, o professor de arqueologia também observou que no cetro de Megiddo existe um padrão complexo de círculos forjados, parecido com o padrão no cetro de Laquis, escreve diário Haaretz.

Em um templo cananeu de 3.200 anos, arqueólogos encontram cetro de bronze folheado a prata, que foi provavelmente segurado por uma grande estátua de um deus.

Ao analisar as semelhanças, Garfinkel disse que o cetro de Laquis originalmente estaria colocado em uma das mãos de uma estátua de tamanho natural.

"Os cetros de Laquis, Hazor e Megiddo podem ser considerados atributos característicos do deus cananeu El, [considerado como deus criador]. O cetro era um dos atributos deste deus, um marcador de identidade e um símbolo do seu poder", escreveu professor em artigo.

Fonte: Sputniknews

sexta-feira, 19 de junho de 2020

O que me falta para ser salvo?


Marcos 10. 17-22; 46-52; 12.28-34

A forma como buscamos a Deus denuncia a nossa condição espiritual sendo determinante para o acolhimento ou rejeição da divindade. Nos textos acima temos três situações distintas onde pessoas buscaram a Cristo e receberam respostas diversas para as suas provocações. A essência deste estudo é caracterizar cada personagem em sua relação com o mestre e nos avaliarmos como servos de Deus.

O primeiro ponto a ser levantado é:

1.       Quem eram os personagens narrados no texto de Marcos?


O jovem rico
É descrito em Lucas 18.18,23 como um jovem possuidor de grandes recursos e de importância social relevante para sua comunidade.


Bartimeu, filho de Timeu.
Cego, mendigo, alguém que vivia a margem da sociedade, cujo único bem que possuía era uma capa que usava para se proteger das intempéries. Era visto por todos como um amaldiçoado e sua condição como fruto do pecado. A cegueira era um impedimento para servir ao Senhor, caso pertencesse a uma família sacerdotal (Levítico 21.17-18).

O escriba
Doutores e mestres da Lei (Mateus 22,35; Lucas 5,17). Eram homens com grande conhecimento da Lei Mosaica, eram respeitados pela comunidade e bem sucedidos financeiramente. Pertencia a elite intelectual do seu tempo.
















Marcos descreve como cada personagem abordou o mestre:

·         O jovem rico ao se aproximar de Cristo se ajoelha e interpela com esmerado elogio. Há um forte indício de auto-justificação em seu ato. É também razoável acreditar conhecia Jesus.

·         O escriba após constatar o fracasso dos saduceus em seu debate com o mestre se aproxima de Cristo atraído por sua sabedoria e lhes pergunta acerca da Lei com o propósito claro de lhes por à prova.
·         O cego Bartimeu como os demais conhecia a fama de Cristo, contudo, se aproxima de Jesus, com uma necessidade especifica e uma fé salvadora o que diferenciava dos demais.

Com base nas abordagens acima qual a sua motivação quando busca a Cristo?

·         Aceitação por parte de um grupo.
·         Alto-justificação.
·         Sua grande sabedoria.
·         Por crer ser a resposta para as suas necessidades.

Podemos nos enganar e aos outros, porém, não a Deus. A falsa religiosidade não comove o coração do Senhor, nem dispensa o seu favor.

O segundo ponto é direto:

2.       O que Deus busca em sua relação com o pecador?

“O Senhor diz: Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita só de regras ensinadas por homens.” (Isaías 29:13)
Certamente o Senhor não se deixa levar por belos cultos, rituais vazios ou coisas que o valham. É certo que deseja antes de todo, que aqueles que o adoram o façam em espírito e verdade. Portanto, Ele observa e valoriza aqueles que demonstram arrependimento, fé e a consciência de que são incapazes de obter a salvação com seus próprios recursos. Somente estes que apresentam esta disposição de espírito é que alcança de Deus a justificação dos seus pecados. Vejamos como se portou cada um dos personagens descritos no livro de Marcos.

O jovem rico (Marcos 10.17-22)

Quando analisamos a situação do jovem rico percebemos:

·         que era um jovem fiel a sua crença;
·         que se sentia merecedor da salvação divina por suas práticas benévolas e ritos religiosos. (...) que farei para herdar a vida eterna? (Marcos 10:17). Esta pergunta é sincera, apropriada e dirigida a quem realmente poderia responder com correção. No entanto, quando analisamos o contexto como um todo, percebemos algo a mais nesta indagação: falta-me algo que ainda não fiz?

Então, Jesus Cristo apresenta as condições:

a.       Não mate (Êx 20.13; Dt 5.17);
b.      Não cometa adultério (Êx 20.14; Dt 5.18);
c.       Não dê falso testemunho (Êx 20.15; Dt 5.19);
d.      Não defraude ninguém (Êx 20.16; Dt 5.20);
e.      Honre teu pai e a tua mãe (Êx 20.12; Dt 5.16).

E de pronto o jovem o responde: “Mestre tudo isso tenho observado desde a minha juventude.” Cristo não o desmente, o que é fantástico, mas, o surpreende quando afirma que lhes falta uma coisa. E com certeza a principal. Mas, como falta uma coisa? Certamente pensou. O que me poderia faltar? Absurdo!

“E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.” Marcos 10: 21-22

O jovem saiu triste daquele encontro. Ele não tomou posse da salvação. Cuidado! Deus exige de cada um de nós uma entrega total: corpo, alma e espírito (João 4.24; 1Ts 5:25). Nada pode se interpor na relação Deus e homem. Naquele momento os bens foram o fator de impedimento de o jovem herdar a vida eterna.

Aplicando este ensino a tua vida fica a pergunta: O que pode está sendo um obstáculo para você ter pleno acesso as bênçãos de Deus em sua vida?

·         Riquezas;
·         Familiares e amigos;
·         Poder;
·         Ídolos humanos;
·         Outros.

Nada disto substitui Cristo, nada disto permitirá que entres no Reino de Deus.

O escriba (Marcos 12.28-34)

O mestre da lei foi atraído ao Senhor pela sua brilhante vitória no debate teológico com os saduceus. Ele também queria testá-lo e teve a oportunidade que necessitava.

“Entretanto, os fariseus, sabendo que Jesus havia silenciado os saduceus, reuniram-se em conselho. E um deles, intérprete da Lei, querendo pôr Jesus à prova, perguntou-lhe:” Mateus 22: 34,35

Deste encontro sairá um homem satisfeito não só com a resposta do mestre, mas, pelo fato de ter concordado com suas convicções pessoais.

Ele sabia que os dois maiores mandamentos era amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo (Dt 6.4-5; Lv 19.18).

Como ele ficou feliz. Não foi reprovado em seu conhecimento bíblico como os saduceus. Contudo, não levou Jesus ao erro. O homem da Lei diferia do jovem rico apenas por confiar na sua sabedoria. Era sem dúvida um grande teólogo, mas vazio de Cristo.

O amor a Deus não se limita ao conhecimento e tem como consequência mudança de vida. O Escriba tinha que aceitar a Cristo como Senhor e Salvador da sua vida, mas, não o fez.

Cristo reconhece que ele não estava longe da salvação, contudo, a semelhança do jovem rico faltava o essencial: Jesus Cristo.
O cego Bartimeu (Marcos 10.46-52)

O terceiro personagem a se encontrar com Cristo foi Bartimeu, o cego. Diferente dos demais Bartimeu:
·         não era rico;
·         não possuía grande conhecimento teológico, portanto, estava fora dos seus interesses se autopromover, debater qualquer assunto de natureza teológica com o mestre etc.

·         Ele era um realista, dava passos calculados motivados pela fé. Seu coração estava aberto a Deus.

Bartimeu já vivenciava na pratica a dependência de Deus. As esmolas, nem sempre eram fartas ou suficientes para sanar as suas necessidades. Ele percebeu algo diferente. Soube que o Cristo passava em sua comunidade e não perdeu tempo correndo ao seu encontro. Se tivesse se acomodado teria perdido a benção. Lembrem-se, Cristo estava a caminho de Jerusalém para cumprir a sua paixão.

“E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus.” Marcos 10:49,50

A única propriedade que possuía era uma capa e como vemos no texto ela não foi empecilho para o encontro com Cristo.

Bartimeu largou tudo e correu ao encontro de Cristo. Ele tinha conhecimento e fé que só Jesus Cristo era quem poderia salvá-lo daquela situação. Ao se aproximar de Cristo Bartimeu não tinha outro objetivo em seu coração que não fosse a solução da sua dificuldade. Com esta certeza não só foi curado do mal, como também foi salvo pelo mestre.

E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho. Marcos 10:52

 Que lição maravilhosa.

Aplicações para o nosso dia-a-dia.

1)      Deus não aceita uma adoração dividida. Quem o busca deve está disposto a se entregar sem reservas. Nada pode ser empecilho entre Deus e o seu adorador. Quando o pecador coloca pessoas, situações, costumes e tradições no lugar de Deus têm estabelecido uma falsa adoração, uma falsa religião e um falso crente. Não importa as circunstancias envolvida, este homem está perdido.

2)      Conhecimento teológico sem vida cristã autêntica é desperdício de tempo e forças. O homem não será salvo pela graça e misericórdia de Deus por meio da sua vontade ou conhecimento acerca de Jesus Cristo histórico. Este conhecimento deve implicar em mudança de vida para que a sua adoração seja aceita diante de Deus.

3)      Somente pela fé em Jesus Cristo é que o pecador alcançará o perdão dos seus pecados e salvação eterna. Bartimeu buscou no Cristo-Deus a solução do seu problema (cegueira) e devido a sua disposição de espírito foi contemplado com a salvação eterna (Marcos 10.52)

A pergunta continua: O que me falta para ser salvo?

Bibliografia:

·         Bíblia de Estudo NAA, Barueri SP : Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 2018

Autor: Jerônimo Viana de M. Alves