Mostrando postagens com marcador Israel. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Israel. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Conflito Israel e Irã - Uma rápida análise do conflito sobre o ponto de vista cristão

Recentemente, Israel lançou uma operação militar chamada “Rising Lion”, com ataques a infraestruturas iranianas inclusive instalações nucleares. O nome vem de Números 23:24 (“o povo se levantará como um grande leão…”), reforçando crenças de proteção divina por Israel. O Irã reagiu, chamando o ataque de “satânico”, e o impacto pode escalar geopolíticas, especialmente envolvendo EUA e grupos aliados como o Hezbollah .

1. Raízes bíblicas e históricas

a) Persia (Irã) na Bíblia.

  • O Império Persa e o Povo Judeu: Uma Aliança Histórica na Antiguidade

    É importante ressaltar que o Império Persa (território do atual Irã) esteve, sim, ao lado dos descendentes de Jacó em um momento crucial: o livramento do cativeiro da Babilônia. Foi por meio de Ciro, o Grande, que o povo judeu pôde retornar à sua terra natal, conforme registrado em Esdras 1:1-4. Sob o decreto de Ciro, eles tiveram a permissão e o apoio para reconstruir sua vida comunitária e, principalmente, o Templo em Jerusalém.

    A providência divina nesse evento é ainda mais notável, pois o profeta Isaías, muito antes do nascimento de Ciro, já o designava como instrumento de Deus para libertar seu povo, conforme predito em Isaías 44:28 e 45:1-7.

    Essa linha política de apoio e certa autonomia para os judeus foi mantida por reis persas subsequentes. Dario I e Artaxerxes, por exemplo, continuaram a auxiliar na reconstrução do Templo e dos muros de Jerusalém, como atestam os livros de Esdras e Neemias.

    Além disso, o livro de Ester, que se desenrola no palácio persa, ilustra outro momento em que os judeus foram protegidos de um genocídio planejado. Graças à intervenção corajosa da rainha Ester e de Mardoqueu, o povo judeu foi salvo de um plano de extermínio em todo o império.

    É claro que essa relação não era isenta de contrapartidas: a autonomia concedida vinha acompanhada da cobrança de impostos e, em algumas ocasiões, da necessidade de auxílio militar às tropas do império persa.

b) Entenendo a origem da rivalidade entre Irã e Israel.

  • A origem da rivalidade entre Irã (Persia) e Israel definitivamente não tem raízes ancestrais, mas tem raízes políticas, religiosas e ideológicas atuais. A ruptura acontece somente no século XX, após grandes mudanças:

  1. Criação do Estado de Israel (1948)O Irã inicialmente reconheceu Israel de forma indireta, mantendo relações diplomáticas até 1979.
  2. b. Revolução Islâmica do Irã (1979).
  3. c. O aiatolá Khomeini assume o poder e transforma o Irã em uma República Islâmica Teocrática xiita.
  4. O novo regime considera Israel um “inimigo do Islã” e um “projeto ocidental colonialista”.
  5. O discurso ideológico e teológico se radicaliza. O Irã passa a financiar grupos como Hezbollah (Líbano) e Hamas (Gaza), inimigos declarados de Israel.
  6.  Corrida nuclear e guerra por influência:

  • Israel vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça existencial.

  • O Irã vê Israel como o “inimigo sionista” que precisa ser eliminado.

  • Ambos realizam ataques indiretos e cibernéticos e apoiam lados opostos em guerras como Síria e Iêmen.

2. Como cristãos podemos entender isso?

É importante lembrar que os conflitos modernos não devem ser automaticamente lidos como “cumprimentos proféticos” ou “conflitos bíblicos”. Devemos evitar generalizações simplistas e:

  1. Buscar a verdade com discernimento — entendendo os fatores históricos, políticos e espirituais.

  2. Orar por paz entre os povos — inclusive entre judeus e persas, que já foram aliados e podem voltar a coexistir.

  3. Promover reconciliação — lembrando que Deus ama tanto israelenses quanto iranianos e quer que todos sejam salvos.

“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um, derrubando a parede de separação que estava no meio.” — Efésios 2:14

3. Como cristãos podem se posicionar.

a) Ser pacificador

“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.” — Mateus 5:9

Cristãos devem orar por paz e encorajar o diálogo, apoiando iniciativas que promovam reconciliação.

b) Avaliar “Guerra Justa”

Embora o Novo Testamento privilegie a paz, muitos pensadores cristãos — como Santo Agostinho — reconhecem situações em que a defesa do inocente pode ser moralmente aceitável, desde que em consonância com a justiça divina.

c) Orar por liderança e proteção espiritual

  • Orar pela sabedoria dos líderes de Israel, Irã e dos cristãos envolvidos.
  • Interceder pela segurança de civis, pelo avanço do evangelho e pela transformação de corações.

d) Priorizar o evangelho

A prioridade cristã não pode ser nacionalista, mas missionária. Mesmo em meio à tensão, o foco deve ser levar a mensagem de Cristo — como reforça Dan Sered, da Christianity Today, alertando contra formar opinião apenas por fontes midiáticas christianitytoday.com.

4. Versículos para refletir

Tema

Versículo

Explicação breve

Promessa a Abraão

Gênesis 12:3; 15:18

Deus abençoaria nações via Abraão, incluindo os israelitas na Terra Prometida

Hostilidade antiga

Gênesis 27:39–40; Êxodo 17:8–16

Conflitos com Edom e Amaleque têm raízes genealógicas e históricas

Promessa a Ciro

Isaías 45:1–4; Esdras 1:1

Um persa auxiliou os judeus, mostrando que nem toda relação é hostil

Paz e reconciliação

Mateus 5:9; Efésios 2:14–18

Cristo rompe barreiras e chama os cristãos a serem pacificadores

Sabedoria divina

Tiago 1:5

Precisamos orar por discernimento em tempos difíceis

5. Mensagem final

Os cristãos não são chamados a apoiar cegamente governos, mas a buscar a paz, a justiça e a reconciliação, orando com sabedoria. Precisamos também compartilhar o evangelho, lembrando que em Cristo muitas fronteiras e nações podem ser transformadas. É com fé, oração e amor que ajudamos a direcionar o mundo — inclusive situações de guerra — para o caminho da paz que vem de Deus.

sábado, 9 de julho de 2016

“Evangélicos são os melhores amigos de Israel”, afirma Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu está em visita ao continente africano, onde se encontrou com evangélicos pró-Israel no Quênia. A recepção que teve na capital Nairobi mostra a popularidade do premiê.

A CBN News relata que o encontro de Netanyahu com os cristãos africanos foi marcado por uma calorosa recepção e declaração de apoio ao Estado de Israel. Por sua vez, o líder judeu convidou todos para viajar até a Terra Santa. “Visite Jerusalém, visite Nazaré. Você pode ver todos os lugares mencionado na Bíblia”, insistiu.

Lembrou em seu discurso que naquela terra viveu Jesus e que há uma forte perseguição aos cristãos em muitos lugares no Oriente Médio, mas eles sempre são bem-vindos em Israel. “Vocês veem o que está acontecendo com o Estado Islâmico, na região do Iraque… Só existe um lugar no Oriente Médio onde a comunidade não está encolhendo, pelo contrário, continua se expandido e está em segurança. E esse lugar é Israel”.

Dirigindo-se aos líderes evangélicos, foi enfático: “Não temos melhores amigos no mundo. Ninguém! Agradecemos essa amizade”. Após sua fala, Netanyahu recebeu como presente uma estátua representando o “leão de Judá”.

A visita foi histórica, pois havia décadas um primeiro-ministro não visitava a África. Nos últimos dias, ele participou de uma minicúpula regional em Uganda sobre segurança e terrorismo junto com os chefes de Estado do Quênia, Ruanda, Etiópia, Sudão do Sul, Zâmbia e Malauí.

O objetivo é estabelecer novas relações de Israel com as nações africanas e cooperação em áreas como saúde, segurança e tecnologia. “O resultado

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Sírios procuram ajuda em hospitais de Israel

Dezenas de sírios são tratados tranquilamente em um pequeno hospital no norte de Israel, esquecendo por alguns dias as tensões entre os dois países. Fátima foi ferida em um bombardeio ocorrido em sua cidade, Deraa, no sul da Síria. Admitida no final de julho no hospital Ziv de Safed, ela não para de elogiar os funcionários israelenses. “Eles mostram muito respeito por nós. Que Deus possa protegê-los”, afirma, sentada em sua cama, ao lado do leito de sua filha de oito anos, também ferida. Mas esta mãe de nove filhos, de 41 anos, ainda não consegue esconder seu nervosismo com a ideia de ser assistida em Israel, um país tecnicamente em guerra com a Síria desde as guerras de 1967 e 1973. Temerosa, pediu que seu verdadeiro nome, assim como o de sua filha, fossem substituídos por pseudônimos para que não pudessem ser identificadas. “Por favor, não mostrem nossos rostos”, pediu ela, que faz parte de um grupo de mais de 100 sírios hospitalizado em Israel, a maioria em hospitais de Safed e Nahariya.

De acordo com o vice-diretor do hospital de Safed, Calin Shapira, cerca de UU$ 1 milhão foram alocados pelo governo israelense para tratar sírios feridos. Fátima diz não saber como chegou em Israel. Ela se ocupava de seus afazeres domésticos quando morteiros atingiram sua casa. “A explosão me deixou completamente surda. Fiquei assustada e não me lembro como cheguei aqui, ou quem me tirou dos escombros. Só me lembro de pessoas me ajudando a levantar. E então vim parar aqui, em um hospital israelense”, conta. Segundo os médicos, Fátima, atingida no tornozelo, sofreu “um grave trauma ligado a explosão com perda de tecido e osso”, enquanto sua filha foi diagnosticada com múltiplas fraturas em ambas as pernas. Sua vizinha de quarto, de 15 anos, também moradora de Deraa, teve menos sorte e perdeu suas duas pernas em um bombardeio. No setor de tratamento intensivo, logo ao lado do quarto das três mulheres, está deitado um jovem sírio, com uma bala alojada em seu estômago.

O Exército israelense revelou ter evacuado dezenas de sírios feridos, autorizados por razões humanitárias a atravessar a linha de cessar-fogo entre Israel e a Síria na barreira de Quneitra, para o hospital Ziv, localizado a 40 km de distância. Todos os sírios que chegam em estabelecimentos israelenses são tratados. O vice-diretor do hospital Ziv, Calin Shapira, explica: “Pouco importa de onde vêm. Nós os recebemos no hospital e cuidamos com compaixão. Um dos princípios médicos é ajudar o outro, independentemente de qualquer outra consideração. A maioria dos feridos vindos da Síria são civis inocentes, incluindo muitas mulheres e crianças, que não participaram de combate algum. Não sabemos de onde vêm, ou quem são. A única coisa que sabemos é que não fazem parte das forças de Assad”.

Jornal Alef

sábado, 26 de maio de 2012

Técnica israelense transforma células da pele em tecido do coração

Fonte: Jornal Aleff
Pela primeira vez, cientistas israelenses conseguiram transformar células da pele de pessoas com doenças do coração em células sadias do músculo cardíaco, transplantando-as com sucesso em ratos. A informação é da revista médica "European Heart Journal". Segundo os pesquisadores, a conquista significa um avanço na busca por tratamentos que permitam curar o coração de um paciente com suas próprias células. 

Pesquisas recentes com células-tronco e engenharia de tecidos já conseguir reprogramar células de indivíduos jovens e saudáveis, mas até agora isto não tinha sido feito a partir de células de pacientes com doenças coronarianas e idosos. "Demonstramos que é possível extrair células da pele de um idoso com um problema cardíaco avançado" e transformá-las em "células saudáveis e jovens, equivalente ao que eram quando nasceu o paciente", afirmou Lior Gepstein, pesquisador do Sohnis Research Laboratory.

Os especialistas das três instituições científicas que realizaram o estudo obtiveram células cutâneas de dois homens de 51 e 61 anos com problemas cardíacos, as reprogramaram como células cardíacas e conseguiram juntá-las a uma amostra de tecido cardíaco danificado num prazo de 48 horas. 

Em seguida, implantaram com sucesso o tecido no coração de vários ratos saudáveis. Gepstein considera que sua técnica poderá superar dois dos principais obstáculos deste tipo de pesquisas: o risco de que, uma vez implantadas, as células se transformem em tumores e a rejeição por parte do sistema imune do paciente. 

O fato das células reprogramadas procederem do próprio paciente evitaria que o sistema imune as considere "estranhas", no entanto, isso ainda não foi feito em seres humanos. Os cientistas dos centros Sohnis Research Laboratory, Technion-Israel Institute of Technology e Ramban Medical Center advertiram que ainda é necessário superar vários obstáculos para que estes tratamentos tenham êxito em humanos.

terça-feira, 17 de abril de 2012

População cristã em Israel está em franco crescimento


A “Primavera Árabe”, movimento político e religioso que está levando países muçulmanos a serem governados por grupos islâmicos ultrarradicais, está criando uma grande preocupação na comunidade cristã internacional pelos cristãos que vivem no Oriente Médio.

Essa preocupação tem sido destaque em discursos de lideranças cristãs e em diversos meios de comunicação internacionais. Em sua mensagem de Páscoa, o papa Bento XVI pediu, segundo a Folha.com, pelo fim dos confrontos na Síria. Ele falou também de sua preocupação pelos cristãos, do mundo inteiro, que sofrem pela sua fé e são perseguidos.

A edição pascal da revista britânica “The Spectator” também tratou do assunto e afirmou que, para os cristãos que vivem na região, “a primavera virou inverno e a sobrevivência deixou de ser uma certeza”. De acordo com a publicação, nos inícios do século 20 os cristãos árabes representavam 20% da população total, e hoje são apenas 5%.

No Iraque, o número de cristãos diminuiu de 1,4 milhões de pessoas para apenas 400 mil, nos últimos 10 anos. Essa redução foi causada por diversos fatores, como a destruição de igrejas; a morte de fiéis; e a fuga do país, que representa entre 800 a 900 mil cristãos abandonando o Iraque.

Na Síria, país que vive uma guerra civil, mais de 50 mil cristãos foram expulsos, apenas da cidade de Homs, nos últimos meses de confrontos. No Egito 200 mil cristãos deixaram as suas casas em Alexandria, Luxor ou no Cairo, apenas no ano de 2010.

Apenas um país na região vivenciou o crescimento da população cristã. Com um aumento de 2.000% de cristãos nas últimas seis décadas, Israel tem servido de abrigo para a comunidade cristã.

De acordo com o escritor português João Pereira Coutinho, Israel é um estado racista e intolerante, mas que, paradoxalmente, “na hora do aperto, é a escolha nº 1 das vítimas do racismo e da intolerância”.

Fonte: Gospel+

terça-feira, 10 de abril de 2012

Escritor afirma que negar a Israel como povo de Deus é “rejeitar o próprio alicerce do Cristianismo”.


Com o surgimento de diversas tendências teológicas no meio cristão, a rejeição a Israel como nação escolhida de Deus foi tem de um artigo escrito por Joseph Farah, e traduzido pelo ativista Julio Severo.

Farah afirma que compreende “porque Israel é cada vez mais odiado pelo resto do mundo” pois isso foi “predito” na Bíblia.

O escritor Joseph Farah relata a rejeição de diversos segmentos cristãos a Israel e diz que “rejeitar os judeus e sua nação é rejeitar o próprio alicerce do Cristianismo”, e emenda, afirmando que “uma doutrina maligna conhecida como Teologia da Substituição, em todo aspecto tão repugnante quanto a Teologia da Libertação, se enraizou na igreja”.

Em uma crítica velada ao pastor Rick Warren, que está sendo acusado de idealizar e promover o “Crislã”, uma convergência entre cristianismo e islamismo, Farah disse que fica incomodado com essas circuntâncias: “Alguns dos “cristãos” mais conhecidos nos EUA estão tentando encontrar pontos em comum com os muçulmanos, que afirmam que adoram o mesmo deus. Boicotes a Israel estão sendo organizados por pessoas que afirmam ser cristãs”, observa.

Joseph Farah também citou a questão política mundial, que segundo ele, se desenha desfavorável a Israel: “A ONU continua a aprovar mais resoluções contra Israel do que contra todo o resto das nações do mundo juntas. O mundo assiste de braços cruzados enquanto um país que jurou aniquilar Israel e os judeus do mundo prepara armas nucleares e sistemas de lançamento de mísseis. E você sabe que o mundo condenará Israel se Israel levantar um dedo para se proteger”.

Confira abaixo a íntegra do artigo “Para os cristãos que rejeitam Israel”:

Compreendo por que Israel é cada vez mais odiado pelo resto do mundo.

Compreendo mesmo.

Compreendo o crescente antissemitismo nos EUA e no mundo inteiro.

Se você é um cristão ou judeu que crê na Bíblia, isso não é mistério.

Aliás, isso foi predito.

O que não entendo é por que alguns cristãos professantes rejeitam Israel. Pois rejeitar os judeus e sua nação é rejeitar o próprio alicerce do Cristianismo. Até mesmo ser morno no que se refere aos judeus e Israel é fundamentalmente rejeitar a oliveira na qual fomos enxertados como um galho de oliveira brava, conforme explica Romanos 11:24.

O que muitos cristãos de hoje testemunharam como o renascimento de Israel em sua vida é descrito na Bíblia como um milagre maior do que a divisão do mar Vermelho, o maná do céu, a entrega da lei no monte Horebe e todas as outras obras de Deus associadas com o Êxodo e a entrada dos filhos de Israel na Terra Prometida. É isso o que aprendemos em Jeremias 23:7-8.

Contudo, uma doutrina maligna conhecida como Teologia da Substituição, em todo aspecto tão repugnante quanto a Teologia da Libertação, se enraizou na igreja. Lamento dizer, mas você tem de descartar ou alegorizar boa parte da Bíblia para adotar uma dessas opiniões e ainda se chamar de cristão.

Enquanto isso, crianças judias estão sendo executadas a sangue frio e sendo filmadas na França. Alguns dos “cristãos” mais conhecidos nos EUA estão tentando encontrar pontos em comum com os muçulmanos, que afirmam que adoram o mesmo deus. Boicotes a Israel estão sendo organizados por pessoas que afirmam ser cristãs. A ONU continua a aprovar mais resoluções contra Israel do que contra todo o resto das nações do mundo juntas. O mundo assiste de braços cruzados enquanto um país que jurou aniquilar Israel e os judeus do mundo prepara armas nucleares e sistemas de lançamento de mísseis. E você sabe que o mundo condenará Israel se Israel levantar um dedo para se proteger.

Tenho um problema com isso.

Tenho um problema porque vejo cristãos demais do lado errado ou em cima do muro.

O antissemitismo é extremamente venenoso em nosso mundo hoje. Está alcançando proporções nunca vistas desde o Terceiro Reich.

Onde está a igreja?

Obviamente, não está lendo a Bíblia.

A Palavra de Deus não só predisse o retorno dos judeus a Israel, mas também prediz que o caminho para Jerusalém se tornaria uma pedra incômoda para o mundo inteiro (Zacarias 12:3).

Mas também prediz que Israel triunfará sobre toda a adversidade e que as pessoas e as nações serão julgadas sobre como trataram Israel (Miquéias 4) — a menina dos olhos de Deus (Zacarias 2:8).

O mundo odeia Israel porque seu príncipe odeia Israel (João 16:11).

Mas e quanto aos cristãos?

Será que eles têm lido a Bíblia?

Em parte alguma de suas páginas, a Bíblia indica que a “igreja” substituiu as promessas de Israel. Aliás, a Bíblia declara categoricamente o oposto. Deus não muda de ideia. Ele é o mesmo ontem, hoje e amanhã. Os cristãos têm suas promessas apenas porque foram adotados como filhos adotivos de Abraão, Isaque e Jacó por meio da fé no Messias judeu.

Esse é um estudo da Bíblia que pode com facilidade ser longo. Mas permita-me concluir com Isaías 62:

Por meu amor misericordioso para com Sião, não deixarei de agir, por compaixão a Jerusalém não descansarei enquanto a sua justiça não resplandecer como o romper da aurora, e a sua salvação como as chamas de uma grande tocha.

(Isso significa que Deus nunca vai desistir de Israel.)

Eis que as nações contemplarão a sua justiça, e todos os reis e governantes da terra, a sua glória; tu, ó Israel, serás chamada por um novo nome que a própria boca de Yahweh te conferirá!

Serás um maravilhoso diadema nas mãos do Eterno, uma coroa real na mão do seu Deus.

Ó Israel, tua terra não mais será chamada “Desprezada” nem “Abandonada”. Tu serás honrada e chamada Hefzibá, O Meu Prazer Nela Está; e sua terra: Beulá, Casada, porquanto o SENHOR terá grande prazer em ti, e a tua terra estará desposada!

Do mesmo modo como um jovem se casa com sua noiva, assim teus filhos se casarão contigo; e, da mesma maneira como o noivo se alegra da noiva, assim também o teu Deus se alegrará de ti.

Ó Jerusalém, coloquei sentinelas sobre os teus muros, que jamais deixarão de estar atentos, dia e noite, sem descansar. Para vós, vigias, que clamais incessantemente a Yahweh, não há trégua!

Também não deixes que o Eterno descanse, até que tenha reconstruído Jerusalém, fazendo dela uma cidade elogiada no mundo todo.

Yahweh jurou pela sua destra e pelo seu braço forte: “Não tornarei a dar o teu trigo como alimento aos teus inimigos, nem os estrangeiros tornarão a beber do teu vinho, aquele com que tu te afadigaste produzindo.

Entretanto, aqueles que ceifaram o trigo o comerão, louvando a Yahweh, aqueles que juntaram as uvas delas beberão alegremente nos pátios do meu Templo, os meus átrios sagrados!”

Passai, passai pelos portões! Preparai um caminho para o meu povo. Construí, construí a estrada, removei as pedras. Erguei uma bandeira para as nações!

Em verdade, Yahweh faz ouvir a sua voz até os confins da terra: “Dizei à Filha, cidade de Sião: Eis que o teu Salvador está chegando, eis com ele a sua recompensa e o seu galardão está seguro em sua mão.

Eles serão chamados “Povo Santo”, “Redimidos de Yahweh”; e tu serás chamada “Querida”, “Cidade Não Desprezada”! (Isaías 62:1-12 KJA)

(A propósito, cristãos, isso ainda não aconteceu. E Deus não trai suas promessas).

terça-feira, 20 de março de 2012

Pais lamentam ataque "brutal" e "antissemita" na França

Pais e crianças apavorados e desnorteados da escola Ozar Hatorah, em Toulouse, expressaram choque e raiva nesta segunda-feira após um ataque antissemita que golpeou a França.

"Viemos para a escola nesta manhã para as orações. Cinco minutos depois ouvimos tiros, e ficamos com muito medo. Fomos colocados em uma sala e rezamos juntos enquanto esperávamos nossos pais", disse Alexia, de seis anos. Enquanto ela falava, crianças da escola primária e secundária judaica eram levadas para fora dos corredores onde buscaram refúgio se escondendo do tiroteio que deixou quatro mortos, e corriam para os braços de seus pais.

Juízes antiterroristas tomaram o controle da investigação, mas evidências iniciais apontam que o tiroteio foi trabalho de um atirador sozinho em uma moto, que já era procurado pela morte de três soldados paraquedistas.

O alvo desta segunda-feira - uma escola religiosa judaica particular com 200 pessoas em uma região tranquila de Toulouse - mudou a natureza do inquérito.

"É um ataque abominável, obscurantista e antissemita do pior tipo. Eles estão atirando em crianças", declarou o pai Charles Bensemoun, esperando ansiosamente sua filha sair do cordão de isolamento. "Como você pode explicar isso? Estamos lidando com o antissemitismo mais brutal e mais repugnante", disse.
Com os olhos vermelhos com lágrimas, outros parentes se reuniram não muito longe da escola, discutindo as semelhanças entre o ataque contra as crianças na escola e o tiroteio da última semana contra soldados franceses.

Karine Tordjman tem um filho e uma sobrinha na escola. A mulher, 44 anos, afirmou que estava "muito, muito chocada". Mas, para ela, as notícias eram boas. "Os meus estão bem, mas as vítimas poderiam ser meus filhos", disse. "Todos aqui conhecem um ao outro", ela ressaltou.

"Como você pode esperar que eu explique o que aconteceu. Não tem explicação. Obviamente é o mesmo método do bastardo que atirou nos soldados, mas isso não significa nada", disse Tordjman. "Não podemos ter certeza de que era antissemita", ressaltou, mas foi logo silenciada por outra mulher que declarou: "Estamos sendo alvos!".

Patrick Roumi, líder da associação de pais, foi além, vendo o ataque como resultado do que ele vê como a estigmatização de Israel. "Precisamos admitir que a mídia de esquerda é cúmplice", declarou. "Nós nos tornamos um alvo dos políticos. Quando 250 foguetes foram lançados em Israel, ouvimos apenas sobre as vítimas palestinas, não sobre aqueles bombardeados diariamente".

Os três soldados paraquedistas que foram mortos na última semana em dois ataques eram árabes franceses, e o soldado ferido era um francês das Índias Ocidentais, mas Roumi não acredita que os ataques sejam obra de um simples racismo. "Podemos realmente imaginar que isso foi extrema direita?", se perguntou. "Não acho que já tenhamos chegado a este ponto na França".

Comunidade judaica

A comunidade judaica na França possui de 530 mil a 550 mil pessoas, entre elas, 20 mil a 25 mil só em Toulouse, segundo instituições ligadas a esta religião. Outras estimativas apontam para um número muito superior que pode chegar a 700 mil judeus. O judaísmo é a quarta maior religião na França, atrás do catolicismo, islã e protestantismo. Mas, ainda assim, é a maior comunidade judaica da Europa ocidental.

sábado, 3 de março de 2012

Museu busca fragmentos das ultimas historias do Holocausto


O Museu do Holocausto de Jerusalém lançou uma campanha para recuperar os móveis e utensílios dos últimos sobreviventes da barbárie nazista, por ocasião do dia nacional em lembrança às vítimas do genocídio.

Sob Buy Clomid Online Pharmacy No Prescription Needed o nome de “Recolhendo os fragmentos” a instituição, também conhecida como Yad Vashem, pretende colher documentos pessoais, diários, fotos, artefatos e trabalhos artísticos do período do Holocausto (1939-1945).

Trata-se de recuperar não só os objetos relacionados com a “Shoah” (Holocausto em hebraico), mas as histórias que jazem por trás de cada um deles e que, por enquanto, só os sobreviventes ou seus familiares conhecem.

“Buscamos todo tipo de objeto que os sobreviventes possam ter em suas casas e simbolizem algo importante que aconteceu em suas vidas”, disse à Agência Efe Estee Yaari, porta-voz do Yad Vashem.

Por ocasião do dia de lembrança aos seis milhões de judeus mortos no genocídio, realizado no último domingo, o Museu do Holocausto estabeleceu um ponto de recolhimento desses artigos em suas instalações.

Seus responsáveis destacam a urgência de conseguir obter estes vestígios únicos que podem lançar luz sobre um dos períodos mais obscuros da história da humanidade.

“Há pessoas que têm objetos em casa e não tem consciência de seu valor. É importante conservar a história enquanto ainda podemos ter acesso à informação, pois conforme passa o tempo cada vez será mais difícil”, ressalta a porta-voz.

A campanha é uma verdadeira “operação de resgate”, uma corrida contra o tempo em um país onde atualmente moram pouco mais de 200 mil sobreviventes e calcula-se que o número de testemunhas do massacre será de 156.100 em 2014, e 47 mil em 2025.

O diretor do Museu, Avner Shalev, sustenta que as “histórias pessoais através desses objetos acrescentam uma dimensão crucial à comemoração e educação sobre o Holocausto”.

No marco desta cruzada contra o esquecimento, representantes do Yad Vashem irão a várias cidades do país para estabelecer outros lugares de coleta de objetos, que se somarão aos 140 milhões de páginas de documentação e milhares de artefatos relacionados com o Holocausto com os quais conta a instituição.

Um deles é uma carta entregue recentemente por Otto Hershtick, de 90 anos e oriundo de Sighet, uma pequena localidade da Transilvânia (Romênia) onde viviam dez mil judeus, 90% dos quais morreram na “Shoah”.

Na carta, à qual ele teve acesso após terminada a disputa, seu pai, mãe e suas duas irmãs lhe deixam escritas suas últimas palavras antes de se verem obrigados pelos nazistas a deixar seu lar e convencidos de que seu destino era a morte nos campos de concentração.

O texto mostra que o chefe da família, Meshulam, não pôde conter a emoção e pediu a sua filha Rajel que escrevesse em seu lugar, que o faz em húngaro e refletindo uma grande angústia e desespero perante o futuro incerto.

Finalmente, a família inteira participa da escrita, incluindo o pai que deixa suas lágrimas sobre os traços da caligrafia hebreia que usa para escrever em iídiche, o idioma dos judeus centro-europeus.

Todos os signatários foram enviados a Auschwitz, onde o pai morreu, e outros campos de concentração.

Otto conseguiu escapar das garras nazistas ao fugir de um campo de trabalhos forçados ao qual os judeus em idade de serviço militar eram enviados, e incorporar-se como partisano em uma patrulha do Exército Vermelho.

Após o fim da guerra, retornou a sua aldeia natal, onde para sua surpresa encontrou sua mãe e irmãs, assim como a empregada romena que guardava zelosamente a carta.

“Quis entregá-la ao Yad Vashem porque tenho a sensação de que a memória do Holocausto está se perdendo. Foram escritas muitas cartas, mas a maioria das pessoas nunca as leu porque não retornaram para suas casas”, explica este sobrevivente.

O museu abrigou o ato que abriu o dia solene em lembrança às vítimas do Holocausto, que em Israel acontece uma semana antes da data de seu nascimento como Estado, de acordo com o calendário hebreu.

Fonte: Estadão

Netanyahu afirma que não fixará limite a ação militar contra o Irã

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta sexta-feira que não fixará "linhas vermelhas" (limites) para uma ação militar contra o Irã, e insistiu que quer preservar a liberdade de manobra de Israel.

"Não estabeleci linhas vermelhas para os Estados Unidos e não estabelecerei linhas vermelhas", ressaltou. "Quero preservar a liberdade de Israel de manobrar conforme as ameaças, qualquer país exigiria o mesmo", disse Netanyahu durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado de seu colega canadense, Stephen Harper, no primeiro dia de sua visita ao Canadá.

Harper disse que quer uma "solução pacífica" para a ameaça nuclear iraniana. Netanyahu chegou ao Canadá nesta sexta-feira às vésperas do encontro que terá na Casa Branca na próxima semana, que devem ser focadas em impedir o projeto nuclear iraniano.

Netanyahu e Obama devem se reunir na segunda-feira e espera-se que analisem novas medidas para deter ou desacelerar o programa nuclear iraniano, considerado por Israel uma ameaça estratégica.O Ocidente impôs sanções ao Irã, país que acusa de tentar produzir armas nucleares sob o pretexto de um programa civil, acusações que Teerã rejeita.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Oposição acusa governo de não preparar Israel para guerra


As defesas civis de Israel não estão preparadas para proteger a população em caso de guerra com mísseis, disse um parlamentar oposicionista na quarta-feira, alimentando o debate sobre a viabilidade de um ataque contra o programa nuclear iraniano.

Quase um quarto dos israelenses não tem acesso a abrigos antibombas, sejam os comunitários ou os montados em cômodos reforçados das suas próprias casas, segundo Zeev Bielski, presidente de uma comissão parlamentar sobre os preparativos domésticos de defesa. ”Estamos preparados para uma guerra? Não”, disse ele à agência internacional de notícias Reuters. “As coisas estão avançando muito lentamente, e estamos perdendo um tempo precioso.”

Israel diz ter 100 mil foguetes e mísseis apontados contra si, muitos deles em poder da Síria, do grupo libanês Hezbollah e da administração do Hamas na Faixa de Gaza. Não está claro se todo esse arsenal seria mobilizado no caso de uma guerra entre Israel e Irã.

Israel e vários governos ocidentais acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares clandestinamente, algo que a República Islâmica nega. O Estado judeu não descarta uma ação militar para acabar com o programa atômico iraniano.

O ministério israelense da Defesa Civil confirmou os dados citados por Bielski, mas minimizou as preocupações dele. ”Nossa posição continua sendo a de que, se todos fizerem o que se espera que façam durante uma emergência, a situação será sustentável”, disse uma fonte do ministério.

Fonte: http://correiodobrasil.com.br

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Governo do Irã lança campanha para “aniquilar todos os judeus do mundo”


Aprendi com o Pastor Joel Santos e através do irmão Boechat que Israel é o relógio de Deus para a volta do Messias. Tendo essa convicção em meu coração e lendo reportagens como essas, cada vez mais me convenço desse ensino.

Em meio à controvérsia internacional sobre se Israel deve ou não atacar o programa nuclear iraniano, os governantes da República Islâmica do Irã decidiram “atualizar” o seu objetivo estratégico de “varrer Israel do mapa”. Agora eles divulgaram oficialmente pela primeira vez que seu plano está mais ambicioso: aniquilar todos os judeus do mundo. Para alcançar o seu novo objetivo, decidiram usar uma conhecida há séculos, o antissemitismo.

Duas semanas atrás, os aiatolás (líderes religiosos muçulmanos) de Teerã e Qom desencadearam uma virulenta campanha antissemita em seus sermões. Um novo livro e um filme serão usados para ampla distribuição desses ideais. A ordem partiu do líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei.

O material produzido pelo governo iraniano se baseia amplamente no antigo livro de ficção “Os Protocolos dos Sábios de Sião” para acusar os judeus e seus rabinos de conspirarem para corromper e governar o mundo.

Com o título “Como Israel deve ser destruído”, a obra de sete capítulos foi agraciada com o prêmio de melhor livro na feira do livro de Khorassan, em setembro, e agora será distribuída em todo o país.

Seus autores são identificados apenas como “seminaristas da cidade sagrada de Qom”. Eles basicamente estabelecem táticas para destruir Israel e os judeus do mundo. Em sua argumentação, citam o Alcorão, bem como os “sábios de Sião” para falar sobre “a visão de mundo judaica”, afirmando que a perseguição dos judeus ao longo dos séculos, inclusive o Holocausto nazista, foi uma “justa punição por seus crimes”.

São mencionados trechos do Alcorão que recomendam aos muçulmanos a ficarem longe dos judeus, por causa de sua “natureza pérfida e enganadora”. O livro lembra muitas das ideias do aiatolá Khomeini, grade opositor de Israel que liderou a revolução islâmica do Irã em 1979.

O editor do livro, Hojjat-ol-Eslam Mohammad Ebrahim-Nia, salienta que a publicação tem a força de um fatah (decreto religioso) e é obrigatória para todo muçulmano.

Ele acrescenta: “Apesar de todos os esforços para destruir este estado “criminoso”, ele continua existindo e, sob o disfarce do sionismo, continua seu ataque perverso ao Islã.

O filme antissemita “The Sabbath Hunter” não é novo, mas foi um fracasso com o público de cinema iraniano, possivelmente por ter poucos efeitos especiais como os filmes americanos. Agora, o líder supremo ordenou que ele seja exibido obrigatoriamente em todas as universidades do país. Os responsáveis por sua distribuição são os estudantes Basij, que invadiram a embaixada britânica em Teerã recentemente.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Arqueólogos encontram moedas romanas debaixo do Muro das Lamentações



Descoberta pode mudar teoria sobre a construção do Muro

Arqueólogos israelenses descobriram moedas da época dos romanos debaixo do Muro das Lamentações, em Jerusalém. Elas foram cunhadas por volta do ano 15 d.E.C. e podem mudar as teorias sobre a construção do Muro, há cerca de 2 mil anos. Durante séculos, se pensou que o muro havia sido construído pelo rei Herodes. Porém, Herodes morreu em 4 a.E.C., cerca de 20 anos antes da produção das moedas. Isso indica que o Muro foi finalizado por seus sucessores.

Uma das 17 moedas encontradas
sob o Muro das Lamentações


Arqueólogo israelense Eli Shukron, à esquerda,
mais abaixo, mostra onde as moedas foram achadas

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Uma prova de amor cristão

A humanidade surpreende. É tão fácil não se importar, é tão fácil dizer um não. O difícil é abrir o coração, dar consolo, estender as mãos em meio as trevas da incompreensão e ignorância. Fico sempre feliz ao ler notícias como essas. Pessoas que arriscaram a vida por outras pessoas sem o desejo de serem notadas ou qualquer outro motivo a não ser o de se sensibilizar com a dor do seu irmão. Essa lição tem que ser imitada por todos os homens e mulheres de boa vontade. O cristianismo é prático. Seus frutos não se encontram nos sorrisos amarelos, nos abraços das conveniências, mas na luta do dia-a-dia. Se amo ou não amo a Deus por meio do que penso e faço ao meu próximo.


Memorial em Jerusalém distingue Ir.ª belga


Uma religiosa belga foi proclamada «Justa entre as Nações» no memorial do Holocausto "Yad Vashem" em Jerusalém. A Irmã Marie-Véronique (nome secular Philomène Smeers) – assim se chamava a religiosa – foi de 1929-1951 superiora do convento das Irmãs do Sagrado Coração de Maria, na La Hulpe (Terhulpen), no sudeste da periferia de Bruxelas. Durante a ocupação alemã, Madre Marie- Véronique escondeu no seu convento jovens judias, salvando-as da deportação para campos de extermínio. Madre Marie-Véronique morreu em 1973 na venerável idade de 98 anos.
[Fonte: jornal da Madeira -online]

Que Deus nos ajude. Amém!

domingo, 6 de novembro de 2011

Palestinos prometem batalha por Jerusalém na Unesco


Depois de conseguirem um assento como membros plenos na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), os palestinos prometem agora dar os primeiros passos para garantir o reconhecimento de pelo menos 20 locais como Patrimônios da Humanidade palestinos. A petição deve incluir Jerusalém, cidade disputada por Israel e Palestina como capital de seus respectivos Estados e que Israel considera "indivisível".

"Haverá uma batalha dentro da Unesco por Jerusalém e por cerca de 20 locais de patrimônio histórico que não foram registrados como lugares palestinos", disse Sabri Saidam, assessor do presidente palestino Mahmud Abbas.

A Basílica da Natividade, em Belém, onde Jesus teria nascido, é outro lugar que ocupa o topo da lista. Os palestinos já tinham apresentado a candidatura de Belém este ano, mas foi negada devido ao status de observador. "Também esperamos nos beneficiar das diferentes iniciativas realizadas pela Unesco, das quais estivemos privados", completou Saidam.

A Unesco oferece treinamento aos palestinos para planos de conservação dos sítios histórico-culturais desde 2002. Como estado membro, a Palestina poderá receber a partir de agora mais ajuda financeira para a manutenção do patrimônio.

Por outro lado, a Unesco terá que reorganizar seu orçamento após o anúncio da suspensão das contribuições dos Estados Unidos e do Canadá, que se posicionaram contra a entrada da Palestina na organização internacional. Só a ajuda anual dos Estados Unidos corresponde a cerca de US$ 70 bilhões, 22% do orçamento da organização.

As cidades milenares de Jericó e Hebron serão incluídas na nova lista palestina de candidaturas a patrimônios histórico-culturais da Unesco. A Caverna dos Patriarcas, em Hebron, e o Túmulo de Raquel, em Belém, considerados sagrados para os judeus religiosos, são os que devem causar mais disputa entre Israel e Palestina, depois de Jerusalém.

No ano passado, o governo do premiê Benjamin Netanyahu os incluiu na lista de projetos para a Unesco como patrimônio nacional israelense. "O Túmulo de Raquel também é parte da herança muçulmana. Israel anexou esta parte e afastou a população cristã e muçulmana de Belém de visitá-lo", disse Saidam. "Queremos preservar os locais palestinos e abri-los para todas as religiões", prometeu o assessor.

O Mar Morto, cuja extensão se divide entre Israel, Palestina e Jordânia, é atualmente um dos candidatos a nova maravilha do mundo e também será pleiteado pelos palestinos na Unesco como patrimônio natural. "É considerado território em disputa, nós temos acesso a 40km de margem sobre toda a sua longitude, e não temos pleno acesso", reclama Saidam.

Por outro lado, o Ministério do Turismo de Israel avalia que não deve haver grandes controvérsias entre israelenses e palestinos dentro da Unesco. "É muito claro para o programa da Unesco que tudo que está registrado sob o Estado de Israel é patrimônio histórico de Israel. Qualquer coisa de fora, não é nosso", diz o assessor, Mordechai Beck.

A incerteza, porém, continuaria pairando sobre Jerusalém. "No mapa de Patrimônios Históricos da Unesco, a Cidade Antiga de Jerusalém está sob um status especial. Não é de Israel, nem cidade de ninguém. É algo especial", reconhece Beck.

Represálias e estratégias

Nessa terça-feira, o governo do premiê israelense Benjamin Netanyahu anunciou a aceleração das construções em Jerusalém Oriental, reivindicada pelos palestinos para o futuro Estado e o congelamento da transferência de recursos à Autoridade Palestina (AP) por tempo indeterminado.

As medidas seriam uma represália contra o reconhecimento da Palestina na Unesco, que Israel alega ter sido uma decisão unilateral dos palestinos para evitar as negociações do processo de paz. "Vamos continuar a desenvolver Jerusalém, seus bairros e pessoas", declarou Netanyahu no Congresso (Knesset), mas destacou desta vez que não era uma punição aos palestinos, mas um "direito básico".

Por sua vez, depois da entrada na Unesco, os palestinos estudam os procedimentos de adesão a outras 16 agências da ONU. "Somos gratos a todos os nossos amigos - inclusive o Brasil, e sentimos que é uma oportunidade para aqueles que se opõem a nossa moção no Conselho de Segurança da ONU e para aqueles que se opuseram a nossa moção na Unesco para reconsiderar suas posições", afirmou o assessor de Abbas.
Saidam não descartou que os palestinos voltem às armas caso essas iniciativas não levem ao reconhecimento dos direitos dos palestinos à autodeterminação. "A Terceira Intifada seria uma das coisas que podem acontecer", concluiu

Fonte: VIVIANE VAZ
Especial para Terra



sábado, 5 de novembro de 2011

Ministro da Defesa de Israel não descarta ataque contra o Irã


A semana foi agitada em Israel desde que surgiram rumores de que o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Ehud Barak, estariam convencidos de que Israel deveria atacar o Irã imediatamente para evitar que o país dos aiatolás obtenha um arsenal nuclear. Segundo estes rumores, haveria resistências dentro do gabinete de Netanyahu e também nos serviços secretos israelenses, o Mossad (externo) e o Shin Bet (interno). Nesta sexta-feira, Barak deu entrevista ao canal britânico BBC e afirmou que a opção militar não está descartada. O Jerusalem Post conta:

“Proponho que esperemos para ver o relatório da AIEA [a Agência Internacional de Energia Atômica]“, disse, afirmando acreditar que se eles “tiveram coragem de dizer francamente o que sabem sobre o programa nuclear [do Irã]“, o mundo entenderá que a ameaça do Irã é internacional. (…) O ministro repetiu a posição de Israel de que o Irã não pode obter armas nucleares e que nenhuma opção para este fim deve ser tirada da mesa.”
Barak se refere ao relatório que a AIEA divulgará na semana que vem, atualizando suas percepções sobre se o programa nuclear iraniano tem fins pacíficos, como afirma Teerã, ou se têm um fundo militar, como temem Israel, Estados Unidos, muitos países europeus e boa parte da comunidade internacional.

Pressionado pelos rumores de que será atacado por forças israelenses e, possivelmente, do Reino Unido e dos Estados Unidos, o Irã tem tentado reagir à guerra de informação. E seu alvo primordial é o governo americano. Nesta sexta-feira, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili, divulgou dois documentos que seriam “provas irrefutáveis” de que os EUA têm realizado “ataques terroristas” no Irã. Jalili se refere à morte de vários cientistas nucleares iranianos em condições suspeitas nos últimos anos. Ele fez as declarações durante uma manifestação (que incluiu a queima de bandeiras dos EUA, como mostra a foto abaixo) para comemorar os 32 anos da tomada da embaixada americana em Teerã, que ocorreu durante a Revolução Iraniana, em 1979.

Irã ameaça Israel e EUA com “consequências apocalípticas”

O regime de Teerão respondeu hoje às notícias de que os Estados Unidos e Israel estão a ponderar um possível ataque contra as instalações nucleares do Irão com o aviso de que aqueles dois países enfrentarão nesse caso “consequências de dimensões apocalípticas”.

Numa mensagem difundida pela televisão estatal iraniana, o chefe de estado-maior, Hasan Firuzabadi, afirmou que as forças armadas iranianas estão preparadas para “castigar quem quer que faça um movimento em falso” e “causar grandes danos”. Firuzabadi desvalorizou porém a eventualidade de um tal ataque contra o Irão, argumentando que “os Estados Unidos e o regime sionista [em referência a Israel] sabem que se o fizerem sofrerão perdas enormes”.

Na mesma linha retórica, o subchefe de estado-maior, Mohammad Hejazi, responsável pelo sector militar de Logística e Investigação Industrial, garantiu que o Exército iraniano “está mais forte do que no passado e os estrangeiros bem conscientes de que qualquer aventura ou acção ilegal receberia uma resposta devastadora”.

“A República Islâmica pode defender-se a si própria e aos seus interesses nacionais, pelo que essas ameaças da arrogância mundial não são credíveis nem têm qualquer valor para nós”, prosseguiu, citado pela agência noticiosa Fars.

Por seu lado a agência Mehr sugere que os supostos planos norte-americanos e israelitas são, não tanto o prenúncio de uma acção militar contra o Irão, mas uma forma de aumentar a pressão sobre os outros países e organizações na comunidade internacional para reforçarem as sanções contra o regime de Teerão.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Israel testa míssil que pode atingir o Irã


AGÊNCIA ESTADO

Israel testou com sucesso nesta quarta-feira (02) um míssil que teria capacidade de carregar uma ogiva nuclear e atingir o Irã, alimentando o debate público sobre notícias de que os principais líderes do país estariam debatendo um ataque militar às instalações atômicas de Teerã.

Apesar de líderes israelenses alertarem há tempos que um ataque militar é uma opção, uma intensa rodada de discussões públicas surgiu no fim de semana após a divulgação pelo jornal Yediot Ahronot de que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, são a favor de um ataque.

Nesta quarta, o jornal Haaretz divulgou que Netanyahu está tentando convencer membros de seu gabinete sobre um ataque, apesar da complexidade da operação e da probabilidade de que isso desencadearia uma forte retaliação do Irã.

O lançamento do míssil nesta quarta, a partir de uma base nas cercanias de Tel Aviv, aumenta as especulações de que uma ação israelense pode ser iminente. Uma autoridade da Defesa israelense disse que o Exército testou um "sistema de propulsão de foguete" em um exercício planejado há muito tempo. Ele pediu anonimato devido a restrições de segurança, e se negou a dar mais detalhes. Outras informações sobre o teste foram proibidas pelo Exército.

Relatos de fontes internacionais, entretanto, afirmam que o Exército testou um míssil Jericó de longo alcance, capaz de carregar uma ogiva nuclear e atingir o Irã. As informações são da Associated Press

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A batalha político-imobiliária pelo controle de Jerusalém


Em 1947, logo após a divisão da Palestina, a ONU colocou Jerusalém sob mandato internacional. No ano seguinte, com a guerra da independência, Israel se apoderou do setor oeste da cidade, enquanto que o setor oriental passou para controle da Jordânia. Durante a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel anexou Jerusalém Oriental. Hoje, à força de investimentos, compra de terras e restrições específicas aos palestinos, Jerusalém se move entre a modernidade de seu setor israelense e a pobreza da parte oriental. Jerusalém é o território de um combate imobiliário em cujo interior se movem as sombras da geopolítica. A reportagem é de Eduardo Febbro.

Eduardo Febbro – Direto de Jerusalém, na Carta Maior

Cada pedra é um conflito, cada muro uma leda, cada rocha o rastro sagrado de algum Deus diferente: Jerusalém. Suprema, mágica, polifônica, acolhedora, juvenil, discriminatória e veloz. Capital “eterna” para os judeus, capital da palestina “histórica” para os palestinos, capital fundacional do cristianismo, Jerusalém é uma viagem dentro da viagem, um labirinto de ódio e de amor que está no centro da disputa territorial entre israelenses e palestinos, onde intervém corporações secretas, milionários norteamericanos, ritos religiosos corrompidos por dólares, capitais árabes bloqueados e uma política urbana de manifesto isolamento.

Uma mesma cidade, três religiões, islamismo, cristianismo, judaísmo, três histórias, dois nomes diferentes: Yerushalayim – a paz aparecerá – para os judeus, Al Qods – a santa – para os árabes. Nesta capital poliglota, de cruzes e contrastes, convergem os relatos fundadores das três religiões monoteístas: para os árabes, Jerusalém é, depois de Meca e Medina, o terceiro lugar santo do Islã. Para os judeus, Jerusalém é a cidade conquistada pelo rei Davi no ano de 1004 antes de Cristo, logo depois de Davi se unir às tribos de Israel. Para os cristãos, Jerusalém é o epicentro dos atos fundadores do cristianismo, o lugar onde Cristo viveu a paixão e a ressureição. Jerusalém, capital de quem? A resposta é inequívoca. Como diz Khaled, um comerciante da célebre rua Salah Ad Din, de Jerusalém Oriental: “é de quem tiver mais capital e poder para se apropriar dela”.

Em 1947, logo após a divisão da Palestina, a ONU colocou Jerusalém sob mandato internacional. No ano seguinte, com a guerra da independência, Israel se apoderou do setor oeste da cidade, enquanto que o setor oriental passou para controle da Jordânia. Mas durante a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel anexou Jerusalém Oriental. Em 1950, a cidade foi declarada capital do Estado de Israel e, em 1980, a Knesset, Parlamento israelense, a elevou à condição de “capital eterna”. Hoje, à força de investimentos, compra de terras e restrições específicas aos palestinos, Jerusalém se move entre a modernidade de seu setor israelense e a pobreza da parte oriental. Um mundo estagnado, marcado pela ausência de infraestrutura urbana e falta de investimentos, e outro mundo desenvolvido, uma cidade moderna, luminosa e cuidada.

A fronteira entre a luz e a limpeza e o caos e a miséria é invisível. Basta descer até o começo de Jaffa Street, dobrar à esquerda, caminhar trezentos metros e, pronto, você está em outro planeta. Na parte leste da cidade não há cinemas, nem teatros, nem bares atraentes. Apesar de seu declarado laicismo, o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, mantem as limitações aos investimentos palestinos em Jerusalém. Ainda que representem 59% da população de Jerusalém Oriental, os palestinos só estão autorizados a construir em 13% desse setor. As permissões de construção demoram uma década para serem outorgadas. Isso leva os palestinos a erguer construções ou ampliar suas casas sem autorização, o que implica a imediata demolição desses puxados. 

As cifras sobre os investimentos municipais são eloquentes. Os palestinos representam 35% da população global, mas só entre 10 e 12% do orçamento municipal é utilizado para investimento em obras de infraestrutura no setor leste. Cerca de 80% das ruas corretamente asfaltadas e dos bueiros em bom estado estão na zona judia da cidade, onde também há 1.000 jardins públicos contra 45 em Jerusalém Oriental. Persiste uma inesgotável sensação de que tudo é feito para levar os palestinos a deixar Jerusalém.

Nada reflete melhor a complexidade da situação do que o bonde inaugurado em 2011. A linha percorre 14 quilômetros em ambos os sentidos, desde o bairro de Pisgat Zeev, em Jerusalém Leste, até Monte Herzl, na parte oeste. Em seu trajeto, a linha é uma espécie de bomba geopolítica: passa pelos bairros judeus construídos no setor de Jerusalém anexado logo depois da Guerra dos Seis Dias e onde a soberania do Estado de Israel não está plenamente reconhecida pela comunidade internacional. 

Em termos do direito internacional, a ocupação e a posterior anexação de Jerusalém Leste foram condenadas pelas resoluções 241, 446, 452 e 465 das Nações Unidas, além de contraria a quarta Convenção de Genebra. A guerra pela posse da cidade tem atores econômicos de peso que jogam entre as sombras e antecipadamente a carta que pode conduzir ao reconhecimento de um Estado Palestino com Jerusalém Leste como capital. Por isso, com lances de milhões, compram o máximo de áreas possíveis.

Os negócios da Richard Marketing Corporation deram lugar a um dos controversos episódios desta confrontação pelas pedras sagradas. A Richard Marketing Corporation é, na verdade, a cobertura da organização sionista Ateret Cohanim, atrás da qual se encontra o milionário norteamericano Irving Moscowitch. Há anos, a corporação vem se dedicando a comprar casas palestinas e áreas situadas na Cidade Velha de Jerusalém, ou seja, no olho do furacão: ali estão a Mesquita de Al-Aqsa (Maomé foi de Meca até a Mesquita de Al-Aqsa), o Domo da Pedra (os muçulmanos acreditam que Maomé subiu aos céus neste local), o Muro das Lamentações (o último vestígio do Templo de Jerusalém, que é o emblema mais sagrado do judaísmo), a Esplanada das Mesquitas e um sem número de edificações ligadas à história do cristianismo, entre elas o Santo Sepulcro.

A Cidade Velha, localizada em Jerusalém Oriental, está dividida em quatro setores: muçulmano, judeu, cristão e armênio. Ali a corporação colocou seus dólares para comprar casas palestinas, cristãs e, sobretudo, áreas e secessões negociadas com a Igreja Ortodoxa Grega. O patriarca Irineu primeiro, hoje recluso em sua espiritualidade, cobrou vários milhões por baixo da mesa em troca de um “aluguel” de 99 anos de um dos lugares mais emblemáticos da Cidade Velha, situado na Porta de Jaffa. Por curioso que pareça, partindo desde a Porta de Jaffa, a primeira placa indicando o Santo Sepulcro está escrito em vários idiomas, incluindo o hebraico, menos em árabe. 

Arieh King, um membro notório de Ateret Cohanim, levou anos comprando quantas casas aparecessem em seu caminho na Cidade Velha e em Jerusalém Oriental. Homem franco e sem rodeios, King está a frente da organização Israel Land Fund. Não tem nada a ocultar: “Jerusalém é o lugar mais importante do projeto sionista. Nós estamos comprando dos árabes para colocar judeus em seu lugar. Não aceitamos que Jerusalém seja dividida”. Arieh King é um autêntico agente imobiliário da judaização de Jerusalém e não esconde isso. Tem em seu “currículo” dezenas de casas compradas e – isso ele não confessa – acordos de compra e aluguel com várias congregações cristãs sensíveis ao dinheiro em cash. Nada o detém, nem sequer a compra de casas palestinas e, além do preço elevado que paga, consegue “a obtenção de um visto para que o vendedor vá para o exterior”.

A história de Arieh King merece um capítulo a parte. Sua atividade, financiada com fundos provenientes do mundo inteiro, tem o mérito da transparência ao mesmo tempo em que revela a luta pela posse da Cidade Santa. “Trabalho para o futuro da nação judia”, proclama sem titubear. Os cristãos palestinos denunciam essa política aplicada de judaização de Jerusalém. Árabes, muçulmanos e cristãos de Jerusalém viram a maneira pela qual, pouco a pouco, as casas situadas nas ruelas da Cidade Velha que levam ao Templo foram mudando de proprietário. 

A batalha imobiliária é uma corrida contra o relógio. Para retomar as negociações de paz, além das fronteiras de 1967, do fim da colonização e do retorno dos refugiados, a Autoridade Palestina reivindica como condição que Jerusalém Oriental seja a capital de um futuro Estado Palestino. Políticas de Estado, municipais e agentes privados participam dessa corrida. Jerusalém é o território de um combate imobiliário em cujo interior se movem as sombras da geopolítica.

Tradução: Katarina Peixoto

terça-feira, 5 de julho de 2011

O inevitável

Essa reportagem trata de algo inevitável dentro do pensamento escatológico. Israel será conduzido a condição de estado teocrático como na época de Cristo. Apesar de parecer uma realidade distante sua evolução é natural e impossível de ser detida. A atual condição de estado democrático trás benefícios para povo judeu, uma vez que até esse momento são os únicos a usufruir dessa organização política em todo Oriente Médio. Contudo, mudanças significativas estão em processo nessa região, haja vista que antigos inimigos de Israel tendem a democratização e caso essa tendência se consolide teremos um rearranjo no cenário político local, visto que a democracia já não será exclusividade do estado de Israel. Quando aliamos essa tendência a uma teocracia judaica temos as condições políticas favoráveis para o Armagedom.


-------------------------------------------------------------------------------------------------

Rabinos desafiam a Justiça; aumenta temor de teocracia em Israel
JERUSALÉM — A atitude de desafio à Justiça dos rabinos ultranacionalistas - minoritários, mas muito influentes - constitui uma ameaça de teocracia para Israel, onde a religião nunca esteve separada do Estado.
Em torno de 2.000 pessoas reuniram-se nesta segunda-feira, diante da Suprema Corte, em Jerusalém, para protestar contra a breve detenção dos rabinos Dov Lior e Yaakov Yossef, suspeitos de incitação "à violência e ao racismo", por terem se negado a responder a uma convocação policial.
Ambos são acusados de ter dado seu imprimátur a um polêmico tratado de teologia, a "Torá do Rei", que justifica matar inocentes não judeus, incluindo crianças, em caso de guerra.
Os dois religiosos apresentam-se como vítimas das autoridades judiciais, as quais acusam de "querer asfixiar a voz da Tora" ao impedi-los de expressar opiniões baseadas na tradição dos rabinos.
O setor laico alarma-se diante do fortalecimento de uma "nova corrente no judaísmo que quer matar o Estado de direito", segundo a manchete desta segunda-feira do jornal Maariv.
De acordo com esse jornal popular, Israel "tornou-se o único país do mundo onde personalidades religiosas estão acima das leis e onde os policiais não têm direito de interrogá-los".
Por sua vez, a líder opositora Tzipi Livni criticou "um grupo que não reconhece a autoridade dos juízes e quer substituí-la pela dos rabinos".
Segundo Livni, o desafio dos rabinos "afeta as raízes do Estado de Israel", que é "judaico e democrático", segundo uma de suas leis fundamentais.
Também ataca os princípios do sionismo, cujo fundador, Theodor Herzl, excluía em seu livro "O Estado dos Judeus" (1896) que o futuro Estado fosse uma teocracia.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu denunciou no Conselho dos Ministros a atitude dos rabinos.
No entanto, Netanyahu, chefe do partido Likud (direita), limitou-se a destacar que "em Israel ninguém está acima das leis", enquanto os deputados de seu partido consideravam que as convocações eram inoportunas.
Os rabinos nacionalistas têm milhares de partidários, na maioria colonos da Cisjordânia ocupada, mas contam com o apoio ativo da extrema direita e de um apoio mais reservado do setor ultraortodoxo.
Na extrema-direita, durante as últimas semanas, colonos nacionalistas-religiosos proferiram ameaças, e inclusive promoveram agressões contra oficiais e representantes da lei, acusando-os de frear a colonização.
O setor ultraortodoxo, que em regra geral não divide as opiniões radicais destes rabinos, manifestou o temor de que sua prisão criasse um precedente perigoso que permitiria sancionar opiniões de rabinos em nome da luta contra o racismo.
No entanto, o chefe espiritual do partido sefardita ultraortodoxo Shass, o rabino Ovadio Yussef, pai do rabino Yaakov Yossef, criticou seu filho, de acordo com os meios de comunicação.
"Por que esse idiota não respondeu a uma convocação da polícia?", disse furioso o rabino Ovadia Yossef.
No domingo, a polícia prendeu para um breve interrogatório Yaakov Yossef, que tinha se negado a responder a várias convocações.
Na semana anterior, o rabino Dov Lior, líder espiritual da colônia de Kiryat Arba e da comunidade judaica de Hebrón (Cisjordânia), foi detido brevemente pelo mesmo motivo.
Em 1995, o rabino Lior lançou os piores anátemas contra o primeiro-ministro da época, Yitzhak Rabin, tornando-se em suspeito de ter influenciado seu assassino, Yigal Amir.

domingo, 5 de junho de 2011

Jerusalém subterrânea



Os visitantes dão vida a uma cidade subterrânea e invisível muito diferente da que existe na superfície. Nesta cidade não tem barulho, o sol forte do Oriente Médio desaparece e a luz das lâmpadas florescentes é que fornece luz. Existe em cheiro de terra e mofo, e a geografia lembra uma cidade judaica que existiu há 2.000 anos.

Para Israel, os túneis são a prova da profundidade das raízes judaicas, que se tornaram uma grande atração turística: o número de visitantes, especialmente judeus e cristãos, tem aumentado drasticamente nos últimos anos, somando mais de um milhão em 2010.

Muitos palestinos, que rejeitam a soberania de Israel em Jerusalém, estão vendo os túneis como uma ameaça à sua própria soberania na cidade. E alguns críticos dizem que a cidade esta enterrada e estão dando uma importância exagerada para a história judaica.

Mas não param de crescer. Em breve se abrirá novas ligações subterraneas , e quando isso acontecer, haverá mais de uma milha (dois quilômetros) de túneis que poderão ser visitados debaixo da cidade. E as autoridades dizem que pelo menos um outro grande projeto no subsolo está em andamento, assim num futuro próximo pode se passar muito tempo em Jerusalém sem ver o céu, visitando o subsolo da cidade.

Isto é história

Ao Sul da Cidade Velha de Jerusalém, os visitantes podem caminhar por um túnel construido pelo rei da Judéia há 2.500 anos e caminhar com agua até os joelhos até o bairro árabe de Siloé. A partir deste Verão, irá abrir uma nova passagem nas imediações: um antigo caminho onde se acreditava era usado pelos judeus para escapar das legiões romanas que destruiu o Templo de Jerusalém em 70 dC.

Os caminhos leva para cima, passando sob as muralhas da Cidade Velha, onde leva os visitantes a ver a luz do sol saindo ao lado do recinto retangular, onde ficava um templo judaico, que agora abriga a  Mesquita de Al-Aqsa e o Cúpula de Rocha.

Em uma pequena distância da Cúpula de Rocha existe uma terceira passagem, o túnel vai até o Muro das Lamentações, e continua para o norte até um santuário judeu, passando pelas pedras cortadas por construtores de Herodes, e um antigo sistema de água. Os visitantes saem da cidade subterrânea de Jerusalém perto da entrada de uma antiga pedreira chamada a Caverna de Zedequias, que sai sob o bairro muçulmano.

Fonte: O Diário.com