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domingo, 29 de junho de 2025

A Presença Que Acalma

I

Um vento suave toca meu coração,

Uma oração sincera elevo ao meu Deus.

Sinto alívio e consolo em meio à dor,

Sua paz em mim, um eterno fulgor.

II

Nos braços do Senhor, estou seguro,

Sua presença é real, um bem puro.

Se choro, sou logo abraçado,

Se me alegro, Seus olhos brilham, um dom.

III

Deus se importa e anseia se aproximar,

Fugir desse amor não faz bem, só faz afastar.

Só Ele tem a resposta para cada anseio,

Em Seu olhar, encontro o meu esteio.

IV

Buscá-Lo todos os dias é o natural,

Assim como Ele se deixa achar, sem igual.

Não é fácil perdê-Lo de vista,

Sua luz inunda os céus, a terra, e persiste.

V

Nos braços do Senhor, estou seguro,

Sua presença é real, um bem puro.

Buscá-Lo todos os dias é o natural,

Assim como Ele se deixa achar, um amor sem igual.



Jerônimo Viana M Alves 
Natal 28.06.25

domingo, 5 de maio de 2024

Família - Mês da família

 

Muitas em toda terra

Diversas em culturas e lugares

Todas amadas pelo Pai Altíssimo

Projeto de um Deus trinitário.

 II

 Modelo de acolhimento e paz

Instrumento de procriação e força moral

Chamada por Deus para testemunhar.

 III 

 Lugar de compartilhamento de dor e alegria

Exercício de fé inabalável, união provada

Espaço de memória e apoio mútuo

Laços afetivos e eterna saudade

 IV

 Família nossa do dia a dia

Forjada em meio a imperfeição dos seus

É organismo humano em sua essência

 V

 Cheia de história e tradições múltiplas

Cheiro de terra, trabalho e suor

Força motriz da sociedade

Lugar de formação e crescimento pessoal

 VI 

 Coletivo e ao mesmo tempo individuo

Marcada pelos traços de cada um

Expõe ao mundo a nossa identidade

 VII 

 Família amor incondicional

Partilhada por Cristo na terra

Vivência eterna de Deus nos céus

Amor é a sua base e essência

 VIII

 Nem sempre equilibrada, as vezes desorganizada

Cheia de crises e desentendimento

Marcada pela incompreensão e desafios

 IX

 Quis Deus assim mesmo formá-la

Desde cedo já orientou

Não pensou em outro projeto

Espelho da sua própria Trinidade

 X

 Viver em família é sempre um desafio

Visto ser miniatura de uma sociedade conflitante

É remédio para todas as dores quando vivida em amor

 XI 

Muitas em toda terra

Diversas em culturas e lugares

Todas amadas pelo Pai Altíssimo

Projeto de um Deus trinitário.

Autor: Jerônimo Viana

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Coração domável

 Andei pelo mundo sem rumo

Acreditei no acaso, no improviso 

Levei borduada, curtir feridas

Cabeça dura, coração indomável


Meu coração era meu guia

Surdo me fiz aos sábios conselhos 

Fiz da minha força a razão de ser

Não parei até que fui provado


Conheci Jesus no pior momento 

A angústia já me sufocava

Fui resgatado pelas mãos divinas

Salvo por um amor inexplicável


Hoje meu coração é domável

Da ansiedade livrou meu ser

Tenho esperança na vida

Espero feliz pelo amanhecer


Jerônimo Viana M. Alves

12.10.20




quarta-feira, 14 de março de 2012

Caminhada


O primeiro passo determina a intensidade da caminhada
O olhar pra trás faz parte, é inevitável quando se ama
O passado e presente são tramas de uma mesma rede
Assim penso, ajo, pois sou humano em toda plenitude

Erros e acertos, quedas e novamente se por de pé
É a nossa sina, tristes mortais, frágeis imagens divina
Até quando relutarás no instante, lutarás com o vento?

Tua finitude se apega a tudo que tocar tuas mãos
Assim, nasce, cresce e logo morre como seu corpo mortal
Ideias, formas, sentimentos, todo é fogo, água e espírito
É rio que passa em intensas vagas e num instante se foi

A eternidade é negada a esse corpo efêmero e carnal
Contudo, o perpetuasse é possível pelo sangue e nome
Tua história quem a lembrará? Teus sonhos quem partilhará?

O primeiro passo determina a intensidade da caminhada
O olhar pra trás faz parte, é inevitável aos pobres mortais
A finitude é nossa marca, a fé nosso alento em dias difíceis
Pois só crendo é que vivemos e somos felizes hoje e sempre.

Jerônimo V. M. Alves
Natal 14.03.2012
Dia da Poesia

Auta de Souza



Dia da poesia. Para comemorar este dia apresento aos irmãos e amigos Auta de Souza. Mulher de  descendência negra num Brasil pós libertação dos escravos. Menina que logo cedo sofreu a perda dos seus pais mortos pela mesma doença que lhes tiraria a vida aos 25 anos de idade. Apesar de toda as circunstâncias adversas, Auta de Souza possuía um talento extraordinário e de uma beleza poética brilhante. 





 Caminho do Sertão 
A meu irmão João Cancio
Auta de Souza

Tão longe a casa! Nem sequer alcanço
Vê-la através da mata. Nos caminhos
A sombra desce; e, sem achar descanso,
Vamos nós dois, meu pobre irmão, sozinhos!

É noite já. Como em feliz remanso,
Dormem as aves nos pequenos ninhos...
Vamos mais devagar... de manso e manso,
Para não assustar os passarinhos.

Brilham estrelas. Todo o céu parece
Rezar de joelhos a chorosa prece
Que a Noite ensina ao desespero e a dor...

Ao longe, a Lua vem dourando a treva...
Turíbulo imenso para Deus eleva
O incenso agreste da jurema em flor.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O ultimo combate - Mário Barreto França


- “O combate será a uma hora da tarde!”
Foi a voz que se ouviu, como horrível alarde,
Ao longo da trincheira... E o dia era tão lindo!...

- Como é belo morrer quando se vai sorrindo
Para a luta cruel, numa manhã como esta,
Toda cheia de luz, toda cheia de festa!...

(Era um belo rapaz que me falava.)

- Escuta,
(Perguntei-lhe) não tens receio desta luta?
Ele não respondeu, porém, sentidamente,
Cantou ao violão uma canção pungente...
E me disse, depois, com olhos rasos dágua:
- Não! Eu não temo a morte! O que me causa mágoa
É me sentir tão longe, é me ver tão sozinho
E não voltar jamais ao calor do meu ninho,
Onde, entre beijos bons de minha doce esposa,
Meu filhinho me espera, e, esperando, repousa...
Quando eu vim para cá, beijando-me, ele disse
Uma frase qualquer, uma linda tolice...
Mas, depois, enxugando uma lagrimazinha,
Deu-me um livro, dizendo: “É uma lembrança minha,
Papai! Quando o senhor estiver em perigo,
Leia este livro, ouviu?! Jesus é nosso amigo!
E o senhor não será mais sozinho nem triste,
Porquanto onde Ele está tudo o que é bom existe!”
E ele continuou a cantar. Que tristeza
Começava a pesar em toda a natureza!...
E eu fiquei a invejar sua alma comovida,
Porque era triste só no deserto da vida...

A chuva começara a cair lenta e fina...
Como interrogação fatídica, a colina
Mostrou-se ao nosso olhar, cheio de nostalgia,
Perversamente verde e tristemente fria.
... ... ... ... ... ... ... ...

A luta começou terrível. A metralha
Ia levando a morte ao campo de batalha.
Gritos, imprecações e vozes de comando
Juntavam-se no espaço escuro e formidando...

Pungente agonizar de uma tarde cinzenta,
Tarde que quis ser linda e que foi tão cruenta!...

Quando a noite caiu, negra e fria, tornou-se
Mais bárbaro o combate. Era como se fosse
Rude destruição de uma cidade antiga
Pelo ódio figadal da vingança inimiga.

Quando a manhã raiou, o combate findara,
Mas era horrível ver tudo o que se passara...
Espraiei meu olhar pelo campo assolado,
E o pranto me feriu o coração magoado:
É que aquele soldado, inda tão moço e alheio
A essas contradições do Destino, encontrei-o,
Ensangüentado, assim, de bruços na trincheira,
Prendendo ao coração, numa ânsia derradeira,
Da esposa e do filhinho, um retrato cinzento,
Colado à capa azul de um Novo Testamento.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Amor filial

Esse poema surgiu por acaso, assim como sua forma. Simplesmente nasceu no espírito, foi gestado na mente, desceu ao coração e agora entrego a todos os irmãos e amigos de perto e da distância. Oro a Deus que esses versos possam despertar na alma de cada leitor um profundo amor e respeito que só a Deus é devido, bem como que o Espírito de Deus possa incomodá-los a buscarem sua face e se tornarem homens e mulheres tementes ao Senhor dos exércitos. Fiquem na doce paz do senhor e uma boa tarde.  

Amor Filial

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O tempo


Tic-tac, tic-tac passa o tempo
Corre o homem, o moço, o menino

Tic-tac, tic-tac não pode parar

Não há tempo para a igreja
Não há tempo para a família

Não há tempo para o lazer

Só correr, só morrer e nada mais

Tic-tac, tic-tac, tem que ser assim?

Onde está o prazer, o riso?

Onde mora a emoção, o humano?

Tic-tac, tic-tac passa o tempo
Corre o homem, o moço, o menino

Sem infância, juventude, maturidade

São loucos, são máquinas, desumanos
 
Tic-tac, tic-tac alguém pode parar?

Alguém pode socorrer?

Alguém pode pensar?

Silêncio, tudo parou, a vida terminou
Não aproveitamos nada, nada construímos

Humanidade besta, sem Deus, sem esperança

Não seguimos o amor, morremos pelo mercado


Contudo ainda existe uma solução em Cristo Jesus, ainda é tempo de viver sua mensagem e de sermos humanos e vivemos felizes.