domingo, 19 de março de 2023

O vaso e o oleiro

 Jeremias 17. 1-6


A soberania de Deus é algo inquestionável. Ele nos fez, portanto, de fato e de direito tem total poder sobre toda criação.


Trabalhar a vida dos seus servos é o natural do Senhor. Nessa dimensão temos o servo Jó [Jó 1.1-3], Jonas [ 1.1-3], Pedro [Mt 26. 69-75].


O texto em questão é mais um ato simbólico divino com plena aplicação à vida do seu povo de ontem e de hoje. Vejamos:


  • Jeremias 13. 1-14 - O cinto de linho.

  • Jeremias 16, 1-13 - A vida solitária do profeta - Não podia casar e ter família.

  • Jeremias 18. 1-6   - O oleiro.


A arte de modelar vasos de forma simétrica não é fácil. A minha experiência neste negócio foi desastrosa quando cursei técnicas industriais na Escola Estadual Tiradentes. Não tinha jeito para a coisa.


Aqui, trata-se de um profissional até pela observação do verso 4.


“O vaso se estragou (...) ele tornou a fazer outro vaso, segundo bem lhe pareceu.”


Percebe-se também que o trabalho do oleiro é cheio de especificidades e contratempos que exigem atenção. O oleiro tem um objetivo do qual não fugirá. O vaso é concluído, pois assim planejou a fim de suprir uma necessidade qualquer. 


O apóstolo Paulo usa essa mesma lógica em Romanos 9.21.


Ou o oleiro não tem poder sobre o barro, para com a mesma massa fazer outro vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?”


Aqui também fica claro a expressão “segundo bem lhe pareceu.


O que diferencia o texto de Jeremias 18 de Romanos 9.21?


Em Jeremias 18. 1-6, o Senhor demonstra ao profeta a sua capacidade e autoridade de modelar a vida do seu povo que naquele momento estavam distante da sua graça e misericórdia, visto que:


“Então às cidades de Judá e os moradores de Jerusalém irão aos deuses a quem eles queimaram incenso e a eles clamarão; porém estes de modo nenhum os livraria na hora da calamidade. porque os seu deuses, ó Judá, são tantos quantas as suas cidades, e os seus altares que vocês levantaram para a coisa vergonhosa, isto é, para queimar incenso a Baal, são tantos quanto o número das ruas de Jerusalém.”


Em Romanos 9.21, Paulo reafirma a soberania de Deus.Um pouco antes em Romanos 9. 7-9, ele nega uma ideia ainda vigente na comunidade judaica de que ser descendência direta de Abraão automaticamente salva o indivíduo da condenação eterna. Porém, o apóstolo enfatiza que só os filhos da promessa (isto nos incluem) são salvos por Deus em Jesus Cristo.


Para ilustrar a persistencia desse entendimento equivocados dos judeus acerca da salvação lembro-me de uma palestra sobre arqueologia bíblica ocorrida em uma igreja da minha cidade cujo palestrante era um judeu. Lembro-me também que alguns irmãos empolgados pela ilustre presença teimavam em associá-lo à fé reformada ou evangelizá-lo e como respostas a essas insistentes intervenções ele afirmou aborrecido. Sou filho de Abraão, portanto, já sou salvo, não preciso ser evangelizado. Todos ficaram em silêncio.


Ao ler Jeremias 18 e Romanos 9, fica claro que existindo um verdadeiro arrependimento, obediência e mudança de vida a partir dos princípios divinos (existem mudanças para não mudar nada) o Senhor está disposto a apaziguar a sua ira e perdoar o povo de Israel.


“No momento em que eu falar a respeito de uma nação ou de um reino para arrancar, derrubar e destruir, se essa nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu mudarei de ideia a respeito do mal que pensava fazer-lhe.” Jeremias 18. 7-8


Aplicação 


Irmãos, o quanto Deus tem trabalhado em nossas vidas.


  • Quantas vezes tentamos fugir dos seus propósitos como fez o profeta Jonas.

  • Quantas vezes os nossos caminhos e decisões quer sejam de cunho pessoal ou grupal não estavam na centralidade da vontade de Deus.

  • Quantas vezes os propósitos de Deus nos pegou anestesiados espiritualmente, cheios do nosso eu, da nossa própria sabedoria e somos levados ao cativeiro da desesperança.


O Senhor falou ao profeta Jeremias:


“Não interceda por este povo para o bem dele. Quando jejuarem, não ouvirei, o seu clamor e, quando trouxerem holocausto e ofertas de cereais, não me agradarei deles. Pelo contrário, eu os consumirei pela guerra, pela fome e pela peste.” Jeremias 14.11


Estar na presença de Deus é o melhor lugar.


“Bendito aquele que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor, porque ele é como árvore plantada junto às águas, que estende às suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, porque as suas folhas permanecem verdes; e, no ano de seca, não se pertuba, nem deixa de dar fruto.” Jeremias 17.7-8


Israel e Judá haviam esquecidos do pacto que celebraram com Deus. Trocara a confiança no Deus de Israel pelo socorro dos homens (egípcios). Fora do Senhor não há esperança. Em todo o tempo o profeta foi fiel à palavra do Altíssimo sendo poupado da morte quando Jerusalém foi levada cativa (Jeremias 38.28).


  • Hoje somos desafiados a nos moldar conforme o desejo de Deus.

  • Somos desafiados a crer em suas promessas mesmo quando tudo pareça perdido.

  • Somos desafiados a rever nossos conceitos e valores para saber se estão conectados ao nosso Deus.


Sabemos o fim que tiveram os reinos de Israel e Judá por desobedecerem ao Deus Altíssimo.


  • Israel foi levado para o cativeiro da Assíria - 721 a.C. 2 Reis 17. 5-6 - Rei Oséias X Salmaneser V.

  • Judá foi levado para o cativeiro em 587 a.C. 2 Reis 25 - Rebelião de Zedequias X Nabucodonosor.


Portanto, não devemos cultivar um coração de pedra, irritável ao Espírito de Deus que habita em nós, como que querendo negar a sua eficácia em nossa vida, mas um coração de carne cheio de gratidão, submisso a sua vontade que clama por sua direção. Só assim nossos planos serão estabelecidos nesta terra e confirmados na eternidade.


Que assim seja. Amém.


Meditação realizada no culto matutino da Igreja Batista do Alecrim

Natal 19.03.23

Jerônimo Viana


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Quando Deus escolhe um líder

Êxodo 3; 4.1-14

Introdução


Não tem jeito. Quando Deus te escolhe para uma determinada função não tem o que se fazer. O melhor caminho é a obediência, mas, tem aqueles que resistem. 


O que leva uma pessoa a ensaiar um não a Deus?


  • Por não perceber o agir de Deus em nossa vida.

  • Por não compreender o propósito da sua chamada.

  • Por não visualizar em nós mesmos nenhuma capacidade para o cumprimento da missão ou vontade de Deus. 

Essa visão é muito arriscada, porque, essa falta de maturidade espiritual é a pior de todas as situações, visto que, quase nos conduz a total incredulidade do que nos propõe a divindade.

Diante disto é esperado uma forte reação do criador.


No livro do Êxodo 3; 4.1-14, nos deparamos com esse drama espiritual na vida de Moisés que aos poucos vai sendo superado na medida em que o Senhor se revela ao seu servo. 


A chamada de Moisés passa pela sarça ardente. A curiosidade o leva de volta a Deus. Essa situação me faz pensar acerca dos inúmeros recursos usados pela divindade para nos despertar espiritualmente. Você se lembra de algum mecanismo usado por Deus para chamar a tua atenção sobre um determinado aspecto da sua vida a ser trabalhado? Qual?


A nossa desatenção espiritual praticamente nos desliga do criador, mas aquele em que Deus tem um plano em sua vida, em algum momento ele retorna para os braços do Altíssimo. É provável que Moisés não tivesse consciência desta ação divina.


No livro de Atos 7.23, Estevão fala que Moisés ao completar 40 anos, mesmo depois de ter uma vida preservada da escravidão e gozar dos privilégios de pertencer a família real, não se deixa seduzir por esta realidade e se identifica com sua gente.


  • Nesse tempo Moisés era versado na cultura egípcia (Administração, militarismo etc).

  • Ele dá início a um projeto de libertação do seu povo ao assassinar um opressor do seu povo (Êxodo 2. 11-12). Esse caminho parecia fácil, tanto é que se dispõe no dia seguinte a julgar um conflito entre irmãos (Êx. 2.13-15).

  • A ideia de rebelião armada contra o império egipcio não estava no coração de Deus, muito embora, fosse uma ideia atraente a Moisés.

  • A fuga para a terra de Midiã (Êx 2.15), o sentar à beira de um poço (Êx 2.17) o colocava em uma linha direta com Abraão ao mandar seu servo procurar uma esposa para seu filho Isaque (Gn 24.11), bem como, com Jacó (Gn 29.2 em diante).

  • Moisés nessa condição se apresenta às filhas de Reuel ou Jetro (Êx 2.16-21) que era sacerdote em Midiã e posteriormente se casa com Zípora gerando Gerson (primogênito - Significado do nome: “Peregrino fui em terra estranha.”. Êx. 2.22) e Eliézer (Significado: “O Deus de meu pai foi por minha ajuda, e me livrou da espada de Faraó.” Êx 18.4)


Em Atos 7.30, temos a informação que 40 anos se passaram e Moisés está pronto para a revelação do Deus Altíssimo. Todo o ciclo de preparação de Moisés para a missão que iria desempenhar sob a orientação de Deus havia chegado. Foram 80 anos de instrução


  • 40 junto a casa real.

  • 40 na terra de Midiã.


“E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão. E ouviu Deus o seu gemido, e lembrou-se Deus da sua aliança com Abraão, com Isaque, e com Jacó; E viu Deus os filhos de Israel, e atentou Deus para a sua condição.” Êxodo 2:23-25


Observem irmãos. Até aqui Moisés já não pensava nos seus irmãos hebreus, nem no Egito. Ele não mais se identificava com os hebreus, nem com sua família egípcia.


“O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi descoberto.” Êxodo 2:14


Ouvindo, pois, Faraó este caso, procurou matar a Moisés;  mas Moisés fugiu de diante da face de Faraó, e habitou na terra de Midiã, e assentou-se junto a um poço. Êxodo 2:15


  • Era pastor de Jetro (Êx 3.1).

  • Esposo de Zípora (Êx 2.21) e pai de Gerson e Eliézer (1Cr 23.15).


Apesar de ter consciência da sua condição de peregrino em terra estranha, Moisés não nutria nenhuma esperança em libertar seu povo, tratando de cuidar da sua vida. 


Os irmãos perceberam o agir de Deus na vida de Moisés até aqui? Contudo, essa ação divina não estava tão clara para ele.


Seu sogro era sacerdote em Midiã, contudo, não do Deus de Israel. Mas, como sabemos disto?


  1. Deus se apresenta a Moisés na sarça ardente (Êx 3.1-6), até então, era desconhecido para Moisés. Caso Jetro fosse sacerdote do Deus Altíssimo como Melquisedeque Moisés já teria algum tipo de conhecimento acerca do divino.

  2. Moisés fala para Jetro o que Deus fez por seu povo e ele confessa Jeová  como Deus Salvador (Êx 18. 8-12). 


A intervenção divina e a resistência ao chamado de Deus


A tomada de consciência de Moisés acerca da vontade de Deus para a sua vida não foi fácil. Quando comparamos a situação de Moisés com Cristo observamos uma enorme diferença.


  1. Enquanto Jesus no Getsemane pediu que se possível o Pai afastasse dele o cálice, contudo, que não fosse como ele queria, mas sim como Deus desejava (Mt 26.39), portanto, cristo demonstrava que tinha plena consciência da sua missão o mesmo não podermos dizer de Moisés.


O tratamento dado por Deus a Moisés para o seu convencimento é repleto de graça, misericórdia e concessão. Isso mesmo, concessão.


Vejamos:


  1. Deus apresenta-se a Moisés (v.2);

  2. Manda guardar distância (v.5);

  3. Se apresenta como o Deus dos seus antepassados (v.6);

  4. Moisés sente a sua presença e teme (v.6);

  5. O Senhor relata o motivo daquele encontro (vs. 7-9), declara que Moisés será o líder da libertação do seu povo (v.10).


O que o irmão faria no lugar de Moisés? Toda sua história passou diante dos seus olhos. 


  • A morte do egipci;

  • A rejeição por parte dos seus irmãos;

  • A fuga e o momento de paz na terra de Midiã.


Deus estava retirando Moisés do seu lugar de conforto para o maior desafio da sua vida. Ele sabia perfeitamente as consequências daquela proposta divina. Nessa hora entra o homem, a lógica humana, o realismo. 


  • Por que eu?


Ninguém pode dizer não a Deus, mas Moisés procura fugir da sua responsabilidade e se enche de argumentos.


  1. Qual o seu nome? (Vs 13-14);

  2. Eles não vão acreditar (Êx 4.1);


  • Deus apresenta a Moisés um repertório de sinais sobrenaturais.

  1. Bordão - Cobra - Êx 4.3-4.

  2. Lepra - Êx 4.6.

  3. Água em sangue - Êx 4.8.


3. Não sou eloquente - Êx 4.10-12

4. Envia outro em meu lugar - Êx 4.13.


Reação divina


“ Então a ira do Senhor se acendeu contra Moisés” êx 4.14-17


Concessão divina.


Deus tem consciência de quem somos. Para Deus, ninguém mais do Moisés estava preparado para aquela missão. A ignorância espiritual de Moisés não o deixava ver.


  • Moisés tinha necessidade emocional de uma muleta espiritual a fim de cumprir a sua missão. Deus cede às suas exigências convocando Arão para ser seu auxiliar.

  • Mais tarde vemos a ação de Arão na congregação de Israel. Como ele cedeu e fez um bezerro de ouro para o povo adorar (Dt 9.7-21, 25-29). Moisés resistiu a tal pecado.

  • Deus sabia do caráter do seu servo, por isso escolheu Moisés e não Arão para liderar o povo.


Finalizando. 


Irmãos. 


  • Devemos estar atentos ao que Deus quer fazer através de nós.

  • Não devemos olhar para as circunstâncias.

  • Não devemos nos moldar à realidade à nossa volta.

  • Devemos ter um coração disposto a servir ao nosso Deus.


Se obedecermos a vontade divina certamente o Senhor saberá recompensar seus servos fiéis.


Deus nos abençoe.


Jerônimo Viana M. Alves

Mensagem exposta no culto de oração do dia 08.02.23


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Jesus Cristo

 Fonte: Bíblia de Estudo Especial - Aleluiah 

"Repentinamente, quando olharam ao redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus." (Marcos 9:8)

Pedro, Tiago e João tinham visto como Jesus foi transfigurado diante de seus olhos.

Não só isso, mas apareceram também Moisés e Elias e Jesus teve uma conversa com eles.

Mas Moisés e Elias foram embora.

E quando tudo acabou, ali estava Jesus, lembrando-nos de que Ele é tudo o que precisamos.

Não precisamos de Jesus e da Lei, porque Jesus cumpriu toda a lei.

Não precisamos de Jesus e dos sacramentos, de Jesus e de boas ações.

Se você realmente conhece a Jesus, as boas obras serão uma consequência.

Obras não salvam uma pessoa, mas são uma boa evidência de que uma pessoa está salva.

Se você é realmente um seguidor de Cristo, haverá resultados evidentes em sua vida.

Precisamos de Jesus.

Isto é verdade não apenas para a salvação, mas para a vida em geral.

Quando você passar por uma crise, eis do que precisa: de Jesus.

Amigos irão ajudá-lo.

A família irá ajudá-lo.

E Jesus pode trabalhar através de familiares e amigos; mas, às vezes, amigos vão lhe decepcionar.

E a família vai lhe deixar triste.

Às vezes, os conselhos que seus amigos vão dar para tentar lhe ajudar vão na verdade lhe causar mais dor.

As pessoas vêm até mim e dizem: "Perdi um ente querido.

Há algum livro que eu deva ler?

Existe alguém com quem eu deva falar?

" Há livros que posso recomendar e coisas que posso dizer.

Mas o que realmente tenho a dizer é: "Sabe do que você precisa agora?

Você precisa de Jesus.

Você precisa inclinar-se para Ele.

Precisa confiar Nele.

Precisa agarrar-se a Ele.

Isso é o que você precisa." Só Jesus vai fazer você enfrentar essa.

Só Jesus pode curar um coração partido.

Só Jesus pode lhe dar forças para ir em frente.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Meditação

 Bíblia de Estudo Especial - Aleluiah Apps

20 de jan. de 2023

"Suporte comigo os sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus." (2 Timóteo 2:3)

Sem dúvida nenhuma, a melhor vida para se viver é a vida cristã, porque Deus pega uma vida que estava vazia, sem rumo, guiada por julgamentos errôneos e a transforma.

Ele perdoa todos os nossos pecados, remove nossa culpa e, literalmente, passa a morar em nós através do Espírito Santo.

Mais importante, ele muda o nosso endereço eterno de um lugar chamado inferno para um lugar chamado céu.

Isso tudo acontece como resultado do poder do evangelho que cremos e proclamamos.

No entanto, alguns acreditaram no que eu descreveria como uma "versão diluída" do evangelho, um evangelho que promete perdão, mas raramente menciona a necessidade de se arrepender dos seus pecados, que promete a paz, mas nunca avisa sobre a perseguição, um evangelho que não tem nenhum problema em dizer que Deus quer que você seja saudável e rico, que diz que você vai sempre encontrar o favor de Deus, que uma vaga de estacionamento sempre estará disponível para você.

Mas esse não é o evangelho do Novo Testamento.

A vida cristã não é um parque de diversões, mas um campo de batalhas.

Não existe apenas um Deus que lhe ama e tem um plano para sua vida, mas há também um inimigo que odeia você e se opõe ao plano de Deus.

Não estou dizendo com isso que, uma vez que se torne um cristão, você vai ficar doente, pobre e péssimo.

A essência da vida cristã é conhecer e andar com Deus.

Trata-se de ficar com Ele quando o céu é azul e também quando está cheio de nuvens.

Trata-se de permanecer firme.

Jesus deixou claro que as tempestades vão entrar na vida de cada um de nós em algum momento.

E à medida que procuramos conhecer e seguir a Cristo, vamos encontrar a felicidade como um benefício decorrente.

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

A promessa do Espírito Santo

Joel 2. 28-32

“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar.” Joel 2.28-32


Dando sequência à nossa série de estudos sobre as promessas de Deus, hoje vamos abordar sobre o derramamento do Espírito Santo de Deus e sua ação sobre o seu povo.


A primeira pergunta que fiz ao texto de Joel foi:


  • Já que o Espírito Santo habitaria entre os homens qual seria a obra que desenvolveria entre nós? Pesquisei em um texto de teologia sistemática é tive a seguinte resposta: 


A OBRA DO ESPÍRITO SANTO É MANIFESTAR A PRESENÇA ATIVA DE DEUS NO MUNDO E EM ESPECIAL A IGREJA.


  • Como isso se deu ao longo da história humana?


  1. No Velho Testamento - se apresenta nas teofanias [manifestação visível do próprio Deus] divinas.


  1. Nos evangelhos - O Espírito Santo passou a ser a principal manifestação da Trindade entre nós.


  • Desde o início da criação que temos indícios de que a obra do Espírito Santo consiste em contemplar e sustentar o que Deus Pai e Deus Filho planejaram e executaram [Gênesis 1.2 - “O Espírito de Deus pairava por sobre às águas.”].


  • No pentecoste [Atos 1.8; 2.4, 17-18] Ele se torna a figura central da narrativa divina, portanto, o responsável por conceder poder à Igreja na Era da Nova Aliança.


  • Paulo se refere ao Espírito Santo como:


  1.  “Primeiros frutos” [Rm 8,23];

  2.  “Penhor” [2Co 1.22] - O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações.

  3. E João o apresenta como garantia da plena manifestação da presença de Deus que uma dia nos será revelada [Ap 21.3-4]


“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” [Ap. 21.3-4]


  • Homens como Ezequiel [36.26-27; 37.14; 39.29] e Joel [2. 28-29] falaram de um tempo em que Deus faria uma nova aliança com seu povo. 


“E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.”  Ez 36.26-27


  • Bênçãos seriam derramadas abundantemente sobre o seu pov. E aqui fica uma nova pergunta: que bênçãos?



  1. de poder;

  2. de purificação;

  3. de revelação;

  4. de unidade..


  • Contudo, para se obter tais bênçãos haviam pré-condições, elas  passariam a ser uma realidade na vida do seu povo na medida que houvesse obediência e fé a sua palavra ou se afastaria de nós pela incredulidade e desobediência.


Vejamos rapidamente como o Espírito Santo de Deus trabalha desde sempre na vida do povo de Deus.


  1. O Espírito de Deus nos dá poder.


É papel do Espírito Santo dar vida a todas as criaturas animadas da terra, céu e mar. 


O contrário também é verdadeiro..

“Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra”. Sl 104.30


“Se ele pusesse o seu coração contra o homem, e recolhesse para si o seu espírito e o seu fôlego, Toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó.”  [Jó 34.14-15]

É papel do Espírito Santo dar-nos vida na regeneração.

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. Jo 3.6-7

Ele nos vivifica, a carne para nada aproveita”

“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida.” Jo 6.63

Foi por sua ação que Jesus Cristo veio ao mundo.

Mt. 1.18


Ele nos vai conceder uma nova vida no retorno de Cristo.

“E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.”  Rm 8.11


Como ele exerceu o poder no Velho Testamento:


  1.  Vemos Ele capacitando Josué para um serviço especial [Nm 27.18; Dt 34.9];

  2. Observamos Ele dando poder aos juízes para libertar Israel dos seus opressores - Otoniel - Jz 3.10.


“E veio sobre ele o Espírito do Senhor, e julgou a Israel, e saiu à peleja; e o Senhor entregou na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Síria; contra o qual prevaleceu a sua mão.” Jz 3.10


  1. Dotando Bezalel com talentos artísticos para construir o tabernáculo [Êx 31.3; 35.31; 35.34].


Como ele exerceu o poder no Novo Testamento:


  1. Unção e capacitação do Messias - Mateus 3.16 - “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.”


  1. Na preparação dos discípulos - At 1.8 - “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”


2. O Espírito Santo purifica:


  • A purificação e a santificação são duas de suas principais atividades [Jo 16.8-11; At 7.51]

  • Ele chega a influenciar até os incrédulos, visto que, convence o mundo do pecado.


“E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.”  [João 16:8-11]


  • Quando o indivíduo aceita a Cristo tem início um processo de purificação e santificação que determina o rompimento com o velho homem.

“E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.”  [1 Coríntios 6:11]


  • Dentro do processo de santificação gera fruto na vida do crente, são eles - Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio - [Gl 5. 22-23].

  • Uma vez servo de Deus, o fiel não pode dirigir a sua vida de forma irresponsável, visto que, Cristo agora Cristo é quem vive nele.


3. O Espírito Santo revela:


  • Ele revelou a palavra de Deus aos profetas [Números 24:2 - Ez 11.5; Zc 7.12] aos apóstolos [2Pe 1.21; Mt 22.43; At 1.16] e outros.


  1. Profetas - Nm 24.2 [“E, levantando Balaão os seus olhos, e vendo a Israel, que estava acampado segundo as suas tribos, veio sobre ele o Espírito de Deus.”


  1. Apóstolos - [“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”


  1. Outros - Isabel [Lc 1.41], Zacarias [Lc 1.67] e Simão [Lc 2. 25].


  • Ele dar evidências da presença de Deus:


  1. Ele glorifica a Jesus - Jo 16.14;

  2. Dá testemunho do Pai - At 5.32.

  3. Dá testemunho de si mesmo - 


  • Antigo Testamento - Nm 11. 25-26 - Na escolha dos 70 anciãos para ajudar a Moisés;

  •  Novo Testamento - Jo 1.32 - Quando desce sobre o Messias - Batismo.


  • Ele guia e dirige o povo de Deus - Tentação de Cristo;

  • Nos dá segurança - Dá testemunho que somos filhos de Deus - Rm 8.16;

  • Ensina e ilumina [Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. João 14:26].


4. O Espírito Santo unifica:


  • Quando foi derramado no pentecoste, Pedro lembrou a profecia de Joel [Jl 2.28-32];

  1. Na ênfase dada por Joel está na congregação dos santos e não apenas sobre os líderes da igreja.

  2. Em pentecoste o Espírito de Deus cria uma nova comunidade: a Igreja. Esta comunidade como sua principal características


  • Unidade dos crentes - At 2. 44-47;


“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.”  Atos 2:44-47


  • Essa mesma compreensão tinha Paulo ao abençoar a igreja de Corinto [2Co 13.13], ao falar dos dons espirituais [1Co 12.11; 12.7], ou quando escreveu aos Filipenses;


“Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.” Filipenses 2:1,2


Concluindo:


  • O Espírito Santo é uma promessa de Deus ao seu povo que foi cumprida em pentecostes e tem consequências em nossos dias indo até a segunda vinda de Cristo;


  • Que o Espírito Santo de Deus dá e retira bênçãos dependendo da nossa disposição em aceitar as orientações de Deus escrita em sua palavra.


  1. Cristo - sem pecado - Ele fez morada permanente - Jo 1.32 e sem medidas Jo 3.34.

  2. Sansão - Jz 13.25; 14.6, 19; 15. 14 - e o abandonou devido os seus pecados - Jz 16.20.

  3. Saul - 1 Sm 16.14.

  4. Israel - rebelião - Is 63.10.


  • Ele pode ser entristecido [At  7.51];

  • Não aceita ofensas [Mt 12.31-32; Mc 3. 29; Lc 12.10] - Os fariseus acusaram Jesus de fazer milagre por meio de Satanás. No entanto, era o Espírito de Deus que revela o Messias, daí, não ter perdão;

  • É benção na vida do crente: Sabe por que?


  1. Ele habita em nós - I Co 3.16;

  2. Promove a comunhão com Deus - 2 Co 3.14;

  3. Nos dá dons - I Co 12.11;

  4. Está presente na vida daqueles que sofrem por amor a Cristo - 1Pe 4.14.


  • Por fim, em nossa vida devemos ter as marcas do Espírito Santo de Deus.


Fim