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domingo, 3 de junho de 2012

Igrejas são queimadas em Zanzibar

Uma violenta manifestação, de jovens muçulmanos, resultou no ataque a três igrejas, na ilha de Zanzibar, na Tanzânia, no último fim de semana, 26/27. Dois templos foram danificados e os jovens entraram em confronto com a polícia

O problema começou no centro comercial, histórico e turístico, Stone Town, por volta das oito horas do dia 26, depois que a polícia prendeu dois líderes religiosos islâmicos, Faridi Hajj e Musa Juma, um professor do Alcorão, ambos do grupo radical Organização da Propagação Islâmica (UAMSHO), um grupo fundamentalista islâmico.

Ao saber de suas prisões, uma multidão, de 400 de seus seguidores, fez uma manifestação na delegacia, exigindo sua libertação. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersá-los. Isto levou a multidão a um confronto direto com a polícia, até por volta da meia-noite, quando a multidão, ainda revoltada, decidiu incendiar a Igreja Assembléia de Deus na Tanzânia, na região de Kariokor.

O carro do pastor Dickson Kaganga que estava estacionado na frente da igreja, também foi incendiado. Felizmente, o pastor se escondeu e não sofreu nenhum dano. Após tocar fogo na igreja, os jovens manifestantes fugiram. Porém,  continuaram com os atos de violência no dia seguinte.

Na manhã de domingo, os manifestantes reiniciaram os tumultos e tiveram novos confrontos com a polícia. Isso durou até cerca de 1,00 p. m., quando tentaram atacar outra igreja, a Igreja Redimida de Deus.

Porém, desta vez, os líderes da igreja local tinham reforçado a segurança e conseguiram impedi-los. O pastor, Rev. Charles Kionga, foi atingido por uma pedra, e sofreu um ferimento leve na perna. A polícia respondeu ao pedido de ajuda da igreja , e os ajudou a repelir a multidão.

Irritada por não ter obtido sucesso, a multidão, em seguida, atacou a Igreja Católica região de Tomondo. Eles conseguiram atear fogo na igreja, causando danos substanciais. A polícia prendeu 30 pessoas. Os 30 detentos foram denunciados no tribunal às 9h30, do dia 28, acusados de violar a paz e de realizar manifestações ilegais.

A sessão no tribunal terminou por volta das 12:30 quando o juiz estabeleceu que os acusados só seriam libertados sob fiança. Poucos foram capazes de conseguir dinheiro suficiente para obterem a soltura. No entanto,  dois líderes não foram soltos e isso gerou novos protestos.

Os distúrbios afetaram seriamente o cotidiano em Zanzibar. Devido às preocupações com a segurança, duas escolas cristãs optaram por não abrir, na segunda-feira, 28.

De acordo com um colaborador da Portas Abertas, "A tensão permanece alta na ilha, e há forte presença policial. A situação não é boa. Por favor, orem conosco. Este grupo, o UAMSHO, jurou destruir e fechar todas as igrejas de Zanzibar".

Ele continuou: "Eles também têm agido agressivamente pedindo a secessão de Zanzibar do restante da Tanzânia, a fim de fazer da ilha um Estado islâmico, com legislação islâmica".

Pedidos de oração

• Por favor, ore pela paz em Zanzibar.

• Ore pela segurança dos cristãos que vivem e trabalham em Zanzibar.

• Ore também para que Deus dê sabedoria aos cristãos nesses tempos dificeis, para que possam responder de uma forma corajosa e piedosa.

Envolva sua igreja no Domingo da Igreja Perseguida, veja o vídeo abaixo e saiba como participar.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ministério promove serviço de adoração ao ar livre para encorajar cristãos perseguidos na Ásia


O ministério Release International de suporte aos cristãos perseguidos está convidando igrejas para fazer um serviço ao ar livre, no próximo mês, em solidariedade aos religiosos ao redor do mundo que são forçados a se reunirem fora da igreja por causa da interferência do Estado.

Cristãos da China, Indonésia e Ásia central foram impedidos de evangelizar porque suas igrejas foram fechadas pelas autoridades. Uma das maiores igrejas de Pequim, na China, tem se reunido exteriormente por mais de um ano, e rotineiramente fiéis são presos nessas reuniões.

No lançamento do serviço o chefe executivo Andy Dipper disse: ”Você estaria disposto a adorar ao ar livre em todos os tempos, se as autoridades fechassem sua igreja?”; “E você estaria preparado a arriscar sua liberdade, toda semana, só para se reunir para louvar a Deus juntos?”.

Embora possa ser muito difícil para algumas igrejas atenderem ao ar livre, Dipper encorajou os cristãos na Grã-Bretanha para se juntar em oração por aqueles que perderam a liberdade de adorar em igrejas.

“Por favor, orem para que esses cristãos corajosos continuem fortes no Senhor; que eles possam conhecer a sabedoria divina em como se relacionar com as autoridades e responder com a graça para aqueles que se opõem a eles”.

“Orem para que eles saibam que a presença de Deus quando se encontram ao ar livre e que o seu testemunho fala fortemente às autoridades a respeito do grande amor de Deus”.

Fonte: Gospel+

sexta-feira, 30 de março de 2012

Documentos da Igreja Cristã - H. Bettenson

A perseguição no reinado de Valeriano [253-260]
Cipriano, Ep. LXXX.I


" Rumores falsos estão circulando. A verdade, porém, é esta: Valeriano enviou um Rescrito ao Senado ordenando que sejam castigados imediatamente os bispos, sacerdotes e diáconos; os senadores, cavaleiros e fidalgos romanos devem ser privados de suas propriedades e degredados e, se persistirem na fé cristã, decapitados; as matronas, privadas de seus bens e desterradas. Qualquer membro da casa de César que confessou ou que ainda confessa ser cristão perderá seus bens e será entregue preso para trabalhos forçados nas terras do Imperador".

No inicio do governo de Valeriano pareceu favorecer aos cristianismo. Havia cristãos em seu palácio que foram mencionados no Rescrito como, por exemplo, Caesariani [ver Dionísio de Alexandria, em Eusébio, H.E. VII.X.3ss]. O seguinte extrato expressa bem a tendência de seu segundo Rescrito. O primeiro determinava os sacrifícios exigíveis dos bispos e sacerdotes e negava aos cristãos o direito de reunião e o uso de cemitérios. Toda contravenção era punida com a morte..

Analisando a vida desses primeiros cristãos fico a me perguntar. Como seria a reação desses pastores televisivos e crentes festivos em meio a circunstâncias tão adversas? Vejam outro documento de época.

A perseguição diocleciana [303-305].
Eusébio, H.E

IX.X.8. ... uma lei foi promulgada pelos divinos Diocleciano e Maximiliano, para abolir as reuniões cristãos...
VII.XI.4. Março de 303 ... Em todas as partes publicaram-se editos imperiais para que fossem arrasadas as igrejas, quemadas as Escrituras, depostos os oficiais e, caso persistissem na fé cristã, os familiares seriam privados de liberdade. 5. Este foi o primeiro edito a circular entre nós. Outros decretos, poucos depois, se seguiram, dispondo que sejam encarcerados, em primeiro lugar, os pastores das igrejas de todas as partes do império e induzidos, por qualquer meio, a sacrificarem aos deuses...

Diocleciano parece ter sido, inicialmente, favorável aos cristãos. sua esposa e filha eram catecúmenas. Eusébio testemunha sobre o crescimento da Igreja durante a primeira metade de seu reinado [H.E. VIII.I]. Sua reviravolta é devida à influencia de Galério. Ela acarretou a renovação do edito de Galiano e a reabilitação das leis de Valeriano.].

Diante de circunstâncias tão adversas não é por acaso que a igreja primitiva era poderosa nas mãos do Senhor. Só crentes fieis é que ariscaria tudo por amor a Jesus. Que esses documentos possam servir para abrir nossas mentes e corações para um verdadeiro avivamento espiritual.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A perseguição a Igreja do Senhor


Pr. Salomão Ginsburg

Semana passada meu professor ao abordar a História dos Batistas no Brasil destacou as inúmeras perseguições sofridas pelos primeiros missionários que anunciaram o evangelho a nossa gente. Homens como H.E. Soper [Juiz de Fora, Minas Gerais – 1890], Salomão Ginsburg [São Fidelis e Campos, RJ], Antônio Rodrigues Maia [Macaé, RJ - 1897] e Melo Lins [Nazaré, Pernambuco - 1895] enfrentaram grandes resistências ao seu trabalho, mas no final obtiveram êxito, porque assim era da vontade de Deus.

Analisando caso por caso, o professor destacou o lado positivo das perseguições religiosas dando como exemplo o fortalecimento espiritual dos Batistas, sua firmeza doutrinária e expansão da denominação por todo o país. Apesar de entender que esse período inicial foi fundamental para chegarmos o que somos hoje, sou de firme convicção que não é legal e nunca será aceitável a perseguição de qualquer grupo seja por qualquer motivo.

Já vimos no passado o quanto os servos de Deus sofreram e o como isso foi doloroso. A distância histórica dos martírios dos homens e mulheres de Deus nos deixa insensíveis, o que abre caminho para a repetição dos mesmos erros.

É importante sabermos que a purificação da igreja, seu avivamento se dar pela ação do Espírito Santo, quer seja, em época de perseguição como nos tempos de Cristo, como também, em meio a um clima de plena liberdade religiosa. No meu entender hoje, quando nossas reuniões estão “à salva das pedradas, dos insultos, dos ataques morais e da morte” [fato ocorrido com o filho e esposa do irmão Hermenegildo Cesar – Cidade de Cachoeiras-PE, em meados de 1895] testemunhar de Deus tem o mesmo peso e grau de dificuldade que do passado distante.

Pr. Antônio Rodrigues Maia
Vivemos numa sociedade marcada pelo uso exaustivo da imagem, onde tudo gira em torno da sensualidade e permissividade. Somos desafiados a ser diferente diante de um mundo padronizado pelos interesses do capital que tudo compra, troca, vende e corrompe. Temos o dever de pregar uma mensagem cristocêntrica em meio a uma tradição escravizadora e a um evangelho triunfalista e descompromissado com a salvação das almas perdidas. Por tudo isso é que repudio qualquer associação positiva a perseguição, ou a menção que ela se faz necessária em nossos dias como meio de fortalecimento da igreja.

Quando leio os informativos missionários [Missões Portas Abertas; Junta de Missões Mundiais etc.] e tomo conhecimento do sofrimento de alguns dos nossos irmãos pelo simples fato de ser cristão, me envergonho por não poder fazer mais do que tenho feito pelo reino de Deus, visto que diferente deles tenho plena liberdade de expressão e fé.

As armas diabólicas que em nossos dias se propõe a paralisar a igreja do Senhor não são as mesmas do passado [violência], mas da comodidade e da insensibilidade espiritual. Contra essas não existe esforço coletivo, pois são batalhas de ordem individual. As perseguições do passado geravam sentimento de pertencimento, identidade e comunhão. As comodidades modernas exigem do crente um completo enchimento do Espírito para poder testemunhar de Deus com valentia, desprendimento e verdade.

Irmãos não se iludam: a "diminuição ou fim das perseguições" [via violência física] a igreja do Senhor não significa a completa vitória da igreja frente à satanás e seus diabólicos sistemas de dominação [políticos e econômicos], mas simplesmente uma mudança de estratégia por parte do inimigo que tenta a todo custo afogar de vez a Igreja do Senhor no secularismo barato e insano.


Pr. Williams B. Bagby e Anne Luther Bagby


1Co 15:58 – “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.”

Jerônimo Viana
Natal 02/05/2011