Isaias 35.1-10
Alguém aqui já
andou por uma estrada difícil?
Em Julho de
2018, quando estive em Caicó com minha irmã e minha esposa, decidimos fazer uma
visita a alguns amigos de Carminha em Jucurutu e tomar um belo de um banho no
rio Piranhas. Naquela manhã tivemos dois grandes problemas: Não sabíamos qual estrada pegar para chegar ao
nosso destino. Porém, essa dificuldade foi logo superada com ajuda de um
morador local.
b.
A estrada estava tão esburacada que só
conseguimos chegar na cidade de Laginha e logo tivemos de voltar para Caicó, a
fim de evitar ficar no prego no meio do caminho.
Que decepção, que frustração. Estamos devendo este passeio até hoje.
Neste mesmo ano a minha irmã se programou para fazer o mesmo itinerário, só
que, de última hora contraiu covid. Outra decepção.
Quando olhamos a palavra de Deus também nos deparamos com estradas ou
caminhos de frustração e condenação, mas, também com caminhos de eterna
alegria, algo tão contagiante que o coração do fiel só falta explodir de tanto
contentamento e gozo.
A diferença é enorme quando comparamos o capítulo 35 de Isaias com o
anterior. As cenas de Juízo de Deus são duríssimas.
“A indignação do Senhor está contra todas as nações e
o seu furor contra todos os exércitos delas, ele as destinou para a destruição
e as entregou a matança” Is 34.2
a.
O povo em questão são os Idumeus. Varias outras
profecias já sentenciavam sobre o seu destino.
·
Is 63.1-6; Jr 49.7-22; Ez 25.12-14; 35. 1-15.
·
Am 1.11-12; Ob 1.14; Ml 1. 2-5.
b.
O capítulo 34, está dividido em duas cessões:
·
Versos de 1 – 8 – Anuncio do juízo de Deus.
·
Versos de 9 – 17 – Trata da de vastidão que
segue.
Uma observação importante. Os capítulos 34 e 35 de Isaias mostram um
pouco da ação de Deus na história humana.
·
Seu juízo sobre todos aqueles que confrontam com
a sua soberania – Is 34.
·
Sua ação salvadora – Is 35.
Isaias 35 nos trás uma imagem alegre, descontraída do povo de Deus após
o cativeiro da Babilônia [587-532 a.C.]. Na época determinada se cumpriu a
profecia de Jeremias 25. 11-14.
“E
toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao
rei de babilônia setenta anos. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os
setenta anos, visitarei o rei de babilônia, e esta nação, diz o SENHOR, castigando
a sua iniquidade, e a da terra dos caldeus; farei deles ruínas perpétuas. E
trarei sobre aquela terra todas as minhas palavras, que disse contra ela, a
saber, tudo quanto está escrito neste livro, que profetizou Jeremias contra
todas estas nações. Porque também deles se servirão muitas nações e grandes
reis; assim lhes retribuirei segundo os seus feitos, e segundo as obras das
suas mãos.” Jeremias 25:11-14
O interessante irmão é que Isaias estava a ±164 anos antes do cativeiro babilônico
acontecer, bem como, ±700 anos antes da vinda do messias, contudo, pela
iluminação do Espírito Santo de Deus abordou ambos os temas em seu livro
profético.
As imagens usadas pelo escritor sacro para retratar a reabilitação do
povo de Deus são impactantes.
Vejamos:
a) Verso 1 - “O
deserto e a terra seca se alegrarão;
b) Verso 1 - “O ermo”
[região desabitada] exultará e florescerá como o narciso.”.
Narciso – Planta da família Amaryllidaceae; Cor: Amarela e
branca; Florescimento – Abundante – Época - Primavera.
c)
Verso 2 – Expressões como: Glória do Líbano, esplendor
do Carmelo e de Sarom são regiões férteis, citadas como símbolo da fecundidade
de todo país [Is 33.9].
·
O profeta usando figuras de linguagem dar sentimentos,
sensações (qualidades humanas) a coisas inanimadas. Ao fazê-lo ele
deseja registrar mudanças profundas que começam no homem e tocam a
natureza.
·
É como se o meio ambiente em que estão inseridos
vibrassem a mesma frequência daquela gente sofrida, cheia de dor que
vivenciavam mais um livramento divino.
Quando
meditamos neste verso imaginamos que:
·
a natureza sentia a ausência dos seus antigos
moradores. Esta condição denota identidade do povo e terra.
·
o próprio Deus se alegra com a mudança de
disposição no coração dos seu povo. O tempo de juízo havia acabado. Agora
estávamos diante de um novo recomeço.
No final do
verso 2 e nos versos de 3 a 5 temos um forte apelo a resistência espiritual:
c.
Versos 3-5
·
Fortalecei as mãos frouxas;
·
Firmai os joelhos vacilantes;
·
Dizei aos desalentados de coração (deprimidos,
desanimados, esmorecido...) sede forte, não temais.
A razão para
isto era bem simples. Nos versos de 5-7, enumera fatos que marcaram o
ministério de Cristo.
·
1ª vinda de Cristo – Lucas 4.16-21; 7.18-23;
·
2ª vinda de Cristo – Ap. 21.4; 22.1-5.
·
Abrirão os olhos dos cegos;
·
Desimpedirão os ouvidos dos surdos;
·
Os coxos saltarão;
·
A língua dos mudos cantará;
·
Águas arrebentarão no deserto e ribeiros e ermo;
·
Areia escaldante se transformará em lagos;
·
Terra seca, em mananciais de água;
·
E nas habitações em que os chacais costumavam
viver, crescerá a erva com canas e juncos.
Por fim, os
versos 8-10, o profeta trata do caminho. Diz ele:
“E ali
haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não
passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos,
não errarão. Ali não haverá leão, nem animal feroz
subirá a ele, nem se achará nele; porém só os remidos andarão por ele. E
os resgatados do Senhor voltarão; e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna
haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza
e o gemido.” Isaías 35: 8,10
Aqui contatamos
um ambiente seguro, alegre. O povo de Deus está sendo conduzido a Sião,
cantando enquanto se dirigem a sua morada eterna.
Vejamos algumas
das características deste caminho.
·
Ele é santo – Exclusivo para o povo de Deus.
·
Bem sinalizado – Até os loucos não se perderão.
·
Os resgatados por Deus – Termo também usado em
Ex 6.6, e motivo de toda esta alegria.
·
Ele tem um fim – Sião, morada de Deus.
·
O fim dele é também o fim da dor e da tristeza.
Você crê nisto?
Para participar desta mesma realidade espiritual é necessário que você
meu amigo se arrependa dos seus pecados e creia que Jesus Cristo é seu Senhor e
salvador. Tudo se resume em um passo de fé.
Disse-lhe Jesus: Eu
sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; João 11:25