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domingo, 15 de abril de 2012

A Mãe das crianças do Holocausto


A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade. — Irena Sendler

Quando a Alemanha Nazi invadiu o país em 1939, Irena era Assistente Social no Departamento de bem estar social de Varsóvia, trabalhava com enfermeiras e organizava espaços de refeição comunitários da cidade com o objectivo de responder às necessidades das pessoas que mais necessitavam. Graças a ela, esses locais não só proporcionavam comida para órfãos, anciãos e pobres como lhes entregavam roupas, medicamentos e dinheiro. Ali trabalhou incansavelmente para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas, tanto judias como católicas.

Em 1942, os nazis criaram um gueto em Varsóvia, e Irena, horrorizada pelas condições em que ali se sobrevivia, uniu-se ao Conselho para a Ajuda aos Judeus, Zegota. Ela mesma contou:

Consegui, para mim e minha companheira Irena Schultz, identificações do gabinete sanitário, entre cujas tarefas estava a luta contra as doenças contagiosas. Mais tarde tive êxito ao conseguir passes para outras colaboradoras. Como os alemães invasores tinham medo de que ocorresse uma epidemia de tifo, permitiam que os polacos controlassem o recinto.

Quando Irena caminhava pelas ruas do gueto, levava uma braçadeira com a estrela de David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si própria. Pôs-se rapidamente em contacto com famílias, a quem propôs levar os seus filhos para fora do gueto, mas não lhes podia dar garantias de êxito. Eram momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a que lhe entregassem os seus filhos e eles lhe perguntavam:

"Podes prometer-me que o meu filho viverá?". Disse Irena, "Que podia prometer, quando nem sequer sabia se conseguiriam sair do gueto?" A única certeza era a de que as crianças morreriam se permanecessem lá. Muitas mães e avós eram reticentes na entrega das crianças, algo absolutamente compreensível, mas que viria a se tornar fatal para elas. Algumas vezes, quando Irena ou as suas companheiras voltavam a visitar as famílias para tentar fazê-las mudar de opinião, verificavam que todos tinham sido levados para os campos da morte.


Irena Sendler em Varsóvia, 2005

Ao longo de um ano e meio, até à evacuação do gueto no Verão de 1942, conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por várias vias: começou a recolhê-las em ambulâncias como vítimas de tifo, mas logo se valia de todo o tipo de subterfúgios que servissem para os esconder: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacos de batatas, caixões... nas suas mãos qualquer elemento transformava-se numa via de fuga.

Irena vivia os tempos da guerra pensando nos tempos de paz e por isso não fica satisfeita só por manter com vida as crianças. Queria que um dia pudessem recuperar os seus verdadeiros nomes, a sua identidade, as suas histórias pessoais e as suas famílias. Concebeu então um arquivo no qual registrava os nomes e dados das crianças e as suas novas identidades.

Os nazis souberam dessas actividades e em 20 de Outubro de 1943; Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: "Jesus, em Vós confio", e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.

Árvore plantada no Yad Vashem em homenagem a Irena Sendler.

Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional".

Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!". No dia seguinte Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da Żegota tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.

Em 1944, durante o revolta de Varsóvia, colocou as suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de uma vizinha para se assegurar de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao acabar a guerra, Irena desenterrou-os e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comité de salvação dos judeus sobreviventes. Lamentavelmente, a maior parte das famílias das crianças tinha sido morta nos campos de extermínio nazis.

De início, as crianças que não tinham família adoptiva foram cuidadas em diferentes orfanatos e, pouco a pouco, foram enviadas para a Palestina.

As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta". Mas anos depois, quando a sua fotografia saiu num jornal depois de ser premiada pelas suas acções humanitárias durante a guerra, um homem chamou-a por telefone e disse-lhe:

Lembro-me de seu rosto. Foi você quem me tirou do gueto.

E assim começou a receber muitas chamadas e reconhecimentos públicos.

Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel.

Em Novembro de 2003 o presidente da República Aleksander Kwaśniewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polónia: a Ordem da Águia Branca. Irena foi acompanhada pelos seus familiares e por Elżbieta Ficowska, uma das crianças que salvou, que recordava como "a menina da colher de prata".

sábado, 14 de janeiro de 2012

Amor filial

Esse poema surgiu por acaso, assim como sua forma. Simplesmente nasceu no espírito, foi gestado na mente, desceu ao coração e agora entrego a todos os irmãos e amigos de perto e da distância. Oro a Deus que esses versos possam despertar na alma de cada leitor um profundo amor e respeito que só a Deus é devido, bem como que o Espírito de Deus possa incomodá-los a buscarem sua face e se tornarem homens e mulheres tementes ao Senhor dos exércitos. Fiquem na doce paz do senhor e uma boa tarde.  

Amor Filial

segunda-feira, 21 de março de 2011

O amor de Deus para ver, tocar e sentir



Durante as filmagens do vídeo de Missões Mundiais visitei algumas aldeias africanas e foi impressionante. O povo simples, amistoso e muito curioso, saía de suas casinhas ao nosso encontro quando passávamos. Alguns gritavam de longe: “Tubab! Tubab!” (branco). Outros apenas espiavam pelas minúsculas janelas,mas o sorriso sempre acontecia.

Estive com os jovens do Projeto Radical África em Kedougou, a quase 800km de Decar, a capital do Senegal. Ao visitar uma das aldeias onde atuam foi inesperado ver o amor que o povo tem pelo missionário José Ricardo, que viveu um tempo com eles e retornava conosco para visitá-los. 

Foi grande o alvoroço. Ele é amado, quase idolatrado! O “baba” (líder da aldeia), ao avistá-lo, veio correndo gritando: “Biron, Biron”, e se jogou nos braços dele, chorando e soluçando. “Biron” é o nome dado a Ricardo pelos africanos. Depois vieram as mulheres e a cena se repetiu. Foi emocionante!

Por que choraram tanto se “Biron” não os presenteou, não construiu casa ou estradas? Se a água e a energia elétrica continuam faltando? Que fascínio era aquele?! Seria isto o verdadeiro sentido da missão integral?
Ricardo fez curativos, aprendeu a fazer parto, dormiu em casinhas de palha, plantou, colheu e comeu o pão de cada dia com eles. Ouviu histórias, deu conselhos, riu e chorou. Pediu permissão para orar quando o marabu (líder religioso muçulmano) invocou espíritos de cura. Ricardo aprendeu, ensinou e viveu o amor de Jesus.

E, então, compreendi que aquilo era a emoção de rever o amor de Deus na figura do Ricardo. O agradecimento veio em forma de gritos, choro e abraços. Entregar a Deus os anos dourados da juventude para viver entre povos e etnias é um sonho para quem tem coragem de ouvir a voz de Deus e dizer: “Sim, por Cristo, vou proclamar a graça do Pai a todos os povos”.

Nicilene Figueira, JMM

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A tempestade: Deus no controle.

Em Mateus 8. 23-27 temos um material comum aos livros de Marcos [4.35-45] e Lucas [8.22-25] que nos fala de Jesus e os discípulos num barco a deriva no meio do Mar da Galiléia [Mc 4.35]. Segundo Lucas 8.23, Jesus adormeceu, até porque havia pregado as multidões [Mt 8.18] e desejava uma ocasião para descansar.

O que veio depois foi uma surpreendente tempestade comum a região e que casou um alvoroço aos discípulos e aos demais pescadores que seguiam o barco de Jesus [Mc 4.36]. E agora?

O Mestre estava dormindo [Mc 4.38], esse dado é bem sugestivo, visto que tem tudo haver com atitude de achar que Deus em alguns momentos está fora de circulação. Muitos dizem: não consigo sentir o mover de Deus enquanto passo por esse ou aquele vale e mais, Deus parece que não houve as minhas petições. Pura tolice.

Ouvi recentemente na TV, um pregador afirmar que nem toda ação de Deus é clara aos nossos olhos ou descem ao nosso entendimento, mas nem por isso Ele [Deus] deixa de trabalhar por nós.

Achei conveniente o exemplo dado pelo pregador acerca desse assunto: Disse o pregador: Davi não tinha clareza dos planos de Deus acerca do seu futuro a ponto de levar seus pais ao rei dos Moabitas a fim de protegê-los [1S 22.3] já que andando em sua companhia estariam correndo sério risco de vida. [Frisou] Deus não havia declarado sua intenção através de profecias, sonhos ou qualquer outro expediente. Mas quando analisamos a 1Samuel 23.14, vemos a seguinte expressão:

“E Davi permaneceu no deserto, nos lugares fortes, e ficou em um monte no deserto de Zife; e Saul o buscava todos os dias, porém Deus não o entregou na sua mão.”

Percebeu! Deus trabalhava em oculto por Davi. Jesus estava dormindo, afinal ele era homem e também se cansava como qualquer um de nós, mas tudo estava sob seu controle.

“E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.”

Pedro, João e alguns outros eram pescadores experientes e para se assustar desta forma as ondas não estavam para brincadeira. Será que nossa reação seria diferente da dos discípulos? O fato é que logo trataram de acordar a Jesus [Mt 8.25] e sob grande espanto.

- Senhor salva-nos! Pereceremos!
- Mestre, não te importa que pereçamos? - Mc 4.38.
- Mestre, mestre, estamos perecendo! – Lucas 8.24.

As expressões nos falam de:
·         Medo.
·         Pequena fé.
·         Desconhecimento dos planos de Deus para a salvação da humanidade.

Quantas vezes não nos portamos assim? Hoje mesmo enquanto digito essas linhas estou passando pelo vale [problema de saúde] e na maioria das vezes tenho me comportado exatamente como os discípulos. Não, definitivamente não somos diferentes deles.

Como somos míopes acerca do plano de Deus para nossas vidas. Muitas vezes preferimos nos entregar ao oceano da angustia e do nervosismo do que olhar para Cristo. Se as coisas se apertam clamemos a Deus, cantemos louvores e assim venhamos a treinar nossa mente e coração a descansar no Senhor. Com certeza isso não é fácil irmão, mas não é impossível. Lembre-se sempre que Deus está ao nosso lado [Mateus 28.20]
“Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”

Quando Cristo é requisitado ele faz a sua parte. É sempre assim, apesar das nossas fraquezas. Diz o texto que Jesus repreendeu os ventos e o mar e tudo mudou [Mateus 8.26]. Mas, antes lhes deu uma bronca: “Por que sois tímidos, homens de pequena fé?”. Essa bronca também é nossa quando agimos feito filhos sem pai. Temos um Pai celestial [Lucas 11.13] que nos ama e deseja está sempre conosco.

Depois do sufoco vem o alívio: “E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”. Quem é este? Este é Jesus Cristo, o meu Senhor e Salvador e que pode também ser o teu, desde que se arrependa dos seus pecados e o aceite como Senhor e Salvador pessoal.

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Ap 3.20
Amém!