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terça-feira, 1 de julho de 2025

Como entender a vontade de Deus em nossa vida

 Entender a vontade de Deus em nossa vida é um processo contínuo de busca, relacionamento e obediência. Não se trata de uma fórmula mágica, mas sim de uma jornada espiritual que envolve vários aspectos.

1. A Palavra de Deus (Bíblia)

A Bíblia é a principal fonte para entender a vontade de Deus. Ela revela os princípios, mandamentos e o caráter de Deus, que servem como guia para nossas decisões e ações.

 * Estude as Escrituras: Dedique tempo à leitura e meditação da Bíblia. Quanto mais você se familiariza com a Palavra, mais seus desejos se alinharão com os de Deus. A vontade de Deus nunca contradirá o que está nas Escrituras.

 * Aprenda com Jesus: Jesus é o exemplo perfeito de alguém que fez a vontade de Deus. Estudar sua vida e ensinamentos (João 7:16-17) nos mostra como viver de forma agradável a Deus.

 * Princípios Gerais: A Bíblia nos dá princípios claros sobre como devemos viver: buscar a salvação (João 6:37-40), viver de forma santa (1 João 2:17), fazer o bem e ser grato (Salmos 40:8).

2. Oração e Comunhão com Deus

A oração é essencial para desenvolver uma intimidade com Deus e discernir Sua vontade.

 * Busque a Deus em oração: Peça a Deus sabedoria e discernimento (Tiago 1:5). A oração não é apenas sobre pedir a Deus o que Ele quer que você faça, mas sobre conhecê-Lo mais profundamente.

 * Desenvolva um coração submisso: Ao orar, entregue seus próprios desejos e planos a Deus, confiando que a vontade d'Ele é sempre a melhor (Provérbios 19:21). Esteja aberto a dizer: "Se for da Tua vontade, que se realize; se não for, que não se realize."

 * Ouça o Espírito Santo: O Espírito Santo guia e ilumina nosso entendimento, revelando a vontade de Deus em diversas situações. Ele nos capacita a distinguir a voz de Deus de nossos próprios desejos e emoções.

3. Discernimento e Sabedoria

Entender a vontade de Deus muitas vezes envolve um processo de discernimento e a busca por sabedoria.

 * Consciência: Deus nos deu uma consciência que, quando alinhada com os princípios divinos e guiada pelo Espírito Santo, nos ajuda a discernir o certo do errado.

 * Aconselhamento Sábio: Buscar conselhos de pessoas piedosas e maduras na fé, que possuem sabedoria bíblica, pode trazer clareza e confirmação para suas decisões (Provérbios 15:22). No entanto, esses conselhos devem sempre confirmar o que você já sente que Deus está falando, e não substituí-lo.

 * Paz Interior e Confirmação: Embora nem sempre seja um sentimento avassalador, a vontade de Deus muitas vezes traz uma paz interior e uma sensação de alinhamento, mesmo que o caminho seja desafiador.

4. Prática e Experiência

Entender a vontade de Deus é uma jornada prática, não apenas teórica.

 * Obediência no Cotidiano: A fidelidade a Deus nas pequenas coisas do dia a dia reflete um coração alinhado com Seus desígnios. Cumprir com amor as tarefas diárias, por menores que sejam, já é uma forma de fazer a vontade de Deus.

 * Confiança e Paciência: Confie que Deus está no controle e que Seus planos são perfeitos, mesmo que não se alinhem com seus desejos imediatos (Provérbios 3:5-6). A compreensão da vontade de Deus exige paciência e confiança no Seu tempo.

 * Fazer o que é certo: Mesmo que suas motivações iniciais não sejam as mais puras, se algo é biblicamente correto, você deve fazê-lo. Ore para que Deus purifique suas motivações e te dê inclinações mais santas.

Conclusão 

A vontade de Deus para nossa vida é que O conheçamos, O amemos e O sirvamos de todo o coração. Isso se manifesta através do estudo da Sua Palavra, da oração constante, da busca por sabedoria e do discernimento guiado pelo Espírito Santo, culminando em uma vida de obediência e confiança Nele.

domingo, 29 de junho de 2025

A Presença Que Acalma

I

Um vento suave toca meu coração,

Uma oração sincera elevo ao meu Deus.

Sinto alívio e consolo em meio à dor,

Sua paz em mim, um eterno fulgor.

II

Nos braços do Senhor, estou seguro,

Sua presença é real, um bem puro.

Se choro, sou logo abraçado,

Se me alegro, Seus olhos brilham, um dom.

III

Deus se importa e anseia se aproximar,

Fugir desse amor não faz bem, só faz afastar.

Só Ele tem a resposta para cada anseio,

Em Seu olhar, encontro o meu esteio.

IV

Buscá-Lo todos os dias é o natural,

Assim como Ele se deixa achar, sem igual.

Não é fácil perdê-Lo de vista,

Sua luz inunda os céus, a terra, e persiste.

V

Nos braços do Senhor, estou seguro,

Sua presença é real, um bem puro.

Buscá-Lo todos os dias é o natural,

Assim como Ele se deixa achar, um amor sem igual.



Jerônimo Viana M Alves 
Natal 28.06.25

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A fidelidade de Deus e a deslealdade dos homens

Isaías 43: 19-20. "Eis que faço uma coisa nova; agora está saindo à luz; porventura não a percebeis? eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo. Os animais do campo me honrarão, os chacais e os avestruzes; porque porei águas no deserto, e rios no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido", - Bíblia JFA Offline

Deus a todo instante dá prova do seu amor aos seus filhos, mesmo quando estes lhes são desleal ou ingrato.

O Senhor se dispõe:

1. a orientá-los:
•    Iluminação;
•   Caminho no deserto.

2. a preservar sua vida:
• Água no deserto e rios no ermo.

Os animais que habitavam o deserto eram mais gratos e sensíveis a Deus que os homens. Eles glorificam ao Senhor por sua graça salvadora, contudo, Israel permanece insensível. Aprendemos uma lição aqui: a natureza é abençoada quando o povo de Deus reconhece seus erros e se voltam para o Senhor.

Nos versos 16-17, Deus demonstra o seu poder e relembra os livramentos dados a Israel.

A reação do povo escolhido é a pior possível:

✓Israel se cansou de Deus, não invocou a Deus (22).
✓Israel deixou de honrar a Deus por meio das ofertas (23-24).
✓Israel deu trabalho a Deus com seus pecados e cansou o Senhor com sua iniquidade (24b.).


Mesmo assim, o apelo ao arrependimento continua. O criador se propõe a entrar em juízo com seu povo para ouvir destes as razões do seu esfriamento espiritual.

25. Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro. 26. Procura lembrar-me; entremos juntos em juízo; apresenta as tuas razões, para que te possas justificar! - Bíblia JFA Offline

Contudo, israel nao lhes dá resposta e recebe a sua justa sentença.

Isaías 43: 27. Teu primeiro pai pecou, e os teus intérpretes prevaricaram contra mim. 28. Pelo que profanei os príncipes do santuário; e entreguei Jacó ao anátema, e Israel ao opróbrio. - Bíblia JFA Offline

Aprendemos neste texto:

✓ a reconhecer o cuidado de Deus para com seus servos;
✓ a cultivar um coração humilde e quebrantado diante do Senhor, reconhecendo nossos erros e estando prontos para corrigí-los;
✓ que Deus permanece fiel, mesmo quando somos infiéis;
✓ que a sua justiça não tarda sobre a vida do servo desobediente.


Portanto, estejamos atentos ao direcionamento de Deus sobre a nossa vida ou comunidade. De nada adianta encher o peito com convicções de povo escolhido, raça eleita, povo predestinado se nos recusamos a ouvir a sua voz quando contrária os nossos interesses.

Não sejamos hipócritas, Deus não se deixa escarnecer.

"Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as minhas obras. Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, E não conheceram os meus caminhos. Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso”. Hebreus 7. 8-11

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Como Deus emerge no processo evolucionário?

Leonardo Boff 


A nova cosmologia, derivada das ciências do universo, da Terra e da vida, vem formulada no arco da evolução ampliada. Esta evolução não é linear. Conhece paradas, recuos, avanços, destruições em massa e novas retomadas. Mas, olhando-se para trás, o processo mostra uma direção: para frente e para cima.

Somos conscientes de que renomados cientistas se recusam a aceitar uma direcionalidade do universo. Ele seria simplesmente sem sentido. Outros, cito apenas um, como o conhecido físico da Grã-Bretanha Freeman Dyson que afirma:”Quanto mais examino o universo e estudo os detalhes de sua arquitetura, tanto mais evidências encontro de que ele, de alguma maneira, devia ter sabido que estávamos a caminho”.

De fato, olhando retrospectivamente o processso evolucionário que já possui 13,7 bilhõs de anos, não podemos negar que houve uma escalada ascendente: a energia virou matéria, a matéria se carregou de informações, o caos destrutivo se fez generativo, o simples se complexificou, e de um ser complexo surgiu a vida e da vida a consciência. Há um propósito que não pode ser negado. Efetivamente, se as coisas em seus mínimos detalhes, não tivessem ocorrido, como ocorreram, nós humanos não estaríamos aqui para falar destas coisas.

Escreveu com razão o conhecido matemático e físico Stephen Hawking em seu livro Uma nova história do tempo (2005):”tudo no universo precisou de um ajuste muito fino para possibilitar o desenvolvimento da vida; por exemplo, se a carga elétrica do elétron tivesse sido apenas ligeiramente diferente, teria destruído o equilíbrio da força eletromagnética e gravitacional nas estrelas e, ou elas teriam sido incapazes de queimar o hidrogênio e o hélio, ou então não teriam explodido. De uma maneira ou de outra, a vida não poderia existir”.

Como emerge Deus no processo cosmogênico? A ideia de Deus surge quando colocamos a questão: o que havia antes do big-bang? Quem deu o impulso inicial? O nada? Mas do nada nunca vem nada. Se apesar disso apareceram seres é sinal de que Alguém ou Algo os chamou à existência e os sustenta no ser.

O que podemos sensatamente dizer, é: antes do big bang existia o Incognscível e vigorava o Mistério. Sobre o Mistério e o Incognoscível, por definição, não se pode dizer literalmente nada. Por sua natureza, eles são antes das palavras, das energia,da matéria, do espaço e do tempo.

Ora, o Mistério e o Incognoscível são precisamente os nomes que as religiões e também o Cristianismo usam para significar aquilo que chamamos Deus. Diante dele mais vale o silêncio que a palavra. Não obstante, Ele pode ser percebido pela razão reverente e sentido pelo coração como uma Presença que enche o universo e faz surgir em nós o sentimento de grandeza, de majestade, de respeito e de veneração.
Colocados entre o céu e a terra, vendo as miríades de estrelas, retemos a respiração e nos enchemos de reverência. Naturalmente nos surgem as perguntas: Quem fez tudo isso? Quem se esconde atrás da Via-Lactea?

Como escreveu o grande rabino, teólogo e místico, Abraham Heschel, de Nova York: “Em nossos escritórios refrigerados ou entre quatro paredes brancas de uma sala de aula podemos dizer qualquer coisa e duvidar de tudo. Mas inseridos na complexidade da natureza e imbuidos de sua beleza, não podemos calar. É impossível desprezar o irromper da aurora, ficar indiferentes diante do desabrochar de uma flor ou não quedar-se pasmados ao contemplar uma criança recém-nascida”. Quase que espontaneamente dizemos: foi Deus quem colocou tudo em marcha. É Ele a Fonte originária e o Abismo alimentador de tudo.

Outra questão importante é esta: que Deus quer expressar com a criação? Responder a isso não é preocupação apenas da consciência religiosa, mas da própria ciência. Sirva de ilustração o já citada Stephen Hawking, em seu conhecido livro Breve história do tempo (1992): “Se encontrarmos a resposta de por que nós e o universo existimos, teremos o triunfo definitivo da razão humana; porque, então, teremos atingido o conhecimento da mente de Deus”(p. 238). Até hoje os cientistas e os sábios estão ainda buscando o desígnio escondido de Deus.

A partir de uma perspectiva religiosa, suscintamente, podemos dizer: O sentido do universo e de nossa própria existência consciente parece residir no fato de podermos ser o espelho no qual Deus mesmo se vê a si mesmo. Cria o universo como desbordamento de sua plenitude de ser, de bondade e de inteligência. Cria para fazer outros participarem de sua suberabundância.

Cria o ser humano com consciência para que ele possa ouvir as mensagens que o universo nos quer comunicar, para que possa captar as histórias dos seres da criação, dos céus, dos mares, das florestas, dos animais e da próprio processo humano e religar tudo à Fonte originária de onde procedem.

O universo está ainda nascendo. A tendência é acabar de nascer e mostrar as suas potencialidades escondidas. Por isso, a expansão significa também revelação. Quando tudo tiver se realizado, então se dará a completa revelação do desígnio do Criador.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Os códigos da Torá [Pentateuco]

Vejam que texto interessante. Como nosso Deus produz provas científicas da sua existência e ação entre os homens. Boa leitura.


 Os Códigos da Torá 
 Por Rabino Avraham Steinmetz e Tev Djmal   

Procurem, em seu livro de orações, a página do kidush, recitado sobre uma taça de vinho nas noites de sexta-feira, o Shabat. O primeiro parágrafo desta bênção - que se inicia com as palavras "Yom Hashishi"- é retirado do primeiro livro da Torá, e fala do sétimo dia da Criação. Apontem sobre a última letra da palavra "Hashishi". Trata-se da letra hebraica "yud". E agora, ignorando os espaços entre as palavras dessa prece, contem seis letras. A sétima letra é um "shin". Contem outras seis letras e verão que a sétima letra é um "resh". Sete outras letras e encontrarão um "alef". Contem novamente e a sétima letra cairá num "lamed".

O que encontramos? As letras "yud, shin, resh, alef e lamed" - que compõem a palavra "Israel" são encontradas em intervalos de sete letras no primeiro parágrafo da bênção do kidush das sextas-feiras à noite.
Sabemos quão significativo é o número sete para o judaísmo. O Shabat é o sétimo dia da semana, e guardá-lo é uma mitsvá ordenada ao povo de Israel em homenagem ao sétimo dia da Criação. Será que desvendamos um código - a palavra "Israel" codificada em intervalos de sete letras - precisamente na passagem da Torá referente ao sétimo dia da Criação? Ou seria apenas mera coincidência?

Padrões semelhantes de palavras foram encontrados há mais de meio século por um rabino de origem tcheca, Michael Weismandel. Mas somente com o advento dos modernos computadores foi possível estatisticamente verificar se tais padrões de palavras são involuntários e simples coincidência, ou se foram deliberadamente criptografados na Torá. Após a morte do Rabbi Weismandel, seus discípulos e os rabinos Shmuel Yavin e Avram Oren continuaram o seu trabalho de pesquisa de palavras e padrões codificados na Torá.

Mas o grande avanço ocorreu no início da década de 80, quando um rabino de Jerusalém mostrou ao Dr. Eliyahu Rips, renomado professor de Matemática na Universidade Hebraica de Jerusalém, o trabalho do rabino Weismandel. Com a ajuda de avançadas ferramentas de estatística e computadores modernos, o Dr. Rips iniciou sua pesquisa buscando na Torá padrões de palavras e, a seguir, verificando matematicamente se estes haviam sido propositalmente codificados dentro da mesma. Mais tarde, o Dr. Rips teve a colaboração, neste estudo, do Dr. Moshe Katz, do Instituto Technion, de Haifa, e do físico Doron Witztum, de Jerusalém.

Segue-se um exemplo do que foi desvendado pelo Dr. Rips:

No segundo capítulo do Livro Bereshit, encontramos o seguinte: "Do solo fez o Senhor D'us brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal".

Muitos dizem que só acreditariam em D'us e na Torá se pudessem testemunhar algum sinal. As descobertas dos códigos legítimos servem como evidência de um ponto muito significativo: a Torá não poderia ser de autoria humana.                                 

Os nomes das árvores não são mencionados explicitamente nesse capitulo da Torá. O Dr. Eliyahu Rips sugeriu que talvez estivessem codificados no mesmo, em intervalos regulares de letras. A seguir, tomou os nomes de 25 árvores mencionadas na Torá (segundo referência no trabalho "A fauna e a flora na Torá", de Yehuda Feliks), programando o seu computador para decifrar se os mesmos haviam sido codificados. E o que encontrou o computador? Os nomes das 25 árvores haviam realmente sido codificados nesse capítulo da Torá!

Em artigo intitulado "Códigos na Torá: leitura em intervalos iguais", Daniel Michelson, professor de Matemática na Universidade da Califórnia e na Universidade Hebraica, estimou a probabilidade de o fenômeno ser mera coincidência. Seus resultados indicam que a probabilidade dessas 25 árvores terem sido acidentalmente codificadas nesse capítulo da Torá é de 1 em 100 mil. Isto significa que se tomarmos 100 mil textos hebraicos de tal comprimento, deveríamos esperar encontrar os nomes das 25 árvores codificados em apenas um dos mesmos. Seria meramente sorte o fato de que este fenômeno das árvores foi precisamente encontrado na passagem da Torá que narra a criação das árvores por D'us?

Outro exemplo interessante pode ser visto no 38¼ capítulo de Bereshit. O texto relata a história de Yehuda e Tamar, que deu à luz a Peretz e Zêrach. Sabemos, através do Livro de Ruth, que Boaz descendia de Peretz e que esposara Ruth. Este casal teve um filho a quem deram o nome de Oved e este, por sua vez, teve um filho, Yishai, o pai do rei David.

Os matemáticos examinaram se as informações sobre a linhagem do rei David estão codificadas nesse capítulo da Torá que fala de seus ancestrais. E o que foi que encontraram? Os nomes Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David soletrados de trás para frente em um intervalo de 49 letras. Como se isto ainda não bastasse, encontraram tais nomes em ordem cronológica! O professor Michelson analisou se seriam meras coincidências.

Seus resultados estatísticos: as chances de todos os cinco nomes - Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David - aparecerem por acaso nesse capítulo da Torá são de 1 em 6.500. As probabilidades dos nomes aparecerem em ordem cronológica por simples coincidência são de 1 em 200 mil!

Surge, naturalmente, uma pergunta interessante. Por que a ancestralidade do rei David teria sido codificada em intervalos de 49 letras? Sabemos que Shavuot - o dia em que D'us deu ao povo de Israel os Dez Mandamentos - ocorreu 49 dias após o Êxodo. Shavuot foi a data de nascimento e morte do rei David. E também é a festividade em que estudamos o Livro de Ruth.

Outros códigos foram encontrados na Torá, e as experiências estatísticas indicam que a possibilidade de serem os mesmos, por pura coincidência, é infinitamente reduzida. Os pesquisadores concluíram que tais códigos foram deliberadamente inseridos na Torá. Relatam também que a maioria dos códigos são tão incrivelmente complexos que os modernos computadores levam horas para descriptografar um único padrão de palavra. Ainda assim, muitos fazem uma pergunta que parece legítima: será possível que os antigos hebreus escreveram a Torá plantando tais códigos na mesma? A resposta: será que esses "antigos hebreus" poderiam também ter previsto o futuro?

Famosos experimentos              

Em 1986 o Dr. Eliyahu Rips, Doron Witztum e Yoav Rosenberg realizaram uma extensa experiência: desvendar se os nomes de 64 rabinos famosos, estavam codificados em intervalos de letras iguais no primeiro livro da Torá. Descobriram o seguinte: os nomes dos 64 grandes rabinos estavam de fato codificados em Bereshit, e as datas de nascimento e morte dos mesmos estavam codificadas bem próximas a cada um de seus respectivos nomes. A probabilidade de que tais códigos sejam feliz coincidência é de 1 em 62.500. Este resultado estatístico é altamente significativo e indica que todas estas informações haviam sido deliberadamente codificadas na Torá milhares de anos antes de tais rabinos terem nascido.

A experiência dos Rabinos Famosos e seus resultados foram levados ao mundialmente renomado Instituto de Estatísticas Matemáticas, em Harward. De modo a avaliar sua validade, foram rigorosamente revistos e analisados durante seis anos. Tal estudo foi posteriormente publicado em uma conceituada revista de matemática, "Statistical Science", em agosto de 1994.

Os resultados desta experiência, no entanto, não estão isentos de críticas. Muitas pessoas argumentam que o fenômeno dos códigos é peculiar à língua hebraica. Para contra-argumentar, Eliyahu Rips, Doron Witztum e Yoav Rosenberg tentaram duplicar a experiência em outros textos hebraicos. Não encontraram tais códigos em nenhuma outra publicação em hebraico. Nos últimos três anos vários outros matemáticos tentaram encontrar a "falha fatal" nesta experiência. Nenhum teve sucesso.

Para corroborar a veracidade dos códigos dos Rabinos Famosos, o Dr. Harold Gans, matemático criptólogo sênior da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, realizou experimento similar. O Dr. Gans tem praticamente três décadas de experiência em desvendar códigos para o governo dos Estados Unidos, que mantém os métodos e especialistas mais avançados no mundo em descriptografia de documentos codificados.

A princípio, o Dr. Gans estava muito cético quanto à existência de códigos legítimos da Torá. No entanto, quando realizou a experiência, além de validar seus resultados, fez uma descoberta adicional: além dos nomes e datas em que nasceram e morreram cada um dos rabinos haviam sido codificadas também suas respectivas cidades. Que conclusão, então, tiraram Eliyahu Rips, Doron Witztum, Yoav Rosenberg e Harold Gans da experiência com os Rabinos Famosos? Apenas uma: que as informações haviam sido deliberadamente colocadas na Torá. E no entanto, a Torá existe em sua presente forma há milhares de anos. Como o seu autor poderia ter tido conhecimento sobre a existência futura, bem como detalhes da vida de homens que só iriam nascer séculos mais tarde?

A única conclusão lógica é a de que o autor não pode ter sido um ser humano - pois quem colocou todos os dados lá, não estava limitado pelo tempo nem pelo espaço. Mais uma constatação incrível de que a Torá é de autoria Divina.

Os exageros nos códigos da Torá           

Ao se decifrar quaisquer códigos, o maior desafio é avaliar-se se os padrões de palavras codificados ocorrem acidental ou deliberadamente. Obviamente, podem-se encontrar interessantes padrões de palavras em praticamente qualquer texto examinado - em um romance, no jornal diário ou mesmo neste artigo. Felizmente, o campo de estatística permite aos matemáticos asseverar - com razoável certeza - se os padrões de palavras ocorrem por coincidência ou se foram deliberadamente codificados dentro de um determinado texto.           

A metodologia usada por Drosnin para prever o assassinato de Rabin revelou também um código que indicava que o ex-Primeiro Ministro inglês Winston Churchill seria assassinado. Todos sabemos que tal "previsão" não se concretizou.                     

Mas, à medida que se tornou mais conhecida a experiência dos Rabinos Famosos, inúmeras pessoas publicaram livros que ameaçam inteiramente a credibilidade da pesquisa sobre os códigos da Torá. Tais livros não empregam metodologia científica alguma, nem fazem distinção entre códigos estatisticamente significativos e códigos que aparecem acidentalmente. O exemplo mais notável é o livro "O Código da Bíblia", de autoria de Michael Drosnin. Apesar de ser bestseller em nove países, as informações e alegações apresentadas no livro são altamente falaciosas. A obra apresenta códigos que não têm significado estatístico e ainda vai mais longe, alegando que os mesmos podem ser utilizados para se prever o futuro.

Eliyahu Rips, Doron Witztum e Harold Gans denunciaram a veracidade das informações apresentadas no livro de Michael Drosnin. Afirmaram que seu trabalho tem falhas de lógica e que não utiliza nenhum dos métodos estatísticos necessários para validar a colocação intencional dos códigos. Os pesquisadores também demonstraram, através do uso da matemática e da lógica, ser impossível usar os códigos da Torá para se prever o futuro. Dão o seguinte exemplo básico para ilustrá-lo:

No "Código da Bíblia", Michael Drosnin afirma ter decifrado um código na Torá que previu o assassinato do ex-Primeiro Ministro Yitschac Rabin, z"l. Alega ter encontrado "Yitschac Rabin" codificado em estreita proximidade a "o assassinado irá assassinar".

Imaginemos que tivéssemos encontrado esse código antes do assassinato do primeiro-ministro. Poderíamos interpretá-lo de várias formas. Estaria este código dizendo que Rabin seria assassinado ou que ele iria assassinar alguém? Ou talvez seria acusado de ser um assassino? Ou ainda que talvez alguém iria tentar assassiná-lo, mas sem conseguí-lo? A metodologia usada por Drosnin para prever o assassinato de Rabin revelou também um código que indicava que o ex-Primeiro Ministro inglês Winston Churchill seria assassinado. Todos sabemos que tal "previsão" não se concretizou.

O exagero dos códigos da Torá não se limita a escritores judeus. Em suas campanhas para converter os judeus, vários grupos missionários cristãos têm alegado que há códigos na Bíblia judaica que provam que Jesus é o Messias. Vários matemáticos examinaram o trabalho desses missionários, tendo concluído que os mesmos não apresentam uma única afirmação ou cálculo que seja estatisticamente válido ou verdadeiro. Experimentos matemáticos demonstram que tais "códigos de Jesus" são acidentais e poderiam ser encontrados em qualquer texto hebraico - no jornal diário ou mesmo na tradução ao hebraico de um romance. Convém também mencionar que os métodos estatísticos inválidos utilizados pelos missionários cristãos apresentam outros candidatos para a figura do Messias: Buda, Maomé, Krishna, Lênin e mesmo David Koresh - o autodeclarado Salvador, responsável pelo incidente que causou a morte de mais de 100 homens, mulheres e crianças em Waco, no Texas.

É preciso atenção para se perceber que muitos dos "códigos" popularmente apresentados em palestras e livros são, na melhor das hipóteses, questionáveis, e na pior, sensacionalistas e enganosos. O perigo na disseminação de códigos falsos é que estes comprometem a seriedade dos códigos legítimos encontrados na Torá. Existe ainda a possibilidade muito infeliz de que uma vez que as pessoas tomem conhecimento de que tais livros contêm em sua maioria alegações falsas, passem a desacreditar de vez no fenômeno dos verdadeiros códigos da Torá.

O significado dos códigos da Torá          

Cientistas e matemáticos especializados continuam a pesquisar em busca de códigos legítimos na Torá. O Dr. Doron Witztum encontrou códigos na Torá sobre a festividade de Chanucá, sobre o ex-presidente Sadat, sobre a Guerra do Golfo e sobre o diabetes. Sua metodologia, nesses experimentos, foi aceita pela publicação "Statistical Science". No entanto, essas novas descobertas não foram publicadas porque os matemáticos que examinam os resultados encontraram problemas ao tentar calcular seu significado estatístico. Até que a legitimidade de tais códigos seja confirmada, os resultados desses experimentos não poderão ser divulgados.

Mais cedo ou mais tarde, muitos falsos códigos serão desmascarados. Mas isto não deverá fazer com que se negue a existência de códigos legítimos na Torá. Os códigos apresentados neste artigo e os resultados do experimento dos Rabinos Famosos são estatisticamente válidos. Não podem ser atribuídos a meras coincidências e, portanto, não podem ser encontrados em nenhum outro texto hebraico. Ademais, não são utilizados de maneira subjetiva com propósitos questionáveis. Apresentam fatos objetivos, nomes ou fatos e eventos históricos.

Qual o significado dos Códigos da Torá               

Surge uma questão final: qual o propósito dos códigos da Torá? Estes somente contêm informações sobre o passado já conhecidas por nós. Não revelam segredos nem servem para se prever o futuro. Qual, então, seu significado?

Vivemos em uma geração de grande ceticismo. Muitos dizem que só acreditariam em D'us e na Torá se pudessem testemunhar algum sinal. As descobertas dos códigos legítimos servem como evidência de um ponto muito significativo: a Torá não poderia ser de autoria humana. Pois mesmo se os antigos hebreus fossem mestres criptógrafos, não poderiam ter conhecimento sobre a existência futura e os detalhes da vida de homens que só nasceriam milhares de anos após ter sido escrita a Torá. Além do mais, os códigos da Torá mostraram depender da existência precisa da localização de cada letra do alfabeto hebraico.

Um código legítimo não pode ser encontrado se as letras da Torá estiverem faltando ou colocadas em lugar errado. Mudando-se as palavras da Torá, mesmo se o conteúdo permanecer inalterado, os códigos desaparecerão. Isto confirma a origem Divina e a localização de cada uma das letras da Torá. E, portanto, o único significado verdadeiro desses códigos é que a ciência e a matemática estão a indicar que a Torá - e até mesmo a colocação de cada uma de suas letras - são as palavras de D'us.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A política no seio da igreja

Vejam essa notícia.


A igreja “União Evangélica Pentecostal Venezuelana” (UEPV) afirma que as políticas socialistas adotadas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sejam “sinais visíveis do Reino de Deus inaugurada por Jesus Cristo, nosso redentor”.
Uma carta pastoral emitida após o III Congresso Pentecostal Bolivariano, que aconteceu no final de Agosto no município de Palavecino, assinada pelos bispos Gamaliel Lugo e Esearino Zonza, ressalta que a adoção do ideal bolivariano é parte dos princípios da UEPV, fundada em 1957.
Parte das iniciativas que a igreja elogia em sua carta são amplamente criticadas internacionalmente, como a desapropriação de empresas internacionais que investiam no País. Segundo os Bispos, a UEPV reconhece “os formidáveis avanços no campo da educação, da saúde, a ampliação dos espaços democráticos e de participação popular, o resgate dos nossos recursos naturais e financeiros e, em geral, uma mais justa distribuição da riqueza social da nação”.
Os avanços mencionados na carta, segundo a igreja, eram há muito tempo, desejados pela população venezuelana e pela UEPV. Os Bispos responsáveis pela divulgação da carta afirmam que ainda existem “realidades dolorosas que nos desafiam a continuar na luta por uma Venezuela verdadeiramente socialista”, mas enfatizam que as políticas de Chávez coincidem “com a nossa luta pentecostal bolivariana a favor do bem comum e a construção de uma comunidade humana solidária, à luz do Reino de Deus, que, como disse Jesus, ‘já está entre vocês’”.
Fonte: Gospel+
A associação com governos fortes, inimigos da liberdade parece ser uma cantoria comum no cenário religioso. É do conhecimento de todos o excelente trabalho  realizado pelos romanos na conquista e colonização da América nativa. Naquela época a justificativa era levar a salvação aos selvagens americanos e a coisa foi tão séria que podemos acrescer a esse propósito outro menos digno: livra a América dos verdadeiros americanos, visto que ao lado dos evangelistas marchavam os soldados. Coitado dos nativos! 
O que dizer da conquista da África, Ásia ou qualquer outra dominação. A justificativa religiosa é a primeira a se apresentar. Ela está sempre ao lado do poder. Parece que os "grandes guias espirituais" deste século e de todos os demais esqueceram o que falou o mestre: "o meu reino não é deste mundo" [João 18.36]. 
O que a turma deseja é se dar bem e para isso vale tudo [os meios justificam o fim]. Hoje existe uma mentalidade capitalista dentro das igrejas que supera em muito os verdadeiros valores cristãos. Bençãos é dinheiro no banco, saúde abundante etc. Isso também são bençãos de Deus, contudo não são as únicas. Deus é muito mais que dinheiro, Deus é muito mais do que pensamos. Ele é nosso Salvador e Senhor e isso basta. 

terça-feira, 1 de março de 2011

Esqueceram do amanhã

A Revista "A pátria para Cristo", ano LXVI - 251, ligada a Junta de Missões Nacionais trás uma matéria na página 18 sobre o fechamento do Colégio Batista do Tocantins [CBT]. 

Ao ler a reportagem não deu para segurar a sensação de impotência e tristeza. Num país onde a educação é sempre relegada a um segundo plano o fechamento de uma instituição educacional é uma perda irreparável, especialmente se essa instituição é cristã e portanto, portadora de uma mensagem e valores tão caros e em falta em nossos dias.

As razões expostas para justificar o fechamento da escola vão desde a falta de recursos, passando pela "melhoria das escolas públicas" e por último a contenção de despesa. Todos esses elementos são comuns a todas as instituições de ensino da rede particular em todo país, contudo, a oferta de um trabalho diferenciado pode ser a razão do fechamento ou sobrevivência de uma instituição.

O fim de uma escola é a negação do futuro, afinal, vidas são atingidas a começar pelos funcionários se estendendo a comunidade onde é negado aos mais simples a oportunidade de sonhar com dias melhores.

Nosso Deus trabalha por meio do ensino, Ele acredita na educação como elemento de transformação de vida e Jesus Cristo foi um exemplo disso. Cristo fez do ensino a razão de ser da sua vida. Não foi por acaso que foi chamado de mestre. Usando essa mesma lógica podemos afirmar que todo cristão é um professor em potencial, alguém que facilita o conhecimento, que torna palpável o caminho do céu. Portanto, o fechamento de instituição de ensino cristã é motivo de tristeza e auto-avaliação.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Na sala de aula

Finalizei as aulas dessa semana lendo com meus alunos o salmo 127. Foi muito interessante a colaboração que eles deram para a compreensão do texto. No momento em que falávamos sobre a diferença de um lar com ou sem Deus [Sl 127.1-3] eles começaram a fazer suas colocações.

- Deus trabalha até hoje. E assim, cada aluno foi relatando alguma experiência de livramento [v.2] que tivera com Deus. Alguns deles se lembraram de quedas e doenças que poderiam ter sido fatais, mas que a boa mão do Senhor esteve com eles e os livrou. Eram crianças, mas já tinham consciência da ação de Deus em suas vidas. É maravilhoso ser professor.

“SE o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono. Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.”

Nesse trecho do salmo enfatizamos aos alunos que uma família centralizada em Cristo passa por problemas como qualquer outra, porém com uma diferença: sob o total controle do Senhor. Que é inútil e doloroso confiar apenas em nossa própria força [saúde, dinheiro...] para constituir uma família ou um projeto qualquer de vida, pois essa não era uma base segura. Lógico, que não deveríamos desprezar o esforço humano para o desenvolvimento de qualquer projeto pessoal, mas a resposta certa está sempre em Deus [Provérbios 16.1].

Nos versos de 3-5, mostrei a importância de cada um deles para Deus e para seus pais terrenos, afinal, eles são heranças do Senhor, daí a responsabilidade de serem bênçãos para seus pais, visto que, desta forma estariam agradando a Deus. Expus para eles o contexto cultural de Israel da época do salmista [muitos filhos=segurança].  Depois de mais uma onda de perguntas finalizamos nosso momento devocional com uma oração. Foi muito gostoso e abençoador. Nesse momento encerro esse relato pedindo orações por nossos jovens. Muitos são os desafios que enfrentarão na vida e só com a boa mão do Senhor é que farão as escolhas certas.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Eu preciso confiar em Deus


“Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angustia, me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.” [Salmos 4.1]

O salmista deixa claro que enfrenta problemas, como também que Deus tem aliviado. Contudo, a constatação dos alívios anteriores não aquieta seu coração, pois continua insistentemente a clamar a Deus por livramento.

 Existem momentos em nossa luta que o desespero cresce parecendo que vai nos sufocar. É quando o pânico se instala e nossos piores temores flora de forma absoluta e daí perdemos a nossa capacidade de se concentrar e clamamos a Deus, pois esse tipo de oração é o único que conscientemente podemos fazer.

Esses picos emocionais nos assaltam com ou sem causa aparente de modo que são profundos vales da morte dos quais só pela misericórdia e graça do Senhor é que voltamos à normalidade. Contudo, alguns por se demorarem nesses vales terminam se fechando e criando mundos paralelos para escapar da realidade.

O salmista passa por variações emocionais seguidas de alívio divino.  Apesar de conhecer que Deus vem em seu socorro ele tem pressa [e quem não tem] de ver finalizado aquele ciclo de aprendizado [pela dor]. O problema continua, assim como o clamor pela providencia divina.

Ao que tudo indica o causador de tamanha perturbação eram pessoas que ocupavam funções importantes dentro da comunidade e que podiam em decorrência disto ajudar a muitos e desta forma ser um instrumento de glorificação do Pai celestial, mas se negavam a fazer tal coisa cuidando antes de alimentar sua vaidade e viver da aparência [mentira].

Quantas desculpas uma pessoa pode dar para não cumprir o que é justo, ou fazer o que é preciso. Quanta angustia deixaria de existir se apenas cumpríssemos o que o nosso Deus determina que cumpramos. Irmão você tem chorado com os que choram? Tem se alegrado com os que se alegram, ou tem se escondido em sua zona de conforto? Você tem negado a seu irmão a ajuda necessária?

A fonte da angustia do salmista era bem específica. Existe uma forte probabilidade que esse não seja o teu caso, mas uma enfermidade, ou quem sabe problemas de relacionamentos, financeiro [...] que tem de certa forma deixado o irmão ou o amigo da distância perturbado. A recomendação para todos esses casos é confiar no Senhor. Sei que como teoria essa palavra parece fácil, mas no ardor da luta as coisas são bem diferente, contudo não existe outro caminho. Há situações que fogem totalmente do nosso controle e é para esses casos que precisamos exercitar nosso espírito e confiar no Senhor.

Nos versos 3-5, o salmista chama atenção dos impiedosos. Ele afirma que Deus os conhece, Ele sabe muito bem do mal que andavam praticando, assim como conhece seus servos.

“Sabei, porém, que o Senhor distingue para si o piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo por ele. [por isso o servo de Deus é aconselhado a] Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai. Oferecei sacrifícios de justiça e confia no senhor.”

É tremendo esse Deus não? A palavra aqui é para seus servos. Não se desespere, pois te conheço, sei das tuas necessidades e estou pronto a te ajudar [aliviar, libertar, curar, consolar...]. Contudo, jamais percam a capacidade de se indignar diante das injustiças, dos desmandos, da falta de sabedoria, da tirania, corrupção ou qualquer outra coisa que venha envergonhar o nome do Senhor e não exaltá-lo como convém.  Essa precisamente era a indignação do salmista.  Por isso ele sofria, pois não via nas elites do seu povo, ou na classe dirigente do seu país a disposição de espírito de buscarem verdadeiramente o que era justo e glorificar a Deus com suas ações.

As condições financeiras que esses homens desfrutavam por se apropriarem do que pertencia a toda comunidade não causava inveja no servo de Deus.

 “Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho.”

A alegria do salmista tinha motivação no Senhor e gerava vida eterna, enquanto a alegria dos homens corruptos e mal intencionados era circunstancial, ou seja, dependia do seu lucro, e, portanto, eram efêmeras e gerava morte espiritual.

Irmãos a dependência de Deus deve ser um exercício espiritual constante em nossa vida. Não podemos nos apegar as circunstancias, ou seja: Se tenho dinheiro sou feliz. É verdade que o dinheiro facilita muitas coisas nessa vida, mas ele não pode substituir a Deus, assim como uma boa saúde, fama, poder, etc.

O salmista termina dizendo: “Em paz me deito e logo pego no sono [apesar de tudo em sua volta] porque, SENHOR, só tu me fazes bem.”

 Amém! 

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Um casal a serviço de Deus

Um Casal a Serviço de Deus: A Inspiração de Áquila e Priscila

Na semana passada, o irmão Elias, da União Masculina Missionária, me procurou para levar uma meditação à casa de um jovem casal recém-chegado à nossa igreja. "O que falar?", foi o questionamento que de imediato veio à minha mente. Orando e lendo a Bíblia, pensei em vários temas: família, alegria, etc., mas nenhum tocava em meu coração. Nessa minha busca, lembrei-me do casal Áquila e Priscila, que foram grandes auxiliares do apóstolo Paulo. Quando iniciei a minha pesquisa, logo senti a direção de Deus para este estudo. Rogo a Deus que Ele fale ao seu coração assim como falou ao meu.

Um casal a serviço de Deus

E DEPOIS disto partiu Paulo de Atenas, e chegou a Corinto. E, achando um certo judeu por nome Áqüila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), ajuntou-se com eles, E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas. Atos 18.1-3

1. O Encontro com Deus

A primeira informação que temos sobre Áquila e Priscila encontra-se no capítulo 18 do livro de Atos. O contexto histórico é muito rico: Paulo vivenciava a segunda viagem missionária e acabara de chegar a Corinto vindo de Atenas. Áquila e Priscila já se encontravam na cidade, embora a Bíblia não precise o fator tempo.

Ambos tinham muito em comum. Paulo era judeu, assim como o casal. De certa forma, eram vítimas da intolerância religiosa (Áquila e Priscila haviam sido expulsos de Roma pelo decreto do imperador Cláudio em 49 d.C.), estavam em deslocamento e exerciam a mesma profissão. Com tantas coisas em comum, não era de estranhar a aproximação de Paulo do casal. O ensino da Palavra logo teve espaço no coração de Áquila e Priscila, que por um ano e seis meses cuidaram do missionário em sua própria casa.

2. Um Casal a Serviço do Reino

"E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas. E todos os sábados disputava na sinagoga, e convencia a judeus e gregos." (Atos 18:3-4)

O sustento de Paulo era conquistado duramente com a ajuda de seus novos discípulos. No versículo quatro, fica claro que, após uma intensa semana de trabalho, os irmãos se dirigiam ao templo, onde Paulo anunciava a Cristo. Áquila e Priscila aprendiam atentamente seus ensinos. Juntos com o apóstolo, foram moldados pelo fogo da oposição judaica, que não se limitava apenas ao debate teológico, mas frequentemente recorria às ameaças e ao uso da influência política para alcançarem seus objetivos (v. 12-13).

Eles podiam simplesmente abandonar Paulo e salvarem suas vidas de prováveis represálias de extremistas religiosos, mas não desertaram. Áquila e Priscila estavam ao lado de Paulo não por sua presença agradável, mas pela sua mensagem libertadora. Nesse sentido, puderam dar ao apóstolo apoio e consolo em seus momentos difíceis.

“Mas, resistindo e blasfemando eles, sacudiu as vestes, e disse-lhes: O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios.” (Atos 18:6)

Fico aqui pensando que, após um dia de luta contra os inimigos da fé cristã, o apóstolo, agora cansado, tomava o rumo da casa de Áquila e Priscila não com receio ou constrangimento, mas com alegria e a certeza de que seria bem acolhido e descansaria para um novo dia de trabalho. Aqui fica a reflexão: será que, ao final de um dia de trabalho, temos o mesmo sentimento de Paulo ao voltarmos para casa?

Na casa de Áquila e Priscila, o apóstolo era revigorado. Apesar de a Bíblia não entrar em detalhes sobre o que acontecia no interior daquela casa, podemos inferir através das entrelinhas dos textos bíblicos:

  • Com certeza, na casa de Áquila o apóstolo se sentia amado.
    • Acompanham Paulo em sua viagem a Éfeso (Atos 18:18-19).
    • Estavam com Paulo quando de sua prisão em Roma (2 Timóteo 4:19).
  • Usufruía de hospitalidade e sustento.
    • Paulo passou um ano e meio com os irmãos em Corinto (v. 11).
    • Havia o reconhecimento de Paulo sobre o ministério de Áquila e Priscila (Romanos 16:3).
  • Gozava de cuidados, atenção e crédito.
    • Áquila e Priscila se transformaram em evangelistas (1 Coríntios 16:19).

A casa de Áquila e Priscila era um lar de testemunho, sendo referência para toda a comunidade ao seu redor. Nesse sentido, temos o testemunho do próprio apóstolo.


3. Um Casal Semeador

"E Paulo, ficando ainda ali muitos dias, despediu-se dos irmãos, e dali navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áquila, tendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto. E chegou a Éfeso, e deixou-os ali; mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus. E, rogando-lhe eles que ficasse por mais algum tempo, não conveio nisso. Antes se despediu deles, dizendo: É-me de todo preciso celebrar a solenidade que vem em Jerusalém; mas querendo Deus, outra vez voltarei a vós. E partiu de Éfeso." (Atos 18:18-21)

A saída de Paulo poderia ser uma ocasião para a paralisação espiritual de Áquila e Priscila. Afinal, “o líder estava distante” e as ameaças eram bem reais. Mas não foi assim.

Em Atos 18:26, lemos na Palavra de Deus que o casal estava em plena atividade evangelizadora na sinagoga:

  • Quando Apolo falou ousadamente na sinagoga, eles estavam lá para ouvi-lo.
  • Perceberam problemas em sua doutrina (Atos 18:25).
  • Ensinaram a Apolo o que haviam aprendido de Paulo (Atos 18:26).
  • Era um casal maravilhoso. Em todas as passagens bíblicas que lemos até aqui, eles sempre aparecem juntos, e isso é uma lição de vida para nós.
  • Não só pregaram, mas também orientaram espiritualmente Apolo, ajudando-o a alcançar muitos outros para Cristo. Dessa forma, tinham uma excelente visão de reino, não eram míopes espirituais.

"Querendo ele passar à Acaia, animaram-no os irmãos, e escreveram aos discípulos que o recebessem; o qual, tendo chegado, aproveitou muito aos que pela graça criam. Porque com grande veemência, convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo." (Atos 18:27-28)

Conclusão

Em suma, Áquila e Priscila são exemplos a ser seguidos pela igreja de Deus. Eram servos do Senhor que sabiam usar seu trabalho como instrumento de evangelização (1 Coríntios 16:3). Sabemos que viajavam com frequência, pois os encontramos em Roma na carta de Paulo àquela igreja (Romanos 16:3) e, mais tarde, não mais em Roma, quando da carta de Paulo a Timóteo (2 Timóteo 4:19). Estavam sempre juntos na evangelização, nas lutas que a igreja travava com seus opositores e na direção de Deus. No pouco que a Bíblia fala desse casal, conclui-se que realizaram o que Deus havia proposto para eles. Minha oração é que cada lar cristão possa cumprir aquilo a que Deus nos chama. Amém!